Merlin - 6ª Temporada escrita por Lamia Riley


Capítulo 19
Capítulo 19


Notas iniciais do capítulo

"Gwen ria muito das conversas com Gwayne e de sua relutância em ensinar a jovem, mas no fim ele acabou sendo convencido e mais, ele realmente se interessou pelo par de olhos verdes da jovem.
"Merlin pegou nas mãos de Morgana e colocou o anel e algo incrível aconteceu. Nas mãos de Sefa o anel era apenas algo brilhante, mas nas mãos de Morgana o anel brilhou de forma intensa. Um brilho que cresceu envolvendo os dois jovens."



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O dia amanheceu em Camelot e os resquícios da batalha anterior ainda eram visíveis por todo o castelo. Vários feridos ainda estavam na enfermaria. Cavaleiros ainda tentavam limpar sangue dos cavalos. Espadas e armaduras eram arrumadas.

Gwen não conseguiu dormi. Ela até tentou, mas toda vez o que dormia as imagens do campo de batalha, as pessoas morrendo em sua volta, a imagem do espírito de Arthur se despedindo dela um dia antes e a imagem do filho chorando no colo de Sefa quando partiram para Eldor se misturavam em seus sonhos. Essas imagens fizeram a rainha sair cedo do seu aposento. Ela não tomou café foi direto para a enfermaria que Gaius montou no canto leste do castelo.

Lá ela encontrou o velho médico incansável na luta por salvar alguns dos feridos, mas também encontrou um pai que sentia muito a falta do filho. Era assim que Gaius se sentia em relação a Merlin naquela manhã, um pai sem informações sobre o filho que saiu dias antes e ainda não se tinha nenhuma noticia sobre ele.

Gwen – Bom dia Gaius. Então como eles estão?

Gaius – Estamos indo bem. Mas tivemos algumas baixas nessa madrugada. Espero que os outros sobrevivam.

Gwen – Eu sinto tanto por eles e por suas famílias.

Gaius – Todos estão aqui por um motivo senhora. Amor a Camelot, amor pela terra que cresceram. Tenho certeza que a onde quer que estejam estão bem.

Gwen – Obrigada Gaius, mesmo assim não me sinto mais tranquila com isso. E ainda mais pelo fato de não ter notícias de Merlin ou da presença de Arthur e ainda tem a saudade do meu filho.

Gaius – Eu vi Leon e Percival juntamente com um grupo de cavaleiros saindo hoje cedo. Eles foram para Eldor talvez amanhã seu filho esteja aqui.

Gwen – E quanto a Merlin?

Gaius – Acredito que demorará um pouco mais. Para que a magia do Caldeirão de Arianrhod seja eficiente é necessário esperar até o sol chegar ao topo do céu e dominar todo o lago com seu brilho. Além disso, existe um outro problema. Morgana deve entrar por sua própria escolha. E esse é o ponto que me preocupa. Mas agora só nos resta esperar.

Gwen respirou fundo e caminhou até a porta.

Gwen – Já que agora só me resta esperar, então vou procurar pela jovem que me ajudou ontem.

Gwen se despediu de Gaius e caminhou até o pátio do castelo. No caminho ela encontrou Sir Gwayne.

Gwen – Gwayne, eu ainda não tive a oportunidade de lhe agradecer. Se não fosse suas aulas eu jamais teria saído viva daquela luta.

Gwayne – Você foi uma ótima aluna. Além do mais, eu só ajustei o que você já sabia.

Gwen – Mesmo assim quero lhe agradecer. Outra coisa, será que você poderia me acompanhar até a cidade baixa?

Gwayne – A rainha está com medo de andar entre seu povo?

Gwen – Claro que não. Apenas preciso de ajuda para encontrar uma jovem.

Gwayne – Quem?

Gwen – Você não a viu no meio da batalha? Acredito que todos tenham percebido uma jovem lutadora no meio dos brutamontes.

Gwayne – Deculpe Gwen, mas eu estava ocupado demais lutando para perceber alguma coisa.

Gwen – Sir Gwayne não sendo capaz de perceber uma jovem bonita? Realmente você deveria estar bem concentrado.

Os dois continuaram a conversa caminhando até a cidade baixa. Gwen não sabia onde encontrar a jovem, mas uma mulher que lidava tão bem com uma espada com certeza deve ter chamado atenção de alguém na vila.

