O Destino escrita por Benihime


Capítulo 17
Acampamento




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PDV Annabeth

—Annie, a Piper chegou! -Thalia gritou da cozinha. Ela estava tomando café, enquanto eu terminava de me vestir. Saí correndo do quarto. Trancamos o apartamento e entramos na minivan da Pipes. Para a minha surpresa, Ailyn, Silena e Rachel estavam lá. Eu dei um sorriso maior que o do gato da Alice.

—Oi, meninas.

Sentei-me na janela, atrás de Silena e Thalia.

— Isso vai ser muito, muito legal! -Silena falou, virando-se para ficar de frente para mim. Na hora, vi que ela tinha exagerado no açúcar. Ela nunca pôde comer muito açúcar sem ficar hiperativa.

— Ei, Sil, vamos fazer uma brincadeira? -Thalia sugeriu, com uma animação fingida.

— Vamos!

— É assim: você tem que prestar atenção e contar todas as árvores secas, durante o caminho. Ai quando chegarmos no acampamento vemos quem conseguiu ver mais árvores secas.

— E quem perder vai ter que me pagar 200 dólares. - Brinquei. – Vamos jogar, Silena? Mas você tem que ficar quieta, prestando atenção.

— Ok!

Thalia e eu piscamos uma para a outra.

—Falta alguém? -Ouvi Piper perguntar a Hazel. Infelizmente, não ouvi a resposta. Coloquei uma música qualquer em meu IPod e fechei os olhos. Estava tão cansada que acabei cochilando.

PDV Percy

A minivan da Piper parou na frente do meu prédio. Quando entrei, acenei para as meninas, procurando um lugar vago. Havia apenas um e era ao lado de... Annabeth! Ela estava dormindo e parecia um anjo. Sentei-me ao seu lado, correndo de leve o dedo por sua bochecha, adorando a maciez de sua pele e aquele perfume inebriante que sempre vinha de seu cabelo. Fiquei observando-a dormir por um bom tempo, até que ela enfim acordou.

—Oi, Sabidinha. -Eu disse, sorrindo ao ver aqueles olhos acinzentados brilharem de alegria ao me ver. Alegria disfarçada, sim, mas era alegria do mesmo jeito.

—O que faz aqui, Cabeça de Alga?

—Quem diria, né? Sou amigo da Piper. Eu a conheci quando me mudei pra cá.

—Isso é... Bem legal, eu acho.

— O que está ouvindo?

— Yiruma.

Antigamente, eu não teria reconhecido esse nome, mas agora eu sabia quem ele era.

— É um pianista, certo?

— Isso. - Ela disse, concordando com um aceno de cabeça.

— Você pensou melhor sobre ser minha amiga?

— Por que quer isso?

— É sempre bom ter amigos.

— O que acha de conhecidos?

— Por que não amigos? - Eu disse, sorrindo perante a sua tão conhecida teimosia.

— Porque não confio mais em você.

— Então vamos fazer um acordo. Me dá essa semana, que estaremos no acampamento, para eu mostrar que mereço sua confiança.

— Ok! - Cedeu de má vontade.

— Sério?

— Sério.

A viagem foi muito comprida, mas depois de 3 horas em fim chegamos. Olhei pela janela e vi que o acampamento era muito bonito.

PDV Annabeth

Saímos da minivan e pude ver mais ao fundo um lago enorme.

—Uau, Pipes, esse lugar é incrível! -Falei, olhando a enorme casa de fazenda que reinava na propriedade.

— Ok! Eu não vi nenhuma árvore seca no caminho para cá. - Silena falou para o Thalia.

— É que você dormiu, mas eu vi sete!

— Vamos fazer assim, você só paga se perder de novo na volta, ok? -Eu me intrometi.

— Ok! - Ela falou, mais do que animada.

— Pessoal! O que estão esperando para entrar? - Piper chamou, já na porta da casa. Cada um foi pegando sua mochila e entramos.

—Casa maneira, Pipes. -Percy disse. Piper sorriu para ele.

