O Que Seria De Mim Sem Você escrita por Thaty


Capítulo 8
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

AVISO:
Vou ficar uma semana sem postar, sim meus amores, mas me entendam: semana de provas no colégio.
Minha mãe sempre me deixar sem computador na semana de prova para eu poder estudar.
Desculpem...
Boa Leitura !



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Capitulo Nove.

Não sei como, só sabia que estava.

Mas isso não podia ter acontecido, acho que voltar para Suna com eles foi um erro.

Ou eu já tinha me apaixonado antes disso? Acho que foi antes.

E ainda tem aquela vaca da Matsuri atrás dele.

Tsc, garota irritante. O que ela quer? Ela traiu ele, trocou ele por outro e ainda vem falar que se arrependeu.

Ela só falou isso por que eu disse que sou namorada dele. Ela só quer ver ele se arrastar no chão por ela, implorar para que ela não o deixe.

Ela o iludiu, brincou com seus sentimentos, mas enquanto eu estiver aqui, isso definitivamente não vai acontecer.  

Agora mudando de assunto...

Você já se perguntou qual é a diferença entre a realidade e o sonho ?

Ao sonharmos, temos as mesmas sensações de quando estamos acordados.

Mas, afinal de contas, mesmo podendo distinguir a realidade do sonho, podemos dizer que existiu uma única realidade?

Sonho que se sonha só, é sonho. Sonho que se sonha junto é realidade... Confuso, não é?

Uma pessoa me disse isso há algum tempo.

Mas não importa agora.

Quando me levantei, estava sozinha no quarto. Gaara já tinha ido. Fui para a cozinha e tomei café sozinha.

Onde esta o povo dessa casa?  

Resolvi ir dar uma volta pela vila, conhecer o lugar. Vesti uma roupa normal, um short, uma blusa e as típicas sandálias ninja. Peguei também um pouco de dinheiro e sai.

A vila era bastante movimentada, muita gente já aberta para o comercio e a vila também era muito bonita. Ao longe, podia ver montanhas se formando. Andei, andei, andei e acabei por achar o salão.

Por sorte, a moça tinha um horário livre e cortou meu cabelo como eu queria. Sai do salão e continuei andando.

Tinha umas crianças brincando perto da onde eu estava, parei para observa-las.

Era uma garotinha de cabelos loiros curtinhos e olhos castanhos, outra garotinha de cabelos azulados e olhos de um profundo azul, outra menininha de longos cabelos castanhos e olhos de um verde perfeito e um garotinho de cabelos loiros e olhos de um negro profundo.

A menininha loira olhou para mim e pegou uma flor que tinha ali, depois, correu ate mim.

- Toma moça, uma flor para você. Você é linda. – Falou com um enorme sorriso.

Me abaixei para ficar de sua altura.

- Obrigada pequena. Você que é linda. – Falei e sorri de volta.

- Vamos Harumi, temos que ir buscar o Hiroto. – Falou o garotinho chamando ela.

- Já vou. Tchau moça. – Me deu um beijo na bochecha e saiu correndo.

-Tchau. – Falei.

Entendo por que Gaara quer protege-los. Essas crianças são tão adoráveis.

Continuei andando, andei e andei. Vi o Gabinete do Kazekage, a enorme janela que tinha estava aberta e pude ver Gaara observando a cidade.

Ele olhou para mim e acenou. Sorri e acenei de volta.

Então tudo começou a escurecer, os comerciantes começavam a fechar suas lojas apressadamente, eu não estava entendendo nada. Olhei para Gaara de novo e ele arregalou os olhos em direção à entrada da vila e depois para mim e se levantou correndo de sua cadeira e não pude vê-lo mais.

Ainda sem entender, olhei para a entrada da vila e um vento muito forte bateu em mim. Meu Deus! Ia começar uma fortíssima tempestade de areia e eu estaria bem no meio dela.

Já começava a sentir os grãos de areia passando por mim e cortando levemente minha pele. Coloquei os braços na frente do corpo, tentando me proteger. Então, tudo parou.

Não senti mais o vento e a areia não me cortava mais. Gaara estava na minha frente. Não sei como, mas a areia que formava uma espécie de escudo a nossa frente não era carregada pelo vento.

