What If It Was All Real? escrita por luh13


Capítulo 16
And the Truth Is...


Notas iniciais do capítulo

Milhões de desculpas, pessoal.
Eu prometi para domingo passado, mas eu fiquei muito mal naquele domingo e nem liguei o computador. Aliás, essa semana passada inteira eu fiquei muito mal. E nesse fim de semana eu não consegui escrever porque eu tive que participar de reuniões familiares, sabem como é.
Então, mil desculpas, mas a culpa não foi minha!
Aqui está o capitulo com o segredo da Audrey... E mais mistérios vão surgir :D



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POV Audrey

Depois que eu e o Doctor levamos Rose de volta para a TARDIS, ela foi dormir, pois estava muito cansada, e ele não quis deixá-la sozinha, então os dois foram “dormir” no quarto dela.

Ok... Rose provavelmente estava muito cansada para realizar... Outras atividades.

De qualquer forma, eu fiquei vagando pela TARDIS, sozinha. Ou quase isso.

“Audrey!” chamou uma voz em minha mente na manhã seguinte

“Sexy! Como você pode ver ocorreu tudo bem! Rose ainda está aqui com a gente!”

“Sim, eu sei, querida. E eu estou muito orgulhosa de você. Seu plano foi simples, porém engenhoso. Mas não é por isso que eu vim falar com você.”

“O segredo.” Eu conclui

“O segredo” ela concordou, parecendo meio triste “Você sabe que vai ter que fazer isso logo.”

“Eu vou, eu prometo. Assim que os dois acordarem.”

“Sim, sim. Audrey... Não fique com medo.”

“É fácil para você falar!” eu falei levemente irritada. Não era ela quem estava passando por aquilo...

“Audrey, por favor, não é tão ruim.”

- Eu nem ao menos sei quem eu sou! – eu gritei em voz alta para o teto da cozinha, enquanto fazia chá para mim

- Audrey? – chamou uma voz atrás de mim e eu me virei assustada – O que está acontecendo? – o Doctor estava parado, encostado na porta

- Doctor? Cade a Rose? Ela está bem?

- Sim, ela está bem. – ele falou entrando na cozinha – Ela acordou agora há pouco e eu achei que fosse melhor fazer chá para ela. O que você já está fazendo. – ele falou indicando a chaleira com a cabeça – Mas... Você. Eu não sei se você está bem. Você está bem? Eu sei que você sabia de tudo, mas deve ter sido bastante ruim para você. Quer passar uma temporada na sua casa? Eu não me incomodaria em levá-la. – ele ofereceu

- Eu estou bem. E não, eu detesto a minha casa.

- Por que? – ele perguntou genuinamente curioso

- Meus pais não gostam de mim.

- Eu duvido muito. Por que você acha isso?

- Você não sabe a minha história, não é? – perguntei dando um sorriso triste e ele fez que não com a cabeça – Bem, talvez seja melhor se eu... Chame Rose. Eu tenho uma coisa para contar para os dois de vocês. Eu levo o chá, vocês dois me esperem naquela sala com os dois sofás e a lareira...

- Certo, estaremos lá. – ele concordou, percebi que ele estava desconfiado

Terminei o chá e passei em meu quarto para pegar o objeto escondido em minha gaveta e guardei-o em meu bolso. Então segui para a sala onde os dois estavam me esperando.

Coloquei a bandeja do chá em cima da mesinha de centro e me sentei no sofá oposto ao que os dois estavam sentados.

- Rose, como você está? – eu perguntei antes de começar qualquer coisa

- Eu estou bem, Audrey. – Rose falou – Fisicamente. – ela adicionou baixinho e o Doctor passou um braço ao seu redor, puxando-a para mais perto

- Eu sinto muito, Rose. Eu poderia ter dito para a sua mãe sair da TARDIS, mas... Ela merece a chance de ir para aquele mundo paralelo e ser feliz, Rose. Ela vai ter um ótima vida com o marido que ela ama.

Rose sorriu para mim.

- Você está certa. E eles vão ser felizes? Vai dar tudo certo para eles, Audrey? Eu quero ter essa certeza.

