Herança De Família escrita por danick


Capítulo 33
Capítulo 31


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!



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Pov Bella

Já havia se passado uma semana mais ou menos, desde a noite do meu jantar oficial com o Edward, que por sinal, tinha sido uma noite maravilhosa e a cada dia estava sendo melhor.

Agora aqui estou correndo para a sala, já que começaram as provas, e eu não quero chegar atrasada em nenhuma matéria.

E desde aquele dia estou na faculdade, não tenho visto nem sinal de Victória, o que pode ser considerado algo bom, já que ela não esta me enchendo, como também pode ser algo ruim, pois ela pode estar armando algum plano. Então de qualquer maneira é melhor manter os olhos bem abertos.

Cheguei na sala, e o professor já havia entregue as provas e agora estava explicando as regras da prova, como por exemplo: Não colar. Como se isso fosse uma regra. Todo mundo sabe que numa prova não se deve colar, mas pelo jeito, no mundo de hoje, as regras existem para ser quebradas, então a maioria cola.

Como eu cheguei atrasada, ele colocou minha carteira em cima do palco, que tinha na sala de aula, de frente para o quadro, então nem se eu quisesse eu colaria, já que todos estavam abaixo, e eu sozinha.

O professor que havia parado as explicações, para me acomodar, pegou a minha prova e entregou a mim, que olhei com cuidado e senti um alivio, ao ver que pelo menos, as questões da primeira folha, eu sabia responder, o que era uma boa, já que a prova tinha três folhas, e com total de trinta questões. Pois é, medicina não é fácil.

Uma hora depois, eu já estava terminando de preencher o gabarito, e entregando minha prova ao professor, e seja o que Deus quiser.

Sai da sala e encontrei umas amigas minha do lado de fora, querendo saber o que eu marquei nas questões, para ver se era o mesmo que o delas, e etc...

Até que ouço meu celular tocar. Ah é, me esqueci de contar, eu já havia comprado, um celular novo. Olhei o visor, e vi a foto de Edward na tela, e atendi:

– Oi. – Eu disse.

– Oi meu amor, já terminou a prova? – Perguntou ele do outro lado da linha.

– Graças a Deus, e também se eu não tivesse terminado, com certeza eu estaria com zero agora. – Eu disse.

– Porque? – Percebi o tom de curiosidade.

– Eu esqueci de por meu celular no silencioso e você acabou de me ligar, então imagina a cena. O celular tocando no meio da prova, e o professor vindo em minha direção, me tomando a prova, e BAM, um zero automático. – Eu disse, rindo por fim.

– Desculpe, ainda bem, que eu não liguei antes. – Disse ele, meio nervoso.

– Esquece. Eu já vou ir pra casa. – Eu disse.

Como era prova, a quem vai terminando vai saindo, então era umas duas e poucos da tarde, e não dava pra esperar o Edward, já que ele sai do serviço as cinco.

– Não vai esperar eu ir te buscar? – Perguntou ele.

– Fazendo o que? Não precisa, eu pego um taxi.

– Tem razão, tudo bem, até mais tarde. Beijos.

– Beijos. Até. – Disse e desliguei.

– Já vai? – Perguntou Angela, uma de minhas colegas.

– Já. Tchau, pra vocês, e boa sorte com a nota. – Eu disse.

– Igualmente. Tchau. – Disse ela, e resto me deram tchau.

Sai dali e fui caminhando para fora do meu bloco, em direção ao pátio, até que sinto uma mão puxar o meu braço.

– Quanto tempo em? – Perguntou Victória.

– Bem que eu senti um cheiro podre no ar. – Eu disse, puxando meu braço que ela ainda segurava.

– Olha só garota, não ouse me desafiar. Você já viu o que aconteceu na primeira vez que você fez isso, e acredite, na próxima você não vai estar aqui pra contar a história. – Disse ela, me encarando, e eu juro que eu podia ver a fumaça saindo do nariz dela, de tanta raiva.

– Eu aposto que você tem outro plano, e não é me matar. – Eu disse, encarando ela da mesma forma, sem me deixar abater.

