Estela

Olhando para os meus amigos me senti realmente feliz, por saber que eles estavam bem. Mas em compensação, estava muito abalada pelo sacrifício da Jade. Contei aos meus amigos o que eu sabia, que Jade nunca tinha deixado o navio, só estava escondida. Quando ela me viu sendo atingida ela logo foi atrás de mim. O polvo com seus tentáculos tentou matar nós duas, mas o que me lembro foi ver Jade brilhando.

– Ela usou sua força vital. - Informou a Bah. - Para te proteger querida. E por isso o quando rápido você for melhor. Entenda, eu não estou expulsando vocês daqui, é que...

– Já sabemos Bah. - Disse Piper. - Precisamos ir antes que a madrasta da Jade perceba a nossa presença. - Piper abraçou a Bah e lhe agradeceu, e pediu para agradecer a Jade quando ela acordar.

– Espere. - Disse meio irritada. - Vamos deixar Jade aqui no perigo para nós salvar?

– Estela não é bem assim. - Piper começou a explicar. - Se ficamos vai ser pior para Jade. Pois sua madrasta vai ter armas bem convincente de acabar com ela. - Tentei argumentar mas Piper continuou falando. - Se você a ama, teremos que partir, agora.

Eu tinha entendido o que Piper tinha falado. Se tudo que Jade me contasse fosse verdade, bom estávamos fritos, não importa, iremos morrer do mesmo jeito indo embora agora ou, mas tarde. E eu também sou meio que teimosa em relação de perder as pessoas que eu amo, já perdi minha mãe, e agora perder Jade, não estava nos meus planos. Isso não iria acontecer, pois eu sabia, estava quieto demais, pacifico. A madrasta da Jade estava aprontando, eu sentia isso. E se deixássemos ela aqui sem proteção, ela iria morrer.

– Eu não saio daqui antes de ver Jade bem. - Disse me sentando onde estava, no lado da cama dela.

– Estela isso não e brincadeira! - Disse o Leo chegando perto de mim, e se ajoelhando aos pés da minha cadeira para que eu pudesse velo. - Não deixe que o sacrifício dela seja em vão. Pois se ficar, vai ser igual jogar tudo que ela vez no lixo.

– Você não entende Leo. - Disse quase chorando, com minha voz falhando. - Se fomos ela morre. Entende isso? Ela vai morrer! Eu sinto isso.

Olhei para os meus amigos e vi que eles entendiam o que eu estava falando. Mas a Bah já se recusou falando:

– Eu sei que é difícil querida. Mas se você ficar ela também irá morrer. Faz muito anos que não vejo Jade cuidar de um humano. Ou melhor, ela nunca cuidou. E se você for usada para tingi-la, isso será pior que a morte pra ela.

– Mas Bah... - Tentei argumentar, mas ela continuou.

– Não é a primeira vez que essa bruxa tenta matar minha menina. E eu sempre a protegi, e não vai ser hoje que irei falhar. Vai, minha filha. Depois a Jade encontra você.

Queria negar, queria ficar. Mas quando eu ia dizer que não iria embora, Uma voz bem fraca invadiu o quarto.

– Você sabe que ela tem razão! - A voz estava roca e falhava às vezes. - Você precisa ir.

– Jade! - Gritei de alegria. Queria abraçá-la mas na tentativa ela meio que torceu de dor. - Desculpe.

– Estela não precisa se desculpar por qualquer coisa. Só em causa de vida ou de morte.

– Você não mudou nada. - Disse rindo. E isso é causa do que?

– Coisas boas não mudam. - Afirmou ela. Meio que ignorando minha pergunta. Ela olhou para o quarto e viu todos e disse: - Ainda não é meu velório. Tanta gente me olhando com cara de Ela ressuscitou.

– Jade não fale besteira! - Falei. - São os nossos amigos.

– Seus! Deixando bem claro isso. - Disse ela com afirmação total. - E os seus amigos estão atrasados. Você já deveria estar no navio. - Jade tentou se levantar com esforço, ajudei a ela ficar pelo menos sentada na cama. - Estela você e os seus amigos precisam ir.

