Mágica Nerfal escrita por Robert Julliander


Capítulo 45
Capítulo 44


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo ^.^
Na torcida que gostem
obrigado a todos que ainda acompanham
boa leitura.



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*--Mansão Kefrer--*

— Para onde pensa que vai? — Pergunta o velho senhor sentado numa das poltronas da sala.

— Bem, — a sombria e bela morena se aproxima — estava pensando em ir ao baile. — Ela diz educadamente.

— Você está muito bonita. — O homem coloca sua copo com uísque no criado mudo ao seu lado, abaixo de um vermelho e gótico abajur.

— Obrigada senhor, — ela estala os dedos nervosa. — quer alguma coisa antes que eu saia?

— Venha até aqui. — Ele disse. A sala onde estavam estaria escura, se as labaredas que saiam da lareira não estivessem lá. Mesmo assim, as sombras dos objetos pareciam muito grandes, o que deixava o ambiente mais assustador, do que já poderia parecer.

Sabrina andou até a frente de seu senhor, como escrava, estava sujeita dos pedidos e capricho do homem, quaisquer que fossem. Ao aparecer a frente da enrugada e poderosa presença de Marcus Kefrer, Sabrina sabia que deveria mostra-lhe total respeito, ou a mesma, não almejaria nem por um momento, comparecer ao seu tão esperado baile. E poderia ser até pior, seria novamente transformada em estátua de corvo, o que lhe era uma sincera tortura.

Ele a olhou de baixo para cima, ela estava de cabeça baixa e não ousaria olhá-lo nos olhos, não agora. Sabrina estava com um belo e sedutor vestido vermelho, cujo decote ia até seu umbigo, o comprimento levara um pouco acima do joelho. Ela usava acessórios nada convencionais, não eram joias ou correntes delicadas, eram gargantilhas de couro, munhequeiras com espinhos prateados e brincos com imagens de pequenas caveiras cromadas. Sua botina escura chegara até seu tornozelo e até a mesma, tinha espinhos prateados no cano de seus saltos.

— Por que não olha para mim? — Kefrer questionou de um jeito ameaçador. Contudo, sem muitas opções ou até mesmo nenhuma, Sabrina o fez. Levantou o rosto e olhou intensamente para face alaranjada pela luz das chamas, de seu senhor. — Interessante. — Ele disse coçando o queixo.

O batom vermelho ressaltou os lábios da gótica, a deixando provocadoramente sexy. O delineador escuro, ressaltou seus belos e quase amarelos, olhos cor de mel. O cabelo de Sabrina estava perfeitamente preso por dois palitos orientais, que deixavam um volume bagunçado mas elegante atrás de sua cabeça, junto a uma fina linha vermelha, efeito calsado a sua mecha rubra de cabelo. E a frente, a jovem deixara sua bela e longa franja solta, escondendo seu olho direito, lhe dando um ar de misteriosa.

— Para quem você se arrumou? — Marcus perguntou, dando mais uma golada de seu uísque favorito.

— Como disse? — Sabrina tenta disfarçar com um sorriso sem graça, mas logo é interrompida.

— Não sou idiota, — Kefrer sorrir ao colocar o copo novamente abaixo do abajur. — quem é o mortal que te afeiçoas?

— Tudo isso faz parte do plano senhor? — Ela diz parecendo segura.

— Queira me dizer, como um bailezinho numa escola de quinta, — Marcus coçou o queixo e se levantou, andando lentamente até a sombria garota — poderia fazer parte do plano?

— Hoje, — Sabrina engoliu em seco, quando Kefrer se aproximou um pouco demais — eu irei seduzir o Erick.

— Como pretende, — ele passou seu dedo na mão direita dela, e deslizou de um jeito vulgar, até seu ombro. — Seduzi-lo? — Ele quase encostara os lábios em seu ouvido direito.

— Eu, — Sabrina se afastou um pouco e estava arrepiada, não de um jeito erótico, mas com nojo de tudo aquilo — usarei esta poção de obediência no ponche dele e como sabe... — Antes que ela pudesse terminar, ele a interrompe, enfim se afastando dela.

