Suntuoso Passado:A história de Endymion e Serenity escrita por Darin


Capítulo 16
Capítulo 16: O monstro verde.


Notas iniciais do capítulo

Capítulo novo para vcs =D
Acho que ficou interessante, um pouco dolorido para mim, mas interessante.
boa leitura =D



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Há quanto tempo estamos neste planeta?

Não sei bem, mas muito já aconteceu...

Apresso o passo pelo corredor dourado, preciso chegar o mais rápido possível no quarto dela...

Desde quando chegamos a Kinmoku, minha relação com Serenity não está boa...

Os pássaros estão cantando lá fora, é sinal que o dia já raiou.

Ontem discuti com minha amada e ela foi para uma missão sem se despedi de mim..,

Meu coração acelera.

Aquela poderia ter sido a última vez que eu a vi...

Balanço a cabeça e sigo em frente.

Serenity se machucou enquanto estava na missão.

Ela havia ido sozinha com aquelas sailors stars e se machucou...

Sinto meu coração apertar somente com a possibilidade, Serenity se machucou, isso é ruim, isso é péssimo...

Por sorte aquele auterego da Sailor Star Fighter, irresponsavelmente, estava por perto e a ajudou...

Mas este fato não acalma meu coração, quem deveria estar lá era eu, o noivo dela...

Abro a porta e ela está imóvel...

A simples semelhança com um cadáver faz com que eu me aproxime mais rápido dela...

Ela está respirando.

Esta nota de alívio invade o meu ser.

Sento-me na poltrona ao lado da cama e fico a observando.

–- Endymion? – ela abre os olhos e aperta minha mão – Você está aqui?

–- Sim... – na minha voz transparecia preocupação – e vou passar o resto do dia contigo.

–-– Fico feliz, mas -- ela indica que vai se elevar -- Não se preocupe, seu bobo...

–- Não se levante – tento força-la a voltar para a cama.

–- Estou bem... Precisamos nos reunir com os outros... – ela senta -- Com o ataque descobri que há um ponto fraco no inimigo. Sailor star Maker também notou.

–- Vamos embora deste planeta – me decido – você não estava pedindo por isso?

–- Decidi ficar!

–- Não entendo...

–- Lembra o que você me falou na noite passada? – falei tantas coisas para ela, como poderia lembrar de algo em específico? – O que está acontecendo aqui, não é nem metade do que pode acontecer conosco... – ela segura minha mão com mais força – Esta é uma oportunidade para treinarmos para salvar a nossa joia azul... Quero ajudar Lady Kakyuu e os outros com esta intenção...

–- Você ainda deseja voltar para a Terra...

–- Sim! A nossa fuga deve ser passageira... Somos a única esperança do planeta... – assento concordando com ela – Foi irresponsabilidade sairmos daquele jeito...

–- Preciso pensar... Não quero ser obrigado a te perder. – Se voltarmos, eu sei que vamos ser obrigados a nos separar... Maldita profecia...

–- O que houve? – minha tristeza deve ter transparecido em meu rosto, pois Serenity me olhava preocupada.

–- Nada... – não posso falar sobre a profecia – Só não quero que se machuque.

–- Pelo que vejo, Sailor Moon já se recuperou – era o auterego de Fighter, para uma mera sombra ele incomoda e se move muito... penso com rancor.

Ele adentra no quarto e sou obrigado a agradecer.

–- Obrigado. – sim, a voz não saiu nem um pouco grata, mas vejo que isso é ignorado pelos dois.

–- Não foi nada, cara, só ajudei uma aliada, né? – ele sorri e não sei o que tinha em seu sorriso, mas ele me fez desejar socá-lo e deixou Serenity rubra.

–- Realmente, muito obrigada – Serenity estava radiante e isso me frustrava ainda mais – eu não estaria aqui se não fosse você.

–- Foi uma honra poder te ajudar...

–- Estou saindo...

–- Mas... íamos passar a manhã juntos... – ela me olha triste, não consigo conter o monstro verde dentro do meu estômago e desvio o olhar.

–- Lembrei que preciso falar com Lady Maker, já que ela foi capaz de não se machucar deve saber mais coisas sobre o inimigo do que você... – saio do quarto antes que fosse mais grosso... Mas escuto ao fundo soluços de Serenity,

Sim, fui um ogro com Serenity, mas o que eu poderia fazer? Não entendo, mas estava com muita raiva dela...

–- Endymion?

–- O que é? – era ele, o auterego de Fighter– Sailor Moon voltou a dormir?

–- Sim... Ela estava muito triste com a forma que a tratou. – Como ele se atreve?

–- Não é da sua conta como eu trato minha noiva!!

–- Pelo o que vejo você é somente um garoto mimado que sempre teve tudo – conseguia sentir o desprezo que Fightertinha por mim em cada palavra – Se eu começar a me importar com ela... – ele eleva a cabeça e me prende pelo pescoço – Será, sim, da minha conta.