– Porque acha que eu não vou te matar? Porque as provas mostram que eu fiz você sofrer o acidente, e ainda coloquei uma enfermeira falsa para te dar uma injeção que iria te matar. – Disse ela, me olhando com a sobrancelha erguida, de forma desafiadora.

– Mas o que importa são as circunstancias e não as provas. – Eu disse. – Você sabia que com o acidente, eu poderia sair viva, poderia dar certo ou não, e aqui estou eu, e o da enfermeira, se você quisesse me matar, você teria me sufocado, ou me dado uma injeção de algo, que já mata na hora, pra nem ter chance de me salvar. E se você quisesse me matar, você teria pego uma arma, se quisesse e me dava um tiro de uma vez. – Ela continuava com a mesma pose de biscate ainda. – E você já ouviu falar que quem quer matar ou morrer não avisa, simplesmente faz. Pois sempre aparece alguém pra impedir.

– Até que você é esperta. – Disse ela, dando um sorriso, se achando a tal pelo jeito. – Primeiro eu quero te fazer sofrer, ai sim eu vou poder te matar, pois qual seria a graça, eu somente puxar um gatilho? Você iria morrer na hora, ia ser muito fácil.

– E tudo isso, só por causa de um carinha, que você nem ta junto com ele. E também, pela briga, é claro, mas pessoas normais, param por ai, no máximo uma briga, uns puxões de cabelos, mas é só isso.

– Só que eu não sou uma pessoa normal, e você sabe disso. – Disse ela. E realmente eu sabia. – Você se meteu comigo, e quem se mete comigo, não sai muito bem na história.

– Só que você também sabe que eu não sou essas pessoas que te enfrentam e acabam perdendo.

– Você é pior que elas. – Disse ela. – Agora eu preciso ir, tenho coisas mais importantes pra fazer.

Dizendo isto, ela saiu, mas antes que ela se afastasse mais, eu gritei:

– Eu sou as que vencem!

Ela acha consegue me vencer, pois eu digo, ela pode até tentar, mas sou eu que ganhar.

Depois dessa pequena reunião, entre mim e Victória, eu fui para o ponto de taxi que tinha ali perto da faculdade, e entrei no primeiro que vi, pedindo para que me levasse pra casa.

Depois de uma década dentro do taxi, eu chego em casa, e vou correndo tomar um banho para poder pensar com calma, em um jeito para Victória não vir com armadilha pra cima de mim.

O chuveiro é o melhor lugar que existe para por o pensamento em ordem, e tomar alguma decisão. Então, depois de pensar e pensar, decidi agir com calma, e não colocar ninguém na parada, pois o único jeito de vencer Victória agora, era eu mesma, já que tudo começou apenas comigo, iria acabar só comigo. E só no caso de algo fugir do meu controle, e eu precisar de ajuda, eu vou pedir. Então por enquanto, eles não precisam nem saber que eu falei com Victória.

E assim se passou mais cinco meses, e agora estávamos em novembro, e em hoje é meu aniversário de 18 anos. Enfim a maioridade chegou.

Nesse tempo eu pensei e investiguei tudo o que podia sobre Victória e parece que ela sossegou o facho, pois não achei nada. O que eu não entendo é que ela me ameaçou e tudo, disse que quer me fazer sofrer mas não fez nada até agora, e cinco meses se passaram, acho que é muito tempo para um plano.

O resto do povo comentaram uma vez e outra sobre Victória, e ela estar muito quieta, mas mesmo assim eu não havia contado que ela tinha me procurado aquele dia na faculdade. Ah, e só pra constar eu passei em todas as matérias, e agora está tudo bem, e ainda fim do mês, tem as provas do segundo semestre. Mas eu vou me sair bem, pois cá entre nós, eu sou muito inteligente, e modesta.

Só que nesses cinco meses houve algumas mudanças básicas, Nessie e o Jake assumiram namoro, Rose e Emmett, estão juntos também, mas eles falam que não é namoro, que estão se conhecendo ainda, só que eles estão se “conhecendo” a três meses, pois um não desgruda do outro, mas tenta contestar pra ver, eles te batem. Gabi e Marcos estão de boa também, como sempre, e digo o mesmo de Jasper e Alice.

