POV Misto. (Gabriela e Kol.).

Ficamos eu, Nik, Emma e Sophie na sala. Queria saber das novidades, tudo o que perdi, quando a campainha tocou.

– Eu vejo quem é.- Klaus foi até a porta.- Olá Gabriela.

– Oi.- Sorri.- Vim ver a Isa, ela está?

– Sim, entre.- Klaus disse.

– Obrigada.- Disse entrando.

Quando a vi entrar na sala esqueci o que estava falando. Era linda, um pouco séria, mas tudo bem. Tinha os olhos lindos, porém tristes.

– Gabriela!- Emma a abraçou.- Você está bem?

– Estou sim. Eu fiquei sabendo o que aconteceu, por isso eu vim mais cedo.- Falei.

– Ótimo, pelo tempo que subiu acho que Isa está dormindo, mas vou ver para voce.- Emma disse.

– Não precisa. Deixe-a dormir. Eu volto outra hora.- Disse.

– Você não quer ficar aqui? Está tarde e não é legal você andar sozinha por ai.- Klaus sugeriu.

Gabriela, que nome lindo. Tinha algo nela que me atraia de um jeito que nem sei.

– Eu agradeço. Mas já aluguei um quarto.- Estava me sentindo desconfortável, eram muitos homens. Eu realmente não gosto disso que sinto, mas é mais forte que eu.

– Tem certeza? Temos um quarto vago. O Kol pode dormir com a gente, se precisar.- Emma disse.

– Uma moça assim sozinha na cidade é perigoso. Pode ficar com o quarto, eu fico aqui na sala.- Disse, não queria ela andando por ai.

– Não quero incomodar vocês. Não quero deixar alguém dormir no sofá.- Sorri.- Mas, obrigada.

– Fique Gabi, sua irmã vai gostar de te ver pela manhã.- Klaus disse.

– Ok, eu fico. Mas eu não trouxe nem roupa, pijama ou algo do tipo.- Disse.

– Eu te empresto roupa e pijama.- Emma se ofereceu.

– Tudo bem.- Eu e Emma subimos.

– Bem melhor assim.- Klaus suspirou aliviado.

– Vou dormir também, até amanhã.- Sophie se despediu.

– Boa noite Sophie.- Klaus disse.

– Boa noite.- Disse.

Emma me deu algumas coisas e descemos novamente.

– Gabi, o quarto é aqui em baixo. Qualquer coisa chama, ok? E tem comida na geladeira, pegue a vontade.- Emma disse.

– Obrigada.- Disse.

Fiquei olhando para ela, como era linda. Senti um cutucão do Klaus.– O que foi?

– Nem pense nisso. Essa menina já tem muito trauma na vida para você faze-la de passatempo.- Klaus disse.

– Vou ir dormir. Você vem Klaus?- Emma perguntou.

– Vou daqui a pouco.- Klaus disse.

– Ok. Boa noite Kol. Durma bem Gabi.- Emma subiu.

– Gabi, me esqueci de dizer, esse é Kol meu irmão mais novo. Ele vai ficar aqui uns dias.- Klaus disse.

Me levantei e peguei uma mão dela para beijar.

– Oi Kol.- Sorri. Mas estava um pouco nervosa. Estava sozinha só com os dois.

Beijei a mão dela e a sentir tremer.- Você está bem?

Eu estava nervosa, eu admito. Não consigo ficar tão perto assim de um homem sem ter aquelas imagens na minha cabeça.– Estou sim.

– Você parece cansada, o seu quarto é por ali, o primeiro.- Klaus indicou o corredor.

– Obrigada. Boa noite.- Fui para o quarto e tranquei a porta.

POV Kol.

– É serio Kol.- Ele disse voltando para o sofá.- Ela já teve muitos problemas

– Que tipo de problemas?- Perguntei.

– Não conte que eu lhe contei. Ela e a irmã, Isa, a namorada do Alex, eram abusadas pelo pai.- Ele falou.

– O que?- Questionei.

– Sim, horrível. E com ela ele era mais agressivo, batia e tudo mais.- Ele disse.

– Nossa, tadinha dela.- Olhei para onde ela sumiu.- Mas por que um pai faria isso com as filhas?

– Não sei o que passava na cabeça daquele doente, que, além disso, deixava outros transarem com ela também. Na verdade, segundo Isa, só faltou ele ganhar dinheiro para isso, já que mandava qualquer um ao quarto dela, quase sempre mais de um.- Ele disse.

– Isso não é pai, nem aqui nem na China. Isso é um monstro em forma de gente.- Disse.

– Concordo, mas não podemos fazer nada além de ajuda-las agora. Então não dê um de conquistador para cima dela.- Ele falou.

– Eu sei o que fazer Nik.- Sorri.- Não se preocupe, não sou um maníaco.

– Sei.- Ele olhou para mim sorrindo.- Você e Alex são mesmo muito parecidos.

– Você acha? Eu ainda acho que sou mais bonito.- Ri.

– Isso voce vai ter que discutir com ele. Mas vocês dois tem essas bochechas que dá vontade de apertar.- Disse mexendo nas bochechas dele.

– Ei, deixa as minhas bochechas.- Disse.

– Não.- Ele disse as apertando.

– Nik, eu estou me sentindo um bebê.- Falei.

– Mas você sempre foi o nosso bebê sendo o mais novo.- Ele disse.

Sorri.- Eu sei que sou irresistível, fofo, lindo e perfeito. Mas se controle.

– Nós sentimos muito a sua falta, principalmente depois que viemos todos para cá.- Ele disse.

– Agora eu estou aqui. Meio impossível isso, mas eu estou aqui.- Disse.

– Sim e agora estamos completos. Vou me deitar, você vai ficar bem?- Ele perguntou.

– Vou. Vou ler, ver TV ou jogar alguma coisa. Porque dezoito anos se passaram e deve ter mudado alguma coisa.- Falei.

– Muito. Pode pegar o vídeo game do Alex, está na estante. Boa noite.- Ele disse.

– Ok, boa noite.- Ele me deu um abraço e subiu.