Ele segurou minha mão e me puxou rumo ao Gabinete, com sua areia sempre nos protegendo. Entramos e fomos direto para sua sala.

- Esta louca? Porque ficou parada vendo a tempestade chegar? – Perguntou um pouco alto.

- Não sabia para onde ir, nunca tinha visto uma tempestade de areia. Apenas tinha ouvido falar que são perigosas. – Falei enquanto curava os pequenos cortes no meu braço.

- Não pode ficar no meio delas, a areia é lançada em uma alta velocidade pelo vento e causa cortes bem mais profundos do que estes que você conseguiu. Ela pode chegar a matar alguém. E o que faz andando sozinha pela vila? Pode ser perigoso, principalmente depois do que ouviu na mente da minha mãe. – Falou.

- Como consegui esses cortes sendo que estou com a armadura de areia? – Perguntei ignorando sua outra pergunta.

- Tenho que refazer a armadura toda manha e hoje acordei um pouco atrasado e não deu tempo de refazer a sua. – Ele falou e logo a areia já estava em mim de novo, fazendo uma nova armadura. – Não respondeu minha pergunta.

- Não tinha ninguém em casa, então fui andar atoa pela vila. Gosto de conhecer o lugar onde estou. – Falei.

Ele suspirou.

- Bom, fique aqui ate a tempestade passar, pode ficar a vontade. – Disse apontando para um sofá que tinha na sala.

Me sentei no sofá e ele se sentou em sua cadeira atrás da enorme mesa e começou a assinar alguns papeis.

Comecei a observa-lo.

Seu cabelo ruivo estava mais vibrante do que nunca, destacando-se ainda mais sobre a pele mais pálida que o normal, seus olhos estavam... Tristes? Estavam opacos, sem o brilho que tinham antes.

- Não me agrada ser observado, sabia? – Falou enquanto assinava outro papel.

- Você esta bem? – Perguntei.

Ele me olhou.

- Sim. – Falou e voltou a ler outro papel.

- Não estou dizendo fisicamente. – Falei.

Ele soltou o papel, passou as mãos no rosto e suspirou.

- Apenas estou confuso, nada de mais. – Falou olhando para o nada.

- Se eu puder te ajudar... – Comecei a falar mas, fui interrompida por um ANBU.

- Kazekage-sama, mensagem de Konoha para o senhor e Yamanaka Ino. – Falou.

Entregou um pergaminho para mim e outro para Gaara, se curvou e sumiu.

Acho que foi a primeira vez que não me assusto com um ANBU.

Bom, eu sabia que era a resposta da minha mensagem secreta, então deixei para ler ela longe do Gaara.

- Shikamaru chegara em breve. Ele já esta a caminho. – Falou Gaara.

Olhei para janela e vi que a tempestade havia terminado.

- Vou para casa, obrigada por me ajudar. Até mais tarde.

- Até. –Falou.

Sai do Gabinete e logo cheguei em casa, fui para o quarto de Gaara, já que estou dormindo lá e abri o pergaminho.

Ino, não devia ter nos avisado sem a permissão de Gaara, ele ficara irritado, mas fez bem em nos avisar.

Isso é realmente preocupante. Mandamos Shikamaru como pediu, logo ele chegara ai.

Tente reunir o máximo de informações que conseguir para podermos ajudar Suna.

Fique atenta e tome cuidado.

Obrigado pelas felicitações, Hinata disse que esta com saudade e que é para se cuidar.

Ate logo.

Uzumaki Naruto.

Hinata, sempre preocupada com os outros.

Guardei a mensagem em minhas coisas e fui tomar banho. Vesti uma roupa simples e desci.

Estavam todos na sala.

- Hei, Ino-chan, onde esteve? – Perguntou Temari.

- Fui dar uma volta pela cidade. – Falei.

- E durante a tempestade? – Perguntou novamente.

- Estava perto do Gabinete, então Gaara me ajudou a fugir dela. – Disse e sorri.

- Meu filho, é tão preocupado com as pessoas. – Disse Karura-sama sorrindo.

- É mesmo. – Concordou Kankurou.

Nesse momento a porta se abriu de uma só vez, passando por ela um furioso Gaara. E o pior: ele me encarava.