Já eu e Edward, é aquela coisa de sempre, um pega pra capa, e depois é só love, e depois ciúmes, e confusão também, resumindo, o nosso amor é único. Eu acho que no dia que a gente não brigar mais, por qualquer coisa que seja, é porque a gente não se ama mais.

– Liga o de dança. – Disse Alice.

Agora era sete da noite, e estava todo mundo aqui em casa, reunido. Alice queria que eu coloca-se no X box o jogo dança, pra dançarmos com o kinect. Como eu não queria festa e nem bater perna por ai, eu resolvi reunir todos aqui, apenas para nos divertimos mesmo.

Eu peguei o jogo de dança e coloquei no vídeo game, então segui para a frente da televisão, já que não precisa de controle.

– Quem vai ser o primeiro pato? – Eu perguntei, olhando ao redor, onde todos estavam.

– Sou eu. – Disse Alice, parando do meu lado. – Atenção meu povo, que a rainha chegou.

– Menos – Disse eu. – Que aqui a campeã invicta sou eu.

Depois, começamos a jogar, e no fim é claro que eu ganhei. Fazendo assim, uma Alice sair de cabeça baixa.

– Quis se achar de mais, tomou! – Gritou Emmett, zuando a irmã, que mostrou língua pra ele.

– É Alice, eu ainda sou a invicta. – Quando terminei de dizer, o celular de Nessie tocou, fazendo ela sair para atender, e o ciumento do Jacob ir atrás.

– Ela não vai te trair não. – Gritou Edward, rindo. Enquanto o Jacob, já estava no encalço de Nessie.

– Quem vai ser o próximo pato? – Eu perguntei.

– Eu. – Disse Edward, me surpreendendo.

– Você dança? – Eu perguntei.

– É uma das minhas muitas qualidades. – Disse ele, vindo para o meu lado, e me dando um selinho em seguida.

– Esta bem dançarino. – Eu disse, sorrindo. – Mas vocês estão todos de provas, se ele quebrar um dedo se quer a culpa é de si mesmo. – Eu disse para os outros que riam.

– Acho melhor você desistir, Edward. – Disse Marcos, que estava sentado no sofá com Gabi em seu colo.

– Pensando bem, eu acho que é melhor a Rose, ir no meu lugar. – Disse Edward rindo, e voltando a se sentar.

– Melhor coisa que você faz. – Disse Jasper.

– Vamos Rose. Quero ganhar de você também. – Disse e Alice mostrou língua pra mim.

– Pessoal, pessoal! – Gritou Nessie, vindo na nossa direção, antes mesmo de Rose levantar do sofá.

– O que foi? – Perguntei curiosa, me sentando entre as pernas de Edward, que estava sentado no chão.

– Eu ganhei uma viajem para o Brasil! – Gritou ela pulando. – E com direito a um acompanhante.

– Que com certeza vai ser eu, né? – Disse Jacob.

– Quem disse? – Perguntou Nessie, fazendo cara de série, mas ela tava louca pra rir. – Eu vou levar meu amante.

– Como é que é?! – Berrou Jacob, nervoso.

Todo mundo começou a rir sem parar, exceto Jacob que bufava.

– Mas como eu não tenho amante, eu vou levar você. – Disse Nessie, rindo. – Calma meu amor, é só uma brincadeirinha.

Enquanto Jake se acalmava, eu resolvi perguntar:

– Você participou de algum concurso, ou algo assim?

– Sim, esse tempo atrás; pararam-me na rua, e perguntaram se eu queria participar de um concurso, ai eu quis. – Disse ela.

– Mas você nem se preocupo se não era golpe? – Perguntou Alice alarmada.

– Não, porque só pediram meu nome e telefone, eles não pediram documento, então se fosse verdade bem, se não amém. – Explicou ela.

– E que dia vai ser? – Perguntei.

– Amanhã na hora do almoço, eu tenho a manhã inteira para arrumar minhas coisas. – Respondeu.

– Eles ligaram em cima da hora né. – Eu disse.

– Sim, mas fazer o que, é de graça. Pagando bem que mal tem. – Respondeu Jacob. – Nem acredito que vou tirar férias de uma semana.

– Você pediu pra tirar férias? – Perguntou Edward, e Emmett, ao mesmo tempo, fazendo todo mundo rir. Já que eles eram chefes de Jacob.

