You're Everything To Me escrita por Laranja


Capítulo 3
Amar dói, PONTO.


Notas iniciais do capítulo

bom, por um motivo bem chatinho, não pude atualizar a fanfic..
mas aqui está.



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Sabe aquele momento que o mundo para? Que chão podia rachar, o céu podia ficar de outra cor, o mundo podia cair, TUDO poderia acontecer, e você continuaria ali,com aquela pessoa?

Luke me fez sentir isso. E a cada vez que eu parava pra respirar, falar alguma coisa, ou até retomar a consciência, era como se algo faltasse... Logo depois, ele voltava a me beijar, intencionando cada vez mais o beijo. Parecia que eu estava morrendo de fome, e só Luke, o beijo dele, o toque, só ele podia saciá-la. Eu me sentia elétrica, quente, rápida. E poderia ficar daquele jeito pra sempre, quando tudo que já aconteceu vem como uma tsunami pra cima de mim.

– Luke... - minha voz falou. Ele realmente sabe como deixar alguém sem fôlego.

– am? - ele mexia nos cabelos.

– Por que fez isso?

– Porque eu quis.

Já ia dar uma resposta like Thalia irritada quando ele continuou a falar.

– O pior é não arriscar, e ficar pensando no que poderia ter acontecido...

Murmurei um sim. Eu nunca fui muito de me arriscar, até porque nunca ninguém fez valer a pena esse esforço. Normalmente os garotos que tentavam despertar algum sentimento em mim, porém o maldito idiota sentado ao meu lado sempre fazia com que eu não me apaixonasse. Mas houve um garoto que chegou perto...

A porta atrás de nós foi aberta, e a mão de Luke - que eu percebi que estava apoiada na minha - foi tirada pelo mesmo.

– Thalia! Adivinha quem... - Percy falava animado, quando percebeu Luke ao meu lado. Percy é moreno bronzeado, e tem lá seus músculos, mas ele realmente virou uma pimenta em pessoa, apertando seus punhos com tanta força que seus músculos estavam o dobro do tamanho.

– SEU MERDA!! - ele pegou a gola da camisa de Luke, e o jogou no chão. Luke levantou já em posição de briga.

– PERAE!!! - gritei. Annabeth tentava acalmar Percy, e eu me pus entre eles dois e Luke. - O que houve?

Silêncio. Nenhum dos três olhava pra mim. Nenhum.

Luke olhava pra Percy, irritadíssimo. Percy retribuía o olhar. Annabeth tentava não olhar pra mim. Odiava isso, odiava ficar sem explicações. Odiava. Principalmente quando eu via que o papo me relacionava.

– Luke, acho melhor você ir embora - Annabeth se pronunciou, ainda sem olhar pra mim.

– NÃO! Expliquem-me isso, agora.

Percy e Luke mal piscavam.

– Thalia, qualquer coisa que esse seu... Hm... Amigo, dizer é totalmente mentira.

– MENTIRA? - Percy conseguiu sair dos braços de Annabeth - Você apostou na minha frente.

– Apostou?

Luke olhou pra Percy, advertindo-o a não continuar a falar. Ele estava mais nervoso do que o normal, suas mãos tremiam descontrolavelmente.

– A aposta era que ele ficaria com todas as garotas do colegial em menos de dois meses. Só faltava você e Annabeth.

Silêncio novamente. Agora quem tremia era eu. Eu tremia de raiva, de dor. Enganada novamente, suja. Sentia-me suja por ter retribuído seu beijo, por ter chegado a acreditar que talvez Luke estivesse falando a verdade. Obviamente eu estava errada novamente.

Não olhei pra Percy, nem pra Annabeth, muito menos pra Luke. Apenas parti pra cima dele, dando-lhe um tapa. A reação dele foi mais de susto do que de dor. Ou talvez até os dois.

– Vá embora - rosnei.

– Thalia...

– VÁ!

Luke olhou pra mim antes de dar meia volta e sair andando pela rua.

[Percy narrando]

Thalia gritou alguns palavrões antes de sair correndo pra dentro de casa. Eu não queria ter contado daquele jeito pra ela, mas não consegui ver eles dois ali, no climinha enquanto eu sabia da verdade. Não dava. Annabeth chegou à conclusão que meu maior defeito, e qualidade, era a lealdade. Ajudaria e protegeria meus amigos de qualquer coisa, podendo até magoa-los.