– Não. - Disse. - Ate você ficar melhor daqui eu não saio.

– Faça alguma coisa que preste. - Jade olhou para o Leo e disse isso. - Leve ela daqui.

– Estou fazendo o que posso. - Disse Leo coçando a cabeça.

– É muito pouco! - Afirmou Jade. Ela fechou os olhos, e pude sentir o seu medo. - Estela você tem que ir agora. - Disse ela levantando da cama.

– Jade você esta fraca. Precisa descansar.

– Estou bem. - informou ela. - E ficaria melhor se me obedecesse.

– O que está acontecendo? - Perguntei. - É a sua madrasta ?

Mas Jade fingiu que nem me ouviu, e foi em direção ao Nico, e disse:

– Agora é hora de você fazer o que é certo. Tira ela daqui! O que você está esperando? Força de vontade ameba! Ela não vai sair daqui sozinha.

– E se Estela tiver certa? - Nico disse encarando a Jade. - Da ultima vez que não escutei o sol e a magia me dei muito mal. E não estou afim de acontecer tudo de novo.

– Espera ai Di Angelo. - Disse Jade com sarcasmo. - Isso é um pedido de desculpa?

– Entenda como quiser. - Rebateu ele. - Você está fraca, e não tem condições de se proteger.

– Não estou pedindo sua ajuda. - Disse Jade friamente.

– Mas quem disse que estou te ajudando? - Disse ele no mesmo tom. - Princesa da magia dos mares.

Jade se assustou com esse ultimo relato do Nico, mas logo vez cara de brava de novo. O Nico não tinha expressão nenhuma, estava calmo, e acho que era mais isso que tirava Jade do serio. Esses dois não mudam. Limpei minha garganta e disse:

– Então ficamos?

– Não - Disse Jade no mesmo tempo que Nico disse -

Sim

.

Os dois se encaram mas ainda, e tive medo dos dois começarem a se bater. Mas preferia que eles se beijassem, pois só faltava um pouquinho para isso acontecer. Nico chegou, mas perto e disse:

– Você pode até ser teimosa, mais infelizmente, eu sou muito mais.

– Insuportável! - Disse Jade se afastando dele.

– Que bom que você acha isso. Porque de melhor você não tem nada.

– Como? - disse Jade incrédula pela ofensa. Mas antes que ela respondesse mais, Nico a cortou falando.

– Piper, Jason, Leo e Frank, estou achando que Estela não vai sair daqui sem a Jade, e não podemos voltar sem o nosso Sol. - Nico parou como se a próxima palavra fosse doer. - E nem sem a nossa Magia. Ele apontou para Jade. - Então eu recomendo que não fique muita gente aqui.

– Espere, você está querendo que fiquemos aqui? - Disse Jason.

– Nem todos. - Nico respondeu. - Frank, Piper e Jason voltaram ao navio. Menos gente aqui é melhor.

– Mas não quero deixar Estela. - Disse Piper magoada.

– Não estou querendo que a deixe. Estou querendo que nos ajude, assim não ficará tantos aqui, e enganará a madrasta da Jade, por enquanto. Pensando que a deixamos sozinha. Assim ela atacará e estaremos um grupo de Três para protegê-la.

– Que piada! Até parece que ela pensa assim. E outra coisa, não preciso de proteção, ao contrario de vocês. Que se não forem terão uma morte muito dolorosa.

– Então vocês voltaram e ajudaram a Hazel a decifrar aquele mapa. Pois quando chegarmos ao navio vamos ter que sair rapidamente embora. - Disse Nico ignorando Jade. - Frank cuide do mapa, Jason você é o líder, cuide de todos e Piper conversa com a Hazel sobre o novo caminho e.... Você sabe.

– Sei. - Respondeu Piper. - Cuide da minha Prima.

– Pode deixar. - Respondeu ele.

Todos estamos certos no que estávamos fazendo. Jade não ficou muito feliz com essa decisão. Piper, Jason e Frank, foram com Tyson até o navio. Ficou Eu e Nico e Leo cuidando de Jade. O que não a deixou nada á vontade, ela não queria a ajuda do Nico, mas no fundo ela sabia que precisava. Mas nunca iria admitir.