– Nem preciso, eu sempre to la na empresa, e essa é uma oportunidade única, eu sei que vocês não vão se opor.

– Só porque você é nosso amigo. – Disse Emmett.

– Vamos voltar para o jogo, e vamos pedir duas pizzas pra gente. – Disse Edward.

– Vamos, eu quero tirar a Bella do pódio. – Disse Rose, se levantando e parando ao meu lado, de frente pra televisão.

E assim se seguiu o resto da noite, todo mundo rindo, brincando, jogando, comendo e claro, cantamos parabéns também, uma coisa que eu achei desnecessária, mas Alice insistiu... Lá pelas duas da manhã, eu comecei a arrumar o quarto para as gurias ficarem, enquanto, os garotos, arrumavam o quarto deles para os outros.

No dia seguinte, eu consegui acordar as onze da manhã, e graças a Deus é sábado, não precisei faltar aula. Andei ao redor da casa, e percebi que não tinha mais ninguém, com certeza Edward foi trabalhar, e os outros arrumaram o que fazer, enquanto eu a mais preguiçosa fiquei em casa. Me sinto orgulhosa disso. Ser preguiçosa é um privilégio, pois todo mundo começa a falar de você, enquanto se você não é, ninguém nem te nota. Prefiro ser preguiçosa então.

Estou na cozinha comendo um belo prato de macarrão, quando ouço meu celular tocar, só que ele detalhe, ele não estava comigo, então só deu neguinho correndo, atrás de celular, até que encontro ele, no meio da coberta em cima da cama, e atendo sem nem ao menos ver quem é.

– Oito. – Eu disse.

– Até atendendo o telefone você faz gracinha. – Ouvi a voz, que à tempos não escutava.

– Já estava com saudades. – Eu disse com ironia.

– Quem diria, eu também. – Disse Victória. – Mas para matarmos a saudade, eu quero que você ligue para o Edward, termine o namoro, diga que vai embora de casa, e que nunca mais vai voltar. Diga aos seus amigos que nunca mais você quer ve-los.

– Você está drogada? – Perguntei, rindo. – Nunca que eu vou fazer isso, você não manda em mim.

– Ah, me esqueci de um detalhe, se você não fizer isso, não é você que vai sofrer, mas sim seus amiguinhos, Jacob e Nessie, não é?

– O que? Eles estão indo viajar... Ai meu Deus, aquilo foi coisa sua não é?! – Eu perguntei gritando.

– O que? O fato dos dois ganharem uma viajem para o Brasil, de um concurso, feito na rua? – Perguntou ela, com tom de ironia. – É, talvez eu tenha algo haver com isso sim.

– Onde eles estão? – Perguntei, olhando no relógio, e vendo que já era meio dia, e Nessie disse que ia viajar na hora do almoço.

– Eles estão a salvo por enquanto, mas lembre-se, para todos os efeitos eles estão indo viajar, ninguém vai sentir falta deles, caso eles sumam. Quem sabe a viajem deles, os levem ao outro plano. – Disse Victória, e eu podia ver que ela estava com o sorrisinho cínico dela.

Ela ia matar eles, se eu não fizesse o que ela estava mandando. E não adianta eu contar para os outros, pois pelo jeito ela os escondeu bem, e não iriamos encontra-los antes dela fazer algo pior.

Eu tinha que fazer o que ela pediu, pois tudo isso começou por minha causa, não é justo que eles paguem por algo que eu os meti no meio.

– Onde você quer que eu a encontre? – Perguntei. Se fosse pra mim morrer, ia ser de uma forma digna, indo salvar meus amigos.

– Boa menina. – Disse ela. – Primeiro você vai fazer o que eu pedi. E não tente me enganar, pois eu tenho gente, cuidando os passos de cada um de seus amigos, e se você fizer qualquer coisa que não seja o que eu pedi, diga adeus a Jacob e Nessie.

– Vou fazer. – Eu disse, num fio de voz.

– Quero que faça sua mala, para que todo mundo acredite mesmo que está indo embora, pois realmente você irá, só que para onde se vai, não existe bilhete para voltar. – Isso era uma ameaça clara, ela ia me matar. Mas melhor eu, do que os outros, que não tem nada haver com isso. – Quero que me encontre no aeroporto, onde seus amiguinhos iam embarcar, de la, eu te levo, onde é para você estar mesmo. Você tem uma hora. TIC, TAC, TIC, TAC... – Disse ela, e desligou.