E foi assim, perguntando aos comerciantes, que Gwen chegou até uma casa pequena e quase próxima a fronteira final da cidade baixa. Quando chegou ao portão, Gwen avistou uma senhora.

Gwen – Bom dia é aqui que mora uma jovem chamada Lyris?

Senhora – Majestade?! O que devo a honra de tê-la em minha humilde casa.

Gwen entrou no quintal. Era um quintal grande com algumas galinhas, cachorros todos soltos correndo de um lado para o outro. No final do terreno ficava uma pequena casa simples, mas bem florida.

Gwen – Eu gostaria de falar com a jovem Lyris.

Senhora – O que minha sobrinha fez? Ela é uma boa moça. Ela lutou ontem ao lado da senhora.

Gwen – Sim eu sei e foi por isso que eu vim.

No momento que Gwen falava com a senhora simpática. Uma jovem, com os seus 20 poucos anos, apareceu na porta.

Lyris – Majestade?! O que faz aqui?

Gwen – Então nos encontramos de novo? Estou feliz que você está viva.

Lyris – Uma filha de Jacob não poderia morrer assim tão fácil.

Gwayne estava logo atrás da rainha e fez um meio sorriso com a resposta da moça.

Gwen – Eu vim agradecer seu apoio na batalha ontem.

Lyris – Não precisava fazer isso. Entrei na batalha por acreditar se o certo a fazer. Além do mais tenho uma dívida com Camelot.

Gwayne - Dívida?

Lyris – Sir Gwayne. O senhor não me reconhece, mas a pouco mais de um ano o senhor e outros cavaleiros me ajudaram e aos meus irmãos e amigos a chegar em Camelot.

Gwen – Como assim?

Gwayne – Claro. Algum tempo atrás, logo depois que fiquei melhor, estava com tanta vontade de fazer alguma coisa que passeis alguns dias com o grupo de patrulheiros fiscalizando as fronteiras de Camelot. Numa das noites encontramos um grupo que fugiu de mercenários. Trouxemos o grupo para Camelot e o conselho permitiu que eles ficassem aqui.

Gwen – Eu não me lembro disso.

Gwayne – Foi uma decisão feita pelo conselho, você estava ainda em choque por causa da morte de Arthur, logo, o conselho passou um tempo cuidando de alguns assuntos do reino. Mas eu não me lembro de nenhuma mulher naquele grupo.

Lyris – Eu estava vestida de homem. Tive receio que alguém me fizesse mal se soubesse que eu era uma mulher. Além disso, eu precisava guardar minhas forças para cuidar dos meus irmãos que ficaram feridos na matança que ocorreu na vila onde morávamos.

Gwen – Sinto muito pelo que aconteceu. E onde você aprendeu a lutar daquele jeito?

Lyris – meu pai Jacob. Ele era um lutador que morreu segurando uma espada para nos salvar.

Gwen – Voce é muito boa. Tão boa quanto o nosso melhor cavaleiro.

Lyris – Sir Leon?

Gwayne – Não, Sir Gwayne.

Gwen sorriu com o jeito de Gwayne, mas logo percebeu os olhares entre a jovem e o cavaleiro que de todos os outros era o mais mulherengo.

Lyris – Ontem ao lutar na batalha ao lado de todos os cavaleiros senti como se estivesse realizando um sonho. Sempre quis ser uma guerreira.

Gwen – Mas você já é uma.

Lyris – Eu gostaria muito de poder fazer parte dos cavaleiros de Camelot.

Gwayne – Infelizmente não existe mulheres na guarda.

Gwen – E por que não existe?

Gwayne – Senhora, Por favor, não existe mulheres em nenhuma tropa de cavaleiros em nenhum reino.

Gwen – Da mesma forma que diziam que uma serva jamais poderia se torna rainha.

Gwayne engoliu aquela colocação de Gwen e apenas de um passo atrás. E Gwen continuou voltada para a jovem Lyris.

Gwen – Estamos com bastante trabalho no momento no Castelo, mas assim que tudo se acalmar gostaria de voltar a falar com você sobre fazer parte da guarda pessoal da rainha.

Lyris quase chorou, mas se conteve e fez apenas uma reverência na frente da rainha e mudou de assunto. Um assunto que era importante para cada uma das mulheres presente.

Lyris – Agradeço o convite majestade, mas no momento gostaria de saber quando as crianças do reino voltaram de Eldor? Meus irmãos pequenos estão lá.

