As Surpresas Do Amor escrita por Butterfly


Capítulo 11
Léo


Notas iniciais do capítulo

Gente, desculpas pela demora ta >



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Laura

Já havia anoitecido e eu não voltei para casa. Apenas fiquei vagando pela calçada de Copacabana chorando sem parar enquanto a chuva caía fortemente. Eu estava sozinha. Sem ninguém. Eu estava destinada a viver assim. Meus pais não prestavam. Que Deus me perdoe por pensar assim, mas era a verdade.

— Laura? — Eu conhecia essa voz. Virei-me e vi Léo. Meu ex-namorado e agora, meu amigo. Ele estava com um guarda chuva preto e me olhava preocupado. — Laura, o que está fazendo aqui? O que houve? Por que está chorando? — Ele tirou sua jaqueta e a colocou sobre mim. Ficamos debaixo do guarda chuva. Eu não conseguia falar, pelo meu choro ser inacabável. Ele me abraçou de lado e fomos até o seu apartamento. Ele tirou minha mochila e me pegou em seus fortes braços, logo subindo as escadas, me colocando de pé em frente ao banheiro. Léo me abraçou durante um bom tempo, enxugou minhas lágrimas e olhava em meus olhos enquanto eu soluçava incansavelmente. — Fique calma, ok? Tome um banho antes que fique resfriada. — Ele beijou minha bochecha e eu entrei no banheiro. Eu estava horrível, despenteada, molhada e com o rosto vermelho. Dispensando a banheira, quis o chuveiro mesmo. Água quente me relaxava, mas não me fazia esquecer os meus problemas. Eu não queria voltar para minha casa.

***

Léo havia deixado uma blusa branca dele em cima da cama, um short preto e curto, um sutiã e uma calcinha vermelha. Ri por dentro, me troquei e fui para a cozinha. Vi Léo lavando vasilhas, sem camisa. Ele continua bem forte e bonito. Ele sentiu minha presença e sorriu quando me viu.

— Você continua muito bonita. — E você continua uma delícia. Pensei em dizer isso, porém, era a verdade. Sua blusa de manga comprida cobria até o início da metade de minhas coxas, o que tampava o short também.

— Obrigada. De onde arranjou aquelas roupas pra mim?

— Ah. — Ele riu. — Mariana morou um tempo comigo. — Mariana era sua irmã mais velha. Nessa hora, o micro-ondas apitou. Léo pegou um pano e tirou uma pizza de frango com catupiry de lá. Minha preferida. Fiquei triste por tanto tempo que esqueci que estava com fome. — Espero que esteja com fome. — Sorri espontaneamente. — Isso! Gosto de ver você sorrindo. — Ele tocou minha bochecha. Léo sempre foi muito fofo. Depois de mim, ele namorou Karen. Porém, ela faleceu um ano depois. Léo chegou até a mudar de cidade por isso, mas voltou com uma grande diferença. Ele havia aprendido muito com a convivência com Karen.

Comemos pizza e bebemos refrigerante assistindo Valente. Contei a ele o que aconteceu. Dessa vez, sem chorar.

— Nossa, que barra. Mas olha, pode ficar o tempo que precisar aqui.

— Não Léo, eu não posso ficar aqui. — Me levantei indo até o seu quarto. Ele me seguiu. — Vou ferrar a sua privacidade.

— Claro que não. Além disso, eu moro sozinho. Vai ser bom ter sua companhia aqui. — Ele sorriu para mim e fiz carinho em sua bochecha, beijando-a logo em seguida.

— Você está sendo um anjo, me ajudando assim. — Apenas sorriu de lado.

— Eu seria um idiota se a deixasse voltar pra casa assim. — Abaixei minha cabeça. Eu não queria voltar para casa, mas também não queria ser um peso para Léo. — Ei. — Ele ergueu meu rosto pelo queixo e me olhou. — Vai ficar tudo bem. Estou com você, pequena. — Soltei um pequeno sorriso e o abracei. Léo afagava meus cabelos. É tão receber carinho quando você está mal.

— Enfim. É... Onde eu vou dormir? — perguntei desfazendo o abraço.

— Na minha cama. — Ele disse apontando para a grande cama de casal que havia ali.

— E você?

— No sofá. — Ele disse soltando uma risada.

— Negativo. A casa é sua, então você dorme na sua cama e eu durmo no sofá.

— Claro que não, Laura. Eu não vou deixar você dormir no sofá. — Aquela pequena discussão ia ficar ridícula. — Eu vou dormir no sofá e pronto. — Ele já ia sair do quarto, então eu segurei seu braço. Léo me olhou sem entender.

— Então... Dorme comigo na cama. Vamos, por favor. A gente dorme de conchinha. — Ele soltou um pequeno riso.

— Ok, chatice. Já volto. — O observei descer as escadas, fechar a porta de entrada, as janelas e apagar as luzes. Voltei para o seu quarto e deitei naquela cama macia, grande e confortável. Quando eu fui puxar o cobertor, Léo havia voltado e deitado ao meu lado, puxando o cobertor também. Estávamos deitados de conchinha. Como Léo estava com o rosto encostado em meu ombro, ele deu um beijo naquele mesmo local, fazendo-me arrepiar.

— Boa noite, Laura.

— Boa noite, Léo. — E então, movida pelo cansaço, dormi. Tendo sonhos horríveis com meus pais.


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Notas finais do capítulo

REVIEWS GALEEEEEEEEEEERA KKKK parei. Sei que ultimamente não to merecendo >



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