Casal Sem Vergonha escrita por Iz


Capítulo 2
Um - E a sua genitália na minha cara é o que?!




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Um

Quase dois anos antes do pedido...

Caímos no chão da academia em que treinávamos artes marciais. Havíamos começado nossa pequena “briga” com golpes de Boxe, mas no momento, era como se a gente tivesse brigando na rua. E bem, o maricas estava com sua bela cara entre minhas coxas, ou seja... completamente em desvantagem.

- Eu disse pra não mexer... – antes que eu pudesse terminar minha frase, sinto uma mordida na parte interna da minha coxa – AAAH, golpe baixo não, seu desgraçado! – Falei saindo de cima dele.

- E a sua genitália na minha cara é o que?! – antes que pudesse reagir eu já estava em baixo de Edward. Suas mãos grandes e fortes seguravam meu ombro contra o tatame e suas pernas em cada lado do meu corpo me impediam de reagir – Agora, teremos aquela conversinha – droga, eu precisava sair dali.

- Meu pai vai ficar sabendo disso – falei com a mão em seus ombros, tentando empurrá-lo com toda a força que me restava, mas eu estava cansada demais e o filho de uma mãe nem se movia.

- Oh, então ele vai ficar sabendo do seu segundo trabalho, se é que podemos chamar aquilo de trabalho – eu arregalei ao ouvir aquilo. Estava completamente chocada e um pequeno arrepio percorreu minha espinha só de imaginar o que meu pai, Oficial Chefe da Policia de Seattle, faria se soubesse o que eu fazia sem que ele soubesse – Acho que ganhei – ele falou com um sorriso debochado e a minha vontade de espancá-lo até a morte aumentou.

- Não se atreva a abrir esse bocão para o meu pai, ou se não... – ameacei. Agora eu estava completamente em desvantagem.

- Ou se não o que? Você não tem absolutamente nada contra mim – fulminei aquele Zé Ruela com os olhos, ele estava absolutamente certo e minha vontade de matá-lo crescia – E já que você está aberta a fazer favores para o Edward aqui, eu tenho algo pra você – Chantagem pra cima de mim? Se ele está pensando que vou fazer algo está muito enganado.

- Ta de brincadeira comigo? – cruzei os braços sobre o peito. Não tinha o que fazer com eles no momento.

- Bem... não. Você fará algo por mim – piscou maliciosamente para mim, me deixando boquiaberta. Ele ta pensando que eu sou o que?

- Escuta aqui, Cullen – achei um serviço para minhas mãos. Segurei seu rosto com força, fazendo com que ele ficasse com um bico enorme e provavelmente lhe causando um pouco de dor – se está pensando que só porque eu danço na Shameless lhe farei algo sexual, pode ir tirando teu cavalinho da chuva – ele rolou os olhos e tirou a minha mão que apertava seu rosto precisando fazer um pouco de força para isso.

- Relaxa, não preciso de sexo. Isso eu tenho a hora que eu quiser – rolei os olhos para sua falta de modéstia e ele continuou a defecar pela boca – e justamente por causa do sexo eu preciso de você – franzi o cenho não entendendo aonde ele queria chegar. Se ele não queria nada de sexo, como sexo o faria precisar de mim. Ele notou minha confusão e tratou logo de se explicar – Bem, preciso que você se apresente a minha família como minha namorada – eu ri não crendo naquilo que acabará de sair da sua boca. Só podia ser piada – Eu estou falando sério, Isabella – parei de rir na hora. Ele só podia estar chapado.

- Da onde tirou isso, idiota?

- Você vai fazer isso para mim. – ele ignorou minha pergunta?! Ah, ninguém ignora uma pergunta feita por mim.

- Lógico que não – eu disse certa.

