Peace escrita por nandabssl


Capítulo 22
Surpresa


Notas iniciais do capítulo

Não, isso não é uma ilusão. Eu finalmente tomei vergonha na cara e conclui um capítulo de Peace que estava pela metade há vários e vários meses.
Sempre julguei autores que demoravam a postar. Eu ficava impaciente, sedenta por mais um capítulo e não entendia como eles poderiam demorar tanto pra postar. E principalmente, depois de tanto tempo sem um capítulo, eu esquecia do que a história se tratava e tinha que voltar alguns capítulos para me situar. Acabei me tornando um desses autores, mas garanto a vocês que tive boas razões.
Primeiro de tudo: no final do ano passado eu perdi minha criatividade pra essa história. Eu sabia como queria que a fic acabasse, eu sabia tudo que eu queria que acontecesse em cada capítulo, mas não sabia como colocar isso em prática.
Segundo: Alguns de vocês falaram comigo por MP, outros por review e, no caso da Ana Clara Mozão Suprema, por facebook também e para todos vocês eu disse que um dos motivos do meu atraso é o livro que estou escrevendo desde o segundo semestre de 2014. Quem escreve fic sabe o quanto é complicado você escrever 1000/2000 palavras sem perder o foco, tentando manter a história interessante e desenvolvendo-a com maestria. No caso de um livro, multiplique essa dificuldade por 10. Minha criatividade estava (e ainda está) totalmente focada no livro, e todo texto que eu penso em escrever está relacionado aos personagens do mesmo. Mas, como finalmente cheguei a metade da história, resolvi abandona-la um pouco para concluir essa fic.
Terceiro: Em fevereiro eu comecei a trabalhar durante a metade da tarde até a noite, chegando em casa apenas as 22:30h, morta de cansada, tendo que dormir para ir para escola no outro dia. Ou seja, meu único tempo livre é no final de semana, e eu estava dando prioridade para o livro.
Quarto: Enem. Estou no ultimo ano do ensino médio, e venho estudando que nem uma condenada para o enem. Então, os tempos livres do final de semana ficaram ainda menores, e quando meu cérebro ainda aguentava processar algo eu ia escrever o livro. Nesse momento era para eu estar estudando biologia, mas vim aqui postar para vocês.

Então, meus amores, vocês perceberam que minha vida está um pouco corrida. Eu não prometo atualizar a fic com frequencia, mas pelo menos uma vez por mês a atualizarei, ok?
Aproveitem o capítulo



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/358515/chapter/22

–EUREKA!

Eram exatamente 23h quando Ronald Weasley grita. Harry já babava em seu travesseiro há horas, Draco fingia assistir um filme, quando na verdade estava observando Hermione, que lia um livro que se sua vida dependesse disso, e Gina estava olhando os jornais trouxas em busca de notícias. Todos deram um pulo, quando o Weasley gritou.

– Rony, só se grita “Eureka” se tiver tido uma ideia fantástica ou tiver inventado algo que deu certo. – Hermione explica como se estivesse falando com uma criança.

– EU TIVE UMA IDEIA FANTÁSTICA! SABE DO QUE TODOS NÓS PRECISAMOS?

– Ficar vivos. – Harry diz, ainda meio grogue de sono.

– PRECISAMOS RELAXAR! E QUE LUGAR MELHOR PRA ISSO QUE LAS VEGAS?

– Rony, não sei se você percebeu, ou se isso é demais pra sua capacidade mental, mas estamos sendo caçados.

– Vocês não entenderam, não é? Bellatrix não virá atrás da gente! Ela que nós iremos a ela. Vocês acham que, por mais dramática e teatral que ela seja, iria gastar seu tempo matando trouxas e deixando rastros se não quisesse que nós a encontremos? Hermione sabe disso. Por que vocês acham que ela está tão tranquila?

Todos olham pra castanha a procura de respostas.

– Rony tem razão. Tanto em relação à Bellatrix, como em relação a nosso relaxamento. Não iremos conseguir pensar direito tão tenso como estamos.

– VIU, SÓ? EU TENHO RAZÃO! CHUPA HATERS!

– Espera! Quem é você e o que fez com a Hermione Granger que eu conheci? Ela nunca pensaria em diversão enquanto estava sendo ameaçada de morte!

– Malfoy, quando você vai perceber que as pessoas mudam? – Hermione pisca pra ele, levanta-se e vai até sua bolsa pegar seu cartão vip do Hotel. - Vou comprar roupa nova pra mim na loja do hotel, encontro vocês aqui em meia hora pra descermos. Vem comigo, Gina?

– ESPERA! NINGUÉM SE MEXE! O que eu perdi? – Todos olham pra Rony como se ele estivesse enlouquecido. – Vocês duas conversaram e fizeram as pazes?

– Temos que conviver uma com a outra, Ronald. É normal acabarmos sendo simpáticas...

– NINGUÉM SAI DAQUI ENQUANTO VOCÊS NÃO SE ABRAÇAREM E SE AMAREM NOVAMENTE!

