Bad Girl escrita por Gabs


Capítulo 3
Capítulo 2 - Surpresa!


Notas iniciais do capítulo

Eu gostei bastante desse capítulo e espero que vocês gostem também (: Aahhh e muito obrigado pelos reviews, sério, eu to mto feliz cara!



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Já era tarde, pra ser sincera já estava perto de amanhecer, eu estava completamente bêbada, eu andava pelas calçadas de Londres sem rumo, sem saber o que fazer, eu só não queria voltar para casa e dar de cara com a vadia da minha madrasta sempre se aproveitando do dinheiro do meu pai, e o banana do meu pai, que não percebe a vigarista que colocou para dentro de casa, eu precisava parar de pensar nisso, a vida era do meu pai, ele podia fazer o que bem entendesse.

Eu sentia muita falta da minha mãe, e eu não sabia com quem contar nessas horas, eu tinha a Manuela, mas ela tinha um namorado, não estaria a disposição para ajudar sempre a sua amiga problemática, eu tinha que me virar sozinha.

Sentei em um banco na rua, e dava umas tragadas no meu cigarro, eu não era viciada, geralmente eu fumava mesmo para me sentir melhor com a vida, eu sabia o quanto isso fazia mal para os meus pulmões, mas eu pensava : Foda-se, no final eu vou morrer mesmo.

Eu tinha que estar em casa antes das 7:00, olhei o visor do meu celular para ver as horas, e ainda eram 05:00,o dia já estava clareando mas ainda dava tempo de dar mais uma volta pela cidade, mas eu não sabia para onde ir.

Para onde uma adolescente bêbada poderia ir? Meu estômago roncava, e para não chegar em casa com bafo de bebida e nem de cigarro, resolvi parar em uma lanchonete que por sorte já estava aberta, não havia nenhum cliente, apenas 2 funcionários arrumando as mesas e cadeiras.

–Ei garota, não estamos abertos ainda – disse um dos funcionários

–Cara, ela está bêbada! Vou pegar um copo de café preto para ela – disse o outro funcionário que estava limpando o balcão

Um dos funcionários me colocou sentada em uma cadeira, e o outro se aproximava com um pequeno copo de café, eu agradeci e dei alguns goles no café.

–Essa juventude está totalmente perdida, me diga garota, quantos anos você tem?

–16 – respondi secamente

Ele balançou a cabeça e virou-se para terminar de limpar o balcão, o outro funcionário chegou mais perto de mim e disse:

–Oh garota, toma cuidado, não é sempre que você vai arrumar pessoas como nós, há muita gente com más intenções que podem se aproveitar de garotas como você – disse ele tocando o meu ombro

–Eu sei me virar – respondi com frieza – Obrigada pelo café.

Após agradecer, dei meu último gole e saí da lanchonete, eu ainda não queria voltar para casa, lembrei-me que havia um parque que o meu pai costumava me levar logo quando eu vira morar com ele, não era muito longe do lugar onde eu estava no momento, então resolvi ir pra lá.

Dez minutos de caminhada e eu havia chegado no lugar, estava vazio, o que não me surpreendia, afinal, era em torno das 05:30 da manhã, o clima estava frio, eu me sentei em um dos balanços e comecei a me lembrar da minha infância, de como eu era feliz e um doce de menina, de como meus cabelos eram longos e bem pretos, e agora, continuam pretos os mesmos cachos de sempre nas pontas, que inclusive, eu havia pintado de azul sem autorização do meu pai, eu estava totalmente diferente, agora, com piercing no nariz, e em breve fazendo tatuagens, eu não seria mais a Lucy de antes.

–Me perdoe mamãe – sussurrei para mim mesma, e quando me dei conta, lágrimas molhavam o meu rosto, borrando ainda mais a minha maquiagem.

O vento balançava meus cabelos negros como petróleo, minha mãe costumava me chamar de Branca de Neve, acho que por causa da cor dos meus cabelos e também por conta da cor da minha pele, eu era realmente muito branca, eu sentia que o efeito do álcool estava passando, eu fiquei por bastante tempo naquele balanço, sentindo o vento no meu rosto. Eu me sentia livre!