Gwen – Não se preocupe. Sir Leon e Sir Percival mais um grupo de cavaleiros partiram cedo para buscar as crianças.

Gwen e Lyris continuaram a conversa por mais algumas horas, sempre com o olhar furtivo de Gwayne.

Após se despedir, Gwen e Gwayne caminharam de volta para o Castelo e no caminho Gwen falava com Gwayne sobre Lyris.

Gwen – Certo Gawyne, eu quero que você cuide pessoalmente do treinamento de Lyris.

Gwayne – Do que a senhora está falando? Vai transforma lá em uma de nós?

Gwen – E por que não? A única coisa que você terá que fazer é não ficar olhando para ela desse jeito.

Gwayne – Eu não estava olhando para ela. Nunca a vi antes.

Gwen ria muito das conversas com Gwayne e de sua relutância em ensinar a jovem, mas no fim ele acabou sendo convencido e mais, ele realmente se interessou pelo par de olhos verdes da jovem.

Enquanto a vida seguia lentamente em Camelot.

No caldeirão, Merlin e Arthur ainda não tinham acordado Morgana. Eles esperavam o sol chegar ao topo de céu para que a magia do lugar ficasse mais forte. Durante a espera, Morgana foi deitada no chão perto d’água e Arthur ficou sentado ao lado da irmã. Ele torcia para que tudo aquilo desse certo e assim Morgana sobreviveria.

Um pouco afastado dos dois estava Merlin com o Grande Dragão.

Merlin – Obrigada Kilgharrah pela carona. Mas agradeceria muito que você pudesse ficar, pois precisaremos de outra carona para a Caverna de Cristal.

Kilgharrah – E o que você vai fazer lá?

Merlin olhou para Arthur ao longe.

Merlin – Irei levar Arthur para a Caverna de Cristal e tentar trazê-lo de volta.

Kilgharrah – Merlin, eu fico admirado com o poder de sua amizade. Fazer duas grandes magias no mesmo dia é muito arriscado mesmo para um mago como você.

Merlin – Não é só amizade, grande amigo. Eu amo Morgana, e Arthur é como um irmão para mim. Eu não posso simplesmente virar as costas para eles. Não depois de tudo que nos aconteceu.

Kilgarra – Eu lhe entendo, mas você precisa saber de uma coisa importante. Morgana foi ferida por excalibur uma espada mágica. A ferida provocada por esse tipo de espada dura para sempre.

Merlin – O que você está me dizendo? O que mantêm Morgana viva?

Kilgharrah – Acredito que se Morgana perde todos os seus poderes no lago ela poderá não sobreviver. O mesmo acontecerá com Arthur. Se você consegui trazê-lo de volta. A ferida também voltará. E ele não poderá viver muito tempo, talvez até menos tempo que Morgana já que Arthur não poderes.

Merlin passou as mãos nos cabelos e depois os levou até a boca. Ele nunca pensou nessa possibilidade. Para ele tudo seria curado e tanto Arthur quanto Morgana voltariam para Camelot seguros.

Merlin – O que eu faço? Eu não posso desistir agora. Morgana é tudo que eu tenho e Arthur, ele já está fazendo planos de sua vida ao lado de Gwen e seu filho quando voltarmos para Camelot.

Kilgharrah – Eu não posso dizer o que fazer jovem mago. Mas estarei aqui para ajudar no que eu puder.

Merlin caminhou de volta para perto dos irmãos Pendragon no trajeto ele tomou uma decisão. Ele seguiria em frente com o plano, mas sem contar nada aos dois. Ele faria de tudo para salvá-los nem que ele colocasse seus próprios poderes em risco. Qualquer coisa para levar os irmãos Pendragon de volta para Camelot.

Arthur – E então Merlin, o que o dragão rabugento queria?

Merlin – Você não tem um humor melhor do que o dele. Então seja mais gentil.

Arthur – Ok, Amigo do dragão rabugento. E então o que faremos se isso não funcionar?

Merlin – Eu não quero pensar nisso Arthur. O que eu sei é que farei qualquer coisa para levar Morgana e você de volta para Camelot.

Arthur – Engraçado algum tempo atrás você dizia que a Morgana que conheceu tinha morrido.

Merlin – Eu sei o que eu disse. E eu queria muito acreditar nisso, mas aquele dia na caverna o jeito que ela estava tudo voltou.

Arthur – E Sefa?