– Não tem o que falar, Ron. Eu já a desculpei por não ter acreditado em mim. O ideal agora é recomeçarmos. – E dizendo isso, a castanha se dirigiu pra cama de Gina e sentou na beirada. – Prazer, sou Hermione Granger.

– Gina Weasley. Você vem sempre aqui?

– Espera! Vocês tão fingindo que não se conhece ou tão assumindo que são lésbicas?

– Por que você desculpa todo mundo menos a mim? – Pergunta Draco, lançando um olhar magoado em direção a Hermione. Ela ignora a pergunta, como se ele não tivesse dito nada.

– Rony, querido, você é mais bonito calado. – Hermione fala e todos riem, menos Draco. – Vamos Gina, precisamos comprar roupas pra sambar na cara de todos nesse hotel. – Gina se levanta e quando elas já estão na porta Hermione grita: - ESTEJAM PRONTOS EM MEIA HORA!

**

– Vocês estão atrasadas.

É a primeira coisa que Draco diz quando as meninas chegam.

– E daí? Fomos no salão do hotel, querido. Temos que ficar lindas e maravilhosas pra acabar com todos. – Gina diz, jogando seus cabelos recém escovados para o lado, e entra no banheiro pra trocar de roupa.

– Onde estão os meninos? – Hermione pergunta a Draco.

– No restaurante, foram comer alguma coisa enquanto esperavam vocês.

E então, a castanha começa a tirar a roupa na frente de Draco. Em parte porque ela queria provoca-lo, em parte por estar atrasada. Ela coloca a roupa nova que comprou e, olha pro loiro.

– Quer um babador, Malfoy?

– Você é do mal, Granger.

Antes que Hermione pudesse dizer qualquer coisa os meninos entram no quarto e Gina sai do banheiro, já pronta.

– Vamos? – A ruiva diz.

– It’s Vegas, baby.

**

Flashs da noite anterior rondam a cabeça de Hermione durante o almoço. Nenhum dos cinco se lembra de nada com muita precisão, mas eles dão boas risadas com o pouco que se lembram.

– A melhor parte foi quando Gina pulou do balcão e gritou: I BELIEVE I CAN FLY!

– A melhor parte foi Hermione na montanha russa, com certeza.

– Sem detalhes, por favor. – Diz a castanha, envergonhada.

– VOCÊ PAROU A MONTANHA RUSSA COM MAGIA! QUAL A NECESSIDADE DISSO?

– CALA BOCA, MALFOY!

– Vem calar.

– Quantos anos vocês tem? – Rony pergunta.

– A melhor parte foi quando Gina provou Doritos pela primeira fez e saiu correndo, pulando e jogando Doritos em todo mundo enquanto gritava: “OMM, COMO VIVI MINHA VIDA INTEIRA SEM DORITOS?” “VOCÊ JÁ COMEU DORITOS?” “TODO MUNDO TEM QUE COMER DORITOS”!

– E quando o Draco fez a serenata pra Hermione? “Seu guarda eu não sou vagabundo, eu não sou delinquente! Sou um cara carente. Eu dormi na praça, pensando nelaaaaa”! – Todo mundo solta várias gargalhadas, menos Hermione. Sua cabeça latejava, e o fato de partes da sua memória estarem em falta a irritava.

– Gente, eu vou subir pra dormir um pouco, encontro vocês mais tarde, ok?

– Você está bem? – Pergunta Draco preocupado.

– Eu vou ficar. Só preciso tomar uma poção para dor e dormir um pouco. – Ele confirmam com a cabeça, mas não deixa de se preocupar.

Hermione chega ao quarto e se joga na sua cama, apertando sua cabeça, tentando forçar as lembranças todas voltarem, mas nada. Ela bufa em frustração e se abaixa para pegar sua bolsinha em baixo da cama. Encontra rapidamente a poção para dor, toma uma dose, e deita-se novamente, dormindo assim que fecha seus olhos...

Hermione corria. Não sabia o motivo, ela só sabia que tinha que correr. Seus pulmões já queimavam, lágrimas de desespero caiam pelo seu rosto, suas pernas imploravam por um descanso e sua cabeça parecia que ia explodir. Ela sabia que a qualquer momento não aguentaria mais, e usou suas ultimas forças para dar um impulso maior e correr com mais velocidade. Suas pernas cedem, ela cai no chão e começa a chorar descontroladamente. Olha ao seu redor, tentando identificar o lugar onde estava. Ela era cercada por paredes altas de madeira, com madressilvas caindo por toda sua extensão. Poderia ser algo belo, se ela não soubesse que aquilo era fatal. O chão era de areia molhada, e Hermione se perguntou onde estaria a água que molhou aquela areia, desejosa de tanta sede, mas sem forças de se mover. Ela escuta passos e olha rapidamente em direção ao barulho. Vê um vulto preto e alto, aproximando-se cada vez mais. Ela tenta gritar mas sua garganta está tão seca que consegue produzir apenas um grunhido. O vulto aproxima-se rapidamente, e quando está perto o suficiente para toca-la, Hermione escuta um barulho de água movendo-se e é engolida por uma onda gigante. De sangue.