- Achou que eu não fosse descobrir? – Falou.

Ferrou. Ele descobriu.

- Descobrir o que? – Me fiz de inocente.

Ele fechou mais a cara e um pouco de areia começou a subir, devido ao seu grau de irritação.

- Essa vila é minha, você não tinha o menor direito de comunicar a Naruto o que esta acontecendo. EU mando aqui, EU que decido as coisas, por isso tenho o titulo de Kazekage. – Falou mais irritado ainda.

- Eu estou preocupada com a vila e com o bem estar de vocês. Não podia ficar parada sem fazer nada enquanto estão sobre ameaça. Você, o todo poderoso Kazekage, devia saber que a aliança com Konoha serve justamente para isso. Ajudar. – Falei.

Temari, Kankurou e Karura olhavam de um para o outro, assustados com a briga.

- SUNA É CAPAZ DE SE DEFENDER MUITO BEM SEM A AJUDA DE KONOHA, NÃO SOMOS INCAPAZEZ. Quero você longe do Gabinete, longe da mente de minha mãe e longe de qualquer um que possa lhe passar informações. O concelho queria prende-la por dar informações de nossa vila sem minha permissão. Tive que fazer o inferno naquele lugar para mudarem de ideia. – Falou colocando as mãos no cabelo e os puxando.

Provavelmente se controlando para não fazer algo que se arrependa depois.

- Eu só... – Comecei mas Gaara me interrompeu.

- CALA A BOCA. VOCE VAI FAZER O QUE MANDEI. ESTA É MINHA VILA, MINHAS ORDENS. – Falou ainda exaltado.

- Desculpe, eu... – Comecei novamente, mas fui interrompida de novo.

- Não quero saber das suas desculpas. E não desobedeça minhas ordens. Mesmo não sendo dessa vila, desobedecer à ordem de um Kage pode não ser muito bom. – Falou.

Agora eu me irritei.

- AGORA ESCUTA AQUI VOCE SABAKU NO GAARA, ESTOU POUCO ME LIXANDO SE É O KAZEKAGE OU NÃO. PARE DE SER TÃO EGOISTA E ACEITE A AJUDA. SEI QUE SUNA É CAPAZ, NÃO DUVIDO NENHUM POUCO DISSO, MAS HÁ CERTAS HORAS QUE PRECISAM SIM DE AJUDA. VOCÊ ESTA SE DEIXANDO ABALAR POR QUE É SUA MÃE QUE ESTA AQUI E NÃO QUER QUE NADA DE MAL ACONTEÇA A ELA, EU TE ENTENDO, TAMBÉM NÃO QUERO NADA DE MAL PARA KARURA-SAMA, MAS ISSO PRECISA SER INVESTIGADO. E outra, acha que Konoha também não pode ser ameaçada pela mesma pessoa que invocou sua mãe? Eu estou me preocupando com a minha vila também, mas já que não pode aceitar isso, me desculpe. – Falei com lágrimas nos olhos.

Ele não queria ajuda? Essa situação é critica. Konoha, justamente por ter aliança com Suna, também pode ser atacada sim. Temos que considerar essa hipótese, mas o senhor metidão não aceita nada.

Ele rosnou e saiu da mesma forma que entrou. Suspirei segurando as lágrimas.

- Ino.. – Ouvi Temari dizer.

Me curvei para os três.

- Me desculpem, mas não podia ficar parada. Gaara não sabe, mas assim como ele, também me preocupo com o bem estar das pessoas de Suna, apesar de não pertencer a essa vila. Também tem a hipótese se Konoha ser atacada e tenho que ajudar a proteger minha vila. Se me derem licença, vou para o quarto. – Me retirei da sala.

Antes de sair totalmente da sala, pude ouvir Karura-sama falando.

- Gaara não devia ter agido assim com essa menina. Ela boa, quer nos ajudar e ele foi muito rude com ela. Entendo que se irritou por ela se meter em assuntos da vila, mas ela esta certa... – Não terminei de escutar o resto da conversa.

Entrei no quarto de Gaara, continuaria ali, mas não ia falar com ele. Sabia que ele ia ficar irritado, mas não há esse ponto.

Deixei as lágrimas saírem e acabei dormindo.