Merlin – Eu acho que ela percebeu isso antes de mim. Ela foi para Eldor e não vai voltar.

Os dois amigos continuaram a conversar quando perceberam que o sol estava no topo do céu enviando raios fortes para dentro do lago criando no Caldeirão Arianrhod uma visão mágica na região.

Merlin agachou-se perto de Morgana e em um toque de leve com um pouco de magia ele a acordou.

Morgana abriu os olhos e ficou um pouco confusa com o que estava vendo. Ela se sentou e olhou em sua volta.

Morgana – Onde estou?

Merlin – Morgana acalmasse estamos em um lugar que podemos trazer a antiga Morgana de volta.

Morgana se levantou rápido.

Morgana – Do que você está falando? Não existe a antiga Morgana.

Merlin – Morgana me escuta. Se você entrar naquele lago você poderá voltar a ser a Morgana que conheci muito tempo atrás.

Morgana – Você está louco? Você tentou me matar duas vezes e agora quer tirar tudo que eu tenho. A magia é a essência da minha existência Merlin. Você não pode fazer isso comigo.

Morgana gritou com Merlin e lançou um força que Merlin precisou usar sua magia para se manter de pé e desviar-se da força da jovem sacerdotisa.

Os dois começaram em uma luta intensa, mas Morgana foi segurada por seu irmão.

Morgana – O que está me segurando?

Arthur – Você não consegue me ver ou sentir?

Morgana, após se acalmar um pouco, sente a presença do irmão.

Morgana – Arthur como você pode estar aqui?

Merlin – Uma longa história Morgana. Mas ele está aqui porque quer a irmã dele de volta.

Morgana – Vocês me odeiam, sempre me odiaram. Porque querem que eu volte a ser a boba Morgana de antes que acreditava no irmão, que acreditava que era a protegida do rei, que acreditava que o jovem servo com o sorriso mais doce que já tinha visto pudesse se tornar algo mais?

Arthur – Morgana eu sempre amei você como uma irmã. Você fazia parte da minha família.

Merlin – Você consegue sentir Arthur?

Morgana – Você é como seu pai Arthur. Se você soubesse o quanto eu sofri crescendo naquele castelo, tendo visões e poderes que não sabiam o que eram e ninguém para me ajudar. Merlin eu contei a você o que estava acontecendo comigo e o que você fez? Você não me ajudou. Morgouse, minha irmã, minha verdadeira irmã foi que me ajudou.

Merlin – Morgouse usou você, Morgana. Ela odiava Uther e usou seu poder suas mágoas para destruir o rei e o reino.

Morgana – Mentira. Ela me amava. Ela era a única que me amou e me protegeu.

Merlin – Não é verdade. Arthur sempre protegeu você. Ele passou um ano procurando por você incansavelmente. Uther apesar de tudo ele amou você. Gwen amava você, eu amo você.

Morgana – Gwen era uma serva e tinha por obrigação cuidar de mim. Ela não fazia isso por mim. E você, diz que me amou, mas por que nunca disse nada.

Merlin se aproximou de Morgana. Ele fez sinal para Arthur soltá-la.

Merlin – Eu era só um servo do seu irmão. O que você acha que aconteceria comigo se meus sentimentos viessem à tona? Você e eu não poderíamos ficar juntos.

Morgana – Arthur e Gwen ficaram juntos. Eles lutaram contra Uther e até contra todas as coisas que eu fiz.

Merlin – Eu sei. Mas o que eu poderia fazer naquele tempo? Era um garoto idiota encantado com a protegida do rei. Eu tinha medo até de passar perto de você.

Morgana começou a andar de um lado para o outro. Passando as mãos pelos cabelos, Morgana se lembrava de cada momento que ela esteve perto de Merlin e dos vários momentos que ele tropeçava e caia no chão quando passava por ela. Ela se lembrou do dia que encontrou flores no seu quarto e Gwen disse que não sabia de onde tinham vindo.

Morgana começou a andar em círculo perto do lago. Sua mente foi ao passado quando Arthur e ela cresceram juntos e como ele cuidava para que ela estivesse sempre segura. Ela se recordou de quando Gwen foi trabalhar no castelo e como elas passavam horas juntas caminhando pela cidade.

Morgana caiu no chão e começou a chorar. Merlin se aproximou dela bem devagar.

Merlin – Morgana entre no lago, por favor.

Morgana – Por que eu faria isso? Por que eu deixaria todo o poder que eu tenho?

