O Jogo Da Morte escrita por Sakakibara Chiaki


Capítulo 6
Os Demônios Vermelhos


Notas iniciais do capítulo

Tá, eu sei que eu demorei quase duas semanas pra postar o 6º capítulo '-' Não me matem
É que eu estava com vários problemas:
1 - Falta de criatividade
2 - Preguiça
3 - Outras coisas pra escrever
4 - Facebook que não me deixa fazer mais nada
uaehuha pois é, por isso eu não dou previsão de quando sai o outro. Pode ser um dia depois, ou semanas depois '-'
Enfim, espero que gostem *-*



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“Por que meu Deus? Por que eu tive essa genial ideia de aceitar dormir na casa daquele idiota?” Riley já estava com tic nervoso no olho direito por causa de estresse. Skyne acabou convencendo Riley e Lix a dormirem em sua casa. Porém, apenas o de olhos castanhos permanecia acordado.

Skyne roncava incrivelmente alto, impedindo que Riley conseguisse dormir, além de que Lix, enquanto dormia, involuntariamente acabou agarrando Riley que estava bem ao seu lado. Pelo fato de só ter um colchão, os três tiveram que dormir juntos. Havia espaço o suficiente para todos, pelo fato de ser um enorme colchão, mas parecia que Lix não tinha percebido isso.

Ela abraçava seu braço e enlaçou seu corpo com uma das pernas. Riley ficou incomodado, pelo fato de não gostar muito de contato físico. O garoto se livrou da outra e deitou ao lado de Skyne, que serviu como barreira para ele.

Ele achou que ignorando os roncos iria conseguir dormir, então virou-se de costas para Skyne. Estava tudo bem, até o loiro agarrar Riley por trás a apoiar a testa em suas costas, enquanto dormia.

“Ahh! Que merda! Eu sou travesseiro ou o quê???” Se livrou de Skyne também e desistiu de tentar dormir, se levantando e sentando em um canto da casa.

E assim seguiu a noite. Mesmo sentado, Riley chegou a pregar os olhos algumas vezes, mas toda hora Skyne dava um ronco muito alto que fazia com que ele acordasse. Ele só foi parar de roncar quando acordou.

– Hã? Já é de manhã? – disse Skyne com voz de quem acabou de acordar e esfregando os olhos.

Riley estava com olheiras profundas, o que fazia com que seu olhar ficasse ainda mais demoníaco.

– Já acordou? – perguntou Skyne ao ver Riley sentando em um canto afastado.

– Eu nem cheguei a dormir, na verdade – disse o moreno, com o tom mais frio que conseguiu fazer e bombardeando o loiro com o olhar.

Skyne até se assustou com a expressão de Riley e decidiu ficar quieto. Logo, Lix acordou também, devido a curta conversa dos dois.

– Bom dia, linda! – disse Skyne, com seu tom idiota de sempre

Ela nem se quer respondeu e foi direto em direção aos suprimentos de Skyne. Pegou uma garrafa de água sem pedir e bebeu-a todinha.

– Nossa, que ousada – implicou Riley

– Ei, sabia que tem um pouco de rosto nas suas olheiras? – devolveu

– VOCÊS DOIS SÃO CULPADOS DISSO! – gritou. Ele já estava impaciente.

Skyne ficou meio assustado, mas Lix nem pareceu se importar. Ela não tinha medo dele, já que sabia que ela sozinha conseguiria matá-lo.

A garota ousada continuava mexendo nas coisas de Skyne, até que achou um saquinho azul. Abriu-o e derramou o conteúdo em suas mãos, percebendo que eram sementes.

– O que é isso? – perguntou Lix

– Ah, sei lá! – disse Skyne se levantando do colchão a também pegando uma garrafa de água – Eu comprei isso há um tempo, mas nunca usei. São plantas de crescimento instantâneo.

– Ah, já ouvi falar disso – Lix pareceu se interessar pelas pequenas sementes em suas mãos – Dizem que se elas entrarem em contato com a água, crescem imediatamente e dão frutos.