— Ele obedecerá cegamente a primeira pessoa que lhe der um beijo. — Kefrer volta a sentar. — Interessante, bom plano, admito. — Sabrina sorri vitoriosa já estava saindo quando o seu senhor lhe ordena. — Não falhe. Sofrerá consequências desagradáveis se não cumprir seus objetivos. — De imediato, Sabrina sentiu as agulhas perfurando cada centímetro de seu corpo e mais uma vez, engoliu em seco.

*--Erick--*

— Lexa, eu vou implorar apenas uma vez, — aflito, eu segurava as mãos dela — qual o verdadeiro preço que temos que pagar pelo anel?

— O anel funciona como uma benção maldição, — ela falou depois de alguns segundos de silêncio, estreitei meus olhos, fazendo o sinal para que ela continuasse. — benção, ele tira todas as impurezas e enfermidades do primeiro a usá-lo. E...

— A maldição? — Apressei-a.

— A maldição é que até meia noite, do dia em que o anel fora usado, outra pessoa deverá estar usando ele. — Ela chorou — Ou a pessoa curada por ele, morrerá instantaneamente. — Olhei para o relógio assustado, mas ainda eram nove horas e alguns minutos.

— OK! Eu posso tirá-lo da minha mãe. — Afirmei nervoso — Se eu tirar o anel dela a doença voltará?

— Não! Provavelmente ela já foi curada, não há volta. — Lexa fixa em meus olhos e diz séria — Mas se ela continuar usando o anel, até meia noite...

— Ela morre... — Pensei alto — Tudo bem eu uso a droga do anel. — Eu disse alto, já abrindo a porta da limousine.

— Erick espera! — Alexa puxa meu braço, me forçando a entrar no veiculo de novo. — Essa é a parte complicada.

— Não entendo. — Falei. Até que por um momento minha ficha caiu — Eu tenho medo de saber a resposta mas, o que acontecerá comigo, se estiver usando o anel.

— Morrerá a meia noite, no lugar de sua mãe. — Ela afrouxa os dedos que apertavam meu braço, mas eu mesmo estava em choque para qualquer reação. — Desculpa! Isso é tudo culpa minha, foi idiotice achar que tanto sangue para criá-lo, seria o preço a pagar.

— Não! — Eu disse ainda em choque, mas já recobrando a consciência. — A culpa não é sua. Não existe culpado, mechemos com magia negra e consequências acontecem. Obrigado por me ajudar a salvar minha mãe. — Apesar de realmente eu estar agradecendo a Lexa por tudo, ela balançava a cabeça de forma negativa e tentava segurar o choro. Eu forcei um sorriso em meio a minhas lágrimas, fechei meus olhos por alguns segundos e pronto. Meu raciocínio já estava de volta. — Me promete uma coisa?

— Qualquer coisa. — Ela disse rápido.

— Não conte nada disso pro Jhon.

— Mas Erick...

— Você disse qualquer coisa.

— Tem certeza que vai querer esconder isso dele? — Ela questiona aflita.

— Você sabe como ele é super protetor. — Suspirei triste — Se souber disso, não acabaremos só com a noite dele. Acabaremos com a de todos nós. Por favor me prometa.

— Prometo. — Sentir a decepção em suas palavras, mas o Jhonatan não precisa saber. Não a nada que possa ser feito. É minha escolha e se eu puder da minha vida, pela da minha mãe, que assim seja.

Meus pais estavam no quarto deles, a porta estrava trancada mas a destranquei com obvia magia.

— Erick? Como conseguiu... — Antes que meu pai pudesse questionar falei.

Ceciderit quam in soporem! — É uma mágica que a Lexa ensinou.

Uma fumaça azul bebê se ergueu em volta de meu corpo, e cobriu todo o quarto dos meus pais. Ao inalar, os dois caem em um sono profundo. Levito meu pai até sua cama, o deixando ao lado de mamãe. Os olhando assim, percebo que hoje será a ultima vez, que realmente vou vê-los. Dou um beijo na testa de cada um, como um gesto de adeus. Retiro o anel do dedo de minha mãe e coloco-o em meu dedo, como se fosse uma aliança. É até irônico usar o termo aliança, pois basicamente estou casando, com a morte. O anel não se expressou de forma alguma, nada de luz, ou dor, ou fumaça, nada, apenas ficou quieto em meu dedo. Ok Erick Mackdaynne, deixa de baixo astral. Hoje será seu ultimo dia de vida e que seja o melhor.