Merlin – Você não irá perde seus poderes, pois como disse, ele e você são a mesma coisa. Mas os poderes que Dochraid passou para você, esse sim ficará no lago, pois eles não pertencem a você.

Morgana – Você não respondeu minha pergunta. Por que eu faria isso, Merlin?

Merlin se ajoelhou ao lado de Morgana e tirou algo do bolso. Um anel. Morgana ao vê-lo riu.

Morgana – Você quer que eu abandone todo o poder que eu tenho, por causa de uma anel que provavelmente estava no dedo de Sefa?

Merlin – Sim esse era o anel que eu dei a Sefa. Ela terminou o noivado comigo. Ela percebeu antes de mim, o que sua presença faz na minha vida e deixou o anel para trás juntamente com um bilhete que dizia: “Siga seu caminho e seu coração”. E é o que eu estou fazendo agora. Seguindo meu coração o que eu deveria ter feito muito tempo atrás.

Merlin pegou nas mãos de Morgana e colocou o anel e algo incrível aconteceu. Nas mãos de Sefa o anel era apenas algo brilhante, mas nas mãos de Morgana o anel brilhou de forma intensa. Um brilho que cresceu envolvendo os dois jovens.

Ainda banhados pelo brilho, Merlin levantou Morgana e de mãos dadas os dois entraram juntos no Caldeirão de Arianrhod. E lá no meio do lago, com uma das mãos entrelaçada em uma das mãos de Morgana, Merlin começou a recitar a magia. Na medida em que o mago aumentava o som das palavras Morgana se aproximava mais dele e no fim os dois estavam totalmente abraçados. Após o fim da magia Merlin e Morgana estavam com lagrimas nos olhos e não resistiram mais a paixão e se beijaram pela primeira vez.

Após o beijo os dois saíram de dentro do lago, e Merlin como via Arthur ficou sem graça ao se aproximar do velho amigo.

Arthur – Espero que depois de toda essa cena você se casa com a minha irmã.

Morgana – Arthur eu não posso vê-lo, mas posso sentir você. Sinto muito por tudo que eu fiz. Eu realmente acreditava que você me odiasse.

Arthur se aproximou da Irmã e a beijou na testa. Morgana ao sentir aquele beijo fechou os olhos e as lagrimas correram.

Morgana – Sinto muito por todo o mal que eu cometi. Espero que algum dia você e Gwen possam me perdoar.

Merlin abraçou Morgana com carinho.

Merlin – Não se preocupe. Arthur sabe que você sente muito. Agora precisamos ir. Precisamos trazer Arthur de volta.

Morgana olhou para o amado e não entendeu.

Morgana – Como assim? Isso poderá acontecer? Poderemos trazer Arthur de volta?

Merlin – Iremos tentar.

Com isso os três subiram nas costas do Dragão e foram para a Caverna de Cristal e lá os três amigos foram recebidos pelo guardião da caverna, Taliesin.

Taliesin – Kilgharrah, velho amigo você ainda está vivo?

Kilgharrah – Sim, e pelo visto você ainda está aqui entre nos.

Arthur – Só eu que não gosto desse dragão?

Kilgharrah – Acredito que sim grande Rei, mas não se preocupe, eu também não gosto muito de você.

Taliesin – Você sempre tão amigável, mas o que fazem aqui?

Merlin – Precisamos de sua ajuda.

Taliesin – Vejo que você trouxe a jovem sacerdotisa com você. Como vai minha jovem? Sinto que você fez uma longa jornada. Espero que tenha aprendido alguma coisa?

Morgana – Sim senhor.

Taliesin – O que vocês desejam na Caverna de Cristal?

Merlin – Queremos trazer o Arthur de volta para esse mundo.

Taliesin – Gosto de sua postura direta, jovem mago. Mas saiba que isso é um pedido muito perigoso.

Merlin – Eu sei disso e estou disposto a fazer qualquer coisa.

Arthur – Não exagere Merlin. Taliesin, eu preciso que seja honesto. Isso é possível? Eu poderei de verdade voltar?

Taliesin – Possível é, mas tem algumas questões. Você não foi morto por um objeto qualquer. A espada era mágica e com isso a ferida não é algo que possa ser curada.

Merlin – Eu sei disso, mas podemos fazer alguma coisa?

Arthur – Como assim você sabe disso?