Eu só desabei na cama, e comecei a chorar. Como eu não vi que ela estava armando isso meu Deus, como?

Olhei as horas no celular, e vi que era meio dia e meia, então me levantei da cama, ainda chorando, e peguei minha mala, no canto do quarto, e comecei a jogar minhas roupas dentro.

Peguei tudo que podia, e dei uma olhadinha nas horas, e era meio dia e quarenta e cinco, então liguei para Edward, que atendeu no segundo toque.

– Oi meu amor. – Disse ele, feliz como sempre.

– Estou indo embora. – Já que eu estava chorando demais, resolvi ser curta e grossa, para não prolongar o momento.

– Como assim?! O que houve?! – Gritou ele do outro lado da linha. – Bella, fala comigo, o que houve?! – Disse ele mais uma vez, quando eu não respondi nada.

– Preciso ir.

– Não precisa. Nós estávamos bem, não estávamos? Porque quer ir? Você não pode! – Então ele começou a chorar também. Então agora eram dois idiotas chorando no telefone.

– Eu não te quero mais, agora estou indo, e avisa os outros, para que não me procurem mais. Eu vou sumir da vida de vocês. – Eu disse em meio as lágrimas e soluços, e desliguei, não queria ouvir Edward chorar no telefone.

Então bloqueei o numero de Edward, pois tinha certeza que ele ia tentar me ligar, então assim, ele não iria conseguir, não podia lidar mais com isso.

Peguei minha mala e sai do apartamento, indo pegar minha moto, que graças a Deus, depois daquele acidente, meu bebe já estava inteiro, e de volta. Coloquei minha mala na parte de trás da moto, presa com aquelas cordinhas de elásticos.

Assim que terminei de verificar que a mala estava bem presa, subi na moto e arranquei em direção ao aeroporto. Assim que cheguei la, estacionei a moto na calçada, peguei minha mala, e corri para dentro do aeroporto.

Então ouvi meu celular tocar, e parei bruscamente, no meio do saguão do aeroporto.

– Muito bem, fez tudo direitinho. – Disse Victória. – Agora eu quero que você vá ao estacionamento e procure uma van preta sem placa. – Então desligou.

Corri para fora do aeroporto novamente, e procurei no meio de milhões de carros, uma van preta, até que encontrei.

Quando cheguei mais perto, a porta maior foi aberta, revelando a Victória, com o sorriso do gato de Alice no país das maravilhas no rosto.

– Entre. – Disse Victória.

Assim que eu entrei, eu vi Jacob e Nessie amarrados e amordaçados no banco de trás, já que em vá existe uma carreira a mais de bancos.

– Vocês estão livres. – Disse Victória. – Tirem eles daqui. – Então um homem desceu da porta do carona, e veio para a parte de trás puxando eles para fora, ainda amarrados. – Para você eu tenho outro destino. – Disse ela para mim.

A porta por onde entrei foi fechada pelo o carinha que tinha puxado Jacob e Nessie, então ele entrou no banco do carona novamente, e o outro cara que estava no volante se foi.

Olhei pela janela, e ainda pude ver, Nessie, e Jacob tentando se livrar das cordas.

– Para onde está me levando? – Perguntei.

– Não se preocupe. – Disse ela.

Então a viajem se seguiu em silencio até chegarmos em um lugar aparentemente abandonado.

O carinha do banco do carona desceu do carro, e veio abrir a porta, e logo depois me puxando para fora.

– Me solta! – Disse puxando meu braço, o qual ele estava segurando.

– Vamos Bella, tenho que te mostrar sua nova casa. – Disse Victória.

Eu caminhei lentamente atrás dela, mas ao mesmo tempo olhando tudo ao redor, para ver se tinha alguma maneira de eu conseguir fugir. Mas o motorista e o carona estavam atrás de mim, Victória na frente, não estava muito justa a história.

– Você disse que ia me fazer sofrer uma vez, não é verdade? – Perguntei chamando a atenção dela.

