Westover Hall escrita por Fe Valdez


Capítulo 23
Uma ajuda em troca de um problema


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores lindjos
Vcs não gostaram mto do último capítulo? Pq teve pouco review e tal, sorry :p
Ok, mudei meu nome pra Fe Valdez, não estranhem uahusha pq agr sou casada com o Leo lalala



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Quando passamos correndo pela porta diminuímos o passo, para ver de onde o som vinha. Seguimos entre os brinquedos centrais até chegar nos fliperamas antigos, no fundo do Flip-Flip em uma área mais escura, entre o "Pac-man" e o canto da parede, havia uma garota sentada abraçando as penas, com a cabeça entre os joelhos e soluçando.

Todos pararam meio longe, mas Jason se adiantou, andando lentamente até a garota, que parecendo sentir que havia alguém por perto, trancou o choro e levantou a cabeça para Jason. Ela soltou seu último soluço e perguntou:

– Quem é você?

Antes de Jason responder, Leo se adiantou:

– Ei, eu te conheço? – ele disse apontando pra ela – porque você parece uma garota que eu odeio.

A garota olhou para Leo e depois levantou uma sobrancelha percebendo que além de Jason, tinha mais seis pessoas ali e uma deles era irritante. A garota era bonita, tinha cabelos castanhos claros, trançados e caídos por cima de seu ombro. Usava um vestido branco, como uma pequena floricultora, devia ter uns 15 anos e suas feições eram delicadas. Embora sua trança estivesse meio despenteada e seu vestido um pouco sujo, era bonita mesmo, cheguei a querer puxar Jason para o meu lado para afastar dela, mas permaneci ali.

– Nunca te vi garoto – ela deu uma olhada em Leo – mas se você me odiasse mesmo, acho que eu te odiaria também.

– Quem é você? – perguntei.

– Eu perguntei para ele primeiro – ela respondeu apontando para Jason.

– Jas... – Jason começou a responder até eu o cortar.

– Você não precisa saber – me limitei a franzir o nariz.

A garota deu de ombros como se nada importasse mais e passou a mão embaixo do nariz fungando.

– Sou Calipso.

– Nome estranho – Leo comentou baixo, mas Calipso ouviu.

– Que nem a sua cara.

– Ok, vamos parar vocês dois. E você... por que está chorando? – Percy perguntou à Calipso.

– Vocês não precisam saber – ela deu de ombros – Vão embora ter suas vidas normais e me deixem aqui, por favor.

– Vamos conte o que houve para ajudarmos, problemas têm soluções, pelo menos deveriam ter – Jason disse – eu preciso... preciso ajudar alguém.

Eu entendi o frustramento de Jason, ele queria poder fazer algo para mudar seu destino, nosso problema, mas não podia fazer nada contra o pai. Ele queria ajudar Calipso para sentir que alguma vez pudesse resolver um problema, já que não podia resolver seu próprio problema.

– Desabafe Calipso, ás vezes as pessoas precisam disso – eu falei fazendo um gesto confiante de cabeça.

Calipso olhou para mim pareceu dominada por minhas palavras e começou a contar:

– Nem todos os problemas tem solução cara, eu estou fugindo na verdade. Meu pai... meu pai fez algo muito ruim, e eu o defendi e o encobri, pois ele é meu pai – Calipso respirou fundo – Porém ele repetiu e desta vez fiquei contra ele e fugi o denunciando, ele sabe que fui eu a culpada por ele ser preso e fez com que eu parecesse sua cúmplice, por ódio.

– Então a polícia está atrás de você? Querem te prender sem você ter feito nada? – Percy falou de novo.

(N/A: gente nos Estados Unidos dependendo do caso, se a pessoa for maior que 14 anos ela pode ser julgada e presa, ok adeux)

– Aham.

– Você não tem nenhum lugar para morar então? – Jason perguntou.

– Isso aí.

– E... hum... sobre o que seu pai fez... tem haver com alguém ir pro céu sei lá? – Leo fez a pergunta que todos estavam querendo perguntar.

– Sim.

Todos se remexeram meio desconfortáveis.

– Precisamos fazer algo, você não pode se refugiar aqui para sempre – Jason concluiu.

– Não tem jeito, eu não tenho dinheiro, não tenho para onde ir, vocês não vão conseguir me ajudar e não tem ningu... – de repente o olho de Calipso se arregalou – Esperem!

– O que foi? – todos perguntaram juntos.

– Nesse tempo caótico que meu pai cometeu o erro pela segunda vez, ele estava com medo e fazia de tudo para fugir, escutei uma ligação entre ele e um tio meu distante que tive contato apenas uma vez. Escutei escondida e parece que meu tio se mudaria para outro país, talvez o Canadá e meu pai queria ir com ele, ouvi eles discutindo muito e brigando, acho que meu tio deduziu o que meu pai fez e se negava a levar meu pai. Mas eu lembro vagamente dele ser bom comigo, ele deve saber que sou inocente, pode me ajudar, eu posso ir com ele. É um tiro no escuro, mas posso tentar.

– Isso! – Jason comemorou – onde ele mora? Aqui?

– Que dia é hoje? – de repente Calipso foi de um sorriso para uma expressão de terror.

– 15 de dezembro, por quê?