Hermione acorda assustada. Ela demora um pouco para lembrar-se de onde estava e vasculha o ambiente inteiro com o olhar. Sua mente sonolenta e perturbada pelo pesadelo, demora a notar o homem que estava em pé, de costas para ela, na porta de seu quarto. Seu cérebro estava lento, e só vem perceber de quem se tratava a pessoa quando ela se vira.

– David! – Hermione pula da cama, tropeçando um pouco por causa do entorpecimento do sono, e pula em seus braços, envolvendo seu pescoço com os braços dela. – David, você não sabe o quanto senti sua falta... Aqui estava tão vazio sem você... – Ela começa a chorar enquanto o abraçava ainda mais forte e ele retribuía o abraço. – Apesar de não querer que você corra risco, eu... (soluço) simplesmente não... (soluço) consigo... (soluço) ficar longe de você...

David passa suas mãos pelos cabelos dela e beija o topo de sua cabeça.

– Eu também não consigo ficar longe de você, Mi... – Em seguida, David ergue o rosto de Hermione com as mãos e a beija.

Ela retribui o beijo, precisando muito daquele carinho.

Enquanto isso, um loiro que acabava de entrar no quarto, assiste a cena inteira com ódio fervendo em seu ser.

– Que momento lindo, vocês formam um casal e tanto. – Diz ele, irônico, sem conseguir segurar-se enquanto assistia um babaca tomar a mulher que ele ama.

Hermione e David se separam bruscamente, e a castanha se apressa em limpar as lágrimas. Hermione cora e fica envergonhada, e triste ao mesmo tempo. Ela amava David, mas era Draco que ela queria estar beijando.

– Eu subi preocupado, querendo saber do porque de você estar tão estranha, e te encontro agarrada com esse cara que você afirmou ser apenas seu amigo... – Ao dizer isso, ele foi lembrando de algumas partes da noite anterior e achou que fosse explodir de tanto ódio – VOCÊ TRANSOU COM ESSE CARA, HERMIONE!

– Por que eu não senti o tom interrogativo? – David pergunta.

– PORQUE NÃO FOI UMA PERGUNTA! VOCÊ CONFESSOU ONTEM NO “EU NUNCA...” QUE TINHA TRANSADO COM ELE! EU NÃO ACREDITO QUE VOCÊ FEZ ISSO...

– E quem é você pra me julgar? – Hermione pergunta, sem elevar nenhum tom da sua voz.

– Eu... eu... eu... SOU O AMOR DA SUA VIDA! – Hermione arqueia as sobrancelhas e dá uma risada irônica.

– Por favor, Malfoy. Você fala como se tivesse ficado dez anos sem sexo. LOGO VOCÊ! Não me sinto culpada por transar com David, porque alias, FOI ÓTIMO! A culpa disso tudo é sua! Você não acreditou em mim há dez anos atrás porque NÃO QUIS! E você já deixou de ser o amor da minha vida há muito tempo... Dez anos, pra ser mais exata. – Draco estava atônito. Olhava para Hermione, depois para David, e em seguida para o chão.

– Você não me ama mais? – Ele sussurra sua pergunta, segurando as lágrimas.

Hermione não sabe o que responder. Se ela o amava? Claro. Mas não queria dar o braço a torcer. Ela olha pra David e o encontra com a sobrancelha erguida, como se também esperasse uma resposta.

Rony chega bem nessa hora, salvando a vida de Hermione.

– Opa, o que está acontecendo aqui? David?

– Olá, Ronald. – David cumprimenta, ainda olhando pra Hermione.

– Só Rony, e o que você está fazendo aqui?

– Hermione não avisou que eu viria?

– Avisou, mas não achei que fosse pra valer... – Um silencio constrangedor se instala no lugar até Gina e Harry aparecerem também.

Hermione olha para a ruiva pedindo socorro e ela rapidamente ajuda a amiga.

– David, já que você está aqui, vem me ajudar a procurar mais algumas coisas que liguem as mortes. – E sai arrastando ele para o outro lado do quarto.

– Vou considerar seu silencio como um não. – Draco diz ao passar por Hermione, e em seguida sai do quarto.

– O que eu perdi aqui? – Rony pergunta para Hermione.

– Vai atrás de Draco, ele precisa de você agora. – Rony, percebendo o olhar no rosto de Hermione, faz o que ela diz e vai atrás de Draco.

– Eu não estou entendendo nada. – Harry fala, com um olhar confuso.

Hermione o ignora e junta-se com Gina e David para estudar as mortes.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Demorei, mas voltei com um capítulo enorme!
Espero que vocês tenham gostado! Amo vocês, e espero postar em breve



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Peace" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.