O Jogo Da Morte escrita por Sakakibara Chiaki


Capítulo 2
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Notas iniciais do capítulo

Tá aí o outro capítulo *-*
Desculpe se as cenas não ficaram mt bem explicadas, sou acostumada a escrever mimimi, não lutas rsrs
Bem, espero que gostem *-*



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Riley andava pelas ruas da cidade abandonada, com as mãos no bolso de sua jaqueta de couro preta. O local estava silencioso, ouviam-se apenas os passos que suas botas faziam ao terem contato com o asfalto esburacado.

“Player” era mesmo uma cidade melancólica. Apesar de ser dia, estava tudo escuro, pois o lugar está sempre nublado. Uma palavra para descrever o local é: Cinza, a cor que predomina a cidade. Seja o céu, a cor dos prédios destruídos, do asfalto, o coração das pessoas... Tudo está cinza.

Estava tudo silencioso, porém, não estava vazio. As pessoas ainda estavam tranquilas, por isso não faziam muito barulho. Era como se o jogo não tivesse começado para valer. Além do mais, se passaram apenas algumas horas desde que o jogo foi iniciado.

As pessoas ainda estavam procurando locais para se instalar. Havia prédios abandonados o suficiente para todos os participantes, mas alguns estavam em melhores condições que outros. Era uma corrida para ver quem pegava o melhor local, porém, no jogo não há muitas regras. Todos sabiam que no fundo, ninguém era dono de nada, o território podia muito bem ser tomado à força.

O garoto de cabelos negros não estava preocupado em achar um lugar ótimo, qualquer lugar que tivesse teto estava bom para ele. Riley sempre foi meio “nômade” e não se importa muito com qualidade de moradia.

Entrou em uma casa que aparentemente estava vazia e se sentou no chão empoeirado. Ele não pretendia ficar por lá, apenas queria conferir o que tinha em mãos.

Assim que o jogo foi iniciado, à medida que os participantes iam saindo da arena, os guardas entregaram uma caixa de papelão para cada um. O garoto esperou estar em um local seguro para abrir a caixa, pois talvez fosse algo que pudesse ser roubado.

Ele apoiou o pacote sobre seus joelhos, cobertos por jeans surrados. Abriu e viu o que tinha dentro. Outro pacote contendo alimento e uma garrafa de água. Reparando bem, pode ver que no fundo do caixa tinha um bilhete, que estava escrito:

“Olá jogador! Graças a mim, o Rei, que sou muito generoso, estou te dando estes suprimentos iniciais. Porém, apenas isso será entregue de graça. Para conseguir mais suprimentos, curativos, roupas, armas etc... É preciso pagar. Aqui, não usamos dinheiro, e sim, algo valioso que você terá que conseguir. É o seguinte: Aqueles que já foram pegos pelo morto, são chamados de seguidores da morte. Se for enfiado algo em seu coração, o mesmo espirrará um sangue negro, que assim que entra em contato com o ar, é petrificado. São essas pedrinhas que podem ser trocadas por suprimentos. E não se engane, no momento em que o jogo começou, várias seguidores da morte surgiram. E como saber se a pessoa já morreu? Saberá quando ela tentar te matar. Aproveitem, e sobrevivam! Ass: Hawkney Kendrick III”

Riley terminou de ler e amassou o papel. Começou a pensar: “Aquele maldito pensou em tudo. Não há como ficar parado e escondido esperando todos os outros morrerem. Para sobreviver é preciso enfrentar os seguidores da morte. Então... quer dizer que algumas pessoas já morreram? Isso vai ser mais rápido do que eu imaginei.”

O garoto decidiu guardar os suprimentos para quando precisasse, mas tinha que escondê-lo em algum lugar que ninguém achasse. A cidade era toda coberta por asfalto, então não tinha onde enterrar. Acabou por colocar a caixa dentro de uma vala seca perto daquela casa, quando ninguém estava olhando.

Ele voltou a caminhar pela cidade, procurando algum outro lugar decente para se abrigar, já que aquela casa estava com o teto meio destruído. Acabou por entrar em um prédio que aparentemente estava em um bom estado.

O de olhos castanhos olhou em volta, e pode ver uma poça de sangue, apesar de estar escuro. “Alguém morreu aqui” pensou ele, assim que se agachou em frente à poça.

De repente, ele ouviu um grito de dor vindo do andar de cima. Levantou assustado e se encontrou em um dilema. Fugir ou não. Ele queria ver do que se tratava aquilo, e talvez o ajudasse em alguma coisa, porém, ele podia morrer se se intrometesse. Riley nunca foi de fugir dos desafios, então, rapidamente subiu pelas escadas que tinha alguns degraus destruídos e chegou ao próximo andar.

Ele pode ver um homem grande, forte e negro retirando um machado da cabeça de outro homem, que agora já se encontrava pálido por causa da perda de sangue, que já havia dominado todo o chão.

O corpo caiu sobre o chão com um buraco na cabeça, espirrando mais sangue nas roupas do homem negro. Riley se assustou um pouco com a cena que viu, porém, se manteve firme. “Ele... É um seguidor da morte???” pensou.

O homem, depois de lamber o sangue do machado, virou de costas e reparou a presença de Riley. O garoto não demonstrou medo, apesar de estar sentindo um pouco. O homem o olhou com um olhar demoníaco e disse com sua voz áspera:

– Olha só o que temos aqui... Intrusos! Odeio intrusos!

– Aqui não tem território marcado – respondeu Riley, de cara fechada.