– Puta que pariu meu tio vai se mudar dia 17 e ele mora no Texas!

– Espera, que cidade do Texas? – Leo interrompeu.

– Houston.

– Ahhh – Leo mudou o peso de um pé pro outro – minha família é de lá.

– E daí? – Calipso rebateu.

– Nada. Mas você ta ligada que daqui, Califórnia, até Houston é tipo 30 horas de carro no mínimo né?

– Sim eu to ligada garoto irritante.

– Leo.

– Que seja, o que importa é que estou sendo seguida e não tenho dinheiro, nunca conseguirei. E ele ainda vai sair de manhã parece.

Todos ficaram um pouco cabisbaixos. Não era justo com Calipso, ser presa por culpa do pai sem ela ter feito nada. Não era só o Jason que queria ajuda-la. Ficamos todos em silêncio por um tempo.

– Esperem! – Jason levantou o indicador sorrindo como se tivesse tido uma ideia.

Não sei quantas vezes a palavra “espere” foi dita hoje.

– Eu consigo fazer você chegar a Houston – Jason fez uma cara de “como não pensei nisso antes” – ainda mais rápido que de carro, você terá tempo de boa pra achar seu tio.

Thalia soltou um riso e disse:

– É mesmo! Nosso pai é dono de uma empresa de aviões, podemos arranjar uma passagem para você pelo nome dele, já que somos seus filhos, normalmente os funcionários da linha aérea do meu pai nos conhecem.

– Vamos pro aeroporto, talvez de até pra eu conseguir fazer você entrar no avião sem mostrar documentos nem nada, só com meu nome já dá.

Calipso ficou boquiaberta apenas olhando de Jason e Thalia.

– Vamos logo – Thalia sorriu pra ela.

Calipso se levantou limpou as lágrimas do rosto e gaguejou:

– Vocês acabaram de salvar a minha vida.

– Sim sim tanto faz – Thalia respondeu.

Saímos do Flip-Flip e fizemos uma vaquinha pra pagar o táxi para chegar ao aeroporto. Até o aeroporto tínhamos dinheiro pra pagar, mas até Houston não, o pai de Jason ás vezes pode significar algo bom.

O táxi era aquele tipo de carro que cabia 7 pessoas, mas como éramos 9 ficamos todos espremidos. Calipso ficou contra a janela e Leo ao seu lado.

– Argh! Por que você que teve que ficar do meu lado me espremendo? – essa era ela falando pro Leo ao seu lado.

– Ohh me desculpe não ser bonito o suficiente para você aproveitar.

Eles implicaram um pouco mais até chegarmos ao aeroporto. Entramos rapidamente e ficamos em frente ao check-in da empresa do pai de Jason, todos fazendo uma roda em volta de Calipso caso tenha algum policial por perto enquanto Jason ia conversar com os cara lá no balcão.

Percebi Calipso olhando para mim.

– Uau, que colar bonito, me lembra algo.

Fiquei feliz lembrando do meu novo colar.

– Sim, ganhei hoje de Jason hoje – falei abrindo um sorriso.

– O garoto loiro? Ele é seu namorado, certo?

– Certo.

– Posso ver?

Tirei ele do meu pescoço e estendi pra ela, que pegou o olhando. Enquanto ela olhava conversei um pouco com Annabeth ao meu lado.

Neste momento Jason apareceu do nada do meu lado.

– Consegui! – ele chacoalhou o passaporte na mão – para as 15h.

Todos comemoraram. Então lembrei que já eram 3 horas da tarde.

– Mas já está na última chamada do voo então... corre! – Jason falou rapidamente.

Ele colocou a mão nas costas de Calipso e a levou correndo até o portão do embarque.

Quando conseguimos alcançar eles, Jason já tinha mandado Calipso pra dentro do portão, acho que ouvi ela gritando um “espere!”, mas a moça que pegava os passaportes mandou ela se apressar, então ela se foi.

– Agora é só torcer para que de tudo certo – Percy sorriu.

Todos começaram a comentar sobre a tal da Calipso, seu tio e seu pai.

– Parabéns Jason, você foi um herói – falei lhe dando um selinho.

– Pelo menos esse problema eu consegui resolver – ele deu um sorriso tristonho.

– Está tudo bem, Jason – eu disse pegando sua mão, foi aí que lembrei de algo – Não, não está tudo bem.

– O que foi? – Jason olhou para mim preocupado.

– Eu... eu me distrai conversando com Annabeth – murmurei já quase chorando.

– Qual o problema Piper? – Jason perguntou ainda mais preocupado colocando as mãos nos meus ombros.

– O colar... o colar que você me deu está com Calipso. Ela levou.

Jason soltou um “Ah” lentamente, tão triste quanto eu.

Eu precisava daquele colar, ele era de uma importância que eu não sabia explicar, não podia perder aquilo, nem ter uma cópia, precisava dele tanto quanto precisava de Jason, não queria perder os dois, mas se fosse mesmo perder Jason...

– A gente precisa resgatar ele – falei convicta.


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Notas finais do capítulo

Oooook, agora vai começar uma pequena aventura huhu
Quanto "espere" tem nesse capítulo? kkkk ainda não contei, mas deve ter muitos,
Gostaram? :s