Leo e Nico foram para a parte de baixo do quarto de Jade, pensei que eles fossem ver TV, mas a hiperatividade é fogo. Eles não agüentariam nem cinco minutos em frente a uma TV. Então Nico foi para o sofá e deitou nele, e ficou pensativo. Sua aparência estava "podia cair o mundo, e não estou nem ai". Não sou filha de Afrodite, mas eu sei quando um

romance

esta no ar. E até sei no que o Di Angelo está pensando.

Leo estava na mesa... espera ai... estudando? Sim, estudando. Ele estava com um caderno fazendo anotações na escrivaninha da Jade. Tão penetrado naquilo que nem parecia o Leo. Percebi também que ele tinha uma coisa em suas mãos, mas não dava pra ver o que era. Isso me deixou curiosa, mas não fui lá tirar a sua concentração. Depois perguntava o que era aquilo pra ele.

Voltei para a parte de cima do quarto da Jade, ela finalmente estava dormindo. Mas caro depois de vários pedidos e até ordens de ela descansar que foram feitas que ela teve que finalmente se acalmar e deitar. Porque se fosse por ela, ela já estava tacando o terror pelo reino inteiro. Mas ela estava lá na cama tão frágil que até deu um aperto no coração. Dormindo parecia um anjo.

Depois de um tempo cuidando da Jade eu sai do quarto a procura da Bah, queria ver se ela precisava de ajuda para fazer alguma coisa.

– Bah. - A chamei andando pela sala. Não ouvi a resposta, me virei para ir em direção a uma porta que me parecia ser a cozinha. Cheguei perto e pude perceber que tinha movimento lá dentro. Comecei a abrir a porta, e pelo pouco que abri comecei a ver o que estava acontecendo. Bah estava envolvida em uma luz roxa que mostrava uma garotinha de cabelos vermelhos que tinha um sorriso que enchia qualquer lugar com alegria. Olhando bem, era uma fumaça roxa que tinha a magia de um álbum de fotografias, eram incríveis, as imagens saiam como se tivesse em 3D. Abrir a porta totalmente para ver melhor, Bah ainda não tinha percebido minha presença, cheguei cada vez mas perto, e notei que a Bah tava vendo as fotografias da Jade quando ela era mais novinha. Mas mesmo assim, nem parecia ser a Jade, era outra garota. Ela parecia mais viva.

– Assim era a minha pequena. - Disse a Bah me tirando dos meus pensamentos. Fiquei constrangida por estar invadindo a privacidade dela.

– Desculpe. - Disse. - Não deveria ter entrado. - Dei uns passos pra trás.

– Não querida, você não me incomodou. Pelo contrario, sinto que você gosta dela, e que quer ajudá-la.

– Sim, eu quero muito ajudar a Jade. - Disse. Apontei para fotos. - É ela não é? - Andei um pouco pra frente, e a Bah fez um sinal de sim com a cabeça. - Nossa, nem parece... A Jade está...

– Diferente? - Bah perguntou.

– Sim. - Respondi.

– Ela não foi sempre fria e seca menina. Jade antigamente era doce e amável, como você. E até acho que ela tem um pouco de feição com você por cauda disso. Ela se identifica com você, e quer te proteger. Para o que aconteceu com ela, não aconteça com você. - Bah disse pegando em minha mão e me fazendo sentar no sofá da sala, olhei ao redor e percebi que não era a cozinha e sim um escritório.

–Bah. - Disse. -O que aconteceu com á Jade?

– Traição. - Bah disse friamente.

– Traição? Perguntei. – Como assim?

– É uma história longa menina...

– Não importa! – Disse. – Tenho tempo, e tempo de sobra. Você disse que ela era igual a mim, e de repente ela é outra pessoa totalmente diferente. Sinto as vezes que ela não confia em ninguém, e agora a senhora me diz que ela foi traída, me fazendo entender um pouco. E quero entender mais, quero saber o passado da Jade.

– Tudo bem. – Disse a Bah, levantando as mãos. – Mas eu prefiro mostrar.

