Promisses From Another Life escrita por Fuinha, KillerPanda


Capítulo 7
Capítulo 7 — Minha Decisão


Notas iniciais do capítulo

OLÁÁÁ QUERIDOS! E olá Panda... Sim. Eu não disponibilizei esse capítulo nem mesmo para a Panda, porque eu ainda estou puta com o fato de ela fazer GrayLu, como se não bastasse ela me enchendo o saco com Natza. E como eu prometi para ela, eu iria me vingar. Se ela fizesse Natza, eu faria NaLe (NatsuxLevy), mas como ela fez GrayLu, vou fazer algo menos drástico.
Então. Aqui está a minha vingança ♥



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Capítulo 7 — Minha Decisão

Droga. Droga. Droga. Droga!

Eu sabia de que não deveria julgar algo sem saber os motivos, mas era quase impossível quando a situação era o Capitão Cueca beijando Lucy! Argh. Eu falhei. E eu pensando que depois do encontro de hoje, ela gostava um pouco mais de mim. Idiota. Vi meu mundo desabar diante de meus olhos, e simplesmente não pude fazer nada, absolutamente nada. Apesar de que, socar a cara do Gray sempre foi uma opção a ser considerada. Fora que nem daquela vez em que Lucy, a do futuro, morreu na minha presença e eu não consegui impedir este acontecimento. Ainda me remoia por dentro devido àquilo. Aquele sorriso no final de tudo fora a única coisa a qual não entendi, afinal, a maga sempre foi estranha, e morreu sendo ainda mais. E eu? Eu morri prometendo tê-la de volta algum dia, uma jura de amor eterna realizada por mim para ela, infelizmente desmanchou-se com apenas um selar de lábios da mesma com o ex-mago de gelo. Minha rixa com ele sempre foi clara, porém, agora estava mais forte do que nunca. Ainda me perguntava como ele poderia fazer isso. Eu sabia que lá no fundo ele amava Juvia, mais do que tudo, neste e no outro tempo. Eu ouvi aquelas palavras saírem de sua boca: “Eu gosto muito da Juvia”, eu ouvi. Sempre achei que ele fosse um bom rapaz, ou quase isso, mas enganar os próprios sentimentos não era algo lá muito sensato de se fazer. Até mesmo eu sabia deste simples fato.

Andava rumo à minha casa. Tinha a impressão de estar sendo seguido, porém, quando me virava não via nada além da paisagem normal e vazia da cidade, nem sinal de alguma pessoa ou animal por perto. Deveria estar perdendo minha sanidade depois de um dia tão cheio como este, e, por sinal, também muito triste. Andava com lágrimas ameaçando a cair de meus olhos. Ridículo. Não podia chorar em público. Não podia. Não... Ah, droga, estava chorando. Limpei meu rosto com meu cachecol tentando em vão acabar com as gotas d’água. Uma promessa de sete mil anos quebrada com um beijo. Maldito. MALDITO. Se isso tivesse acontecido em Fairy Tail, eu iria muito provavelmente matar Gray, estraçalhá-lo, porém, infelizmente, as leis vigentes atualmente não permitiam tal coisa, e havia punições severas para quem o fizesse.

Muita coisa mudou de lá para cá. Não somente as pessoas, mas também a ordem da sociedade, sem mencionar a inexistência da magia que por si só já era mudança e tanto. A arquitetura também se modificou bastante, os prédios já não eram enormes, e as pessoas não viviam mais tanto em casas, preferiam os apartamentos apertados em algum edifício de inúmeros andares. Entendo que eles sejam mais práticos, mas ao mesmo tempo uma casa era muito mais confortável e mais divertida de se bagunçar.

Sentia falta de ver minha casa totalmente desarrumada. Ultimamente ela andava mais organizada do que antes, já que não tinha mais a companhia do amante de peixes dentro de minha residência. Em questão de disposição, estar sozinho era vantajoso. Porém, em questão de sentimentos, era deveras solitário. Não ligava de viver em um lixão, como meu quarto era chamado antigamente, se tivesse a presença de Happy. Queria-o como amigo pelo menos mais uma mísera vez. Mesmo que, por sorte, ou coincidência, encontrasse um animal para substituí-lo nessa vida, não seria a mesma coisa, já que, felinos azuis falantes que voavam não existiam e estava longe dos cientistas conseguirem tal conquista genética com uma mínima semelhança.