Olhei para o visor do meu celular para ver as horas, mas ele havia descarregado. Droga!

As ruas já estavam começando a ficar movimentadas, levantei do balanço e fui andando pelas calçadas, havia um rapaz passando por mim, avistei um relógio em seu pulso.

–Com licença senhor – falei, fiquei na sua frente, o que impediu que ele continuasse a andar – Poderia me informar as horas por favor?

–São exatamente 06:50, garota você não deveria estar em casa dormindo? – disse o cara

–Olha, eu só precisava saber das horas mesmo, não precisa se meter na minha vida – eu disse, indo embora.

Não esperei o rapaz falar mais nada, fui para o ponto de ônibus, não haviam muitas pessoas nele, somente eu, e mais 2 moças, e logo depois, chegou um garoto com boa aparência andando de skate, ele estava vindo na minha direção e parecia não conseguir frear o skate, e ele praticamente quase me atropelou, eu tomei um grande susto e o xingue mentalmente até eu olhar para o seu rosto, como ele era lindo, ele estava com o cabelo bagunçado, usando uma calça jeans mostrando a barra da sua cueca, e uma blusa preta cavada, e na sua cintura havia uma camisa xadrez amarrada, e ele usava uma touca de tricô vermelha, um ray ban e um tênis preto, seus olhos me faziam lembrar do oceano, eram de um azul inexplicável, eram profundos e passavam segurança, sua pele era branca, não mais que a minha, e parecia pele de bebê, seus braços totalmente definidos, aquele garoto era realmente de tirar o fôlego.

Nossos olhares cruzaram, e quando isso aconteceu mudei logo a direção do meu olhar, ele deu um sorriso sem graça, eu fiquei sem ação.

– Foi mal aí – disse ele meio que me encarando.

Eu não respondi, apenas dei um sorriso forçado, e para a minha sorte meu ônibus acabara de chegar, eu entrei no ônibus e ele não parava de me olhar, aquilo me deixou um pouco corada e sem graça, e graças a Deus o ônibus começou a andar.

Não demorou muito e finalmente eu havia chegado em casa, para o meu azar Kate e o meu pai já estavam acordados, e estavam tomando café na cozinha. Tentei passar sem que eles me vissem, mas não deu muito certo.

–Lucinda, onde você estava?! – perguntou meu pai

–Na casa da Manu, agora se me dá licença vou tomar banho. – falei com uma maneira super seca.

–Espere! Antes quero que você saiba que o ex marido da Kate faleceu, e o filho dela virá morar conosco, ele chegou essa madrugada e dormiu no seu quarto, a propósito, vocês terão que dividir o quarto, portanto seja boazinha, e tente.. ér, não atacar o garoto. disse o meu pai, confesso que quando ele me falou isso eu me senti um completo animal selvagem.

Eu assenti, “ah que ótimo, agora vou ter que dividir o quarto com um pirralho” , pensei, sem mais delongas fui direto para o meu banheiro, por sorte meu quarto era uma suíte, eu passava exatamente 24h no meu quarto, saia apenas para pegar comida, e retornava. E foi exatamente o que eu fiz, tomei meu banho, coloquei uma roupa simples, uma blusa do bob esponja e um short jeans bem despojado meio rasgado, após isso fui até a cozinha pegar comida até que ouço um barulho na porta, e pensei “ a vadia da Kate deve ter esquecido alguma coisa, do jeito que é burra, também, com tanta tinta naquela cabeça não há cérebro que funcione”.

Nem me importei, mas na verdade me dei conta que Kate estava na sala vendo TV com o meu pai, e de repente ouço vozes.

–Mãe, cheguei – era uma voz masculina, mas não era do meu pai.

–Oi filho! – era a voz da vaca da minha madrasta.

Fui até a sala curiosa para ver quem seria o pirralho que iria ter que dividir o meu quarto, levei comigo uma xícara com café, e assim que cheguei na sala e vi aquela cena, a xícara imediatamente caiu da minha mão, senti que nesse momento eu havia ficado mais branca que o normal, e eu pensei “DROGA! É ELE! “.


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Notas finais do capítulo

omggg *oo* quem será?