– Até que isso facilitaria bastante na falta de alimentos – até Riley se interessou.

– Nem sei se é verdade, nunca testei. – disse Skyne

– Vamos testar então – a garota colocou as sementes de volta no saquinho e se levantou trazendo uma garrafa de água.

– Aqui não! – repreendeu o loiro – Não quero uma planta no meio da minha casa!

– Então vamos para fora – disse Lix, enquanto pegava seus dois punhais que tinha deixado em uma bancada e guardou-os.

Riley estava com preguiça de se levantar, mas também estava curioso, então também pegou sua Katana e se levantou. Skyne também pegou suas armas, pois sair desarmado pela cidade, é o mesmo que pedir para morrer.

Os três ficaram procurando um lugar adequado para testar as sementes, até que decidiram ir ao depósito de lixo. Criar uma árvore no meio do asfalto seria complicado, por isso, decidiam ir naquele lugar mais orgânico.

O local cheirava mal, pois era onde todos os participantes jogavam o lixo, porém era o melhor lugar para testar.

– O que é isso? – perguntou Riley, ao achar um pequeno frasco vazio jogado no chão.

– Me deixa ver. – disse Skyne pegando o vidro das mãos do outro – Ah, isso é droga. Não toque nisso!

E com isso, arremessou o frasco para longe.

– Por que tem drogas aqui? – perguntou Lix

– Está tendo um tráfico de drogas também, assim como o de poderes. – explicou Skyne – Essa é uma droga muito poderosa, que te dá uma força brutal, mas se você tomar uma gota se quer, se vicia na hora, e as consequências são drásticas. Porém, algumas pessoas querem ter vantagem no jogo, mas se recusam a ter a penalidade dos poderes. Eles preferem a penalidade física do que a penalidade “mística”.

– Faz sentido – disse Riley

Lix, que já estava impaciente, jogou logo uma semente no chão e tacou-lhe água, se afastando logo em seguida. Eles ficaram observando a semente, que continuava indiferente do que era antes.

– Não era pra acontecer algo? – perguntou Riley entediado

– Deve ser só produto engano... – Skyne tentou dizer, mas fora interrompido por um alto som que mais parecia uma explosão.

Os três olharam admirados para aquela coisa crescendo em segundos e se tornando uma grande árvore, com o dobro do tamanho deles. As raízes encravaram na terra, e puderam ver lindas maçãs verdes brotando, que logo se tingiram de vermelho.

– PUTA QUE PARIU, MANO!!! – Skyne se empolgou. – Né que o caralho funciona mesmo!

Lix riu encantada e retirou uma maça do pé, provando-a. Riley, diferente dos dois, não sorriu, mas seus olhos também brilhavam.

– Será que todas essas são macieiras, ou são pés diferentes? – perguntou a garota balançando o saquinho de sementes.

– Só há um jeito de descobrir – Skyne sorriu animado, pegando o saco das mãos de Lix.

Ele pretendia retirar uma semente e jogá-la ao chão, porém parou ao ouvir passos, que não era de nenhum dos três. Todos, por impulso, sacaram suas armas e se colocaram em posição de ataque. Olharam em volta, mas não viram nada. Já iam baixar a guarda quando escutaram uma voz:

– Ora, ora! Intrusos no meu lixão. – Os três olharam para o homem de cabelos cinza que se pronunciou.

– Não somos intrusos! – rebateu Riley, que nunca deixava uma briga passar – O lixão é público.

– O direito de lutar também! – o homem abriu um sorriso psicótico e revelou uma espada medieval, que estava escondida atrás de seu corpo.

Involuntariamente, Riley abriu um leve sorriso malicioso. “Ótimo, um inimigo que também luta com espadas! Veremos quem é o melhor!”

O garoto de cabelos negros avançou, dando um grito de ataque, porém, o inimigo simplesmente correu para trás de uma pilha de lixo. Os três seguiram o homem até onde ele supostamente estava, porém, quando olharam, ele tinha desaparecido.