—Ok, pessoal, cada um escolhe um quarto e se instala. Nos vemos depois, na sala de jogos. -Ela disse. Peguei minha mochila e acabei escolhendo um quarto que tinha vista para o lago. Apenas larguei minha mochila em cima da cama, prendi o cabelo e desci. Quase todos já estavam reunidos.

— Bom, já são quase meio dia, então iremos curtir o dia. -Piper disse, com aquele jeito tímido e animado ao mesmo tempo. Fomos almoçar. Thalia sentou à minha frente. Percy sentou à minha esquerda e Rachel, à direita. Ignorei os dois e comecei a conversar com Thalia.

— Sabe, Annie, você tá muito quieta. Fala alguma coisa! - Piper, que estava sentada ao lado de Thalia, falou.

— O que? -Perguntei, erguendo o olhar para ela.

— Já que vamos ser amigas, preciso te conhecer melhor. Então, qual sua cor favorita?

— Branco.

— Ok! Qual é sua peça de roupa favorita?

— Sei lá... Calça jeans.

— Qual sua comida preferida?

— Não tenho, gosto de tudo.

Quando eram umas 5 horas, subi para o quarto e me joguei na cama. Em meu quarto vi uma janela, na parede onde a escrivaninha estava encostada, estava coberta com uma cortina bege. A porta estava aberta, e vi Percy entrando no quarto ao lado do meu.

— Parece que seremos vizinhos. - Ele disse sorrindo.

— Pois é.

— Está gostando daqui?

— Estou gostando muito. Aqui é lindo.

— Concordo.

— Vou descansar um pouco. Até. - Falei e ele falou um "Tchau" antes de eu fechar a porta. Depois de um tempo, fomos todos andar a cavalo. Eu escolhi uma égua branca.

—Ótima escolha, Annie. Essa aí é a Atalanta. Parece que nasceu para correr. -Disse Piper, atrás de mim, acariciando um belo cavalo marrom.

—Atalanta? A mulher mais rápida de toda a Grécia?

Piper assentiu, já montando em seu cavalo.

—Quer ajuda, Sabidinha? -Percy ofereceu, aparecendo atrás de mim.

—Não, valeu, Percy, não preciso de ajuda.

Tentei subir em Atalanta, mas não consegui. Percy segurou minha cintura, dando-me impulso, e eu finalmente consegui subir na bela égua branca. Piper estava certa, ela adorava correr. Sorte a minha ser uma boa amazona. As sete horas da noite fomos jantar e depois mais tarde, as 10 horas começaram a montar a fogueira. Logo acenderam e ela iluminou a noite. Colocaram troncos de árvores deitados para se sentarem. Eu me sentei em um banco afastado, que ficava sob um poste de luz, para ler meu livro. Ouvia as musicas que eles cantavam.

— Não gosta mais de fogueiras? Lembro que você curtia bastante.

Levantei a cabeça e vi Percy. Ele se sentou ao meu lado.

— Não curto mais. Pelo menos não muito.

— Nem marshmallow assado?

— Também não.

—Ah, Annie, eu estou tentando ser seu amigo, mas você não quer colaborar.

Peguei um marshmallow do pacote que ele tinha na mão e coloquei-o no meu espeto.

—Satisfeito agora, Cabeça de Alga?

Ele pegou uma pequena barra de chocolate e a quebrou rapidamente em vários quadradinhos. Em seguida, pegou nossos marshmallows e fez dois casadinhos. Quando mordi o meu, fechei os olhos e não contive o gemido baixo de satisfação. Depois de três anos dedicados somente ao trabalho, tinha me esquecido de como aquilo era bom. Lembrava-me de outra época, outra Annabeth. Infelizmente, ela não existia mais. Acariciei de leve meu ventre, que estava apenas um pouquinho saliente. Se eu não soubesse, diria apenas que engordei uns quilinhos. Fiquei mais um tempo ali, até que senti-me cansada, dei boa noite e fui dormir.


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