"Ah, como eu odeio esse lugar!" pensava Riley, enquanto olhava em volta de todas as pessoas que estavam na arena. "Estou cercado de pessoas que não sei se estão vivas ou mortas e tenho que ficar ouvindo um viadão falar!"

Às vezes, o Rei proclamava reuniões com todos os participantes, estando vivos ou mortos, para comentar algo importante ou para analisar o progresso do jogo. Riley detestava ter que ouvi-lo falar, já que não tem o menor respeito por ele.

– Então, meus queridos! - disse o Rei ao microfone, assim que todos já estavam na arena - Reuni vocês aqui para falar de algo muito importante!

Riley nem estava se importando com as palavras do loiro, ele olhava em volta procurando uma certa garota de olhos azuis. Fazia menos de uma semana desde que ele tinha se encontrado com Lix, mas nunca mais tinha a visto. Ele não queria admitir, mas estava meio preocupado em saber se ela ainda estava viva. Porém, nada de encontrá-la.

Decidiu então se forçar a ouvir o Rei falar:

– Eu tenho recebido perguntas de alguns participantes - o loiro fez uma pausa de suspense - Eles querem saber como é que descobrirão se são os últimos participantes, já que não sabem quantos restam. Bem, vocês não podem saber quantos restam, mas se forem o último, com certeza saberão - sorriu maliciosamente

O de cabelos negros revirou os olhos. "Essa gazela adora ficar fazendo suspense desnecessário!" Pensou ele.

– Vou lhes contar um segredinho! - ele sussurrou ao microfone - Assim que só restar apenas um participante, apenas unzinho, todos os outros que foram mortos, independente de como... - fez outra pausa - Virarão pó!

O Rei começou a rir histericamente como geralmente faz, enquanto todos os jogadores se entreolhavam confusos.

– Deixe-me explicar, meus queridinhos - Disse afeminado - No segundo em que o penúltimo sobrevivente for morto e só sobrar um vivo, todos os corpos já mortos, sejam cadáveres ou seguidores da morte, simplesmente se desintegrarão, virando, nada mais, nada menos, do que pó!

Isso causou outro alvoroço no local. "Por que pó? Esse foi o jeito que ele arranjou de avisar que o jogo foi ganho? Que estúpido!" Riley se recusava a apoiar qualquer coisa que o Rei fizesse.

– Mas não acaba por aí! - dramatizou - O último sobrevivente terá mais um desafio! Terá que ME enfrentar em uma luta! - jogou seus longos cabelos loiros para trás de um jeito esnobe.

Os participantes ficaram ainda mais inquietos. Riley cerrou os punhos pensando: "Quer dizer que mesmo depois de sobreviver a 100 participantes, de batalhar para conseguir seus objetivos, de derramar suor e sangue, não é o fim? Ainda temos que enfrentar esse gayzão? Porra! Que injustiça!"

De repente, ele viu um lado positivo naquilo: "Bem, pelo menos agora tenho mais um motivo para vencer esse jogo: Matar esse inútil que apodreceu o mundo!"

– Não fiquem assustados, amores! - Disse o Rei afeminadamente - É apenas um jeitinho para saber se estão ao mesmo nível de poder que eu. Por favor, eu quero que o meu sucessor seja tão bom quanto eu, por que ser melhor é impossível! - Jogou seus cabelos de novo.

Riley novamente revirou os olhos e xingou o homem mentalmente. Ficou ouvindo-o falar coisas desnecessárias e se achar de várias formas até o fim da reunião.

Assim que todos os participantes foram liberados, Riley foi direto para a base do Rei, o qual ele considerava seu castelinho. Era lá que se trocava pedras negras por mercadorias. O garoto precisava de um pouco de alimento, já que o seu já tinha acabado.

Chegou ao local e sentiu um arrepio. Qualquer coisa que se referisse ao Rei, Riley sentia repulso. Pelo menos, ele sabia que o Rei não estaria lá, pois estava a caminho do seu palácio e ficaria por lá cumprimentando seus supostos fãs.

– Qualquer coisa que vocês consideram comestível - Disse Riley assim que chegou à mesa da recepção, onde se comprava as coisas.