Bah resplandeceu a sala em uma luz roxa,e depois a sala começou a fazer uma viajem no tempo. Fiquei um pouco em duvida, Bah era uma feiticeira? Depois eu perguntaria pra ela. Uma voz resplandeceu, e eu sabia que era a voz da Bah dizendo:

– Se é pra contar a história da traição, vou ter que te contar tudo. Peço que não conte a Jade quando a ver, nem mostre que sabe de alguma coisa. No passado Jade matou aqueles que resmungavam sobre essa história pra ninguém mais saber.

A viajem no tempo parou, e percebi que estava num castelo. Um castelo enorme que dava até medo pela sua localização e pela sua aparência. Olhei para todos os lados e não consegui encontrar a Bah, estava ficando apavorada quando escutei uma voz na minha cabeça.

“Estou com você Estela. – Disse Bah. – Só que não posso estar pessoalmente. Fui proibida de pisar nesse lugar, e também só posso te mostrar, não posso estar presente. Eu vou te mostrar tudo, mais tem algumas regras a serem cumpridas. Primeiro: Não tente mudar o futuro. Mesmo que você queira ajudar não faça nada. As pessoas que tentam mudar o futuro se tão muito mal. Segundo: Não mate e nem toque em ninguém, ninguém pode te ver, mais eu não disse que eles não podem te sentir. Cuidado, se eles te pegar, nem a magia da Jade pode te salvar. Entendeu?”

–Sim. – Respondi ficando de pé. – Onde estamos?

“ No reino da magia, o meu lar. O lar de Jade, o Lar de Hecate.”

– Nossa, não se sinta mal Bah, mais o seu lar é apavorante.

“O que você queria? Que Hecate tivesse um reino do arco-íris? – Bah começou a rir.”

– Não. – Respondi. – Mas como eu vou até lá? O castelo está longe.

De repente do nada sinto a luz roxa de novo, e estou dentro do castelo. Ou melhor dentro de um quarto, que vejo uma mulher dando a luz a uma criança. Espera... aquela é Hecate? Ela estava dando a luz a uma criança. A parteira falou para ela ter força pois o bebê estava vindo. E nem demorou muito, ouvi o choro da criança, que gritava, parecendo dizer -> Cheguei para fazer barulho <-. - A parteira disse:- é uma menina majestade. – Conhecia aquela voz, era da Bah. E ela continuou falando. – Ela é forte, uma feiticeira que vai te dar orgulho. E melhor ainda, nasceu na lua nova. – A majestade fraca, pegou a criança no colo e disse: - Sim, ela vai ser forte. Juno veio me visitar ontem, e me contou que ela seria muito importante para o futuro. E agora que posso ver seus olhos, percebo que ela será. Forte e legal, como jamais uma feiticeira foi. – Hecate olhou para criança com amor, e falou docemente. – O seu caminho está traçado filha, e eu não poderei mudar. O futuro das feiticeiras vai estar em tuas mãos, ajudará o mal ser derrotado. Mesmo que tenha que fazer uma escolha difícil quando chegar a hora. – Hecate parecia que iria chorar. – Quero que você saiba que Te Amo de todo o meu coração. – Ela beijou a filha como se fosse um adeus. – Jade, a menina do luar, a menina que irá contagiar o mundo. Aquela cena fez os meus olhos se encherem de lagrimas, pois agora sabia que a mãe da Jade a amava de tal forma que decidira deixar a filha tomar o seu caminho para que ela ajuda-se o seu povo, e ajuda-se na guerra, na derrota de Gaia. Isso era surpreendente.

– Bah, a Jade sabe disso? – Perguntei.

“Não. Ela nunca saberá.”

– Porque Bah? – Disse meio irritada. – A Jade precisa saber que a mãe dela a ama.

