Blackout {hiatus} escrita por Santana


Capítulo 21
Meias Verdades


Notas iniciais do capítulo

Oi, leitores! Sei que tenho algumas explicações a dar por ter demorado de postar o capítulo novo, mas acontece que esses últimos meses foram cheios e qualquer tempinho de sobra eu estava correndo para escrever quem saiba uma palavrinha para complementar. Aconteceu tanta coisa! Fu aprovada no vestibular, fiz provas, minha tia avó veio a falecer, fiz provas, acordei cedo para ir para biblioteca, fiz provas, tô tendo que estudar para o outro processo seletivo pq não pude cursar o semestre passado e, adivinha? Tenho provão amanhã.

Não poderia deixar de postar hoje! E, aviso, tive que dividir esse capítulo em dois. O próximo, eu espero que dê para postar semana que vem.

E VOU RESPONDER AOS COMENTÁRIOS DE VOCÊS AMANHÃ. NÃO ESQUECI E NÃO DEIXAREI DE RESPONDER A TODOS!!!!!

Beijão e boa leitura.



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Sabe aquele momento no qual você pensa que tudo está resolvido? Aquele no qual basta uma simples conversa, um simples tirar de satisfações e uma verdade, nem que se seja uma meia verdade, para tudo começar a se ajeitar?

Eu costumava pensar que as coisas eram assim. Tão simples e fáceis... Um piscar de olhos e está tudo no lugar, como no início de um jogo de xadrez, onde cada peça em sua posição é essencial, e você sabe onde fica cada uma para então o jogo poder começar.

Eu não havia arrumado as peças. Havia começado um jogo doentio de afirmações de rejeição e desapego que a cada dia se tornavam mais forçadas e falsas. Talvez se estivesse tudo arrumado desde o início eu conseguisse terminar o jogo de forma limpa, mas não havia como terminar algo que não havia começado, porque, falando de um jogo de xadrez, é impossível você começar uma partida sem ao menos ter todos os reis, cavalos, bispos e afins em seus devidos lugares.

— Você está bem? - Stev me perguntou.

Olhei-o assustada, não havia percebido que ele estava me observando da entrada do banheiro enquanto eu ponderava sobre as minhas decisões em frente ao espelho.

— Estou… indecisa sobre qual batom eu uso. - ri baixo.

Ele entrou no banheiro e olhou para pia. As nuances corais de vermelho e rosa estavam esperando por mim e embora eu já soubesse qual usaria me pareceu uma desculpa aceitável para o meu irmão.

– Aquele do canto – apontou.

Stev cruzou os braços e encostou-se na parede enquanto me observava contornar a boca e preencher meus lábios com um batom vermelho escuro, quase da mesma cor que o meu vestido. Suspirei, pondo minhas mãos na pia enquanto observava o resultado no espelho. Olhos marcados não tão fortes, lábios pintados e bochechas rosadas: nada exagerado, mas não tão simples.

– Você está realmente bonita – Stev me elogiou. Passou as mãos nos meus braços e guiou-as até a minha cintura deixando-as ali. Ele era mais alto e se abaixou um pouco para apoiar o seu queixo no alto da minha cabeça. Vi-o sorrir e depois fazer uma careta, pelo espelho. – Mamãe precisava ver isso.

– Podemos tirar uma foto e enviar para o papai – levantei uma sobrancelha.

– Ah! Eles vão adorar. Mamãe vai gostar ainda mais de saber que você vai sair com o Darwin – cantarolou.

– Não significa que nós temos alguma coisa.

– Têm sim! O Dylan até já contou que você e o Baker já se beijaram e que ele veio te trazer em casa – piscou.

Meu coração gelou. Dylan vinha falando de mim para meu irmão? Fiquei curiosa e tentada a perguntar o que mais ele havia dito, mas não tinha coragem. Queria saber até onde Stev sabia o que acontecia comigo por intermédio do seu melhor amigo; queria saber se Stev sabia de nós.

– E você está afim. Só o traga aqui antes para eu interrogar o cara.