O recepcionista pareceu não gostar muito do tom irônico de Riley e de sua cara mal-humorada, mas entregou o pacote que continha alimento e água.

– São 30 pedras... - Disse o recepcionista

– 30??? - gritou Riley - Como assim? Antes eram 20!

– As coisas mudam! disse o outro, usando o mesmo tom irônico de Riley, por vingança.

"Merda. Se eu pudesse eu voava minha Katana no rosto desse cara, mas se eu fizer isso eu morro na hora" Pensou, enquanto olhava para os guardas armados que cercavam o local.

– Eu só tenho 20. - reclamou Riley - Vou ter que conseguir mais só porque as coisas mudam!

– Ou pode pagar de outra forma! - uma voz afeminada que Riley detestava ecoou por trás dele.

O Rei havia acabado de entrar no local, rodeado de seguranças, também armados. O de cabelos negros sentiu vontade de sair correndo de lá. "Por que esse imprestável está falando diretamente comigo?"

– Eu tive que aumentar um pouco o preço, porque vi que as pessoas estão conseguindo as pedras muito fácil. - o Rei se aproximava - Qual a diversão nisso?

– Poderia ter avisado antes de eu vir aqui em vão! - respondeu Riley, se sentindo enojado por falar com aquele homem.

– Eu já disse que só quero diversão! Hahaha - riu, afeminado como sempre - E... Falando em diversão... - ele abriu um sorriso malicioso - Se quiser, pode me pagar de outra forma, Shinigami!

"Porra! Até ele me chamando de Shinigami? Esse Rei fica mesmo espionando os jogadores! E, o que ele quis dizer com pagar de outra forma? Isso tá meio estranho" Riley pensou, fazendo uma cara desconfiada.

– Como? - o garoto decidiu perguntar

O Rei apenas intensificou seu olhar malicioso e se aproximou ainda mais, fazendo Riley se assustar um pouco. O loiro colocou o dedo indicador em baixo no queixo e levantou sua cabeça, analisando seu rosto. Riley arregalou os olhos, sentindo náuseas por ser tocado pelo Rei.

– Você até que é bem bonitinho! - O de olhos azuis disse em um tom pervertido.

Ele tentou usar sua outra mão para tocar a cintura do moreno, mas Riley bateu na mão que segurava seu queixo, fazendo o Rei soltá-lo. Uma gota de suor escorria pelo rosto dele e seus batimentos estavam acelerados, enquanto seu sangue fervia. "Esse... Esse... Esse viado! Ele já quer me pegar??? Ai caralho, vou vomitar!"

– Que ousado você! - O rei fez uma cara de desgosto enquanto massageava sua mão.

– PREFIRO MORRER! -respondeu Riley, mais irritado do que nunca.

E com isso, ele foi embora bufando. O garoto corria pelas ruas assustado, querendo se afastar o máximo possível de lá. "Que merda! Quando eu dizia que ele era gay era apenas por causa do seu jeito afeminado. Não achei que ele fosse mesmo dar em cima de outro homem. Ainda mais EU!" Riley se segurou para não vomitar. "Justo o cara que eu mais odeio vem com uma dessas! Depois dessa to achando que vou me matar!"

Acabou se sentando em um canto da cidade para descansar. Ele não queria enfrentar ninguém naquele momento e nem precisava, pois tinha até perdido a fome.

Ele rondou os olhos pelo local procurando algo que o distraísse e tirasse aquilo da cabeça. Viu dois homens lutando e decidiu assistir, mas sem interferir.

Um deles era pálido e tinha cabelos castanhos. O outro parecia ser um pouco mais velho e era negro. Eles lutavam normalmente, nada de novidade para Riley.

Porém, Riley arregalou os seus olhos e se levantou ao ver uma cena que o chocou. O homem de cabelos castanhos, literalmente tirou os pés do chão e começou a levitar.

O negro continuou no chão, atirando adagas no outro, que agora se encontrava nas alturas, aproximadamente há uns 10 metros do chão. Ele estava literalmente voando. Riley não acreditava naquela cena. Como aquilo era possível?

O homem voador atirou uma faca no braço do outro, que se ajoelhou gritando de dor.