O cenário mudou de novo, estava agora em uma reunião do palácio. O que me parecia muito estranho. Vi a rainha Hecate no trono com cara de brava, e vi também uma menina pequena que estava ajoelhada nos pés da deusa. A deusa a olhava com desprezo. E disse: - Chega! Você não perece minha filha. Gosta de coisas que não convém só sabe reclamar da forma como governo esse reino. – A discussão estava feia. Havia outras garotas, vários feiticeiros olhando para aquilo como se gostassem da cena. A menina tentou se defender, mais a deusa não deixou. – Não tente se explicar, você não é digna de ser uma feiticeira! – A garota abaixou a cabeça e percebi que ela começou a chorar. Como ela podia ser tão cruel? Aquela menina me parecia ter cinco anos de idade, e olhei mais pra ela e minha ficha caiu, era a Jade. O dia em que sua mãe a baniu. – A partir de hoje você não é mas uma de nós. Até você tomar jeito de ser minha filha nesse reino você não pisa mais. – A garota olhou para sua mãe assustada, mais não disse nada. Mais vi uma mulher se levantando e dizendo: - Não majestade! Ela é a sua filha. – Já tinha percebido que era a Bah tentando proteger a criança. – Já chega serva. – Disse a deusa cheia de raiva. E lançou um feitiço que vez a garota dormir profundamente. E olhou para a Bah e disse. – Já que a prefere, será banida junto com ela. Cuidará dela, treinará ela. E só voltará pra cá junto com ela, pois se voltar antes você e ela morrem. – Bah tentou argumentar, mais de nada adiantou. – Levará com você o lobo branco, pois de pureza esse reino não haverá mais. A alma dessa criança que você carrega é igual a luar, ela é pura e inocente, então instrua ela com dignidade. E se alguma coisa acontecer com ela, será o seu fim. Saia daqui. – Ordenou ela, Bah se levantou pegou a Criança e o lobo começou a seguir como que entende-se que não era mais bem vindo naquele lugar. Mais antes da Bah fechar a porta a Deusa disse. – Nunca lhe conte a ela o que o futuro aguarda. E nem o que eu disse quando ela nasceu. Prometa-me! – Ordenou, a Bah nem deu a atenção de virar, mais só disse: - Prometo. E saiu de lá com a criança nos braços. Isso me cortou o coração, agora entendo a raiva da Jade em relação a mãe. Ela nunca soube da verdade, sua mãe a amava de todo coração. Mais era o destino de Jade, ela não poderia ficar ali. Pois assim ela não conseguiria ficar forte, e principalmente nunca iria nós encontrar. Ela viveria no mundo de Hecate, mais deixando todo o seu futuro pra trás. Hecate sabia disso, e sabia que não faze-se assim, outras coisas piores poderia acontecer com a Jade. Ela preferia deixar sua filha a odiar do que não cumprir seu destino.

– Agora entendo. – Disse a Bah. – Hecate sempre amou Jade de tal forma...

“ Que se sacrificou para salva-la. Jade não sabe dessa história, porque foi preciso ela não saber. Mais creio que já está quase na hora de essa parte ser revelada. Mais isso veremos depois. Peguei a Jade, e criei como minha filha. Fui para o mundo de Poiseidon, enfrentei o povo do mar e fiz de tudo pra ver minha pequena Feliz.”

Passou de relance o crescimento de Jade, os seus aniversários, os seus treinamentos, as coisas que ela amava fazer, e quando ela e Bah ficavam contando historias uma para a outra. Tudo que a Jade mais amava e seus medos foi passado. Até que ela parou numa certa idade, Jade parecia ter uns 12 anos de idade. E aquela cara sapeca dela, e divertida dava na cara que ela era muito feliz. Mesmo sabendo que seu irmão e madrasta a odiavam, ela era feliz.

