I Hate You - 2 Season escrita por Carol Munaro


Capítulo 26
Idiota


Notas iniciais do capítulo

Ooi, gente! Boa leitura :3



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POV Sophie.

- Você tá saindo com a Karen? - Perguntei pro Simon assim que vi a mensagem dela no celular dele. Tipo, não que eu seja fuxiqueira e queira meter o nariz onde eu não sou chamada, mas eu estava jogando no celular dele e chegou a mensagem. Assim que vi, senti meu coração pesar. Eu jurava que o Simon ia sossegar o rabo comigo.

- Ahn… Por que? - Ele não pausou o vídeo game. Estávamos na casa dele.

- Só responde.

- Não. Eu estava ficando com ela. Mas faz umas semanas. Antes de a gente começar a… sei lá o que a gente tem.

- Hm…

- Tá com ciúmes? - Ele perguntou rindo e finalmente pausou o jogo.

- Eu? Com ciúmes de você? Tá pensando que é alguém muito importante?

- Você tem ciúmes de mim, Sophie.

- Claro que não. Para de viajar.

- Tem sim! Quase bateu na Ruth aquela vez.

- “Aquela vez"… Quem ouve, pensa que faz séculos.

- Relaxa, baixinha. Você é única. - Sorri.

- Idiota. - Continuei jogada, deitada, na cama e jogando no celular dele. Não demorou muito e senti um peso a mais no colchão. - Que é? - Senti uma sombra em cima de mim e duas pernas roçando nas minhas. - Que é isso, menino?

- To carente. Só.

- E precisa ficar em cima de mim?

- Porra, Sophie… - Ele fez um biquinho.

- O que tu quer? - Disse ainda jogando.

- Primeiro, para de dar atenção pro meu celular ao invés de mim. Segundo, eu quero um beijo.

- Não começa com essas putarias de “grudice". - Ele riu.

- Não. - Ele pegou o celular da minha mão e deixou do lado. Colocou uma mão no meu rosto e se aproximou, me beijando. Simon fazia carinho na minha nuca e na minha cintura. Empurrei ele um tempo depois. - Que foi?

- Não quero ué.

- Você é tão estranha. Será que eu posso, pelo menos, deitar na minha cama? - Dei de ombros. - Quando acaba teu castigo?

- Faltam três semanas ainda. - Ele me puxou e eu fiquei deitada de lado olhando pra ele.

- Queria sair hoje.

- Bom, além de eu estar de castigo, vou sair com a minha mãe hoje.

- Ela vai te levar pra um bar de novo?

- Simon! E… Aquela vez eu estava na foça. Enfim, vamos no shopping comprar roupinha pro neném.

- Mas não deu pra ver se era menino ou menina.

- Mas dá pra comprar algumas. E minha mãe quer comprar ursinhos também. Essas coisas.

- Você que vai escolher?

- Algumas coisas. Eu ainda penso na viagem pra Itália que foi pro brejo.

- Falando em viagem… Bom, esse ano o povo da sala tá querendo viajar.

- Tenho medo das suas ideias, sabia?

- A gente estava pensando em ir pra Califórnia. Você podia ir.

- Você imagina meu pai deixando eu viajar sozinha?

- Não. Mas você não vai sozinha. Tem eu!

-  Mesma coisa que nada. - Ele me olhou incrédulo. - Pro meu pai! Não pra mim.

- Hm… Posso ir no shopping contigo?

- Vai escolher um ursinho pro meu irmão?

- Vou convencer tua mãe de deixar a gente ir no cinema. - Ri.

- Isso é impossível. Ela ainda tá puta comigo.

- SOPHIE! - Ouvi minha mãe berrar do meu quarto.

- To indo. Vou me arrumar. Te espero lá em casa em meia hora. - Ela me chamou de novo. - Eu já to indo! - Que desespero. Credo. Saí da casa do Simon e fui pra minha. Quando estava entrando no meu quarto, ouço um choro. Vinha do quarto da minha mãe.

- Mãe? - Entrei.

- Olha só! Não serve mais nada! Eu sou uma gorda, obesa e ainda grávida! - A cena seria cômica, se não fosse tão trágica.

- Ué, você queria que o neném crescesse como?

- Minha blusa preferida nem serve mais! Aliás, nenhuma serve!

- Vai de vestido.

- Vou ficar igual um saco de batatas! - Respirei fundo.

- Cadê o papai?

- Foi no mercado comprar uvas pra mim. - Cara… Minha mãe só come. Fui até o closet dela.

