A Little Help escrita por Kim Jin Hee


Capítulo 14
13


Notas iniciais do capítulo

Beeeeem, depois de um tempo, aqui estou eu. Bem, o capítulo estava pronto há um tempo, no entanto, eu fiquei sem internet uns dias e hoje está meio ruim, mas mesmo assim estou "lutando" pra postar pra vocês :)
Espero que gostem.



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13 – Jingle Bells

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Natal, que data feliz não? Pois é. Não. Com amor, e desejos de um feliz natal, Rose Weasley.

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24 de dezembro. Véspera de natal. Aquele era meu recorde. Eu nunca havia ficado tanto tempo sem falar com o Scorpius. Sim, ele estava me ignorando há um mês. E iria ignorar por mais tempo, porque há dois dias recebi a notícia de que ele havia ido passar o natal com os tios maternos, no bordel do mundo. Ops, Caribe. Agora sim eu estava bem. Ele iria testar a sua masculinidade com "las putas caribeñas".

Sim. Eu estou com ciúmes.

Não. Eu não vou ligar e implorar para que ele volte.

Já tentei isso. Ele rejeitou minhas chamadas.

Eram cinco e meia da tarde e eu tinha que me arrumar para ir à casa de vovó, antes que mamãe viesse pessoalmente colocar uma roupa em mim. Eu estava parada em frente ao meu armário, de lingerie, enquanto tirava roupa por roupa e jogava na cama, sem realmente olhá-las muito bem.

Eu não queria ir.

A Toca me faria lembrar do vovô, e sem o Scorpius lá para me ajudar eu não conseguiria suportar a saudade e acabaria chorando na frente de todos. Por saudades do vovô e do Scorpius. Não existia tortura maior.

Depois de optar por uma calça galaxy e por uma blusa cinza grossa, calcei o all star. Fiz uma trança embutida de lado, e passei uma maquiagem pesada, preta, do jeito que as meninas haviam me instruído. Quando cheguei na sala, papai me olhou assustado.

— Hey, quem é você e o que fez com a minha Rosie? - brincou me abraçando. - Não quero parecer um pai babão, mas você está realmente linda. Ter certeza de que não tem um namorado?

— Quando eu tiver, vai ser o primeiro a saber, prometo. - respondi rindo.

— Espero que demore alguns anos, uns cinquenta quem sabe...

Nesse momento, mamãe entrou na sala. Ela usava um vestido vermelho de mangas compridas e meia calça grossa preta. Estava linda, como sempre.

— O único lerdo aqui é você querido, porque até o Hugo já tem namorada.

— Eu sabia que iria sobrar pra mim. - meu irmão resmungou do sofá, desligando a tevê.

[...]

Chegamos à Toca e, por incrível que pareça, já estava lotada. Toda a família estava lá, até mesmo a tia Luna, com o Sr. Scamander, Lysander e Lorcan, que sorriram para mim quando entrei.

— Não me diga que você a Little Granger? - uma voz conhecida soou atrás de mim. Little Granger. Tio Charlie¹ havia me dado aquele apelido quando eu tinha quatro anos, alegando que eu parecia muito com mamãe.

— Tio Dinossauro! - exclamei dando um abraço Sra. Weasley nele.

Tio Charlie era viciado em dragões quando era mais novo, seu quarto era cheio de pôsteres e essas coisas. No entanto, quando eu tinha uns três ou quatro anos, mamãe me deu um dragão de brinquedo, para que eu entregasse a ele (naquela época eu ainda era fofa o suficiente para fazer isso) e então eu entreguei e disse:

"— Um dinossauro para o Tio Dinossauro!"

E desde então, o chamo assim.

— Da última vez que nos vimos, você estava desse tamanho. - ele disse se abaixando e colocando a mão espalmada há uns trinta centímetros do chão. Eu ri.

Ele não morava em Londres, mas sim na Romênia, atrás dos benditos dragões e também trabalhando como veterinário lá. Portanto, ele não me via há muito tempo.

Depois que consegui falar com todos os primos (e isso levou um tanto de tempo) avistei os Zabine chegarem, junto com os Malfoy.

Antes, eu corria para falar com o Scorpius, sempre que ele chegava. Agora, fui em direção ao Daniel.

— Gostei da roupa. - ele elogiou.

— Me senti uma mulherzinha escolhendo-a. - respondi rindo.

Ele usava uma camisa do Ramones por baixo da jaqueta de couro e uma calça jeans e o habitual sorriso. Bonito. Encantador.

A noite foi seguindo com muitas risadas, fotografias felizes e momentos de carinho.

Se tem uma coisa na minha vida, da qual eu nunca posso reclamar, essa coisa é minha família. A união e carinho que todos têm uns pelos outros é invejável vistas de fora. Minha família é animada e brincam entre si. Quantas pessoas podem dizer o mesmo de suas famílias hoje em dia? Poucas. Pois é. Nem se eu pudesse escolher outra família, eu não trocaria, porque apesar de tudo, é a melhor que eu poderia ter.

Pouco antes de meia noite - quinze para meia noite, exatamente - Daniel me chamou para dar uma volta do lado de fora da casa.

A neve caía lentamente, os flocos rodopiavam pelo ar, dançando um balé congelado. Tudo ficava mais belo quando nevava. Desde as paisagens até as pessoas. Eu adorava ver os narizes vermelhos pelo frio, os olhinhos sonolentos e as mãos cobertas por luvas grossas. Era uma fase inocente das pessoas.

Daniel segurou minha mão e me puxou em direção à garagem.

— Tenho um presente pra você. - ele disse enquanto todos continuavam esbanjando felicidade e união dentro de casa.

— Hey, não comprei nada pra você! - protestei.

— Eu também não. - ele disse sorrindo e cobrindo meus olhos com a mão. - Não vale olhar.

— O que é? O que é? - perguntei feito uma criança boba, rendendo-me à curiosidade.

E então, ele parou e tirou as mãos da frente dos meus olhos.

— Isso. - respondeu sorrindo.

Eu estava tão feliz, que tinha vontade de chorar, gritar, pular, ir à lua. Ele estava ali. Lindo como sempre. Os cabelos estavam bagunçados e os olhos muito acinzentados. Ele estava confuso. O colarinho de sua camisa social branca estava bagunçado, e sua calça jeans caia um pouquinho (o pouquinho exato para que ele ficasse mais gostoso ainda) pela cintura. Assim como Daniel, ele usava uma jaqueta de couro. E de algum modo, ele havia conseguido ficar mais lindo do que de costume.

Ele estava perfeito. E sorria pra mim. O meu sorriso.


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Notas finais do capítulo

E ai? Bem, o próximo capítulo é total e completamente Scorose.

"Tio Charlie¹" - Bem, para os desavisados de plantão, Charlie é o Carlinhos, na versão inglesa (:



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