You Are His Mother escrita por Mills


Capítulo 1
Ano 1


Notas iniciais do capítulo

Awn, eu acho que essa fanfic vai ser bem bonitinha... Espero que vocês concordem comigo! :)
Boa leitura ♥



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E então, hoje era o grande momento. Gold havia dito que ele chegaria naquele dia de sua viagem e, consigo, traria o novo membro da família Mills. Ainda não havia decidido o nome dele. Pensando bem, Owen seria um bom jeito de chamá-lo, tirando o fato de que eu não sabia como ele era... É claro que estava ansiosa para vê-lo e tocá-lo, porém, teria de me controlar. Pelo menos na frente de Gold (seria difícil?).

Morar em Storybrooke, durante dezoito anos, sem nenhuma companhia era algo... Triste. Sim, eu sei o que todos pensam “Mas você tem o xerife Graham em suas mãos”, sim, eu de fato tenho. Tenho até demais. Fica chato você fazer sexo com um cara por quem você não sente nada! Nunca senti e nunca sentirei. E... Desde que conheci Owen, sinto que... Tem uma parte do meu coração faltando. Uma parte que só pode ser preenchida por uma criança. Por um filho. Por alguém que eu não controlasse.

Enquanto encarava minha própria cicatriz pelo espelho (causada por algum acidente de cavalo na infância), alguém  tocara a campainha e, eu de fato não sabia quanto tempo se passara. Fechei o roupão com um nó e desci as escadas rapidamente. Estava ansiosa para que fosse Gold, ansiosa para que tivesse, em seus braços, um pequeno homenzinho. Abri a porta o mais rápido que pude e, me decepcionei com o que vi. Ou melhor. Com quem vi.

- Graham? O que está fazendo aqui? – Segurei a gola do roupão tentando fechá-lo um pouco mais. – Sabe que estou esperando Gold.

Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, o xerife passou por mim e entrou, sentando-se ao sofá, na sala de estar.

- Eu sei. Só queria estar aqui quando ele chegasse com o nosso filho.

Bati a porta e andei até o cômodo em que ele estava.

- Nosso filho? Não sabia que você fazia parte disso! Você não quis assumir o compromisso... Se eu me lembro bem. – Apoiei-me no batente da porta. O homem estava sentado de costas para mim. – Você  tem que ir antes que Gold chegue! Além do mais, preciso me trocar.

Ele suspirou e se levantou devagar. Andou até onde eu estava e tocou-me os ombros, logo recuei com medo de querer algo a mais com ele naquele momento. Graham nunca quis assumir o nosso relacionamento, por mais que eu quisesse e me sentisse orgulhosa de estar com ele, o xerife sempre se recusara a abrir o que sentíamos um pelo outro. Ou o que não sentíamos. Quando ele disse “nosso filho”... Eu não queria dividir Owen com um só cidadão! Ele era meu filho. Apenas meu.

- Eu sei Regina. – Ele tentou se aproximar de novo. Tocar-me de novo. Mais uma vez recuei. Não queria aquele homem estragando a minha vida como ele havia feito com todas as chances que eu o havia dado. – Eu não estava pronto. – “É claro que não. Estúpido do jeito que é!” Acrescentei mentalmente. – Mas, eu to pronto agora. Eu quero assumir o nosso filho. Assumir nós.

- Graham. Não tem nosso filho, não tem nós. O que a gente tem... – O relógio batia exatamente 12:49h, Gold estaria ali em qualquer momento! – Oh Deus, pelo que vi, não vou conseguir me livrar de você até ele chegar, portanto, suba comigo, realmente não quero receber Gold apenas de roupão. – Antes que Graham pudesse dizer qualquer coisa, subi as escadas e ele foi atrás de mim. Como se nunca houvesse me interrompido, continuei falando. – O que a gente tem não é nada. Na verdade, nós temos um caso. Apenas isso. Apenas um caso. Não precisamos sair espalhando para todos!

- Mas você queria.

- Antes de você vir com esse papo de “nosso filho”, “nosso relacionamento”, daqui a pouco vai ser “nossa casa”, “nossa vida”. E, eu tenho a minha própria vida Graham, assim como você tem a sua. – Sem me importar se ele estava ali, entrei no closet e tirei o roupão. Vesti as roupas de sempre. Uma blusa de botão por baixo de uma saia lápis. Graham sempre me elogiava quando eu deixava “por acidente” um botão a mais aberto. Acho que essa era a única parte boa da nossa relação. Me sentir desejada, mesmo que por ele. Mesmo que por Graham. O meu fiel caçador. O meu fiel caçador que não foi capaz de arrancar o coração de Branca de Neve quando pedi. O meu fiel caçador que não foi capaz de segurar Owen e seu pai na cidade. O meu fiel caçador que não foi capaz de assumir o nosso relacionamento quando eu pedi. Portanto, vamos chamá-lo apenas de “meu caçador”.