Abri a boca para retrucar; me defender. Mas Stev já havia me deixado sozinha, o que foi gratificante. Eu já estava abrindo a boca para falar mais do que deveria.

Quando alguém bateu na porta as oito em ponto Stev desceu as escadas e passou por mim como um furacão para atendê-la. Ele embalou sua namorada nos braços, lamentando por não poder ir à festa e enchendo-a de beijos enquanto ela tentava se desvencilhar dos seus braços rindo.

– Tudo bem, agora precisamos mesmo ir, Stev – Cora o cortou, selando os seus lábios levemente enquanto eu me aproximava.

– Não dê mole para nenhum cara.

– Até parece – debochei.

Em um ato completamente imbecil, meu irmão revirou os olhos e me mostrou a língua. Olhei para além da porta, onde Cora estava, mas não havia o menor sinal do meu acompanhante. Atrás da minha amiga, somente o corredor bem iluminado, onde as luzes incidiam sobre as letras prateadas do 16, o apartamento da frente, e fora isso, nenhum passo ou corpo estranho, somente o vazio preenchido por um ou dois arranjos avulsos postados rente a parede.

Cora me olhou. Se achou estranho a minha expressão de desentendimento, não deixou claro.

– Vamos? – perguntou.

– Estou com ciúmes – Stev deu de ombros, mas fazia manha. – Vocês estão lindas.

– Vou voltar para você, amor. - Cora selou os seus lábios.

– Eu vou estar te esperando – meu irmão sorriu feito um bobo, bagunçando o cabelo com as mãos e nos deixando sozinhas no corredor.

Sem Darwin Baker.

– Tudo bem, Julieta. Sem estresse, antes que você comece a sua gritaria.

Eu não entendi. Na verdade, nos últimos dias a última coisa que estava acontecendo era justamente eu entender alguma coisa. Os dias passavam como borrões longos, névoas negras que me deixavam no escuro. Com os sentimentos embaralhados, eu não sabia o que estava sentindo ou o que deveria sentir. A festa era a única coisa nos meus planos capaz de me tirar da mesmice de um triângulo amoroso morto. Eu já estava certa de que Dylan seria só mais um conhecido por mais que eu o amasse, por mais que eu quisesse admitir que o amava. Nós dois havíamos tomado uma decisão. Havíamos tentando o tanto que era capaz de nos permitirmos.

Éramos meros conhecidos com um passado de sexo e sentimento presos embaixo de tábuas pregadas, cujo não poderia ser revivido.

Seguindo caminhos opostos, meros colegas de faculdade. O que nunca deveríamos deixar de ter sido: conhecidos. Dylan Thorne sempre seria o melhor amigo do meu irmão e eu sempre seria a irmã do melhor amigo que tanto resistiu, e, contudo, acabara caindo em uma enrascada; um labirinto invisível.

Hoje seria uma prévia da minha vida sem Thorne. Eu precisava tentar outras pessoas, tentar os amigos dessa outra pessoa.

Uma pessoa a qual eu já sabia quem seria.

O alvo estava bem na minha frente, vestindo jaqueta de couro marrom, calças jeans e, dessa vez, cabelos louros comportados.

– Eu não tinha dúvidas que você daria uma bela Julieta Capuleto.

O choque fez com que eu engolisse minhas palavras. Darwin estava em minha frente, segurava a porta do carro para que eu pudesse entrar. O problema não era ele, muito menos o seu gesto educado ou o sorriso despreocupado exposto em seu rosto. Por horas eu queria ver aquilo, desde que havíamos decidido ir à festa do Ron juntos. Se Darwin era a minha chance mais próxima de ter um namorado estável eu deveria querê-lo e, tentando fugir de certas pessoas e coisas, deveria tentar amá-lo.

Pareciam problemas; talvez fossem enigmas, mas definitivamente nada disso era o que estava me incomodando naquela noite.

Olhei para baixo, para meu vestido longo e depois ergui os olhos para Darwin, especificamente para as suas roupas.

– Julia, nós vamos nos atrasar. – Cora disse enquanto entrava no carro, deixando eu e Darwin sozinhos no frio da noite.

