_Beckett. –Apesar de ser madrugada, ela quase nuca se importava de atender o celular, sabia que mais um caso esperava por ela.

_Olá detetive, o que está fazendo de bom? –Certo, ela apenas se importava em atender as ligações tardias quando era aquela pessoa.

_O que você acha que estou fazendo Castle? Eu estou fazendo o que toda pessoa normal faz às quatro horas da manhã. –Ela falou um pouco irritada.

_Eu te acordei né? –Esse jeito tão singular de Castle era algo que ela admirava muito, por isso eram poucas as vezes que ela ficava irritada com ele.

_O que você quer? –Ela perguntou ignorando a pergunta anterior dele.

_Saber á que horas você vai chegar na fifth avenue?

_Dá para me explicar por que diabos eu iria para a fifth avenue? –Ela disse dando um grande bocejo.

_Temos um caso de assassinato. E dos bons.

_Estou a caminho. –Kate se aprontou rapidamente e foi dirigindo em direção a fifth avenue, e durante todo o caminho ela tinha apenas um questionamento, por que Castle estava na cena do crime antes dela? Quando chegou a um beco da principal avenida de Nova York , Castle já à esperava com o seu café.

_Bom dia. –Ele dizia todo sorridente, era muito animo para aquela hora da manhã. Ela pegou seu café e só o retribuiu com um sorriso. –Qual é Kate, você vai morrer se me disser bom dia?

_Não, mas eu juro que este não será o único corpo neste beco se você não fechar essa boca. –Não que Castle não estivesse acostumado com o mau humor matinal de Kate, mas quanto mais cedo era, mais as ameaças eram piores.

_Perlmutter? –Beckett perguntou sem entender.

_Também estou feliz em vê-la detetive. –O legista disse em um tom irônico. –Sinto muito, mas a Laine não pode vir, o que é uma pena para mim.

_O que temos? –Beckett perguntou antes que começassem as lamentações de Perlmutter.

_Bom até agora tudo o que sei é que, é um jovem branco, cerca de 24 anos de idade, sua carteira, documentos e celular foram roubados, sinais de luta, escoriações abaixo da costela esquerda, e o mais interessante, sem perfurações.

_Então não foi um arma de fogo. –Beckett disse mais para si mesma. –Certo, eu vou para a delegacia ver se acho uma forma de identificar a nossa vitima.

_Eu vou com você. –Castle falou já correndo atrás dela, quando entraram no carro ela não disse uma palavra, o que deixava Castle muito incomodado.

_O que foi Kate? O que está pensando?

_Nada... Bom é só que, eu odeio o fato de ter que descobrir quem é a vitima e logo depois ter que dar a noticia para a família. Se eles estiverem ele voltar para casa, eu vou acabar com as esperanças deles, eu odeio isso Castle.

Castle nada disse, sabia que isso mexia muito com ela. Eles chegaram à delegacia que estava muito vazia, afinal não eram nem cinco e meia.

_Espera, está faltando algo. –Ela pensou alto.

_Claro que está, falta a gente descobrir quem é a vitima, e a arma do crime, e o assassino.

_Não estou falando disso Castle, é que... –Ela pensou um pouco. –Cadê os meninos? –Na mesma hora o escritor arregalou os olhos e procurou disfarçar, sem sucesso.

_Eu não sei Kate eu juro. –Ela olhou-o desconfiada e puxou a sua orelha.

_Onde eles estão Castle?

_Ai! Ai! Tá bom eu falo, elesestãonaminhacasacaidosdebebadosesemgrananenhuma.

_O que?

_Eles estão na minha casa caídos de bêbados e sem grana nenhuma. –Ele repetiu mais devagar dessa vez. Claro noite dos garotos, e eles deviam estar jogando poker, e foi assim também que Castle chegou a cena do crime antes dela, atendendo o celular dos garotos já que eles estavam impossibilitados.

_Eu quero saber todos os detalhes desta história depois. –Ela sentou-se à sua mesa e começou a procurar nos arquivos de pessoas desaparecidos o rosto de sua mais recente vítima.

Três horas e quinze cafés depois, a busca deles ainda não obteve resultado algum.

_Detive, tenho a identificação da vítima. –Perlmutter anunciou. Kate se levantou com Castle em seu encalço, claro que Perlmutter já estava acostumado com isso, mas não perderia sua oportunidade de importunar o escritor.

_Quando foi eleito como detetive Senhor Castle?

_No mesmo dia que foi escolhido como a pessoa mais simpática de Nova York, Perlmutter. –Castle disse irônico, e Kate limitou-se a revirar os olhos.

_E então Perlmutter? Quem é nossa vitima?

_David Mosley, a vítima está no nosso sistema, ele já foi preso inúmeras vezes por posse de drogas e agressão, era conhecia como exterminador.

_Claro, o exterminador, como não lembrei dele antes? Ele é como um assassino de aluguel. –Explicou Kate para Rick.

_É amigão, parece que agora o exterminado foi você. –Castle sempre com seus comentários que deixavam Kate com um leve sorriso no rosto. Eles voltaram para a delegacia e Kate ligou para o único parente da vitima. Penny Mosley, a irmã da vitima chorou muito. Isso sempre abalava Kate.

_Sabe Kate, eu estava aqui pensando, será que algum contratante descontente fez isso?

_Não faço ideia, mas vamos investigar afinal esse é o nosso trabalho.

_O seu trabalho detetive, já que eu não recebo oficialmente para isso. –Castle disse brincando.

_Tem razão, é que com você sempre nos acompanhando eu esqueci que você é um intrometido apenas.

_Agora magoou Beckett. –Castle falava colocando a mão em cima do coração, tão teatral, tão infantil, tão lindo, pensou Beckett, e logo tratou de afastar estes pensamentos.

_A irmã me disse que ele estava com problemas, devendo uma grana alta para um falsificador, e o cara não era muito paciente.

_Temos um motivo. –Castle comentou.

_Vamos interrogar o cara. –Ela se levantou de sua mesa e foi pegar a chave de seu carro, mas Castle a pegou primeiro. –Castle, o que está fazendo?

_Você á está acordada há algumas horas e acho melhor eu dirigir.

_Meu carro, eu dirijo.

_Beckett... –Ele ia começar, então ela olhou para os lados e pegou sua arma, colando-a ao escritor.

_Eu dirijo. –Ela deu a palavra final, e sem pensar duas vezes ele entregou as chaves a ela.