Annabeth e eu ficamos parados encarando a porta. Ela começou a andar para dentro, indo falar com Thalia. Elas eram amigas desde seis, sete anos. Ajudavam-se em tudo. Eram tipo invencíveis perto uma da outra.

Eu esperei algum tempo, até Annabeth sair do quarto e me puxar pra fora.

– Ela não tá a fim de falar com ninguém.

– Nem com você?

– Nem comigo.

Oh Ouh. A coisa estava realmente feia, para nem Annabeth conseguir falar com ela. Andamos até aonde tinha estacionado meu Fusca, abri a porta para Annie, que sentou confortável no carro. Alguma coisa estava incomodando-a.

– Tá esperando o que?

– Am?

– Pra me levar pra casa, Cabeça de Alga.

Entenda, Annabeth tinha essa coisa de me chamar assim pelo fato de meu pai ser Poseidon. Não Poseidon, Poseidon. Meu pai era apenas um cara comum que trabalhava como marinheiro e nos visitava todos os feriados super importantes. Ele era um pai relativamente presente, só que a maior parte do tempo estava ocupado sendo o que ele era: marinheiro.

E como na mitologia grega, Poseidon é deus dos mares, e eu sou - palavras de Annabeth - lerdo, ela dizia que eu só podia ser assim por causa das algas que intalavam minha cabeça.

Nossa cidade tem uma pequena mania de botar nome de seus filhos com algum nome relacionado à mitologia, sendo grega, romana, nórdica... Meu pai era Poseidon, eu Perseus. Mas preferia que me chamassem de Percy.

Já a mãe de Annabeth - que por acaso não se dava muito bem com meu pai - se chamava Atena, e era uma das arquitetas mais famosas de todo o país. Fora meus tios, Zeus, Hades, Afrodite,..., e alguns primos como Hefesto, Hermes, Thor...

Era confuso pra quem não era acostumado com isso, mas na real, é bem bacana ser "anormal".

– Ah... Estou esperando você dizer o que te incomoda.

Annabeth se virou, apoiando as costas na porta do fusca, e botando as pernas em cima das minhas. E eu me vi parado reparando no quanto ela era bonita. No quanto seus cachos loiros combinavam perfeitamente com os olhos cinzas, o como ela era magra, mas com corpo.

Falando de um modo meio machista, Annabeth era realmente uma Cachinhos Dourados versão gostosa.

– O que você está fazendo? - ela perguntou.

– Am?

Annabeth sorriu, eu amava aquele sorriso.

– Me incomoda saber que ela está mal por causa dele, e eu não posso fazer nada.

– Pois é... - Luke. Sempre Luke. Acredita que Annabeth já foi apaixonada por ele? Graças a minha maravilhosidade, Annie se esqueceu dele e está comigo.

Está? Isso me incomodava... Não sabia qual status de relacionamento botar no Facebook. Não havia a opção Namorando Annabeth Chase Porém Não Estamos. (ela é MINHA).

No final, a levei pra casa, me preparando psicologicamente para todas as opções que poderiam acontecer logo depois de eu fazer o que planejava há muito, muito tempo. Parei um pouco antes da casa da mesma, e a guiei até um parque.

Era noite, e não havia muita gente no parque. Ele era realmente bonito, e a Lua estava bonita. As estrelas brilhavam no céu, e as flores pareciam mais bonitas do que o normal. Annabeth olhava atentamente pra mim, tentando prever o que eu faria a seguir.

– Am, Percy...

– Annie - Eu definitivamente "segurei a mão de Deus e fui na fé" - A gente já viveu tantas coisas juntos... E, er, - minha garganta estava muito seca.

– Sim?

– Acho que devíamos meio que...

– Percy - ela disse, suavemente. - Aonde você quer chegar?

Respire fundo, Jackson. Não era possível que eu não conseguia dizer as porcarias das palavras. Já vivi muitas coisas com Annabeth, muitas coisas. Já estava mais do que na hora de um pedido oficial.

– Annabeth Chase, você quer namorar comigo?


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Notas finais do capítulo

e ai? =]