- Não foi uma pergunta. Ou você faz, ou amanha Charlie recebera uma carta anônima dizendo como sua filha-santa rebola esse lindo traseiro – nesse momento ele alisou minha coxa parando quase na minha bunda onde recebi um aperto – para metade dos homens tarados de Seattle – fechei a cara. Se meu pai descobrisse meu trabalho extracurricular me mataria, pois sempre foi muito rígido e abomina qualquer tipo de trabalho em que mulheres utilizam o corpo para fazer dinheiro. Para ele são todas vagabundas que não gostam de trabalho de verdade e bem, eu não quero que ele me veja dessa forma – três segundos para me dizer o que quer Isabella. Um... – eu não queria, mas não podia duvidar de Edward – Dois... – como eu tenho raiva desse imbecil – Três...

- Ta, ta, ta, serei sua namorada – falei já pensando em meios para me livrar desse problema.

- Sabia que aceitaria – eu o encarava furiosa. Foi então que me dei conta que minhas pernas estavam livres. Em um movimento rápido, flexionei uma delas e com o pouco de força que me restava acertei sua região preciosa. Sorri quando ele gemeu de dor e se jogou para o lado se contorcendo feito uma minhoca no asfalto – Sua... filha da mãe – ele disse entre dentes enquanto eu me levantava vitoriosa. Com raiva e sem motivos para estar me sentindo vitoriosa, mas me sentindo mesmo assim.

- Participarei desse teatrinho, mas saiba que sua vida ficara bem mais difícil – sorri maléfica e antes que eu pudesse sair dali sinto uma mão agarrando meu tornozelo e puxando-o fazendo com que eu caísse com tudo no chão – AH, EU AINDA TE MATO, CULLEN!

(...)

Eu estava no estacionamento da academia. Ou melhor, academia a qual Edward e eu somos os donos. É eu me esqueci de mencionar esse detalhe, Edward e eu somos sócios.

Eu ainda estava puta com ele ter descoberto sobre a boate, puta sobre a chantagem, puta sobre a mordida na minha coxa, puta sobre e com tudo. O que diabos ele tem na cabeça pra querer fingir um namoro para sua mãe? Porque não, sei lá... ser um galinha como sempre e não mentir sobre isso? É tão bonito quando filhos são sinceros com os pais.

Olha quem fala, a dançarina de uma boate de strip-tease que aceita um namoro de mentira para que seu pai não saiba sobre seu segundo trabalho.

- Bella! – ouvi Edward gritar meu nome, então apressei o passo. Queria evitá-lo o maximo possível – Bella! – droga, ele me alcançou.

- O que? – parei e me virei para encará-lo.

- Sexta às três da tarde eu passo no seu apartamento – franzi o cenho não entendendo – pra gente ir pra Forks – ele disse como se fosse obvio e então entendi.

- Forks? Não me vai dizer que sua mãe mora naquele ovo? – ele assentiu com aquele sorriso torto de deboche.

- A gente vai passar o final de semana com ela.

- Passar o final... mas que... Você ta fazendo de propósito, não é?! – gritei a ultima parte enquanto lhe dava uma bela bolsada no ombro, ele apenas deu uma risadinha. Eu tinha trabalho nos finais de semana.

- Obvio que sim – fechei a cara e lhe dei as costas a fim de pegar meu carro e vazar dali, mas Edward segurou meu braço me fazendo encará-lo a força – Qual é Bella! Concordamos que seriamos amigos apesar de tudo. Pela academia, lembra? – puxei meu braço precisando de um pouco de força para isso.

- É, mas é complicado ser amiga de um traidor, Edward. O que você fez foi coisa de cafajeste, me deixe sentir raiva, ta? – me virei com o objetivo de finalmente ir para meu carro, mas eu tinha algo mais para dizer – E bem, como quer minha amizade me chantageando? Isso é ridículo, até pra você – ele suspirou e eu dei meia volta.

- Sexta, às três – ouvi ele gritar e rolei os olhos.

- Okay – fiz uma voz enjoativa enquanto erguia o dedo maior sem olhar para trás. 


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Notas finais do capítulo

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Nos vemos no próximo.



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