– Eu poderia te beijar agora, mas iria contra todos os meus princípios a partir dessa noite. – Darwin colocou as mãos no bolso

– Algum desses seus princípios de hoje à noite é me deixar pagar mico na festa do Ron? – perguntei mesmo não querendo uma resposta. Estava claro que Darwin não iria mais à festa, ele não seria mais o meu Romeu.

Ouvi o Land Rover buzinar e Cora gritou que iríamos ficar mais atrasados ainda. Não dei importância e Darwin pôs as mãos nos bolsos dos jeans. Parecia angustiado, ou ao menos era o que a sua testa franzida fazia parecer.

– Jules...

Sua voz era doce, como sempre. Me lembrei do momento em que o conheci, Darwin combinava comigo, éramos feitos um para o outro e marcados pelo destino. A jaqueta de couro, o ar misterioso que eu quisera desvendar. Ele gostava de mim, eu gostava dele.

– Eu tenho ouvido uma frase há alguns dias. – Ele sussurrou, era um segredo só nosso. – Apesar de você estar irresistível com esse batom e eu ter pego o carro da minha mãe para sair com você, eu preciso dizer que andei pensando...

Darwin deu um sorrisinho de lado, sacudiu os ombros em uma risada baixa. O vento fez com que eu me encolhesse somente um pouco e abri um sorriso. Estávamos tão perto e uma coisa que nunca seria mentira: Eu nunca negaria para ninguém que Darwin era lindo; que eu poderia tentar amá-lo ao menos um pouco do tanto que eu amava um outro alguém.

– Que eu deveria deixar você livre. – ele balançou a cabeça.

– Me deixar...

– Livre. Eu não vou te forçar a nada. Deixa o destino agir – ele deu de ombros, despreocupado. – Sabe aquela velha história? Se você ama alguém deixe-o livre...

– Se não voltar é porque nunca foi seu – completei cheia de insegurança.

– É, por aí, Jules. – Darwin Baker se aproximou e agachou-se de modo que seus lábios roçaram a minha orelha. – Eu deveria estar torcendo para você não voltar, mas eu não consigo.

Ah! Sim. Aquele sim era o nosso segredo.




Eles haviam resolvido um problema para mim. Por baixo do pano, Darwin Baker e Coralina Price haviam resolvido o maior problema da minha vida em apenas dois dias. Infelizmente, foi a única coisa que me disseram quando chegamos ao Club 13, onde aconteceria a festa do Ron.

– Bem-vindas à terra do nunca, amores. – Ron surgiu.

Bom, essa era mesmo a palavra correta. Eu não o vira saindo de nenhum lugar em especial, nem por trás das árvores artificiais que simulavam uma floresta. Por trás da entrada, as luzes neon dançavam entre a decoração enquanto a batida de alguma música eletrônica tomava conta.

– Aquele suspense todo e você está vestido de Peter Pan? – Cora caiu na gargalhada, mas bem que a fantasia combinava mesmo com Ronald, o menino que não queria crescer e seria uma eterna criança.

– Oi para você também, Coralina. – Ron me abraçou, revirando os olhos para Cora. – Vocês estão maravilhosas, mas a festa não é aqui fora.

Ron tinha um ótimo gosto, isso ninguém poderia negar. O Club 13 parecia mesmo a Terra do Nunca, com lagos e árvores artificiais que pareciam tão verdadeiros que eu quase poderia sentir o cheiro de natureza. Scott Thomas passou por nós vestido de Capitão Gancho e bebendo algo forte o suficiente para olhar para Ronald de um jeito que me deixou constrangida, meu amigo piscou dando um sorriso e pedindo licença.

Não quis imaginar o que aconteceu com os dois depois disso.

Eu e Cora fomos até o bar e eu pedi um refrigerante. Ainda estava tentando assimilar o que havia acontecido. Darwin estava me deixando, era isso. Ele não tentaria mais nada comigo e os meus planos de esquecer Dylan Thorne estavam fadados ao fracasso. O que eu faria? Eu não era adulta o suficiente para encarar o fato de que tinha que resolver os meus relacionamentos. Dylan estava certo, eu só fugia; eu estava provando a sua tese.

