2ª Temporada - Ela É A Única Que Pode Me Salvar escrita por Bel Russeal


Capítulo 29
Será que esse pesadelo vai acabar ?


Notas iniciais do capítulo

Gente , tive uma semana péssima , tudo deu errado e para pior uma colega de turma estava desaparecida, mas graças a Deus ela apareceu e está bem...
Espero que gostem do capitulo e juro que vou recompensar nessa semana



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Narração João Vitor:

Sai da sala do delegado e tive uma idéia, fui até um policial que estava na recepção da delegacia e verifiquei se tio Rogério já havia saído para prestar seu depoimento e então finalmente perguntei ao guarda:

_ Oi , eu queria visitar um detento com quem posso falar ?

_ Comigo mesmo.

_ Certo, o nome dele é Daniel Damasceno.

_Desculpe, mas esse detento esta de regime fechado, não pode esta recebendo visitas.

_ É você que fica responsável por levar os visitantes até os detentos?

_ Não, é aquele policial na frente daquela sala, mas não adianta ele responderá a mesma coisa.

_Tudo bem, só quero verificar algo.

 Sai em direção ao policial apontado enquanto outro balançava a cabeça negativamente como duvidasse de minha persistência.

_ Oi ?

_ Oi – o policial respondeu de maneira ríspida e voltou a tomar um café que tinha nas mãos.

_ Me falaram que é responsável pelas visitas aos detentos.

_ Sim e daí ?

_ Queria visitar o detento Daniel Damasceno.

_Esse não é possível.

_Pois é me falaram, mas sei que pode dar um jeitinho.

_ Não posso não.

_ Sabe, eu poderia te ajudar se me ajudasse, tipo uma troca de favores, tipo melhores amigos .

_Não sei, dependeria de sua ajuda.

_ Sabia que era o cara certo. – fiz um cheque de um valor um pouco alto e coloquei discretamente em sua mão.

_ Uma bela ajuda, não ganharia isso nem prendendo o primeiro da lista de procurados.

_ Ainda ficou revoltado quando disse que seu sistema é corrupto. – sussurrei enquanto caminhávamos lembrando o que o delegado havia me dito.

_Ok, você tem cinco minutos, vou aguardar aqui na porta, seja rápido.

Entrei na sela de Daniel, e ele logo me olhou assustado e acabou derrubando o copo de água ao seu lado, a sua cela era separada dos outros detentos e por isso diminuía o perigo de ser pego ali dentro.

_Nossa, ate que esse lugar não é tão mal, uma bela faxina, pintura, cortinas, móveis ficaria ótimo.

_ Veio verificar minha derrota? – ele disse nada satisfeito com minha presença

_ Não seja dramático, sabemos que você ainda não perdeu. Sabe o que tem de pior nessa sela alem do mau cheiro?

_ Não, o que?

_ Você.

_ Lindo, você vim me visitar, mas sabe todos esses dias só vendo guardas você não é uma das minhas visitas preferidas.

_Vejo então que já virou melhor amigo dos ratos.

_ Pagou quanto para esse guarda te deixar entrar? – O guarda que esperava a fora olhou com receio.

_ Ah não me diga que não tem feito isso por aqui, por que se não, como organizaria o incêndio que quase matou sua própria filha?

_Chegamos ao ponto, o incêndio.

_Nem acredito que fez isso com sua própria filha.

_ eu não faria isso com ela.

_ Ou fez isso com a intenção desde o inicio de incriminar meu tio e a mim?

_ Quer arrancar alguma confissão, Roccher? Ta com um gravador ai? – ele disse rindo.

_ Não sei, tem alguma confissão a fazer?

_Esse papinho não vai levar a nada e não entendo o motivo de sua visita.

_ Só queria confirmar o que eu já sabia e claro, ver como anda sua hospitalidade aqui. Me diz a comida daqui é tão ruim quanto dizem ?

_ Como você disse no inicio, eu ainda não perdi, então não estou me adaptando a esse lugar, porque não ficarei aqui por muito tempo.

_ Se depender de mim vai, nem que a justiça não funcione e eu tenha que subornar cada policial dessa delegacia, você vai ficar aqui até apodrecer.

_ Lindas palavras é uma pena que se ilude com elas, seu dinheiro não pode comprar tudo.

_Mas ai eu tenho meu charme.

_ Você não é o único que tem poder.

_ Eu vou confiar na justiça por enquanto, você já tem grandes desvantagens com ela. Eu , realmente, não vejo como você pode escapar dessa.

_Temos que ir. – O guarda falou nervoso apontando ao relógio e percebi que os 5 minutos já tinham passado.

_ Talvez seu tio faça-me companhia com a culpa pelo incêndio que quase matou minha pobre filhinha. – Ele ria.

_Eu não teria muito certeza disso, até mais, amigo. – disse irônico, mas antes de passar pela porta de ferro, voltei:

_ Eu ia me esquecendo de algo. – Daniel me olhou confuso e foi surpreendido por meu soco e  caiu no chão.

_ Seu maldito. – ele disse cuspindo sangue no chão.

_Esse foi pela minha mãe.

...

Cheguei à empresa e Manu tinha em mãos várias papeladas e me parecia estressada.

_ Bom dia . – disse dando um beijo no seu rosto de surpresa.

_ Finalmente chegou, eu estava pirando com esses papeis.

_ Me da aqui deixa que eu resolvo isso. – ela levantou da cadeira e eu pude sentar e ela se jogou no sofá que tinha no escritório e respirou aliviada.

_Isso esta quase um caus e a reunião com o Sampaio é daqui a pouco. – eu gargalhei do modo que ela chamou Guilherme , não estava acostumado com o lado serio dele.

