Fourth Step: My Lovely Boy

.

Na manhã seguinte, Bella acordou com os ossos menos doloridos e as juntas do corpo também. Ainda não era aconselhável que ela andasse muito, mas como a teimosa que é ninguém iria conseguir convencê-la do contrário. Ela queria tentar ao menos viver normalmente, sabendo que agora possui certos limites, mas tentar ser o mais normal possível.

Devagar, ela desceu a escada e foi para a cozinha fazer o café da manhã como todos os sábados. Respeitando os limites que o seu corpo tinha agora, ela foi o mais cuidadosa que pôde para pegar os ingredientes para fazer a panqueca. Tinha uma massa na geladeira, dentro de um pote, o que ela agradeceu. Então enquanto a frigideira ia esquentando, ela ia ligando para Edward.

– Bom dia amor – ele disse atendendo ao telefone.

– Bom dia meu amor – ela disse ajeitando o telefone para o viva voz e começando a mexer nas panquecas. – Achei que ainda estaria dormindo.

– Hoje eu decidi acordar um pouco mais cedo – ele respondeu sorrindo. – Mas e você? Porque está acordada essa hora?

– Amor, esse é o horário que acordo todos os sábados e estou fazendo o que faço sempre – ela respondeu desgrudando a parte de baixo da panqueca da frigideira e virando-a.

– Ah... Bella, eu não sei o que faço com você. Era para você estar descansando e não fazendo o café da manhã – ele disse parando o carro.

– Onde você está? – Bella perguntou terminando o assunto por ali depois que escutou a freada.

– Em frente a sua casa. Se puder abrir a porta... – ele disse rindo andando até a entrada da casa dos Swan.

– Você é terrível – ela disse baixo, revirando os olhos.

Ela desligou rapidamente o fogo e foi até a porta, abrindo-a e abraçando Edward.

– Panquecas – ele sussurrou depois de beijá-la. Ela sorriu levemente.

– Edward? – Renée disse da escada. – Bella o que você faz acordada? – perguntou descendo o restante dos degraus.

– Mãe, eu estou bem – Bella disse revirando os olhos.

– Mas era para você estar descansando.

– Você e Edward devem estar de complô contra mim, só pode – ela disse balançando as mãos no ar. Edward riu e começou a andar com Bella para a cozinha. 

A manhã foi divertida assim como a tarde. E desse modo leve, divertido, mas sempre cuidadoso, eles passaram duas semanas. 

Bella parecia ir melhorando a cada dia. Sua pele agora não estava mais translúcida como no dia em que Edward a viu no hospital e ela dizia que suas juntas já não doíam tanto, apenas os ossos que incomodavam mesmo, o que já era de se esperar, mas isso ia dando a eles mais esperança de que talvez seu organismo esteja agindo contra o câncer. E o amor e apoio incondicional que Edward dava a Bella parecia deixá-la sempre disposta tanto para aceitar os excessivos cuidados que ele lhe dava como para ter esperanças de que tudo iria melhorar.

Ela nunca pensou que pudesse ter alguém tão especial em sua vida e também nunca pensou que fosse amar tanto alguém como ama Edward. Era besteira pensar que um dia já passou pela sua cabeça que nunca iria encontrar alguém para si como sua mãe encontrou seu pai. Sabe, como um amor verdadeiro.

E agora mais do que nunca ela sabe que possui esse amor com toda a sua alma e que esse amor é recíproco em tal grandeza.