– Cadê ele? – Riley cerrou os dentes

– Me procurando? – respondeu o de cabelos cinza, que estava atrás de outra pilha de lixo, bem longe da que eles estavam.

– Como ele foi parar ali? – perguntou Lix

Skyne rapidamente sacou uma flecha e atirou em direção ao inimigo, mas este se defendeu voltando para trás da pilha.

Os três bolaram um plano para emboscar o outro. Skyne foi pela direita, Riley pela esquerda e Lix por cima da pilha, na intenção de encurralar o homem. Porém, assim que chegaram lá, novamente ele tinha desaparecido.

Olharam para outro lado e o viram correndo. Desta vez, Riley foi mais rápido e conseguiu alcançá-lo, fazendo um leve corte em seu braço.

Ele achou que agora enfrentaria o homem cara a cara, mas pôde ver diante de seus olhos, o homem magicamente desaparecer.

Lix e Skyne alcançaram Riley, um pouco ofegantes por causa da corrida, então o loiro disse:

– Ele deve ter algum poder!

– Teletransporte? – perguntou Lix

– Não me lembro de ter visto nada do tipo daquela lista do Phil – disse Riley

Eles continuavam pensando, enquanto se mantinham em posição de ataque, esperando o homem aparecer novamente. Então, finalmente Riley se tocou e disse:

– É isso! Invisibilidade! Ele não desaparece. Apenas fica invisível e se locomove para outro canto sem que a gente veja.

– Bem pensado! – elogiou Lix – Qual era mesmo a penalidade desse poder? Podemos usar a nosso favor.

– Se não me engano... – disse Skyne – Ele não poderia enxergar o morto quando estivesse lutando com ele.

– Não dá pra se aproveitar disso! – reclamou Lix

– Todos quietos! – ordenou Riley

Os três ficaram completamente imóveis, para tentar não emitir nenhum som. O único jeito de vencer alguém que eles não poder ver, é ouvindo. Estavam atentos para qualquer barulho.

O silêncio provocava ainda mais tensão. Parecia que nada ia acontecer, até Lix ouvir a respiração de alguém atrás de si, e repentinamente, avançou com seu punhal.

Riley e Skyne até se assustaram com o ato repentino de Lix e com o grito do homem, que se mostrava visível agora. Puderam ver sangue vermelho escorrendo do ombro do cara, de onde Lix retirou o punhal.

“Ainda bem que ele não é em seguidor da morte!” Riley ficou um pouco aliviado, pois seria praticamente impossível sobreviver a ele se fosse um seguidor.

Eles acharam que finalmente conseguiriam matar o homem, porém, ele ficou invisível de novo e correu.

“Arg! Isso vai ser muito difícil!” Pensava o moreno enquanto corria com os outros dois na direção do de cabelos cinza. “Não vai dá pra matá-lo se a cada vez que temos chance de atingi-lo, fazemos um ferimento pequeno. Temos que atingi-lo num ponto fatal, mas como se não podemos vê-lo?”

De repente, Riley teve uma genial ideia. Pegou algumas sementes do saquinho, que estava no bolso de Skyne, fazendo-o dizer:

– Riley, o que você...

– Atira nele! – Porém, fora interrompido por Riley, que ordenou enquanto apontava para um local.

Skyne rapidamente sacou outra flecha e atirou no homem, que apareceu visível por alguns segundos. O loiro previu que, assim que ele atirasse, o homem ficaria invisível e correria, mas ele calculou a distância e o lado que ele correria e acertou bem na coxa dele.

Riley já tinha percebido, que assim que ele era atingido, seu poder abria uma brecha e ele ficava visível. Então, aproveitou-se da chance que podia vê-lo e do grito que o homem deu para se aproximar rapidamente, arremessando as sementes.

Por sorte, uma das sementes lançadas caiu no ponto que Riley queria: Na boca. O homem começou a se engasgar um pouco, e sem que percebesse, acabou engolindo a semente.

– Riley! Você... – Lix disse surpresa, mas parou de falar ao ver o homem fazer uma cara de enjoo.