- Sim, sim. Eles vão ser muito felizes juntos, Rose. Muito.

- Obrigada. – Rose falou tentando conter as lágrimas que começaram a brilhar em seu olhos

Sorri para ela.

- Por mais que eu me importe muito com você, Rose. Não foi por isso que eu chamei vocês aqui. Sabe, há 17 anos atrás, meus pais biológicos me abandonaram e me deixaram em um orfanato sem absolutamente nada, apenas um relógio antigo. Então eu fui adotada, pois meus pais adotivos não podiam ter filhos. Alguns anos depois eles conseguiram ter uma criança e passaram a me ignorar, o que depois de um tempo eu passei a aceitar e simplesmente ficar em meu canto sem incomodar ninguém. Não que eles me tratassem mal, mas a diferença entre mim e meus irmãos era visivelmente notável. Enfim, eu comecei a detestar a ficar em casa e passava quase todos o momentos que eu podia fora, mas alguns anos depois, eu comecei a assistir esse seriado, Doctor Who, que contava a história de um homem louco em uma caixa e suas aventuras por todo tempo e espaço. E então eu tinha um universo inteiro para onde eu podia escapar e viver aventuras. E desde então eu fiquei obcecada com essa série. Até que eu descobri que não era um série. E eu conheci vocês. E foi a melhor experiência da minha vida até agora. Doctor, Rose, vocês se lembram de que nos perguntamos o porque da TARDIS ter me escolhido para saber sobre o futuro de vocês? Pois bem, eu tenho a resposta. – eu falei me controlando para não chorar – Eu falei para vocês a resposta. Doctor, você sabe... No orfanato, tudo o que meus pais biológicos me deixaram foi um relógio velho.

Ele ficou obviamente chocado, ele abriu sua boca para falar algo algumas vezes, mas não conseguiu produzir nenhum som.

- O que isso quer dizer? – Rose perguntou após alguns segundos de silêncio

- Rose, os Time Lords têm um equipamento que os permite a reescrever sua biologia, podendo se transformar em qualquer coisa. Incluindo humanos. – dessa vez, Rose ficou chocada e olhou para o Doctor – Mas, quando fazem isso, eles não se lembram de nada de sua vida como Time Lord. Eles se transformam em, por exemplo, humanos, e o equipamento cria uma história de vida para eles. Mas a essência do Time Lord, sua mente, fica presa dentro de um relógio. E quando aberto... Bem, o Time Lord volta ao seu corpo. – eu falei e tirei o relógio do meu bolso

Rose e o Doctor estavam me olhando paralisados, mas ele conseguiu piscar algumas vezes e estender a mão para pegar o relógio de mim. Eu entreguei na mão dele.

Ele analisou o relógio com atenção.

- Você deveria ter me mostrado isso antes. – ele falou e olhou para mim

- A TARDIS pediu para eu esperar Rose estar salva. – eu respondi

- Você... Você vai abrir? – ele perguntou incerto

- Eu... Eu vou. – eu respondi abaixando a cabeça

- Mas o que acontece com você? – Rose perguntou – A Audrey que eu conheço, o que acontece com você.

- Eu sou parte da Time Lady que estiver presa aí dentro, Rose. Ela vai ter todas as memórias de quando era humana. – eu falei – De certa forma, eu sou apenas uma história. Eu nem sei se eu sou real.

Doctor me devolveu o relógio e eu o segurei em frente ao meu rosto.

- Audrey... – Rose falou – Você é real. Você me salvou, você é nossa amiga. Independente do que aconteça.

- Bem... É agora ou nunca. – eu falei dando um sorriso triste e eu abri o relógio

A essência de Time Lady voltou de uma vez para a minha mente e eu desmaiei por um curto período de tempo.

Meu segundo coração voltou a bater, meu sistema de respiração melhorou. Minha mente se ampliou, e a dor sobre uma guerra voltou. Tanto foi perdido, tanto...

Algumas lágrimas escorreram pelo meu rosto antes que eu ao menos abrisse os olhos.

Quando o fiz, Doctor e Rose estavam ajoelhados no chão a minha frente, olhando para mim com expectativa.