– Esse foi o tempo em que tudo aconteceu, Jade tinha uns 12 anos de idade. Ela amava o mundo de cima. Não queria ficar no reino do mar, ela se sentia sempre deslocada lá. Ninguém a compreendia e nem ligavam para ela. Às vezes ela ia em navios que estavam no fundo do mar a procura de objetos humanos, mesmo sendo contra as regras. Ela ansiava saber mais do seu mundo, Estela. Tinha sede de conhecer e aprender a viver como vocês humanos vivem. Quando ela achava coisas humanas, ela levava todos os objetos para uma caverna que era o seu lugar preferido em todo o reino. – Eu pude ver uma Jade sapeca nadando em direção a uma caverna que quando ela entrou era um sucesso de coisas humanas. – Esse era o tesouro da Jade, Jade poderia ter tudo, mais o mais precioso era isso. – Fiquei admirada. Tinha coisas que nem eu conhecia, os olhos de Jade brilhavam de tanta felicidade ao ver seus pertences. Poseidon, nunca gostou que Jade gostasse dessas coisas, mais fazer o que? Isso estava no coração da menina, Hecate é uma deusa e tal, mais vivia mais ou menos como os humanos, e Jade era filha dela também. Varias vezes Poiseidon tinha feito regras e mas regras para deixar Jade longe dos humanos, longe do seu sonho.

– Que triste Bah. – Disse furiosa com o Poiseidon, deixe eu encontrar ele. – Ele poderia sair por ai, ficar com os humanos, mas Jade não podia? Isso era injusto!

“Eu sei. Tentei mudar o pensamento de Poiseidon, mais no fim só vi que ele queria proteger Jade. Como eu tinha prometido fazer. Jade no seu aniversário de 13 anos, aprontou uma, ela foi para cima. Para a terra sem eu e nem o seu pai saber... e ai começa o pesadelo.”

Bah começou a me mostrar Jade saindo das águas e andando pelas ruas de Nova York. A sua alegria era incrivelmente boa, que até contagiava. Ela andou e andou até o achar o Central Park. Ficou elogiada pela beleza que via, cada vez mais ficava supressa e totalmente realizada em ver o mundo que ela tanto desejou ver.

Estava no mundo da lua, até que se esbarrou em alguém. Alguém que por sinal era lindo, musculoso e forte um moreno de olhos verdes. Que fazia as meninas morrerem de amor por ele. Jade ia cair no chão, mas o galã segurou ela pela cintura e disse.

– Epa... Cuidado moça bonita.

Jade o olhou assustada e pude perceber pelo seu sorriso que ela tinha se apaixonado. Seus olhos brilhavam e suas bochechas estavam vermelhas. Nem parecia Jade, pra mim ela nunca se sentia envergonhada ou risonha daquele jeito.

– Desculpe. - Ela disse. Oficial agora não era a Jade.Ela pedindo desculpa? - Não quis sabe... - Ela se afastou e olhou para ele todo e ficou atônica. Claro! era o primeiro contato humano que Jade tivera na vida.

– Não foi nada. - Ele disse sorrindo. - Eu também dava na distração. Sabe gosto sempre de vir aqui, mas nunca te vi por aqui.

– E... eu não sou... - Jade se enrolou, tenho certeza que ela não queria lhe contar realmente de onde ela tinha vindo.

– Você é... - Insistiu ele.

– Não moro por aqui... Estou só de passagem. - Ela afirmou.

– Humm... Que pena que você não mora por aqui. - Ele fez uma cara de descontente que até me deixou fascinada. O cara era realmente um galã. - Então de onde você é? - Ele piscou e bateu na cabeça fazendo Jade se assustar mas depois rir. - Desculpa, que educação a minha. Eu nem me apresentei, você deve estar achando que eu seja um malandro. - Talvez ela não, mas eu sim. Pode ser um galã, mas sinto no meu intimo que não presta. - Meu nome é Jhonathan Matheus. - Ele pegou a mão dela á beijou como nos filmes românticos dos anos 50. Ela riu. - E posso saber o seu nome? - Jade ficou em silencio por um momento, e ele até achou que ela iria deixar ele no vaco. Até que ela tirou sua mão sobre a dele e deu um sorriso dizendo.

– Sou a Jade. Prazer em te conhecer Matheus. - Ela se virou e começou a andar discretamente e ele a seguiu.

– O prazer é todo meu. - Ele fez uma pausa e olhou para ela e disse andando ao seu lado. - Você não conhece esse lugar. Então como um anfitrião devo mostrar o meu lar. - Jade sorriu de uma maneira, que era tão inocente. Me lembrei do dia em que ela me disse que eu era muito boazinha. Eu sou exatamente igual a Jade do passado. Fico curiosa em saber o por que dela ter ficado desse jeito.