O clima não ajudou muito meu humor depressivo, além de péssimo. Começou a chover em poucos segundos, fazendo com que aquele cheiro de terra molhada invadisse minhas narinas. Mesmo que isso me acalmasse, e muito, odiava ambientes frios, e nem sequer era simpatizante com eles no exato momento. Frio. Gelo. Gray. É, deu para perceber que aquela cena não iria sair de minha cabeça tão cedo assim. Suspirei pesadamente enquanto caminhava desolado pelas ruas da cidade rumo ao meu lar. Recebia olhares de pena, além de alguns maliciosos devido ao meu peito ainda desnudo. Parei de caminhar e fiquei apenas observando as gotas formarem poças, e as mesmas pingarem fazendo com que a minha imagem refletida na água se distorcesse. Ouvi pequenos pés pularem sob os vestígios da chuva fazendo com que o líquido espirasse para todos os lados perto de si. Junto deste, ouvia mais sons, só que agora de saltos altos andando calmamente.

— Mamãe, mamãe! Olhe, é uma fada! — ouvi uma voz infantil e feminina se pronunciar. Rapidamente voltei minha atenção para ela. Uma garotinha de cabelos esverdeados negros. Era... Asuka. Ela apontava para um pôster mais à sua frente. Tanto eu quanto sua mãe, Bisca, olhamos para o tal lugar.

— É mesmo uma fada, querida. Linda, não? — disse a mulher voltando a observar sua filha. Continuei a fitar o tal desenho da criatura mitológica enquanto ouvia a conversa das meninas.

— Mamãe... Aquilo na fada é um rabo? — perguntou insegura.

Um... Rabo de fada?

Meus olhos se arregalaram. Era isso. Eu tinha de reconquistar Lucy. Tinha de trazer de volta suas memórias. Tinha de fazer isso, não importa qual sejam os meios para o resultado.

Saí correndo dali fazendo com que a água contida nas poças deixadas pela chuva se espalhasse por toda a extensão da calçada. Quando meu cachecol ameaçava a deixar meu pescoço, o puxava novamente e arrumava-o de qualquer jeito, apenas para não perdê-lo. Se me lembro bem, ganhei-o no primeiro orfanato que fiquei. Eu... Eu sonhava com essa estampa e com... Dragões. A gerente de lá o fez para mim segundo minhas descrições dos sonhos, acho... Não tenho muitas memórias de minha infância, porém, tenho lembranças de sete mil anos atrás, irônico, não? Os primeiros anos de minha vida, enquanto corria de lares adotivos para lares adotivos, eram apenas alguns borrões e pedaços soltos em minha mente. Lembrava apenas de Igneel, e do trabalho que consegui para ter minha casa. Mais nada. Tudo volta a ficar nítido assim que consegui moradia e entrei para o colégio de vez. Após algum tempo, mais especificamente semanas atrás, voltei a ter os mesmos delírios, só que desta vez eram os cabelos loiros de Lucy.

A menina a qual eu iria reconquistar de qualquer jeito.

Cheguei em casa cansado e respirando ofegante. Abri a porta com brutalidade por estar chovendo, e por eu estar morrendo de frio, louco para trocar de roupa, ou colocar alguma. Tranquei a residência e fui diretamente para meu quarto, onde tomei um banho quente, aonde refleti sobre tudo que aconteceu neste fatídico dia. Deixava com que todos meus pensamentos fossem para o ralo junto da sujeira e da água. Tudo o que eu queria agora era esquecer. Esquecer este dia. Esquecer que estava com raiva de Gray. Esquecer que vi Lucy em seus braços e não nos meus.