- Mãe, coloca um vestido vai. Eu gosto desse. - Entreguei pra ela.

- Daqui a pouco o Caleb tá aí já e eu ainda to de sutiã!

- Ele vai?

- Vai. - Ouvi passos no corredor e segundos depois, meu pai entra no quarto. Ele olhou pra mim como quem perguntasse “o que tá acontecendo?".

- Eu to obesa! - Minha mãe disse de novo.

- Você não tá obesa. Tá grávida. E eu trouxe as uvas.

- Eu não tenho o que vestir!

- Vestido não vai ficar apertado.

- Eu já disse. Ela não quer. - Disse e ele respirou fundo. Bom, meu pai não ta gostando nem um pouco de ter que ir no mercado quase todo dia. Outro dia ele disse que até virou amigo do carinha do caixa. Não duvido nada.

- Bom, tem aquela vestido que eu te dei ano passado. Ele não é tão largo. Mas não vai ficar apertado.

- Como se entrasse na minha bunda. Você já reparou o tanto que ela aumentou só nesse último ano?

- Para de drama, Jenny. Eu sempre gostei da sua bunda.

- Não sou obrigada a ouvir isso, galera. Bom, mãe, veste logo alguma coisa. To indo me arrumar. - Saí do quarto deles e fui pro meu. Me arrumei. Quando desci, ela já estava arrumada. E o Simon e o Caleb já estavam lá.

- Vamos? - Perguntei. Nos despedimos do meu pai e fomos.

- Tia, eu estava pensando… A gente podia ir no cinema né? - Simon perguntou no carro. Eu, Simon, minha mãe e um gay no cinema… Revirei os olhos.

- Não sei. Pode ser. - Ela respondeu. Ele me deu um sorriso convencido. - Mas nem tente me enrolar, Sophie. Vai todo mundo assistir o mesmo filme. - O sorriso do Simon murchou.

- Eu não to tentando enrolar ninguém. A ideia não foi minha.

- Poxa, tia. Um dia só. - Minha mãe falou que não de novo.

(…)

- Olha que meigo! - Disse. Estávamos numa loja para bebês. Tinha cada ursinho fofo! Pensei em comprar um pra mim, não pro meu irmão.

- Mas olha o tamanho disso. - Minha mãe disse. - Seu irmão vai se sufocar no meio de tanto pelo.

- Não é pra ele. É pra mim. - Caleb riu.

- Eu pago, tia. - Simon disse e minha mãe deu de ombros. Olhei pra ele.

- O que aconteceu pra você estar meigo hoje? Bateu a cabeça de manhã?

- Não quer o ursinho?

- Quero.

- Então, não reclama. - É… Ele não tá meigo. Continuamos escolhendo coisas pro neném. Depois, passaríamos numa loja de roupas pra grávidas. Estávamos indo pro caixa, quando o celular do Simon toca. Ele olhou pra mim.

- Não vai atender? - Perguntei.

- To afim não. - Estranhei. O celular continuou tocando.

- Atende logo isso. - Ele atendeu.

- Ah, oi. - Ele riu nervoso. - Não, eu to meio ocupado agora. - Ele olhou de relance pra mim. Arqueei uma sobrancelha. - Hm… Hoje não dá. Talvez amanhã. - Cruzei os braços ainda segurando o bicho. - Ok. Até amanhã. - Ele deu um risinho e desligou.

- Vai sair amanhã? - Perguntei como quem não quer nada.

- Vou… ajudar um amigo… - Olhei pra ele de novo. Conheço o Simon a tempo suficiente pra saber que ele tá mentindo e que tem vadia nisso.

- Hm… Um amigo com peitos? - Perguntei indiferente.

- Meninos não tem peitos, Sophie.

- Eu sei que era uma garota, Simon.

- Que garota? Já disse que você é única.

- Sei… Sou única com mais o colégio o inteiro. - Revirei os olhos e entreguei o ursinho pra ele.

- Não quer mais?

- Não de você! - Deixei ele pra trás e fui atrás da minha mãe. Simon não foi pra casa. Durante todo o tempo no shopping, ele tentou falar comigo, mas eu ignorei. Idiota.


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Notas finais do capítulo

Bom, desculpem a demora pra postar. Eu terminei uma fic no animespirit e demorei pra escrever o último capítulo... Enfim, eu comecei uma nova fic aqui no Nyah! Se alguém quiser ler, o link: http://fanfiction.com.br/historia/389679/She_Will_Be_Loved/ e daqui a pouco to postando o segundo capítulo. Xoxo! :3