– Julia, isso é sério? Refrigerante? – Cora pareceu descrente, mas eu não estava mesmo afim de beber. Eu deveria me divertir, mas a única coisa que conseguia pensar em fazer era me sentir depressiva.

– Eu não to me sentindo muito bem – disse, ainda que fosse uma meia verdade – acho melhor não beber.

– Foi o Darwin, né?

Eu queria dizer que era ele, mas estaria mentindo. As circunstâncias nos obrigam a fazer escolhas, a descobrir quem nós somos e qual a nossa missão na terra. No meu caso essas escolhas me afundavam, me deixando sem ação, sem um plano B, sem um próximo passo. Eu estava assim por Darwin, estava assim por Dylan, estava assim pela mamãe e, sobretudo, estava assim por mim. Às vezes o caminho que você escolhe é pesado demais, denso demais, e tudo acaba por cair nas suas costas de uma hora pra outra.

Então havia chegado o momento de tudo desmoronar.

– Também. – confessei – Ele é legal... Eu gostava dele.

Cora suspirou, segurava meus dedos com uma mão tendo a outra ocupada por um copo de energético.

– Talvez você achou que gostasse dele.

Não. Eu realmente gostava de Darwin, o que era diferente de amar. Eu não o amava. Amar é uma palavra forte e um sentimento impreciso, você não sabe suas dimensões, suas tragédias e suas histórias. O que existia entre eu e Darwin era um gostar sincero, qualquer um poderia ver em nossos olhos. Mas o amor... o amor me deixava doente, me fazia chorar e me perguntar que rumo eu deveria tomar da minha vida. E era o sentimento cujo somente uma única pessoa me poderia fazer viver, com o seu olhar fosco e seu sorriso travado.

Pensar nele agora doía e talvez fosse por isso que eu quisesse ficar sozinha.

– Não, eu gosto dele. Mesmo.

– Uma rejeição dói, Jus, ainda mais na véspera de uma festa. Confia em mim, o Darwin sabia o que estava fazendo, vocês fizeram a coisa certa.

– Eu só queria ficar sozinha um pouco... Por favor, Cora. – pedi.

– Olha só, eu vou te dar um tempo – minha amiga sorriu, exibindo o aparelho – quinze minutinhos e você volta para se divertir, não quero ninguém desanimado ao meu lado.

Foi quando estava próxima de um dos lagos artificiais procurando um lugar para eu poder ficar sozinha com os meus pensamentos que eu e alguém nos esbarramos.

– Foi mal, eu estava distraída. – me desculpei o mais rápido possível, odiava quando coisas daquele tipo aconteciam.

– Tudo bem, Julia. Vestido bonito.

Com as luzes deslizando pelos nossos corpos eu demorei alguns segundos até perceber que havia acabado de me esbarrar em Demetria Halker. Ela parecia imponente na fantasia de Rainha de Copas. Demi nunca havia feito algo para mim, éramos meras conhecidas, mas o jeito que ela me olhou me deixou constrangida e receosa. Foi um olhar rapidamente desviado, porém não rápido o suficiente para que eu não fosse capaz de notar.

– Obrigada – agradeci ainda um pouco perdida.

– Legal mesmo. Julieta? – perguntou enquanto segurava um pedaço da manga do meu vestido com as pontas dos dedos. – É bonito e tudo mais, mas não acha meio batido?

Eu queria dizer que não achava, mas estava chocada com a sua iniciativa para dar uma resposta. Olhei ao redor, mas ela estava sozinha. Achei estranho que Antonia Green não estivesse com ela, no entanto Ron não gostava da loira e não tinha nada contra Demi, fazia sentido ele convidá-la.

Seu rosto se tornou sério quando ela se aproximou de mim falando em um tom baixo:

– Ainda bem que você está aqui, é que eu precisava mesmo te contar uma coisa. A Toni, sabe? A minha amiga. Ela está furiosa com você. – Demi balançou a cabeça.

