2ª Temporada - Ela É A Única Que Pode Me Salvar escrita por Bel Russeal
Notas iniciais do capítulo
Gente , tive uma semana péssima , tudo deu errado e para pior uma colega de turma estava desaparecida, mas graças a Deus ela apareceu e está bem...
Espero que gostem do capitulo e juro que vou recompensar nessa semana
Narração João Vitor:
Sai da sala do delegado e tive uma idéia, fui até um policial que estava na recepção da delegacia e verifiquei se tio Rogério já havia saído para prestar seu depoimento e então finalmente perguntei ao guarda:
_ Oi , eu queria visitar um detento com quem posso falar ?
_ Comigo mesmo.
_ Certo, o nome dele é Daniel Damasceno.
_Desculpe, mas esse detento esta de regime fechado, não pode esta recebendo visitas.
_ É você que fica responsável por levar os visitantes até os detentos?
_ Não, é aquele policial na frente daquela sala, mas não adianta ele responderá a mesma coisa.
_Tudo bem, só quero verificar algo.
Sai em direção ao policial apontado enquanto outro balançava a cabeça negativamente como duvidasse de minha persistência.
_ Oi ?
_ Oi – o policial respondeu de maneira ríspida e voltou a tomar um café que tinha nas mãos.
_ Me falaram que é responsável pelas visitas aos detentos.
_ Sim e daí ?
_ Queria visitar o detento Daniel Damasceno.
_Esse não é possível.
_Pois é me falaram, mas sei que pode dar um jeitinho.
_ Não posso não.
_ Sabe, eu poderia te ajudar se me ajudasse, tipo uma troca de favores, tipo melhores amigos .
_Não sei, dependeria de sua ajuda.
_ Sabia que era o cara certo. – fiz um cheque de um valor um pouco alto e coloquei discretamente em sua mão.
_ Uma bela ajuda, não ganharia isso nem prendendo o primeiro da lista de procurados.
_ Ainda ficou revoltado quando disse que seu sistema é corrupto. – sussurrei enquanto caminhávamos lembrando o que o delegado havia me dito.
_Ok, você tem cinco minutos, vou aguardar aqui na porta, seja rápido.
Entrei na sela de Daniel, e ele logo me olhou assustado e acabou derrubando o copo de água ao seu lado, a sua cela era separada dos outros detentos e por isso diminuía o perigo de ser pego ali dentro.
_Nossa, ate que esse lugar não é tão mal, uma bela faxina, pintura, cortinas, móveis ficaria ótimo.
_ Veio verificar minha derrota? – ele disse nada satisfeito com minha presença
_ Não seja dramático, sabemos que você ainda não perdeu. Sabe o que tem de pior nessa sela alem do mau cheiro?
_ Não, o que?
_ Você.
_ Lindo, você vim me visitar, mas sabe todos esses dias só vendo guardas você não é uma das minhas visitas preferidas.
_Vejo então que já virou melhor amigo dos ratos.
_ Pagou quanto para esse guarda te deixar entrar? – O guarda que esperava a fora olhou com receio.
_ Ah não me diga que não tem feito isso por aqui, por que se não, como organizaria o incêndio que quase matou sua própria filha?
_Chegamos ao ponto, o incêndio.
_Nem acredito que fez isso com sua própria filha.
_ eu não faria isso com ela.
_ Ou fez isso com a intenção desde o inicio de incriminar meu tio e a mim?
_ Quer arrancar alguma confissão, Roccher? Ta com um gravador ai? – ele disse rindo.
_ Não sei, tem alguma confissão a fazer?
_Esse papinho não vai levar a nada e não entendo o motivo de sua visita.
_ Só queria confirmar o que eu já sabia e claro, ver como anda sua hospitalidade aqui. Me diz a comida daqui é tão ruim quanto dizem ?
_ Como você disse no inicio, eu ainda não perdi, então não estou me adaptando a esse lugar, porque não ficarei aqui por muito tempo.
_ Se depender de mim vai, nem que a justiça não funcione e eu tenha que subornar cada policial dessa delegacia, você vai ficar aqui até apodrecer.
_ Lindas palavras é uma pena que se ilude com elas, seu dinheiro não pode comprar tudo.
_Mas ai eu tenho meu charme.
_ Você não é o único que tem poder.
_ Eu vou confiar na justiça por enquanto, você já tem grandes desvantagens com ela. Eu , realmente, não vejo como você pode escapar dessa.
_Temos que ir. – O guarda falou nervoso apontando ao relógio e percebi que os 5 minutos já tinham passado.
_ Talvez seu tio faça-me companhia com a culpa pelo incêndio que quase matou minha pobre filhinha. – Ele ria.
_Eu não teria muito certeza disso, até mais, amigo. – disse irônico, mas antes de passar pela porta de ferro, voltei:
_ Eu ia me esquecendo de algo. – Daniel me olhou confuso e foi surpreendido por meu soco e caiu no chão.
_ Seu maldito. – ele disse cuspindo sangue no chão.
_Esse foi pela minha mãe.
...
Cheguei à empresa e Manu tinha em mãos várias papeladas e me parecia estressada.
_ Bom dia . – disse dando um beijo no seu rosto de surpresa.
_ Finalmente chegou, eu estava pirando com esses papeis.
_ Me da aqui deixa que eu resolvo isso. – ela levantou da cadeira e eu pude sentar e ela se jogou no sofá que tinha no escritório e respirou aliviada.
_Isso esta quase um caus e a reunião com o Sampaio é daqui a pouco. – eu gargalhei do modo que ela chamou Guilherme , não estava acostumado com o lado serio dele.
_ Ótimo isso vai animar meu dia.