Morgana – Merlin eu também fui ferida por uma espada mágica. O que isso significa?

Taliesin – Morgana você tem poderes que fazem parte de sua existência e por isso a sua ferida foi temporariamente curada.

Morgana – Como assim?

Taliesin – Seus poderes estão mantendo a ferida fechada, porém muita energia esta sendo usada para isso, assim quanto mais velha você ficar, menos tempo você terá nesse mundo.

Morgana se segura nas mãos de Merlin.

Morgana – Eu não me importo por quanto tempo ficarei viva contanto que fiquemos juntos.

Merlin a abraçou, mas foram interrompidos por um rei impaciente.

Arthur – Fico feliz por Morgana, mas eu não tenho poder. Como eu poderia sobreviver a ferida feita pela espada?

Merlin – E se eu usasse meus poderes? Já curei Arthur de vários males com os meus poderes posso fazer isso de novo.

Taliesin – Sim, mas dessa vez você terá que usar uma grande quantidade de magia.

Merlin – eu não me importo.

Morgana – Mas eu sim. Eu sou a responsável por tudo que aconteceu ao meu irmão e eu, somente eu consertarei isso.

Merlin – Você não ouviu o que Taliesin disse, seus poderes estão lhe mantendo viva. Você não pode gastá-lo.

Morgana – Não é justo. Eu farei isso. Não me importo quanto tempo viverei. Eu lhe peço Merlin me deixe fazer isso. Eu sinto que isso poderá me trazer um pouco de paz. Deixe me trazer meu irmão de volta?

Merlin não queria deixar, mas sabia que a culpa poderia destruir o coração de Morgana e isso poderia consumi-la de tal forma que talvez a fizesse perder o controle de novo. E assim Taliesin, Morgana e o espírito de Arthur entraram na Caverna de Crsital.

Lá no fundo da caverno, no meio de vários cristais de diversos tamanho e muito brilhantes, Taliesin deixou Morgana e Arthur sozinhos por um tempo. Após alguns minutos o poder dos cristais fez com que Morgana pudesse ver o irmão frente a frente. E Morgana sorriu ao vê-lo. Era a primeira vez os que os dois se viam desde o dia que Morgana e Arthur se enfrentaram dentro do castelo durante a invasão que sacerdotisa fez para tomar o trono de Camelot.

Morgana – Você parece melhor depois de morto.

Arthur – Melhor e mais bonitão.

Morgana sorriu.

Arthur – Senti falta disso. Desse sorriso.

Morgana – Sinto muito por tudo que eu fiz.

Arthur – Você sabe que não precisa fazer isso. Eu já lhe perdoei.

Morgana – Não estou fazendo isso só por você meu caro irmão. Mas por mim, por Gwen que deve ter sofrido muito com sua morte. Pelo meu sobrinho que eu ainda não conheci.

Arthur – Você sabe que se usar todo o seu poder comigo poderá não ficar viva por muito tempo.

Morgana – Não se preocupe, o tempo que eu viver será um tempo totalmente dedicado para a minha família, eu prometo.

Nesse momento o guardião da caverna retornou.

Taliesin – Morgana eu irei usar o poder dos cristais para trazer Arthur de volta assim que eu terminar você precisa usar seu poder para fechar a ferida. Se demorar muito Arthur morrerá de novo e dessa vez o espirito dele não poderá regressar ao nosso mundo.

Morgana respirou fundo e fechou os olhos. Arthur a pedido de Taliesin, foi para o centro da caverna de modo que ele ficava cercado por vários cristais por todos os lados. E assim a magia começou a ser emanada pelo guardião.

Assim que a parte de Taliesin foi terminada e Arthur já estava de volta a terra dos vivos. A dor tomou conta do seu corpo e rapidamente sangue começou a brotar a onde a ferida estava.

Taliesin – Morgana, agora é a sua vez.

Morgana começou a agir. A dor era tanta que Arthur caiu no chão e começou a se contorcer gritar de dor. Do lado de fora Merlin quis entrar na caverna, mas foi impedido pelo dragão.

Kilgharrah – Assim que tudo isso terminar Morgana e Arthur poderão voltar para Camelot. Eles viverão pouco tempo, mas espero que seja o suficiente para trazer paz entre os homens e suas religiões.

Merlin – Tem ideia de quanto tempo eles terão?

Kilgharrah – Não, mas espero que o tempo que for seja usado com sabedoria e não mais por guerra e morte.


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