— Sabe, me orgulho de você! — Lexa diz assim que entro de volta na limousine.

— Podemos só não falar mais sobre isso? — Pedi tentando forçar um sorriso — Hoje será minha ultima noite, vamos aproveitar.

— Tudo bem. — Ela fala indiferente — Champanhe? — Alexa levanta duas taças com líquidos dourados e espumantes.

— Que seja. — Dei de ombros.

Fomos de limousine até quase do outro lado da cidade, oposto de onde realmente iriamos, baile da escola. Luce estava me esperando, só de pensar no nome dela, meu coração já vibra de felicidade. Como eu irei vê-la, não bebi muito, o medo de falar alguma coisa idiota foi maior.

— Chegamos. — Lexa diz assim que a limousine para.

Suspirei, engoli em seco e saí do veículo. Dizem que a primeira impressão é a que fica, sendo assim, a primeira impressão que tenho de sua casa é clichê, e extremamente comum. Casa branca, árvore com balanço na frente, cercado branco, grama bem aparada, caminho de tijolos cinza até a porta principal e aposto, que tem uma casinha de cachorro nos fundos. Som de latido, acertei.

Isso até pode explicar o comportamento de menina quieta, mega tímida e comportada, seguida de uma ótima educação, que Luce tem. Segui pelos caminhos de tijolos até chegar a porta. Só daqui percebi o carteiro de rosas brancas abaixo das janelas. Toquei a campainha e ouvi o eco do clássico sozinho alarmante, de que tem alguém esperando para ser atendido. Nervoso olhei para o chão, pude ver a sombra de alguém pela resta, do outro lado da porta, Luce?

Logo fui surpreendido por um baixo homem calvo, ele usava grandes óculos, camisa polo e calças simples. Ele é menor do que eu, mas ele não é um anão. Pra ser bem sincero eu iria sorrir, mas mantive a seriedade e falei.

— Boa noite!

— Boa noite jovem, você deve ser o... — Ele coça a careca de sua cabeça calva.

— Erick senhor, — segurei o riso — a Lucy...

— Já está descendo. — Ele me encarou — Gostaria de entrar para esperar ela?

— Uh! Se não for incomodar.

— Claro que não querido entre. — Uma mulher totalmente oposta ao senhor que me atendeu diz. Ela era alta, tinha um corpo de curvaturas perfeitas e sim, ela tinha bastante cabelo, lindos cabelos negros e cumpridos.

O Senhor fechou a porta assim que entrei, ele andou rápido com suas curtas pernas, ele parece um pinguim. A sala onde estou, tem uma escada espiralada para o segundo andar, fora isso, a casa era como tudo que eu estou acostumado a ver em filmes, clichê. Sério, sabe comerciais de famílias felizes, com pai, mãe, um casal de filhos e cachorro? Pois é, me senti num desses.

— Sente-se por favor. — Ele falou. Então sentei num dos sofás, o Senhor e a Senhora estavam num sofá a minha frente.

— Aceita alguma bebida? — Ela me pergunta gentilmente.

— Não obrigado. — Eu disse. Até que ficou um silencio desconfortável, seguido de duas pessoas que eu nunca havia visto na vida, me encarando.

— Então é verdade? — O Senhor Derdelim perguntou, estreitei os olhos o induzindo a ser mais especifico. — Oh, claro desculpe. É verdade? Você é o garoto das trevas?

— Oras Harry! — A Senhora Derdelim reclama. — Isso é pergunta que se faça? Desculpe rapaz. — Agora lembrei. Os pais da Luce são bruxos que se conheceram do mesmo circulo mágico, assim como eu e Luce.

— Não, ele não me chateou Senhora. — Respondi educadamente — Tudo bem, é verdade Senhor Derdelim.

— Pode me chamar de Harry garoto, — o Pai da Luce se aproximou sentando ao meu lado, com uma cara engraçada de curioso — você sente vontade compulsiva de matar?

— Harry!!! — A mulher grita para ele, enquanto eu arregalava meus olhos.