Antes que eu pudesse falar qualquer coisa, ele sai fungando enquanto eu me perco na total depressão...

Na sala de guerra, um cômodo amplo decorado com móveis clássicos quase todos nos tons dourado e alaranjado, as Sailors Star estavam reunidas com seus auteregos e Lady Kakyuu...

–- Sailor Moon acordou.

–- Que bom – Lady Kakyuu mostrava-se aliviada – sinto por envolvê-los desta forma.

–- Não se preocupe, Sailor Moon é forte.

Falamos sobre o inimigo ele, como Lady Kakyuu já suspeitava, pertence à outra galáxia, uma que surgiu depois que um buraco negro se formou no grupo de galáxias da Ursa Maior, seu nome é Messier 82*. A data do primeiro ataque coincide com o meu segundo encontro com Serenity, tal coincidência não me é indiferente e sinto meu peito apertar.

E se?

Kinmoku era somente o início, o objetivo deles é toda a Via Láctea a qual eles identificaram um grande poder...

No final da tarde, Serenity veio ao nosso encontro. Quando a vi falando, nada mais pude pensar além do quanto que minha princesinha boba tinha crescido como guerreira.

–- Neste ponto, precisamos de um ataque forte e fatal... – ela conclui a explicação.

–- Pelo o que você fala – era Lady Healer – seria necessário o máximo de nossos poderes...

–- Sim.

–- Considero isso algo impulsivo, Moon – havíamos acordado não chamá-la de Serenity, o nome da princesa da Lua, bem como seu poder, era conhecido em toda a via láctea, ela era um dos objetivos centrais do inimigo e temíamos que algo acontecesse a ela caso sua identidade fosse conhecida. – A ideia dos auteregos é exatamente o que faz com que a resistência ainda se mantenha viva.

–- Endymion... – eu nunca tinha a repreendido desta forma, por isso a voz de minha princesa tremia, ela estava prestes a chorar, eu senti – Eles somente conseguem resistir... o poder está dividido, necessitamos de máxima força!

–- Sei que é arriscado, mas concordo com Sailor Moon – o auterego de Figther tinha que entrar no meio...

–- Mas Endymion está certo... Isso refletiria nas próximas gerações**... Se unirmos os guardiões da família real em um, não teria mais como dividi-los novamente, é arriscado, temo perder minhas sailors para sempre...

Lady Kakyuu estava em choque com a possibilidade e eu nada pude fazer além de confortá-la segurando de leve em sua mão. Ato que fiz de modo mais visível possível para minha Serenity, algo que não me orgulho, mas que precisei fazer.

Serenity sai batendo as portas da sala de guerra. Noto com um mix de felicidade e tristeza.

Já Fighter (quem deixaria de existir, caso o plano de minha princesa seguisse em frente) a segue. O monstro verde no meu estômago se move de modo desagradável.

***

Os dias foram passando, Serenity estava cada vez mais envolvida com a batalha de Kinmoku e cada vez mais distante de mim. Depois de mais algumas reuniões, nas quais fiz questão de fingir, para Serenity, o quanto eu era próximo de Lady Kakyuu, fato que sempre a deixava perturbada e me fazia sentir o sentimento ambivalente de vergonha e orgulho.

Por fim, ficou decidido que Lady Kakyuu realizaria o ritual para unir os auteregos separados no nascimento. Isso dava fim a uma de minhas preocupações, Figther deixaria de existir, mas será que eu magoei Serenity demais?

–- Não sei o que está acontecendo contigo!! – ela gritou louca de ira quando me recusei a acompanhá-la a seu quarto – Fala que não deseja retornar para a joia azul, que teme que nos separem se para lá formos, mas está me afastando cada vez mais...

Eu não aguentava ver as lágrimas de minha pequena princesa, mas algo mais forte do que eu, o monstro verde alojado em meu estômago, fazia-me ficar imóvel.

Serenity sai chorando da sala de guerra e eu fico observando a vela que se desfazia lentamente.

–- Endymion – era Lady Kakyuu – Acho que estais agindo errado...

–- Como?

–- Sailor Moon... – um leve tom de vermelho tinge as bochechas brancas da princesa do reino das flores de Laranjeiras – Vocês são noivos, né?

–- Somos...

–- Desde quando chegaram estão brigando. Eu percebi... – ela tenta escolher as palavras – que estais me usando para machucá-la...

A vergonha se abate sobre mim, Sim era verdade... – Sinto muito...

–- O auterego de Fighter é muito bonito, né? – não sei onde ela deseja chegar.

–- Ele não parece indiferente para Moon...— o monstro no meu estômago se remexer por esta constatação.

–- E por que deveria? – Como? Serenity deveria olhar unicamente para mim! – É normal encontrarmos pessoas belas e poderosas... – Lady Kakyuu sorri – Admito que fiquei temerosa de permitir que meu príncipe conhecesse a bela Sailor Moon...

–- Sentiu?