– Boa memória. O sofrimento já começou, ou largar o Edward e os outros foi fácil? – Ela tinha razão, eu praticamente tinha morrido, quando liguei para o Edward e o ouvi chorando. – Mas essa dor que você sentiu, ainda não é o suficiente.

De repente, ouço meu celular tocar. Que merda. Victória parou e se virou para mim, vindo em minha direção e tirando o celular do meu bolso.

– Isso é meu. – Tentei pegar de volta, mas um dos brutamontes me segurou.

– Pareça que seus amigos não entende, quando alguém diz, que não quer mais vê-los. – Disse ela. – Isto vai ficar comigo, já que você não vai precisar dele mesmo.

Dentro da casa abandonada, ela me fez sentar em uma cadeira bem no meio de um quarto todo sujo.

Então ela pegou uma sacola, que estava lacrada no canto do quarto, e tirou de dentro duas cordas e amarrou meus braços e pernas na cadeira. Depois pegou um pedaço de pano e me amordaçou.

– Como será que é ficar sentada, presa e indefesa, sem ninguém pra ajudar em? – Perguntou ela para mim, enquanto eu tentava me soltar. – Eu acho que o Edward nem deve sentir tanta falta sua assim, sabe? Não precisa ficar triste, pois desde o inicio você sabia que você apenas era uma maldita herança de família, que ele não queria, mas que caiu de paraquedas na vida dele. – Disse ela.

Ela caminhou até a sacola novamente, e tirou de la, uma caixa de fósforo, e um galão de um litro, que eu acho que seja de gasolina. O que me fez ficar mais nervosa, e tentar me soltar a todo custo, pois se eu achava que ia morrer com um tiro, eu acho que me enganei.

– O que houve, está nervosa? – Perguntou pra mim, segurando o galão de gasolina com uma mão e a caixa de fósforo na outra. – Não se preocupe, eu já fiz isto antes.

O que? Ela já havia tacado fogo em alguem antes? Ai meu Deus!

Ela abriu o galão, e começou a andar na minha volta, fazendo um circulo ao meu redor, só que um metro de distancia mais ou menos de mim. Conforme ela ia andando na minha volta, ela ia despejando a gasolina, até formar o circulo completo.

– Você não está se sentindo em um daqueles filmes de ação? Onde o vilão taca fogo no mocinho. Só que nesse caso, o mocinho morre.

Então ela riscou o primeiro fósforo, que não acendeu, o que não deixou-a muito feliz. Ela pegou mais um fósforo na caixa, e riscou, esse sim acendeu. E eu podia ver os seus olhos brilharem, em expectativa, eu acho que eu pegando fogo, ia ser um ótimo espetáculo para ela.

Ela atirou o fósforo no risco de gasolina do chão, o que fez como que instantaneamente o fogo surgir, o que me assustou.

O fogo era ao meu redor, mas não perto o suficiente, então eu só fiquei no meio daquele circulo de fogo. Mas podia sentir o calor, e sabia que se aquele fogo não se apagasse, e juntasse com a casa velha, tudo ia pegar fogo em pouco tempo.

– Acho que um bom modo para você morrer, é assim, não acha? Eu disse que você ia sofrer, e primeiro veio a dor emocional, e agora vai ser a dor física. Imagina só o fogo queimando, a fumaça entrando pelo seu nariz, e te impedindo de respirar, e depois o fogo tomando seu corpo, e você presa na cadeira, sendo queimada viva, e sem respirar. Acho que vai ser o suficiente! – Exclamou ela por ultimo.

Então ela atirou o restante da gasolina no resto do quarto, fazendo o fogo se alastrar, mas eu ainda meio que estava protegida no meio do circulo.

– Adeus. – Disse ela por ultimo, antes de sair, e me deixar presa, pra morrer.

Então esse é o meu fim? Morrer queimada?


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Notas finais do capítulo

Então, o próximo capitulo já sera o ultimo. É pessoal, a fic esta no fim! :(
O que acharam do cap? Comentem por favor, ai eu vou ter uma ideia para o próximo... Até mais.
Antes do dia 10 o ultimo ja vai estar postado, devido ao fato de que dia 10 eu vou viajar para porto seguro, então antes disso, eu irei postar o ultimo...



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