- Regina. Eu sinto muito. Eu só... Achei que seria legal formarmos uma família, sabe?! Começar do zero. Porém, começar.

- Se eu quisesse formar uma família com você Graham, deixaria você ter me engravidado. – Saí do closet enquanto fechava a saia e ele me olhou com os olhos brilhando de desejo. –  Por mais que eu goste de você... Ai Graham, não me deixe com esse tipo de problema! Não agora! Realmente preciso que você vá para que eu possa receber o meu filho. Por favor! Eu te ligo.

Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, ele se levantou da minha cama e andou em direção à porta.

- Graham? – O chamei antes que ele saísse. – Me perdoe por te querer longe daqui é só... Um momento importante para mim. – Ele estava parado de costas para mim, com ambas as mãos no bolso.

- Tudo bem, se é importante para você. Só não entendo porque está me dispensando. Achei que eu também era importante para você.

- E você é Graham, - cheguei mais perto dele e, foi minha vez de colocar a mão em seus ombros, beijei delicadamente a parte de trás de seu braço. – mas preciso fazer isso sozinha, já que vou criá-lo sozinho.

- Porque você quer.

- Porque eu quero.

Após Graham sair do meu quarto e da minha casa, ainda esperei mais trinta (aflituosos) minutos. Pude tomar café, arrumar o quarto e ainda sobrou tempo para eu ficar ansiosa! Quando Gold finalmente bateu à porta, levantei-me do sofá e corri em direção ao hall de entrada, parando somente no corredor para ajeitar o cabelo.

- Pois não? – Abri a porta com o peito estufado de alegria.

- Boa tarde Madam Mayor. – Gold, como sempre, foi muito cordial.

- Por favor Gold, entre. – Não precisei pedir novamente, o homem alto de cabelos relativamente compridos deu alguns passos para o hall e logo disse.

- Na verdade Regina, não posso ficar muito tempo. Vim só lhe entregar o que pediu. – Owen estava, de fato, nos braços de Gold, tão enrolado que parecia que estava nevando lá fora. Não estava. Apenas uma chuva fina caía. – Quanto aos papéis... Eu passo mais tarde para discutir. Ele se alimentou no caminho.  – O penhorista colocou o frágil bebê em minhas mãos e o próprio homem tirou a manta do rosto redondo da criança.

Meu corpo inteiro se gelou quando nosso olhar se cruzou. Aqueles... Aqueles olhos... Eram os olhos de meu pai. Os olhos pelo os quais não cansava de olhar. Os olhos pelos os quais me apaixonei por serem verdadeiros e mostrarem amor verdadeiro. Os olhos do único homem que se sacrificou por mim.

- Henry. – Era a única coisa que pude sussurrar naquele momento. Por mais que houvesse sido Owen quem me fez perceber o real motivo de eu estar ali, fora meu pai que havia tornado aquilo tudo possível. Fora meu pai que se sacrificara e bem, aquela criança não me lembrava Owen... Lembrava-me meu pai.

- Boa escolha de nome, Madam Mayor. – Oh céus, havia esquecido que Gold ainda estava ali. Quero dizer, esqueci que ele podia me ouvir. Ao olhar para ele, em seus lábios, se encontravam um delicado e sarcástico sorriso... Como sempre. – O que te fez escolher esse nome? Henry.

- Meu... – Por iria contar para ele sobre o meu pai? Ele provavelmente perguntaria como ele morreu e como explicaria sobre a maldição?Quero dizer, se de fato havia funcionado, Gold não se lembrava de nada... Certo? – Eu não sei. Apenas gosto desse nome.

- Então... Por mais que eu queira muito ficar aqui, tenho que abrir a minha loja portanto... Até mais Madam Mayor. – Sem dizer mais nada e impedindo de que eu também o fizesse, Gold me deixou sozinha com Henry. O que eu mais queria naquele momento.

Sentei-me no chão e durante vários minutos, a única coisa que consegui fazer foi olhar para os olhos daquele bebê. Tudo o que eu mais sentia era, um pedaço do meu coração faltando, graças a minha mãe, que me tirou Daniel, graças a Snow White, graças a Kurt e Owen, graças a maldição... Naquele momento, tudo o que eu perdi em algum momento da minha vida, foi preenchido por aquela criança, que agora, era meu filho. Henry.


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Notas finais do capítulo

Espero que vocês gostem, eu achei muito fofo e tal.
Beijinhos com gosto de maçã ♥



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