Acordei com alguém passando a mão no meu cabelo, era bom. Respirei fundo e senti o cheiro do Gaara. Me afastei rapidamente, sentando na cama.

- Ficou bom o corte do cabelo. – Falou com um sorriso pequeno.

- Obrigada. – Falei ríspida.

Sim, estou chateada com a forma que ele falou comigo.

- Desculpe, perdi a cabeça, fui rude com você. Passei dos limites. – Falou olhando para baixo.

- Foi sua mãe que falou para você vim aqui, não é? – Perguntei.

Tenho certeza que ela deve ter conversado com ele.

- Também. Eu já estava vindo aqui quando ela me parou. – Falou me olhando.

- Hum... – Me levantei da cama pegando uma toalha e indo rumo ao banheiro.

Mas Gaara não queria cooperar e rapidamente apareceu na porta do banheiro, impedindo minha entrada.

Só agora percebi que ele estava sem camisa, apenas de calça e descalço.

- Não me respondeu. – Falou.

Dei um passo para trás, estávamos muito perto.

- O que eu não respondi? – Perguntei.

Ele deu um passo para frente e me abraçou muito forte. Fiquei parada, não correspondi seu abraço.

- Me desculpe. Não queria ter falado daquela maneira com você, não deveria tê-la mandado calar a boca, deveria ter aceitado suas desculpas e você tem razão. Estou me deixando abalar porque é minha mãe. – Falou.

Suspirei e o abracei de volta.

Meu Deus! Como falar não a Sabaku No Gaara quando ele esta te abraçando desse jeito?

- Tudo bem. E novamente me desculpe por intrometer nos assuntos de Suna, mas você tem que entender que me preocupo com as pessoas daqui também. – Falei.

- Tudo bem. Eu entendo. – E então me soltou.

Sorri e fui tomar meu banho, não tive a curiosidade de perguntar como ele descobriu, mas não importa.

Sai do banho e Gaara estava literalmente jogado na cama. Bocejou.

- Estou com sono. – Falou.

Olhei para o relógio e já eram 22h30min. Por quanto tempo dormi?

- Durma, oras. – Falei.

Ele se virou e me olhou.

- Não consigo dormir. – Falou.

Dei uma gargalhada.

- Lembra-se do que disse a noite? – Perguntei.

Ele pareceu pensar.

- Lembro-me apenas que Matsuri esteve aqui e você deu um ataque de ciúmes. – Falou sorrindo sapeca.

Bufei.

- Não estava com ciúmes. – Falei e cruzei os braços.

Ele riu.

- Aham, não estava. Sei. – Falou.

Sorri da mesma forma que ele.

- Você não consegue dormir agora porque não estou deitada ai para você ficar me abraçando. – Falei.

O sorriso dele sumiu e ele fez uma cara de criança quando é pega fazendo coisa errada.

- Como assim? – Perguntou.

Arrá, se fazendo de desentendido.

- Acordei no meio da noite e você não queria me deixar levantar, quando consegui, você falou para eu voltar para a cama por que estava frio e quando perguntei por que você dorme abraçado comigo, você disse: “ Porque sim. Seu cheiro é bom, agora vai dormir”. – Falei tentando imitar a voz dele.

Pude ver ele corar levemente. Nem preciso dizer que foi a coisa mais fofa do mundo ele corado, né?

- Não me lembro de ter dito isso. – Falou

- Mas disse. Vou te ajudar, vou deixar você me abraçar para poder dormir. Alias, eu já vou dormir. Estou com sono também. – Falei me deitando.

Ele não me abraçou.

- Exibida. – Falou.

Me aproximei um pouco mais dele.

- Você vai me abraçar mesmo. – Dei de ombros.

Ele bufou e me puxou, abraçando-me. Eu estava virada de frente para ele, e fiquei olhando seu rosto. Ele estava de olhos fechados.

- Já falei que não gosto de ser observado, não é? – Falou ainda de olhos fechados.

- Como sabe que estou te olhando? – Perguntei.

Ele abriu os olhos.

- Posso sentir. – Falou.

Então, se aproximou de mim e me beijou...


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Notas finais do capítulo

O que acharam ? :)
Até semana que vem pessoal... :D



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