_ Claro, porque uma reunião com ele e você é quase como uma diversão em um open bar.
_Deixe que eu cuido de tudo por aqui.
_Esta dizendo que esta voltando de vez pra empresa, sem faltas?
_ sim.
_ Posso tirar férias?
_ Pode , mas com uma condição.
_ que condição?
_ É que irei me casar em duas semanas . – disse sorridente.
_Já? Não me diga que vai levar o romance com a sem sal a diante? – Manu disse rindo.
_ Vou e acho melhor parar de implicância com ela, pois a minha condição é você ajudá-la com os preparativos do casamento.
_O que ?
_ Essa é minha condição.
_Não mesmo.
_Por favor, por mim.
_Droga , Vitor. Esta bem, mas se ela começar a encher o saco eu desisto e dou uns tapas nela e depois eu dou em você. – ela disse irritada.
_ nunca faria isso, você me adora.
_ Tem que parar de ser convencido, porque to quase te dando tapas agora.
_Eu sei que no fundo você gosta da Eduarda.
_ Se gosta de pensar assim.
_ Eu prefiro.
_ Bom trabalho, eu vou me encontrar com Henri.
_Tchau, juízo.
_ Eu sempre tenho.
_Não tem não.
_ ah é mesmo, eu não tenho. –ela disse e saiu sorridente.
Narração Eduarda:
Estava na piscina com Valentina e Camila , elas tentavam me distrair , mas não adiantava eu estava ansiosa para saber o que havia acontecido no depoimento.
_O João ta demorando né? – falei olhando pro relógio.
_Calma , amiga , ele deve ter ido a empresa.
_ Desculpa me intrometer, mas o João Vitor já chegou há um bom tempo, senhora. - a governanta da casa disse enquanto servia algo para Valentina comer.
_Ele chegou e nem me avisou? – disse saindo da piscina e peguei uma toalha e me enxugava.
Passei pela área externa da casa e o carro de João Vitor estava estacionado, entrei na casa e ele estava na sala com Nicolas, ele brincava com um avião e Nick estava vermelho de tanto rir das bobices do pai.
_ Você chegou e nem me avisou ?
_Desculpa, eu me distrai com o Nick.
_ E demorou esse tempo todo o depoimento?
_ Não, na verdade foi rápido, eu estava na empresa. Meu tio ainda não voltou?
_ Não
_ Acho que deve esta na empresa Roccher com o meu pai.
_ E ai ?
_ E ai , o que?
_ Como foi o depoimento, seu idiota. - disse jogando a toalha que estava em minhas mãos nele.
_ Fui bem convincente, mas acho que o delegado não foi muito com minha cara, ele não tem um bom humor.
_Não me diga que fez seus comentários irônicos? – disse passando a mão no rosto.
_ Não, eu não sou disso.
_ Ate parece.
_Eu explique que não faria isso com Felipa e ele ficou intrigado por eu ter salvado a vida da filha do meu inimigo e começou a insinuar que fiz isso por culpa e ...- ele parou o que dizia e ficou me observando.
_ E.. e o que? - disse ansiosa
_ Você esta me distraindo com esse biquíni, não quer subir pro quarto ? - ele disse sorrindo.
_Pelo visto não vai terminar de contar esse depoimento.
_ Quer dizer que vamos pro quarto ? – ele disse animado.
_ Nãaao! To dizendo que você é um pervertido e que não leva nada sério.
_Levo sim, tipo Manu vai vim amanhã pra te ajudar com os preparativos do casamento, já falei com ela.
_Não preciso da ajuda dela.
_ Lá vem você, então se divirta organizando o casamento sozinha.
_ Eu tenho a Camila.
_ Ela é o bastante? – ele disse sorrindo como sabia a resposta.
_ É sim.
_ Ta, Duda. Então faça como quiser.
_ E você decidiu onde vai ser a nossa lua de mel ? – perguntei ansiosa
_Vamos fazer uma turnê, começamos pelos lugares mais lindos do Brasil e depois mundo a fora.
_Me parece interessante. – falei me aproximando dele roubando um beijo.
_ Eu pensei que poderíamos passar os primeiros dias em Fernando de Noronha sozinhos e depois levamos o Nick conosco aos outros lugares.
_ Seria ótimo, porque acho que não conseguiria ficar longe dele por muito tempo.
_ Foi o que eu pensei. – ele disse me dando um beijo mais longo dessa vez.
Dois dias depois ...
O dia do julgamento de Daniel chegou, todos na mansão estavam nervosos e ansiosos, Rogério, Bernardo e João Vitor iriam participar do julgamento e todos tínhamos a esperança de todo aquele pesadelo finalmente acabar de vez.
_Nervoso? – perguntei enquanto abotoava a camisa de João e percebi que ele tinha o olhar e pensamento longe.
_ Um pouco. – ele respondeu.
_ Finalmente, eu tenho a sensação que tudo vai acabar mesmo. - disse terminando de abotoar sua camisa e ele me deu um selinho e se sentou na cama e observava Nicolas dormindo.
_ E vai acabar, dessa vez Daniel não vai escapar de suas punições por tudo que ele fez.
_ E sobre o incêndio? – perguntei pois desde o dia do depoimento nada mais foi avisado sobre o assunto.
_As investigações continuam, mas vão acabar hoje.
_ Como assim?
_ Eu tenho como provar que foi Daniel que orquestrou tudo para colocar meu tio e eu como suspeitos.
_ Como ?
_ Você vai ta na platéia no julgamento, então vai saber.
_ Só espero que não tenha se metido em confusão.
_Vamos ficar bem, hoje tudo isso acaba.
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