Não Olhe Para Trás escrita por Mnndys
Notas iniciais do capítulo
Queria ter postado no fim de semana... mas meu pc está sem net... agora arranjei um tempinho para usar o note e postar... espero que curtam... beijos
– Minha irmã e seu irmão namoram, eu não poderia atrapalhar isso.
- Atrapalhar? – Pergunto confusa.
- Eu não quero um relacionamento agora. – Ele diz. Foi um beijo Ethan, não um pedido de casamento, uma voz dentro de mim grita. – E se eu tivesse algo com você e depois acabasse íamos ser obrigados a nos ver sempre.
- Então você não quer nada comigo porque sou irmã do Elliot? – Digo calmamente.
- É. – Ele diz meio sem jeito. – Eu me dou bem com Elliot, só quero garantir que isso continue assim. Pela Kate.
Dou de ombros para ele como quem diz Você quem sabe e começo a me mover em direção a casa. Paro por um instante.
- Pelo menos... – Penso um pouco. - Foi bom me beijar? – Pergunto.
Ethan fecha os olhos por um segundo.
- Foi muito bom. – Revela.
Só então volto para dentro da casa.
Passo pela sala e pego dois copos de coquetel, um para mim e outro para... Precisava conversar com alguém, mas não imaginava quem. Avisto Lilly, mas me recuso a ter essa conversa com ela, ia me julgar e dar suas opiniões estapafúrdias como sempre. Vou mais adiante e encontro Ana e Christian no corredor.
- Ana, - sussurro tentando conspirar. Olho para cima, para Christian. Some, desejo mentalmente. E ele entendendo o recado a libera. – Aqui. – Digo maliciosamente. – Este é um dos martinis especiais de limão do meu pai, muito mais agradável do que champanhe. — Lhe dou um copo e espero que prove.
- Hmm... delicioso. Mas forte. – Ana me olha curiosa, querendo saber o que eu pretendia.
- Ana, eu preciso de alguns conselhos. E eu não posso perguntar a Lily, ela tem um julgamento sobre tudo. — Reviro os olhos, em seguida, sorrio para ela. — Ela tem inveja de você. Acho que ela estava esperando que um dia ela e Christian pudessem ficar juntos. — Rio do absurdo das esperanças de Lilly. Ana ri também.
Toma mais um gole do seu Martini.
- Vou tentar ajudar. Diga.
- Como você sabe, Ethan e eu nos conhecemos recentemente, graças a você. – Dou um sorriso de agradecimento a ela.
- Sim. – E só o que ela diz.
- Ana, ele não quer namorar comigo. — Conto.
- Oh. — Ela parece surpresa.
- Olha, isso parece tudo errado. Ele não quer namorar porque sua irmã está saindo com meu irmão. Você sabe, ele pensa que é algum tipo de incesto. Mas eu sei que ele gosta de mim. O que posso fazer?
- Oh, eu vejo, — ela murmura, antes de dizer realmente alguma coisa – Você pode concordar em serem amigos e dar-lhe algum tempo? Quer dizer, você acabou de conhecê-lo.
Ergo a sobrancelha em sinal de desaprovação. Ela acabou de conhecer meu irmão também e já estão noivos. Ana cora quando percebe que sua frase soou absurda.
- Olha, eu sei que realmente acabei de conhecer Christian, mas... – Ela para sem saber o que dizer. – Mia isso é algo que você e Ethan terão que trabalhar juntos. Poderia tentar o caminho da amizade.
Não era bem o que eu queria ouvir, mas sorrio. Ela estava tentando ajudar.
- Você aprendeu aquele olhar de Christian. – Digo a ela quando a vejo tentando desviar o foco.
Mais uma vez ela cora.
- Se você quer um conselho, pergunte a Kate. Ela pode ter alguma introspecção sobre como seu irmão se sente.
- Você acha? – Pergunto.
- Sim. – Ela diz me encorajando.
- Legal. Obrigada, Ana. — Lhe dou outro abraço e vou para sala procurar Kate.
Encontro Kate em um canto abraçada a Elliot.
- Será que vocês não conseguem manter suas mãos longes um do outro? – Digo fingindo estar desconfortável com isso.
Elliot me faz uma careta.
- O que foi Mia? – Ele pergunta.
- Preciso de Kate emprestada. Por favor. – Faço biquinho.
Kate se solta dos braços dele e me puxa pela mão para um lugar mais afastado.
- Algum problema? – Ela pergunta preocupada.
- Mais ou menos. – Digo. – É o Ethan, ele não quer ficar comigo.
Ela arregala seus olhos surpresa.
- Não? – pergunta.
- Ele acha que é errado ficar comigo porque sou irmã do seu namorado.
- Sério? - Faço que sim com a cabeça e ela rompe em risos. – Ethan é inseguro Mia, ele e relacionamentos não são uma boa combinação. – Ela coloca a mão na boca procurando uma solução. – Não pressione ele, tente o caminho da amizade por enquanto.
- Ana me disse isso também.
- Ela é tão inexperiente em relação a relacionamentos quanto Ethan o é. – Ela diz com censura. – Mas dessa vez está certa. Fique tranqüila, tenho certeza que meu irmão não é indiferente a você.
Sorrio para ela e volto a circular.
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Logo as pessoas vão embora e só resta a família.
Mamãe está preocupada, para não dizer uma pilha de nervos, não sei dizer o que houve. Ela não quer contar. Acho que foi algo com Christian, ela, ele e Ana sumiram da festa por alguns momentos. Só posso esperar que não seja grave.
O mais engraçado é que minha mãe esta aliviando sua tensão no karaokê. Decido que é um bom jeito e me uno a ela. Kate apesar de mais leve ainda parece preocupada com algo, é a terceira concorrente do karaokê.
Papai, Ethan e Elliot em pouco tempo vão para o salão conosco, levando com eles os últimos coquetéis. Acho que ninguém estava se importando em ficar um pouco mais alegre naquela noite.
Elliot conta que Christian e Anastásia estão no sótão. Ah hora da surpresa. Gastei o dia todo preparando isso para ele. Não posso evitar sentir um pouquinho de inveja dos dois. Olho Kate e Elliot abraçados e felizes, mamãe sussurra alguma coisa num canto da sala com papai. Eu e Ethan somos completos estranhos ali.
Me sento no sofá onde ele está e conecto o videogame a televisão.
- Pronto para uma derrota no Xbox? – Pergunto.
- Como se você pudesse me vencer Mia. – Diz ele me lançando um sorriso desafiador.
Uau, Ethan pare de ser tão sexy, meu subconsciente pede.
Afasto o pensamento e começamos uma divertida competição que se estende pela noite, assim como o karaokê, sempre em revezamento. Christian e Ana depois da surpresa se juntam a nós.
Eu gosto do que vejo, gosto de ter aquelas pessoas ao meu redor.
Quanto a Ethan e eu seriamos só amigos, ao menos por enquanto, era bom tê-lo por perto e naquele momento não importava como, acho que sem querer ele já tinha se tornado parte da família.
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