– Furiosa? Comigo? Não sei do que você está falando.

E realmente não sabia.

– Não se faça de desentendida, fofa. Ela já sabe que o motivo para o término do namoro dela com o Dylan tem nome e sobrenome – Demi sorriu – Todo mundo sabe que ele ta ficando na sua casa e que vocês tem alguma coisa.

Apostaria meus rins que estava pálida. Senti a cor sumir do meu rosto assim que Demi sorriu satisfeita. Eu estava paralisada demais para desmentir aquilo e ela pareceu perceber. Qualquer desculpa àquela altura do campeonato não era mais válida. Eu estava tão ferrada.

– Bom, quem avisa amigo é. – ela me interrompeu, assim que abri a boca para dizer algo – A gente se vê por aí, Jus.

Não senti que estava segurando a minha respiração até que ela saiu de perto de mim e eu me esbarrei em duas pessoas dançando. Atordoada, segui o meu caminho à procura de um lugar calmo para pensar. Agora eu tinha mais algo para resolver e aquilo não me parecia nada animador.

Foi nos fundos do clube, perto de um jardim bem cuidado que achei um lugar calmo para pôr meus pensamentos em ordem.

Não reparei muito no lugar e me sentei no banco de qualquer jeito, a iluminação era fraca, deixando o local quase na escuridão e aquilo já era o suficiente para mim.

Era possível que Demetria estivesse blefando. Todos sabiam a fama de fofoqueira que ela conquistara assim que entrou na Universidade, mas a troco de quê ela mentiria para me atingir daquele jeito?

Suspirei. Pensei em ir para casa quando o vento frio e forte bagunçou os meus cabelos, fazendo com que os fios grudassem em minha boca, mas eu não conseguia me mover. Só sentia vontade de chorar.

Mordi meu lábio, sentindo o gosto do batom e os olhos quererem se encher de lágrimas. Eu ainda podia ouvir a música e alguns gritos animados ao longe, o barulho de pulos na água da piscina que deveria estar tão gelada àquela hora da noite e os cochinhos de alguns caras dividindo uma bebida entre eles ali perto.

Talvez eu nunca houvesse me sentindo tão só em toda minha vida

Pensei em como seria estar deitada agora, segura e quente debaixo do meu edredom. Sem ninguém para me deixar mal e um antídoto par tirar Dylan Thorne da minha cabeça; dos meus pensamentos.

Um antídoto para tirar Dylan Thorne de mim.

Eu poderia ligar para um taxi e dizer para Ron que iria embora mais cedo por não estar me sentindo bem. Era certo que ele iria me xingar de todas as maneiras possíveis e parar de falar comigo durante dois dias, mas eu precisava ir para minha casa e decidir o que fazer e como enfrentar a conseqüência das minhas escolhas. Era isso que eu iria fazer quando um barulho de folhas secas fez com que eu limpasse a lágrima furtiva que desceu pela minha bochecha. Eram passos cuidadosos, como os de alguém que não queria ser ouvido. Olhei para o lado, mas não havia luz suficiente para fazer uma sombra nítida na grama, havendo apenas um borrão alto que se estendia sobre ela.

Então foi exatamente no momento que eu iria me virar para ver quem me olhava que os meus ouvidos foram invadidos por uma voz.

Era grossa, mas frágil e incerta como se estivesse com medo de ser rejeitada. Como se não quisesse falar, mas que havia sido obrigado. Como uma garganta seca implorava por água, a pessoa implorou para que eu a olhasse, e fez isso apenas com algumas palavras e a sua voz.

– Julia, eu te procurei em todos os lugares...


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Notas finais do capítulo

Tudo certinho? O que acharam? Essa voz, hum, essa frase... só pode ser de alguém.
Enfim, aos leitores novos sejam muito bem-vindos. Quero dizer que vejo o contador aumentar o número de leitores e favoritos e fico muito feliz por isso :3
Bom, agora... eu tenho que estudar. Até a próxima. Nos vemos por aí



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