- Doctor... – eu falei baixinho com a voz chorosa – Gallifrey... Minha mente está tão vazia. – eu falei secando as lágrimas

- Eu sei, eu sinto muito. – ele falou – Eu sinto muito mesmo. Mas eu tive que fazer isso, eu precisava... Eu não podia deixar eles fazerem aquilo, Au... – ele se interrompeu na hora de falar o meu nome

- Eu não te culpo. Alguém tinha que ter impedido eles... Mas o custo foi tão alto. Tão alto. Meu nome é Alexiandrax. Mas eu aderi o nome Audrey por causa da minha apreciação pelos humanos. Assim como sua neta, Susan. – quando eu o falei um choque de dor passou por seu rosto – Eu sinto muito. – acrescentei e ele assentiu

- Alexiandrax... Nós não nos conhecemos, conhecemos? – sacudi a cabeça – Eu conheço esse nome... Alexiandrax! Você é a telepata, não é? – ele perguntou entusiasmado

- Essa sou eu, mas pode continuar a me chamar de Audrey. Só um pessoa me chamava de Alexiandrax, além das ocasiões oficiais, e ele não está mais aqui.

Ou será que ele conseguira? Ele poderia estar...

Não, ele não estava. Por mais que eu quisesse ele não estava.

- Eu sinto muito. – Doctor falou novamente

- Eu não te culpo.

- Por que você está viva? – ele perguntou após alguns segundos de silêncio e eu ergui uma sobrancelha e olhei para ele

- A pessoa que me chamava de Alexiandrax, ele não queria que eu morresse... Ele tomou medidas extremas contra isso.

- O que aconteceu?

- Os Time Lords estavam desenvolvendo esse equipamento que nos permitiria a nos regenerar em bebês. Foi o que ele fez. E depois ele me transformou em humana e me mandou para a Terra para me esconder, prometendo que depois voltaria para me buscar... Bem, ele nunca foi. – ele me olhou por alguns momentos, suspirando – Rose, você pode falar alguma coisa se você quiser. Fique a vontade.

- Todos os Time Lords são rudes? – ela perguntou e eu ri

- Em sua grande maioria, sim. Eu acho que eles tentaram fazer uma lei sobre isso uma vez...

- Eu tenho uma pergunta. – ela começou  - Não que eu saiba muito sobre os Time Lords, mas... Eles não são todos telepatas?

- Sim. – respondeu Doctor – Bem, a maioria é. Mas nós só podemos ler... Que termo horrível usado pelos humanos... Os pensamentos das pessoas as tocando. Ou seja, nós somos telepatas por toque. Agora, Audrey era famosa por ser uma grande telepata e não precisar de contato para ler os pensamentos de alguém.

- Então... Ela está lendo os nossos pensamentos agora? – Rose perguntou e os dois me olharam curiosos

- O que é que vocês dois querem esconder, hein? – eu ri – Não, Rose. Eu não gosto de bisbilhotar os pensamentos dos outros, é particular. Para mim é como se os pensamentos de vocês fossem alguns sussurros, eu consigo não prestar atenção. Eu posso, se eu me concentrar e quiser, mas eu não quero. Porém, de vez em quando, os pensamentos parecem que são gritados... Não tem como eu ignorar, mesmo que eu tente. – eu tentei explicar – Eu sei que não parece fazer muito sentido, mas é assim que parece para mim.

Rose assentiu.

- E mais uma coisa, por que você só se revelou depois que havia me salvado? Eu sei que foi porque a TARDIS pediu, mas por que ela pediu isso?

- Eu também quero saber isso. – o Doctor falou sorrindo com orgulho de Rose por pensar nas perguntas certas. Revirei os olhos.

- Bom, quando eu virei o humana, eu reescrevi toda a minha biologia. Basicamente meu corpo se regenerou em um corpo humano. Todas as minhas células mudaram. E eu, como humana, nunca tinha ido para um universo paralelo.

- Mas você foi como Time Lady. – Doctor concluiu

- Exatamente. Se eu já tivesse virado uma Time Lady, eu não poderia ter ajudado Rose com a alavanca, e ela correria mais riscos de ficar presa no mundo paralelo.