_ Ótimo isso vai animar meu dia.

_ Claro, porque uma reunião com ele e você  é quase como uma diversão em um open bar.

_Deixe que eu cuido de tudo por aqui.

_Esta dizendo que esta voltando de vez pra empresa, sem faltas?

_ sim.

_ Posso tirar férias?

_ Pode , mas com uma condição.

_ que condição?

_ É que irei me casar em duas semanas . – disse sorridente.

_Já? Não me diga que vai levar o romance com a sem sal a diante? – Manu disse rindo.

_ Vou e acho melhor parar de implicância com ela, pois a minha condição é você ajudá-la com os preparativos do casamento.

_O que ?

_ Essa é minha condição.

_Não mesmo.

_Por favor, por mim.

_Droga , Vitor. Esta bem, mas se ela começar a encher o saco eu desisto e dou uns tapas nela e depois eu dou em você. – ela disse irritada.

_ nunca faria isso, você me adora.

_ Tem que parar de ser convencido, porque to quase te dando tapas agora.

_Eu sei que no fundo você gosta da Eduarda.

_ Se gosta de pensar assim.

_ Eu prefiro.

_ Bom trabalho, eu vou me encontrar com Henri.

_Tchau, juízo.

_ Eu sempre tenho.

_Não tem não.

_ ah é mesmo, eu não tenho. –ela disse e saiu sorridente.

Narração Eduarda:

Estava na piscina com Valentina e  Camila , elas tentavam me distrair , mas não adiantava eu estava ansiosa para saber o que havia acontecido no depoimento.

_O João ta demorando né? – falei olhando pro relógio.

_Calma , amiga , ele deve ter ido a empresa.

_ Desculpa me intrometer, mas o João Vitor já chegou há um bom tempo, senhora. - a governanta da casa disse enquanto servia algo para Valentina comer.

_Ele chegou e nem me avisou? – disse saindo da piscina e peguei uma toalha e me enxugava.

Passei pela área externa da casa e o carro de João Vitor estava estacionado, entrei na casa e ele estava na sala com Nicolas, ele brincava com um avião e Nick estava vermelho de tanto rir das bobices do pai.

_ Você chegou e nem me avisou ?

_Desculpa, eu me distrai com o Nick.

_ E demorou esse tempo todo o depoimento?

_ Não, na verdade foi rápido, eu estava na empresa. Meu tio ainda não voltou?

_ Não

_ Acho que deve esta na empresa Roccher com o meu pai.

_ E ai ?

_ E ai , o que?

_ Como foi o depoimento, seu idiota. - disse jogando a toalha que estava em minhas mãos nele.

_ Fui bem convincente, mas acho que o delegado não foi muito com minha cara, ele não tem  um bom humor.

_Não me diga que fez seus comentários irônicos? – disse passando a mão no rosto.

_ Não, eu não sou disso.

_ Ate parece.

_Eu explique que não faria isso com Felipa e ele ficou intrigado por eu ter salvado a vida da filha do meu inimigo e começou a insinuar que fiz isso por culpa e ...- ele parou o que dizia e ficou me observando.

_ E.. e o que?  - disse ansiosa

_ Você esta me distraindo com esse biquíni, não quer subir pro quarto ?  - ele disse sorrindo.

_Pelo visto não vai terminar de contar esse depoimento.

_ Quer dizer que vamos pro quarto ? – ele disse animado.

_ Nãaao! To dizendo que você é um pervertido e que não leva nada sério.

_Levo sim, tipo Manu vai vim amanhã pra te ajudar com os preparativos do casamento, já falei com ela.

_Não preciso da ajuda dela.

_ Lá vem você, então se divirta organizando o casamento sozinha.

_ Eu tenho a Camila.

_ Ela é o bastante? – ele disse sorrindo como sabia a resposta.

_ É sim.

_ Ta, Duda. Então faça como quiser.

_ E você decidiu onde vai ser a nossa lua de mel ? – perguntei ansiosa

_Vamos  fazer uma turnê, começamos pelos lugares mais lindos do  Brasil e depois mundo a fora.

_Me parece interessante. – falei me aproximando dele roubando um beijo.

_ Eu pensei que poderíamos passar os primeiros dias em Fernando de Noronha sozinhos e depois levamos o Nick conosco aos outros lugares.

_ Seria ótimo, porque acho que não conseguiria ficar longe dele por muito tempo.

_ Foi o que eu pensei. – ele disse me dando um beijo mais longo dessa vez.

Dois dias depois ...

O dia do julgamento de Daniel chegou, todos na mansão estavam nervosos e ansiosos, Rogério, Bernardo e João Vitor iriam participar do julgamento e todos tínhamos a esperança de todo aquele pesadelo finalmente acabar de vez.

_Nervoso? – perguntei enquanto abotoava a camisa de João e percebi que ele tinha o olhar e pensamento longe.

_ Um pouco. – ele respondeu.

_ Finalmente, eu tenho a sensação que tudo vai acabar mesmo. - disse terminando de abotoar sua camisa e ele me deu um selinho e se sentou na cama e observava Nicolas dormindo.

_ E vai acabar, dessa vez Daniel não vai escapar de suas punições por tudo que ele fez.

_ E sobre o incêndio? – perguntei pois desde o dia do depoimento nada mais foi avisado sobre o assunto.

_As investigações continuam, mas vão acabar hoje.

_ Como assim?

_ Eu tenho como provar  que foi Daniel que orquestrou tudo para colocar meu tio e eu como suspeitos.

_ Como ?

_ Você vai ta na platéia no julgamento, então vai saber.

_ Só espero que não tenha se metido em confusão.

_Vamos ficar bem, hoje tudo isso acaba.


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