Riley estava tão incrédulo com aquilo, que tinha até esquecido que acabara de ser assediado pelo homem que mais odeia.

Parecia ser o fim do negro, mas uma outra coisa surpreendeu Riley. Uma flecha atingiu bem no tronco do homem levitando, fazendo-o cair no chão. Riley olhou em volta para ver se descobria de onde tinha vindo aquela flecha, mas não achou nada, pois deveria ter vindo de longe.

Decidiu sair de lá antes que ficasse ainda mais confuso. Foi andando pelas ruelas e becos, sem rumo, tentando entender a situação. Porém, mais algo teve que estragar seu dia. A guilda, cuja se nomeava "Os Cavalheiros De Gelo", o encurralou em uma ruela. Era aproximadamente 6 integrantes.

– Te achamos, Shinigami! - o líder da guilda proclamou

"Ah cara, de novo? Como eu odeio ser esse Shinigami. Tenho culpa se sou foda?" Revirou os olhos, o que fez com que a guilda ficasse ainda mais irritada.

Eles foram se aproximando de Riley bem devagar, dizendo ameaças de morte. O garoto tirou sua Katana, pôs em posição de ataque e foi se afastando, andando lentamente para trás, sem tirar os olhos dos outros.

"Tsc! Não posso enfrentá-los sozinho. Eles são muitos!" Foi andando para trás, até que parou por esbarrar em alguma coisa. Ou melhor, alguém.

Ele se assustou com o toque repentino e olhou para a pessoa, que também tinha se assustado.

– Lix! - disse Riley surpreso, ao ver a garota que tinha encontrado outro dia.

– Ah, e aí, Shinigami? De boas? - ela disse com uma tom animado, mesmo estando encurralada pela guilda "Fênix" e em posição de ataque, segurando um punhal em cada mão.

– Pareço de boas? - ele disse, voltando a olhar para frente e sem desgrudar as costas da de Lix.

– Encurralado também? - ela tentou se afastar mais, mas Riley não deixou, pois senão ele se aproximaria. - O que eles querem com você?

– Sou o Shinigami, simples assim. E você?

– Tive uma briguinha com os Fênix antes e agora eles me odeiam!

Eles conversavam normalmente, mesmo os outros se aproximando cada vez mais. Nenhum dos dois tinha como fugir.

– Vou direto ao assunto - sussurrou a garota, para que os outros não ouvissem - Nós dois sabemos que não conseguimos enfrentá-los sozinhos, então... Dá pra largar esse orgulho e fazer parceria comigo? Só por agora?

– Tá, mas só por agora - ele não largou o orgulho, mas estava desesperado por ajuda - Não somos uma guilda.

– Ok, se abaixe quando eu mandar! - ordenou

– Por quê? - ele perguntou

– Quer minha ajuda ou não? Só faça!

Riley revirou os olhos "Não sabia que ela era tão mandona." Porém, decidiu obedecê-la.

As guildas estavam bem próximas e faltava pouco para alguém atacar. Riley não sabia o que Lix pretendia fazer, mas confiou nela e esperou a deixa.

– 3...2...1... - Lix contava - AGORA!

Riley apenas fez o que foi mandado fazer e se abaixou. Apenas pode ver os pés dos membros da guilda subirem, o que significava que eles tinham pulado para atacar. Logo, ele sentiu um peso sobre seus ombros e ouviu um barulho de coisas se batendo.

Lix acabara de apoiar suas duas mãos nos ombros de Riley e erguido suas pernas, girando-as de forma que batesse em todos os que vieram atacá-la.

Riley pôde ver os integrantes que tinham pulado caírem no chão com marcas de sapato no rosto. Porém, a imagem da visão dele foi substituída por Lix caindo a sua frente. Por incrível que pareça, ela caiu em pé e ainda com elegância.

– Como fez isso? - Riley perguntou surpreso.

Os dois estavam centímetros de distância, de forma que sentiam a respiração ofegante um do outro. Os olhos castanhos encaravam os azuis.

– Sou ginasta - ela respondeu simplesmente.