— Que foi Margor? — Ele pareceu se estressar com ela — Se ele vai sair, namorar e casar com nossa filha, precisamos saber se ele não vai querer matá-la futuramente.

— Não dê bolas pro que ele fala querido. — A mãe da Luce disse.

— OK. — Respondi constrangido — Mas respondendo sua pergunta — pausei para não chamá-lo de Sr. Derdelim — Harry, não eu não tenho vontade compulsiva de matar, não o tempo todo.

— Mas você já teve? — Ele pergunta aproximando a testa careca e brilhante dele.

— Sim. — suspirei chateado.

— É verdade...

— Harry, deixe o garoto. — Ela o repreende novamente. — Não ligue para ele querido, o Harry é obcecado por bruxaria desde que perdeu seus poderes. — Por alguns segundos o pai da Luce fez a mesma expressão que a Alexa tem no olhar, de vazio, como se tivessem arrancado uma parte de si mesmo.

— Entendo. — Tentei parecer indiferente.

— Então, como estou? — Todos nos viramos, seguindo a doce voz da Luce até vermos a mesma, parada no primeiro degrau da escada. Minha boca ficou aberta instantaneamente, assim como de sua mãe e pai.

— Minha nossa, querida — a mãe dela levantou-se — você está impecável.

— Tão parecida com sua mãe. — O pai dela sorriu encantado.

Luce estava com um longo vestido vermelho, ele tinha uma longa calda rubra cheia de camadas. O decote era delicado e simples, sustentado por amarras atrás do pescoço. Luce estava de cabelos como sempre lisos, mas agora soltos. E ela não usava seus óculos, lentes de contato? Provavelmente. Incríveis olhos azuis, eram de verdade o que me chamavam atenção e não, não sou adepto de homem esteriotipado, do tipo famosinho que adora bundas e peitos. Eu de fato amo os olhos dela, quando aquelas orbes exorbitantes se enquadram em minha direção, eu perco os sentidos e era isso que eles estavam fazendo. Mirados em mim. Eu não conseguir dizer nada até que algo saiu.

— Você está, maravisolha. — O que eu falei? Luce riu — Quer dizer, maravilhosa. — Caminhei até ela com um sorriso bobo no rosto.

— Você está muito bem senhor Mackdaynne. — Luce fala descontraída, nunca a tinha visto desse jeito.

— Não chego ao seus pés, mas é uma honra ter o prazer de sua presença esta noite, Senhorita Derdelim.

— Eles lembram a gente nos velhos tempos. — Sr D. cochichou.

— Sério? — Sra D. reclama mais uma vez — Até o dia do nosso casamento você mal disse uma palavra. Se você fosse como ele, teríamos nos casados um pouco antes do que deveria. — Eu e a Luce sorrimos olhando os dois.

— Não ligue pra eles, — ela desceu o degrau que faltava — são meio malucos, mas são pessoas totalmente do bem.

— Não consigo prestar atenção de verdade em mais nada. — Eu disse fitando os belos espelhos azuis. E ao mesmo tempo percebi a Luce corar.

— Vamos? — Ela perguntou.

— Claro. — Lhe ofereci o braco e ela o agarrou por baixo.

— Volte no horário querida. — A mãe dela disse.

— É daqui a meia hora. — Sr D gritou.

— Harry!!! — Sra D. gritou enquanto saíamos, eu e Luce rimos.

— Anel legal. — Ela elogia.

— Bem, — eu não quero ficar triste e ela não sabe de nada, então só tentaria disfarçar e seguir em frente — ele é bem especial.

— Uau. — Luce fala olhando para limousine branca.

— Também fiquei do mesmo jeito. — Abri a porta para ela — Fazer o que né? Lexa é a Lexa.

*--Daniella--*

A decoração estava completa, os ponches não alcoólicos também. Iluminação em seu devido lugar apesar de eu estar totalmente ferrada. Não haverá músicas! Quem já se viu um baile sem músicas? O evento começará em meia hora, eu não tô pronta e nem o baile completo.

— Até que você fez um bom trabalho. — alguém falou atrás de mim.

— Ah! É você. — revirei os olhos assim que vi o amigo do Erick, o Jhonatan.