– Mesmo assim você invadiu um lugar que era meu – ele ia se aproximando – Além do mais, você me testemunhou matando alguém. Terei que matar você também.

O homem riu insanamente, enquanto colocava seu machado em posição de ataque. Riley rapidamente pegou sua katana que estava escondida entre sua jaqueta e calças, também se colocando em posição de ataque. O garoto sempre foi muito habilidoso com espadas, por isso nunca teve medo de enfrentar ninguém.

O homem avançou em direção ao garoto, dando um grito de ataque. Em um movimento de segundos, Riley se abaixou, desviando do machado e fez um leve corte no braço do outro com sua espada, se afastando dele logo em seguida.

O negro pareceu surpreso com a habilidade do menor, porém, atacou novamente, dessa vez de outra forma. O machado ia direto ao rosto de Riley, porém, ele desviou para o lado e esticou seu braço, enfiando a Katana no ombro do outro, que gritou de dor.

Enquanto o ferido se recuperava, segurando o ombro que escorria sangue, Riley perguntou:

– Você é um seguidor da morte?

O outro riu de uma forma sarcástica, e respondeu, ainda sem soltar seu ombro:

– Claro que não, pirralho burro! Se eu fosse você estaria perdido. Os seguidores da morte se regeneram rapidamente. Teve sorte de me atingir, mas... EU NÃO VOU DESISTIR! – gritou, avançando novamente com o machado.

Desta vez, o machado atingiu no braço de Riley, mas só fez um ferimento leve. O garoto de cabelos negros se afastou um pouco do outro e perguntou:

– Se você não é... Por que está tentando me matar? E por que matou aquele outro homem? – apontou para o cadáver que ainda estava no local.

– Não sabe mesmo o motivo? Pirralho inútil! – gritou rabugento

– Claro! Sou tão inútil que seu ombro está ferido por causa de um pirralho! – devolveu irônico

Riley nunca perde quando se trata de argumentos e más respostas. Independente de quem seja, ele sempre responde com seu jeito mal-humorado.

O garoto esticou seu braço, de forma que a ponta da Katana ficasse bem abaixo do pescoço do homem e disse:

– Explique, ou morra...

O negro o olhou com desgosto, mas resolveu se explicar:

– É bem simples, na verdade. Eu quero ir eliminando as pessoas do jogo!

Riley não entendeu, então ele continuou:

– Quando o morto mata alguém, essa pessoa se torna seguidora da morte, mas não sai do jogo, e ainda por cima achamos que ela ainda está viva. Porém, se outro humano a matar, ela simplesmente morrerá, e não a veremos de novo. Dessa forma, o jogo ficará mais fácil, pois poderemos ver mais ou menos quantas pessoas ainda restam.

O de olhos castanhos rangeu os dentes com raiva ao entender o porquê daquilo. Ele empurrou o homem, de forma que ele se encostasse à parede e pressionou a espada contra seu pescoço com a lateral da lâmina.

– Está dizendo que matou todas essas pessoas simplesmente para facilitar sua situação??? – Riley gritou revoltado

– É claro! – respondeu o mais velho, no mesmo tom – Estamos em um jogo de morte! O que você queria? Que todos saíssem vivos??? Esse jogo foi feito exatamente para matar!

– E quanto aos alimentos? – argumentou – Precisamos de seguidores da morte para conseguir as coisas. E você está impedindo de ser formado mais.

O outro riu, fazendo Riley pressionar mais ainda a lâmina contra o pescoço dele.

– E daí? – respondeu o homem – Os seguidores da morte já estão mortos, não têm como morrer de novo. Não é preciso vários deles para conseguir as tais pedrinhas. Apenas um já basta. E como o próprio Rei já disse, várias pessoas já foram pegas pelo morto.

– Mas... – Riley retrucou – Aquelas pessoas... Eram inocentes! Não fizeram nada, e não tinha por que matá-las!

– Inocentes??? – o homem gritou – Só pelo fato de elas serem concorrentes já é motivo para matá-las! Entenda isso, pirralho! Você está em um jogo de morte e não quer matar??? Desse jeito, vai morrer rápido! Aqui não temos essa de ser bonzinho não! Todos somos inimigos!

Riley arregalou os olhos, sentindo-se sendo tomado pela loucura. Ele, com as pupilas quase desaparecendo de tão pequenas, disse em um tom baixo, quase um sussurro:

– Tem razão... Esse é um jogo de morte... E temos que matar...

Terminou de dizer isso e passou a lâmina pelo pescoço do homem, cortando a artéria. O mesmo arregalou os olhos e começou a jorrar sangue, fazendo Riley se afastar antes que ficasse sujo.

O negro caiu no chão, fazendo uma poça de sangue. Riley sabia que logo ele morreria por perda de sangue, então, deixou o futuro cadáver lá e saiu do prédio, voltando a andar pela rua.

Olhou para sua Katana suja de sangue e começou a pensar: “Não imaginei que as pessoas começariam a matar umas às outras. Achei que eram dois lados: vivos contra mortos. Mas não, todos são inimigos. Sim, se quero sobreviver aqui, terei que matar sem medo. Ele foi só uma das várias pessoas que terei que matar. Não posso ter piedade!” O garoto nunca tinha assassinado ninguém, e não tinha gostado da sensação de tirar uma vida. Mas ele sabia que teria que repetir tal ação várias vezes se quisesse ganhar.

Ele colocou a espada de volta na bainha. “Eu vou ganhar esse jogo!”


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Notas finais do capítulo

Eu sei... Não sou boa pra escrever luta '-'
Perdoem-me