- Foi uma decisão inteligente. – o Doctor falou olhando para cima, agradecendo a TARDIS silenciosamente

- Rose, eu mal recuperei minha mente e eu já sinto muita falta da minha família. Eu tenho certeza que você sente falta da sua também. Então tem mais uma coisa que eu posso fazer por você. Um último adeus que você pode dar para a sua mãe.

- No que você está pensando, Audrey? – perguntou Doctor

- Eu e você vamos fazer alguns cálculos hoje. – eu sorri – Rose? Você quer falar alguma coisa?

- Obrigada. – ela falou olhando para mim e depois para o Doctor

- Não tem de que. – eu respondi – Mas não era a isso que eu estava me referindo. Tem alguma coisa te preocupando, eu posso sentir. Algo que você queira compartilhar?

- Depois... eu falo com você. – Rose falou corando – Achei que você não tivesse lendo nossos pensamentos. Eu tenho certeza que não estão tão altos.

Eu ri.

- Não estão. Eu só estou sentindo as suas emoções. Essas sim estão muito fortes.

- Ah, entendi. – ela falou

- Rose, por que você vai falar com Audrey e não comigo?

- Ciúmes por que Rose pode gostar da companhia de um Time Lord que não seja você? – provoquei

- Ah, fica quieta, Audrey. – ele falou revirando os olhos – Rose?

- Não. Você não tem o direito de me pedir para não guardar nenhum segredo de você. – ela falou e eu sorri quando a cara do Doctor caiu em surpresa

- Ok, desculpe. – ele falou e deu um beijo na bochecha dela – Eu vou deixar vocês conversarem.

Ele se levantou e saiu pela porta.

Pedi para a TARDIS fechá-la e selar o som para que ele não escutasse atrás da porta.

- Rose? – olhei para ela

- É que... Desculpe, vai soar estúpido... Você é a última Time Lady, ele é o último Time Lord... O dever de salvar a espécie... – ela me olhou envergonhada

- Não! – eu falei alto e ri – De jeito nenhum. Primeiro, os Time Lords dificilmente se reproduziam dessa forma. Era possível, depois que a maldição da Píton foi revogada, mas a gente produzia por laboratórios, basicamente. E mesmo assim, eu nunca ficaria com ele e nem ele ficaria comigo. Ele ama você e eu sou MUITO nova para ele. Bem... Meu antigo, ahm, que termo humano estúpido, namorado tinha mais ou menos a idade dele, mas nós éramos considerados um casal completamente errado.

- Quantos anos você tem?

- Só 113.

- Só... – ela falou sarcasticamente e eu sorri para ela – Desculpe pela pergunta idiota, é só que... Eu não sei. Ele ficou sozinho por tanto tempo e agora você está aqui... Se ele ia me deixar por uma aristocrata francesa, por que não por uma Time Lady...

- Rose, você sabe muito bem que Reinette não significou nada para ele. Depois que ela morreu ele ficou triste? Ficou. E superou em quanto tempo? Um dia? Menos? Posso te mostrar como ele iria ficar sem você?

- Como você pretende fazer isso?

- Eu sou uma telepata muito boa. Posso?

- Acho que sim. – Rose falou

Fechei os olhos e me concentrei nas memórias dele falando sobre ela, dele lembrando dela e dele logo após ter perdido ela e mandei-as para a mente de Rose.

Ela colocou a mão na boca e engasgou.

- Você realmente acha que ele iria deixar você, Rose? Ele ficou mal por te perder pelo resto da vida dele. – eu falei e me levantei saindo daquela sala, deixando Rose com seus próprios pensamentos.

Pensando naquelas memórias, eu percebi que algumas coisas estavam faltando... O que acontecia no final da terceira temporada, mesmo? E... Por que o 10º Doctor se regenerava no 11º?


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Notas finais do capítulo

Então, mereço reviews?
Ok, eu preciso falar uma coisa com vocês, eu tenho essa fic planejada até o final da terceira temporada.
Ok, eu tenho só o final da terceira temporada planejado, mas eu quero muito escrever até pelo menos lá. Vocês gostariam de ler? Até pelo o fim da terceira?
Me digam nos reviews se vcs acham que é uma boa ideia.