Mas a luta não tinha acabado. Os dois pegaram suas armas e atacaram os outros. Tiveram que usar a habilidade do corpo para afastar alguns enquanto feriam outros com a arma.

Infelizmente, tinham conseguido matar apenas dois integrantes. Lix matou um e Riley outro, mas a luta estava bem acirrada.

Porém, de repente, todos param ao ouvir uma voz masculina desconhecida:

– Opa! Briga! Posso entrar?

Todos interromperam a luta para olhar o garoto loiro e de olhos verdes que tinha acabado de chegar. Ele usava um casaco cinza e calças jeans surrada. Segurava um arco na mão e um cesto cheio de flechas nas costas.

– Quem é você? - Lix foi a primeira que falou algo para aquele estranho

– Eu? Me chamo Skyne Wolf, gata. Sou apenas um intrometido faminto por briga, Hehe - Disse ele, com um tom brincalhão.

– Deixe de se meter nas coisas dos outros! - o líder dos Fênix reclamou

E com isso, o mesmo foi em direção ao loiro com um machado, na intenção de atacá-lo. Skyne, em questão de segundos, pegou uma flecha em suas costas, colocou-a no arco e lançou. A flecha perfurou exatamente no meio da testa do homem, que não pode mais se mover e caiu no chão, deixando seu sangue vermelho escorrer.

Todos pareceram surpresos com a agilidade do garoto. "Será que foi ele que atirou a flecha que vi hoje mais cedo?" Pensou Riley

O de olhos verdes deu um sorriso convencido e disse:

– Você e você! - apontou para Lix e Riley - Querem minha ajuda ou não?

– Não! - disse Lix sem pensar muito e em um tom bravo.

– Quem é a orgulhosa agora? - debochou Riley, fazendo Lix bombardeá-lo com o olhar.

As guildas novamente voltaram a atacar os dois, que também voltaram a lutar.

– Ok então, boa sorte para matar todos esses sozinhos - Skyne fez questão de enfatizar a palavra "matar" e foi indo embora.

Lix deu um jeito de sair da briga e foi atrás do outro, deixando Riley por conta dos inimigos.

– Ei! Por que essa ênfase em "matar"? - perguntou Lix

– Ah - O de olhos verdes sorriu maliciosamente - Por que não há como matar quem já está morto. Todos esses são seguidores da morte. O último que restava vivo acabei de matar.

Riley, que ouvia tudo aquilo, ficou surpreso e ainda mais desesperado. Não tinha como eles fugirem de todos aqueles. Porém, Lix pareceu não demonstrar desespero.

– Quero sua ajuda! - disse a garota, fazendo Skyne a olhar de um jeito debochador.

– Como você é bipolar! - zombou ele, mas fez sinal de que tinha aceitado.

Os três então lutaram contra vários seguidores da morte, tentando fazer o máximo de ferimentos possíveis. Apesar de arco e flecha ser usado melhor à distância, Skyne fazia um ótimo trabalho com sua arma.

Eles já estavam cansados, pois além dos inimigos serem muitos, eles se regeneravam, tornando tudo mais difícil.

Depois de um longo tempo de luta, os três aliados finalmente conseguiram abater todos os seguidores, de forma que eles demorassem bastante para se regenerar.

Riley, já suado e levemente ferido, queria apenas se jogar no chão, pois não se aguentava mais em pé, mas teve que concordar quando Lix disse:

– Não podemos descansar! Temos que fugir antes que eles se regenerem.

– Pera aí! - Skyne disse, enquanto se abaixava para recolher algumas pedrinhas negras que tinham caído por lá quando os seguidores foram abatidos.- Vamos pegar um pouquinho de grana primeiro.

– Vamos embora logo! - protestou Riley

– Calma! - pediu Skyne - Eu tô precisando dessas pedrinhas. Sabe, pra comprar umas revistas pornôs! Hehe! - brincou ele

– Seu tarado! - gritou Lix com desgosto

– Tô só brincando, cara! Nem vende isso aqui. Tenho que comprar novas flechas, por que perdi muitas aqui pra ajudar VOCÊS. - ele jogou na cara

Os dois apenas deixaram o idiota a sua frente recolher as pedras. Riley se lembrou que também precisava (infelizmente se lembrando do que tinha acontecido com o Rei) e se abaixou para recolher as pedras. Apenas Lix não se deu ao trabalho de recolher, revirando os olhos e se encostando na parede.