O de olhos castanhos não conseguiu evitar o sorriso malicioso e a risada de superioridade. Os três se mantinham imóveis, observando aquele homem passando mal, que tentava se manter em pé.

De repente, como uma explosão, galhos começaram a crescer de dentro do corpo do homem, rasgando sua pele e fazendo sangue espirrar por todo lado. O de cabelos cinza soltou um grito sufocado, antes de mais um galho crescer de dentro de sua boca.

Em questão de segundos, uma árvore forte cresceu completamente, fazendo aquele corpo ser totalmente dilacerado e ter seus pedaços espalhados por todo lado.

Os três garotos, sujos do sangue que acabou espirrando neles, tinham os olhos arregalados, enquanto observaram aquela laranjeira com o tronco todo manchado de vermelho.

Depois de um tempo com o silêncio dominando o local, os três começaram a rir. Até mesmo Riley, que não sorria nunca, não pode evitar de rir.

– Isso foi muito foda cara! – Skyne dava pulos de emoção

– Caralho Riley! – Lix também estava animada – Isso foi genial!

– Nem acredito que deu certo! – Riley deixou se contagiar pela alegria dos dois

– Gente, nós juntos somos muito foda! Praticamente invencíveis! Temos que formar uma guilda! – propôs Skyne

– Eu topo! – disse Lix

Então, os dois bateram as mãos em sinal de cumprimento e depois encararam Riley, esperando a resposta. Riley fechou a cara novamente e respondeu:

– Eu já disse que eu jogo solo!

– Arg, Riley! – protestou Lix – Deixa de ser fresco! Você pode ser o Shinigami e tal, mas sem nós você não é muita coisa. Eu mesma já quase te matei, haha – se gabou

O moreno abriu a boca para protestar de alguma forma, porém fora interrompido por Skyne:

– Pensa bem, mano! Nós separados, somos foda, mas junto, seremos invencíveis!

Ele ficou meio receoso, mas tinha que admitir que se unidos, talvez fossem a guilda mais poderosa do jogo. Ele também não podia negar que já estaria morto se não fosse pelos dois, então, depois de pensar um pouco, ele respondeu:

– Tá, eu topo.

Skyne e Lix deram pulos de alegria, logo em seguida abraçando Riley, que tentou se afastar.

– Sai! Eu odeio abraços! – disse o garoto antitoques, o que só fez com que os dois tentassem abraçá-lo com mais força.

Assim que Riley conseguiu fugir das garras dos outros, já descabelado e ofegante, Lix lembrou:

– Precisamos de um nome!

– É! Tem que ser alguma coisa que grite “somos foda”! – opinou o de olhos verdes

– Não tenho criatividade pra isso – bufou o moreno

– Nada que tenha “cavaleiros” no meio! É muito clichê! – disse a garota de olhos azuis

– Que tal: Skyne e seus amigos? – brincou Skyne, começando a rir.

– Dava pra ser mais idiota? – ironizou Lix

– Nada que tenha “Shinigami” no meio! – Riley revirou os olhos – Já não gosto desse nome. Toda vez que escuto já sei que é alguém querendo me matar.

– Tá! O que acham de “Os demônios negros?” – sugeriu Lix

– Podia ser vermelho – opinou Riley – Já que vermelho é a cor do sangue.

– Isso! Os demônios vermelhos! Estão todos de acordo? – Skyne esticou a mão, para que eles colocassem as suas por cima.

Os três se entreolharam e sorriram, juntando as mãos e jogando-as para cima gritando o nome da nova guilda:

– OS DEMÔNIOS VERMELHOS!!!


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Notas finais do capítulo

ÊÊÊ! Deu menos de 3.000 palavras kkkk
Eu lembro que eu pretendia fazer capítulos de no máximo 1.700 palavras, mas eu vou escrevendo, vou enrolando e vai ficando enorme '-'
Eu tentei fazer esse ficar com menos de 2.000, mas não deu rsrs
É que ás vezes, capítulos grande de mais ficam cansativos de ler. Foi mal '-'
Espero que tenham gostado, até o próximo capítulo! *-* (Se a preguiça deixar)