– Eu agradeço pela sua atenção. - Ela disse. - Mas não quero ser um incomodo.

– Capaz! Tava sem fazer nada mesmo.

As visões foram mudando, o garoto e a Jade se encontraram muitas vezes. Ele saciava o desejo da Jade em conhecer o mundo. Com suas caminhadas pelas ruas de NY. Ela era realmente feliz ao lado dele. Bah me mostrou a historia do primeiro amor de Jade, o se primeiro beijo, cinema e varias coisas que namorados fazem. Bah ia me mostrando nas visões, relatando tudo.

" Ele não a merecia, Jade na inocência lhe contou quem era. E ele ficou feliz em saber que ela era uma deusa menor. Pois ele também guardava um segredo dela. Ele era um meio sangue, mas um semi deus que só buscava uma coisa, PODER. E com Jade ele saberia que conseguiria, isso e muito mais. Então um dia ele a enganou, dizendo que iria morrer, que o único jeito era a Jade lhe entregar a mortalidade."

– Mas a Jade é uma deusa menor.... e...

"Sim querida, mas Jade é uma feiticeira nata. Eu lhe ensinei o feitiço da imortalidade. E como sempre, Jade havia aprendido perfeitamente. E ele sabia disso. Ele usou a desculpa que queria ficar com ela para sempre, e que a amava. Jade acreditou na ilusão."

Mostrou a cena dele pedindo para ela, e ela aceitando. Jade começou a fazer o feitiço e o garoto começou a contorcer de dor. Depois dela ter terminado o feitiço estava fraca e cansada. Mas mesmo assim olhou para o seu amado que lhe deu um beijo de agradecimento. E depois disse que voltaria pra lhe ver, que amanhã os dois fugiriam? Sim era isso, Jade iria fugir com ele, para se feliz.

"Sim Estela, mas infelizmente não foi bem isso que aconteceu."

Bah me mostrou o outro dia, o dia em que Jade ficou e ficou esperando o seu amado, e nada dele aparecer. Jade ficou lá o dia inteiro, até o nascer do sol do outro dia, olhando triste. Ela se perguntou e dava resposta pra ela mesmo assim: - Deve ter acontecido alguma coisa.... ou. .. Porque ele não está aqui?

Jade foi embora, mas sempre voltava no horário que os dois se encontravam, e cada dia sua expressão era pior. Parecia que ela estava morrendo aos poucos. Até que um dia, ela estava lá esperando por ele. Que finalmente pode ver ele, ela se levantou e foi correndo em sua direção até que viu que ele não estava sozinho, que tinha uma mulher morena e linda lhe beijando na boca e ele aceitando. Jade pareceu ter levado um soco na barriga, sentiu falta de ar, sentiu sua vida acabar. Só uma coisa que ela fez foi correr em direção ao mar. Me deu dor no coração, Jade estava sofrendo, e a ultima coisa que ela vez antes de entrar no mar foi:

– A partir de hoje tudo vai mudar. Nuca mas irei confiar em alguém e nem me apaixonar. Vou ser forte e não irei mais chorar por coisas bobas. Essa historia nunca mais irá se repetir. - Ela disse limpando as lagrimas. - E você Matheus viva com sua imortalidade. Pois você verá o quão é duro ser uma coisa que nunca poderá morrer. E mas ainda verá todos em sua voltar, seus amigos partirem e conhecer outro mundo. No qual você nunca conhecerá, e não fará parte.

Ela se jogou no mar. E pude sentir sua tristeza.

" É isso menina, a traição. Jade nunca mas foi a mesma.Só vi uma diferença nesses anos todos em mudança, que foi o seu carinho por você que ela mostrou hoje. Vi a minha pequena Jade, sei que você pode ajudá-la, e ela precisa muito. E isso que te peço, ajude-a a ser o que ela era antes."

– Bah vou ajudá-la mesmo que seja a ultima coisa que eu faça. - Disse.

Voltamos para a salinha que estávamos, eu e Bah nos entreolhamos, e demos um sorriso uma para a outra, até que uma explosão forte aconteceu.