Alguns seguidores começaram a se regenerar, mas Lix se responsabilizava por feri-los novamente.

Os garotos acabaram de recolher o que precisavam e se levantaram. Os três caminhavam pela rua, na intenção de se afastar dos seguidores.

– Aê! - Skyne puxou assunto - Não sabia que aceitavam mulheres no jogo!

– Sou praticamente a única mulher do jogo - respondeu Lix

– Por que praticamente? - Riley também quis saber

– Sou a única viva! - respondeu - As poucas outras que tinham já morreram.

– Que bom que a única mulher do jogo é uma gostosa, né? - cochichou Skyne no ouvido de Riley - Por que se fosse uma feia, tava foda!

O garoto de olhos castanhos até se assustou com o tapa na cara que Skyne levou de Lix. Ele colou a mão no rosto, mas riu, como se já esperasse por isso, ou estivesse acostumado.

– Pare de ser tarado! - Lix gritava

– Não ouse tentar pegar ela - Riley lançou um olhar ameaçador.

O de olhos verdes fez uma cara de quem tinha entendido a situação e disse:

– Ah, saquei! Ela já é sua! Ok, não vou tentar pegar sua gata.

– Eu não sou de ninguém! - A garota estava muito irritava - Ai que bosta ser a única mulher do jogo! As outras eram bonitas também, não tenho culpa se elas se mataram!

– Se mataram? Por quê? - perguntou Riley

– Porra cara! - disse Skyne com seu tom de voz extrovertido - Não sabe mesmo? É bem simples: se o morto te matar, ele toma sua alma e controla seu corpo, mas se um humano te matar, sua alma ainda está livre. Algumas pessoas que sabem que não terão jeito de vencer, se matam, pois preferem morrer por si mesmas do que pelo morto e ter a alma comprometida.

– Entendo - o de cabelos negros olhou para o chão, observando seus pés enquanto caminhava.

– Mas voltando ao assunto - o loiro voltou com sua voz de idiota - Quantos anos você tem, princesa?

– 16 - respondeu ela naturalmente - E não me chame de princesa!

Os dois garotos ficaram surpresos, então Riley disse:

– Sério? Eu nem sabia que permitiam menores de idade no jogo.

– Ah, por favor! - zombou ela - Você nem é tão maior de idade assim. Só tem 18.

– Como sabe minha idade? - Riley fez uma cara desconfiada

– Todos sabem coisas sobre o Shinigami.

– Pera! Você que é o Shinigami? - Skyne arregalou os olhos - Porra cara! Nem sabia!

O loiro passou um dos braços pelos ombros de Riley, deixando os rostos bem próximos e disse:

– Você é foda!- Nem tentei te enfrentar porque achei que perderia. Mas bem que hoje vi que o Shinigami nem é grande coisa - olhou Riley da cabeça aos pés.

O de cabelos negros bombardeou o loiro com o olhar, enquanto Lix ria.

– Você fala de mais, Wolf - disse a garota, ainda sem parar de rir.

Riley revirou os olhos e nem se quer olhou para os dois. Apenas seguia seus pés com um olhar sombrio.

Depois de um tempo calados, Riley decidiu perguntar:

– Ei, como sabia que todos aqueles eram seguidores da morte?

Skyne sorriu maliciosamente e disse:

– Ah, finalmente perguntou. Quer mesmo saber?

– Não, perguntei porque quero gastar saliva - respondeu irônico e grosso.

– Ok, eu falo - levantou as duas mãos exageradamente, em sinal de rendição - Sabe meus lindos olhinhos verdes? - piscou - Eram castanhos antes!

– E por que mudaram de cor?

– Por causa do poder que eu ganhei - sorriu maliciosamente

– Que poder? - perguntou Lix

Os olhos de Skyne começaram a brilhar, literalmente. Suas íris ficaram amarelas e cintilavam enquanto ele dizia:

– O poder de ver a alma das pessoas.