–- Quando amamos, nos sentimos inseguros... – ela pega o porta-retratos com a foto dela e do jovem com quem se casará assim que acabe a confusão – Mas esta é a beleza do amor...

–- Mas...

–- Endymion, sentir ciúmes não é algo vergonhoso... – os olhos de Lady Kakyuu encontraram os meus e o brilho daquele olhar fez com que o monstro verde em meu estômago recuasse um pouco – Mas magoar a pessoa amada, por ciúmes bobos, é, sim, vergonhoso...

–- Eu amo muito a Moon...

–- Então fale isso para ela...

Ciúmes? Que sentimento mais sem sentido...

Andei o mais rápido possível para o quarto de Serenity, temia não poder recuperar o que perdi... Minha princesa estava sentada na janela alta de seu quarto. Seu rosto ainda estava manchado das lágrimas que sem dúvidas derramou...

–- Serenity?

Ela me olhou, não seu olhar normal, mas algo triste, doloroso...

–- O que deseja?

–- Falar contigo...

–- É sobre nosso regresso? – lágrimas brincavam nos olhos celestes de minha princesa.

–- Não...

–- Endymion, não há o que conversar... Visivelmente, se arrependeu de ter fugido comigo... Voltaremos para a joia azul e fingiremos que nunca nos conhecemos...

–- Eu não quero isso – doía ouvi-la falar desta forma.

–- Então, o que deseja?

–- Ficar eternamente ao seu lado... – senti uma incômoda sensação de líquidos nos meus olhos – Sorrir contigo, chorar contigo, te amar para sempre...

–- Pare de brincar comigo... Um dia eu fui capaz de acreditar nisso, mas agora...

–- Ciúmes – abaixo a cabeça para confessar meu crime... -- Eu estava com ciúmes de você – consegui chamar sua atenção – Não suportava vê-la ao lado do auterego de Fighter...

–- Eu não tenho nada com ele...

–- Mas o considera atraente... – era isso, ela não podia negar, então, somente abaixa a cabeça.

–- Você também considera Kakyuu atraente, não?

–- Sim...

–- Você me trairia com ela?

–- Nunca...

–- É o mesmo para mim, Endymion... – minha princesa se eleva e me olha nos olhos – Não importa quão atraente possa ser outros, o único para mim sempre, sempre, foi você.

–- Serenity – a abracei com força – eu sinto muito... nunca mais farei isso. – peguei o seu rosto e depositei um doce beijo – Juro que nunca mais desconfiarei de ti, minha rainha.

Não sei o que acontecerá daqui para frente, mas não quero mais ser o motivo de lágrimas nos olhos de minha bela princesinha. Lutaremos em Kinmoku e depois, sei, terei que lhe falar sobre a profecia.

Eu amo Serenity, amo-a mais do que qualquer coisa no universo e tenho que confiar nela... Sei que a ferida que abri em seu peito não poderia ser cicatrizada unicamente com um pedido de perdão e um beijo... Mas juro para mim mesmo que a partir de hoje farei com que ela veja mais e mais o quanto que a amo...

Não quero perdê-la.

Por isso, precisamos enfrentar todos os desafios por este amor... Fugir, na grande maioria das vezes, não é a solução...

Passo a noite nos braços de minha amada princesa, embalado pela doce melodia deste planeta e pelo doce cheiro de rosas natural de Serenity.

*Este é o nome de uma galáxia do agrupamento da Ursa Maior. Ela é super estranha possui forma de pião e possui estrelas extremamente vermelhas rodeadas de estrelas brancas, parece que estão sangrando...

** Gente, tipo, Kakyuu, Fighter, Maker e as outras são antepassadas das Sailor Stars que aparecem em Sailor Moon Star, não são as próprias, sacaram? Mantive os nomes como se fossem títulos ou algo do tipo, mas não são as mesmas pessoas. Minha ideia central é explicar pq a princesa Kakyuu sabia da existência de Sailor Moon e veio direto para a terra pedi ajuda, já que são de planetas tão distantes. Aproveitei e tentei explicar pq as sailors stars se vestiam de homem na forma civil... A explicação ficou tosca, né? Mas é uma explicação...

Antigamente, em Kinmoku, as Sailors protetoras do planeta nasciam divididas em duas (estilo almas gêmeas que se completam) e não poderiam morrer, pois a alma estava divididas, mas no ataque em que conheceram Sailor Moon, as almas tiveram que ser unidas em uma para intensificar o poder e isso se manteve por todas as gerações futuras. Forçado né?


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Notas finais do capítulo

Bom, acho que é o fim da parte de Sailor Moon Star na minha fic. O que acharam?

Eu realmente queria colocar um pouco de ciúmes na relação perfeita de Serenity e Endymion...
Os dois são muito imaturos quando se fala de relacionamentos... Apesar de se amarem, eles não sabem lidar com as próprias emoções, havia necessidade deste balanço para fortalecê-los um pouco mais...
Acho que ficou respeitável ^^
Hohoho

Até o próximo capítulo