— Te fiz alguma coisa??? — Ele pergunta com aquela cara de bad boy, sério odeio esse tipo de garoto. Quem já se viu, o cabelo dele está uma bagunça mesmo estando de terno. Os sapatos provavelmente de segunda mão, ou de algum parente que deve ter morrido.

A barba pra fazer e não pense que os olhos verdes, podem salvar todo aquele desmantelo.

— Além do fato de você matar a moda? — Alfinetei e ele se olhou do tórax até os sapatos.

— Bem, é um baile idiota. Por que não vir com uma roupa a caráter? Você já está a caráter a propósito. — Ele falou de um jeito debochado.

— Olha como você fala comigo e... — Me olhei no reflexo em uma das paredes espelhadas. Droga! O pior é que ele tem razão, eu estou um trapo. Olheiras, cabelo pra fazer, roupas sujas, na verdade, nem banho eu tomei ainda hoje. — OH merda. — Sentei num banco próximo a mim.

— Você pareceu que ia dizer alguma coisa bem venenosa. — Ele disse, mas tentei ignorá-lo. — Ok, pode falar. — Ele senta ao meu lado.

— Falar o que? Não tenho nada pra falar com você, esquisito. — Revirei os olhos novamente.

— Alguma coisa ta te frustrando, pode falar.

— Ha, olha pra você, — olhei pra ele com desdém — até parece que iria resolver algo. Me deixa em paz.

— Você iria se surpreender se confiasse um pouco mais nas pessoas.

— A é? Então segura essa bomba. — Me levantei — Este baile será o pior de todos os bailes já existentes.

— Bem, se continuar vestida assim, princesa você já não se torna. — Ele riu.

— Sério? — Aff! Ele tem razão. — Não se trata de mim.

— Uou! Agora estou surpreso.

— Com o que? — Perguntei mais frustrada. — Quer saber? Não me interessa.

— Esquentadinha você né? — Ele pega um ponche, observei querendo reprovar mas que se dane, nem baile vai ter mesmo — Fiquei surpreso pelo fato de você não está pensando em só em si mesma.

— Ah já sei, você como todos a minha volta me estereotipou. — Sorri amarga — Olha lá, a patricinha líder de torcida, que vai no salão todo dia. — Falei fanha, fingindo ser alguém falando de mim — Que legal a Barbie perfeitinha, com sua vida luxuosa e nariz empinado. Pra sua informação, garoto delinquente, eu não sou o que você, ou outros qualquer pensam.

— Ok, ok! Entendi. — Ele volta a sentar no banco. — Qual o problema tão grave e tão gigante, que fez você ficar descabelada desse jeito? — Ele sorriu sarcástico.

— O baile não terá música. — Eu disse tão baixo que nem eu mesma me ouvi.

— O que?

— O baile, não, terá, música. Dá pra entender agora?

— Uou. — Ele dá uma gargalhada — Você, tá, ferrada.

— Muito obrigada pelo obvio, agora some.

— Quer mesmo que eu saia? — Ele levanta.

— Nem era pra ter se aproximado, adeus. — Eu disse frígida.

— Quer que eu saia, mesmo eu sabendo como salvar seu maldito baile? — Ele dobrou a porta.

— Como? — Eu falei sem querer abrir a boca. Infelizmente eu tava tão desesperada, que faria qualquer coisa pra isso dar certo. Esperei alguns segundos, esperando que milagrosamente ele tenha me ouvido e aparecesse por trás da porta de novo. Meu coração já tava amil quando, o tal Jhonatan dá um passo longo para trás.

— O que você acha de uma banda?

— Sério? — Perguntei fazendo careta de nojo — Uma banda? Essa sua ideia?

— Tem algo melhor? Se tiver eu posso... — Ele já ia sair de minha vista.

— Tudo bem! — Gritei apressadamente desesperada. Até ver um sorriso do mal, naquele idiota. — O que você quer em troca?

— Quando eu te pedir um favor, você não poderá me negar.

— É só isso?

— Yep!

— Tudo bem! — Eu disse — Vaza, vai buscar a banda. O baile começa em dez minutos. — Quando ele sumiu novamente de minha vista, eu suspirei aliviada.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham curtido,
Nos vemos no próximo capítulo, até mais.



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