Prefácio

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Caro leitor, não se assuste, pois essa é apenas uma breve apresentação do meu estado melancólico. Com amor, Rose Weasley.

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Antes de qualquer coisa, quero alertar que se você, caro leitor, espera uma história na qual o herói e a mocinha se casam e vivem felizes para sempre, para ficar sonhando com seu próprio príncipe encantado, é melhor fechar a página, desligar o computador e – assim como eu – deitar em posição fetal, o mais encolhido possível e chorar até a morte, porque – alerta de spoiler da vida adulta – príncipes encantados não existem.

Mas se você, assim como eu, foi magoada e descobriu que o amor não existe pode continuar lendo minha trágica história de vida. Ou melhor, meu trágico conto de amor, onde o amor só existe de um lado. Pois é, e adivinha quem é o lado fodido com o amor? Isso mesmo, Rose Weasley!

No entanto – por mais que você compartilhe comigo o sentimento de pura raiva de quem inventou o amor – não deve estar entendendo nada.

Tudo começou num belo dia de sol... Brincadeira, eu vou parar de fazer piada da situação, isso só me deixa pior.

Enfim, eu tinha um amigo. Um melhor amigo chamado Scorpius Malfoy.

Ele era perfeito. Quase perfeito.

Ele era lindo, rico, inteligente, astro do time de futebol, carinhoso, gentil e... Eu já disse que ele é estupidamente lindo? Ele tinha cabelos loiros, que às vezes ficavam meio caídos em seus olhos me fazendo suspirar, brilhantes olhos azuis claros, que às vezes ficavam tão cinzas que eu quase me afogava dentro deles, e um sorriso tão perfeito que eu poderia morrer depois de vê-lo, eu morreria feliz.

Porém, como todos os humanos, ele tem defeitos. Mas um defeito em especial anula todas as suas chances de sequer pensar no Malfoy se você tiver seios. Não entendeu?

Scorpius Perfeição Malfoy era gay, e eu, Rose Retardada Suprema Weasley devo ajudá-lo a parecer homem na frente de seus pais. Uma pequena ajudinha.

Por que eu, logo eu tinha que ser amiga dessa anta mesmo? Ah claro, porque eu devo ter dado livros ao invés de meias para Dumbledore no natal. Longa história, para outra história.

O único problema nisso tudo, é que eu não podia imaginar que Scorpius Frutinha Malfoy conseguiria parecer tão homem a ponto de enganar a mim mesma, enganar àquela que o ensinou a ser homem. Irônico, muito irônico. E é exatamente por esse motivo, por essa maldita ironia, que aqui estou eu, deitada em minha cama, em posição fetal, chorando feito uma garotinha. Mas enfim, eu realmente sou apenas uma garotinha. Uma garotinha apaixonada pelo seu melhor amigo gay.