“Papa...” — novamente aquela voz da menininha veio passar pela minha cabeça. Seu tom doce me acalmava um pouco. Era ao mesmo tempo familiar, mas... Desconhecida. Parecia os tempos em que sonhava com Lucy.  Dei um leve sorriso ao ouvir o tal chamado direcionado a mim, mas logo que a loira veio em meus pensamentos, foi quase impossível não rever a cena do selar de lábios entre ela e Gray. Meu sangue começou a esquentar. Minha temperatura ficando mais quente do que o meu normal, e do normal aconselhado dos médicos. Talvez ainda existissem resquícios da magia de Dragon Slayer do Fogo em mim, talvez eu ainda fosse o Salamander. Cerrei meus punhos e pude jurar que eles eram a parte mais quente de meu corpo no momento. Estava furioso. Dei um soco na parece e, sem querer, quebrei um pedaço dela. Porém, eu não era de ferro como antigamente, também doeu em mim aquele murro. Mergulhei meu punho debaixo d’água aliviando a sensação de dor.

Desliguei o chuveiro percebendo que o tempo passou rápido demais, fazia praticamente meia hora, e ainda tinha de tratar de alguns assuntos importantes. Enrolei-me em uma toalha, logo depois me secando com ela rapidamente. Tentei ao máximo tirar um pouco da umidade de meus cabelos tendo um pouco de resultado. Vesti um moletom qualquer junto de meu cachecol e calça jeans. Joguei-me na cama e peguei meu celular, digitando o número já gravado em minha memória, afinal, eu costumava ligar muito para ela quando éramos mais novos, e, por mais incrível que pareça, a albina nunca mudou seu número desde então. Confirmei a ligação e esperei ela atender do outro lado a linha, o que demorou um pouco.

Alô? — perguntou.

— Olá, Lisanna! Está livre para falar? — questionei. Não queria atrapalhar a rotina da albina.

Natsu? Sim, não estou ocupada. Pode falar. — falou animada. Também, fazia tempos que não nos falávamos.

— Então... Está tudo bem com você?

Sim, sim. Estou ótima, e você? Parecia um pouco deslocado nas aulas ultimamente.

— Ah, aquilo... Não se preocupe. Estou bem. Melhor... — dei uma pausa diminuindo meu entusiasmo em falar aquelas palavras. —... Impossível. — suspirei.

Não conseguia nem fingir que estava bem, que patético. Anos atrás eu era o mestre nisso. Quando alguém na escola perguntava o que havia acontecido, geralmente era algo sobre meu trabalho ou apanhei novamente, eu apenas falava que não tinha nada de errado. Nada me abalava naquela época. Nem mesmo insultos relacionados ao fato de eu não ter mãe, ou de meu pai ter falecido misteriosamente aos meus sete anos. Sete... Esse número parecia estar presente na minha vida dês dos primórdios da terra. Sete mil anos. Sete dragões. Sete anos. Sete de julho. Sete. Sete. SETE. Era sete para tudo que era lugar. Pelo menos eu não tinha de pensar muito na hora de escolher um número. Sempre falava esse maldito algarismo. Parecia ser até uma maldição, e estava dando certo.

Não. Eu vou me preocupar. O que raios aconteceu, Natsu? — Lisanna pareceu mais decidida no outro lado da linha, além de querer mesmo saber do meu estado, já conhecendo o fato de que eu geralmente fingia estar bem, e para eu não fingir algo deveria estar MUITO errado. Essa era a albina que fora minha melhor amiga anos atrás. Sorri levemente sozinho em casa.

— Só vou falar depois que você disser aquilo. — cantarolei em tom de brincadeira.

Aquilo o q- — ela iria perguntar do que diabos eu estava me referindo, mas, pelo jeito, entendeu por si só. — Ah... AQUILO... — provavelmente estaria revirando os olhos agora.

— É... Vamos! Fale! — incentivava rindo.

Suspirou sabendo que teria mesmo de dizer aquela tal frase, que quando crianças, ficou enjoada de ouvi-la de mim.

Eu estou ficando empolgada... — falou sem sequer um pingo de entusiasmo.

— Não. Não. Tem que falar animada... Vamos lá, Lisanna! — estava quase me matando de rir.

Você é um idiota , sabia? — muito possivelmente ela iria me bater, porém não ligava. — EU ESTOU FICANDO EMPOLGADA! — gritou no telefone.

— Muito bem, isso que foi animação! — falei entre risos. Não era a primeira vez que a ouvia dizer isso, pelo contrário, deveria a centésima, porém, fazia tempos que não ouvia a voz da albina e nem ela realizando uma de nossas brincadeiras.

Tá, tá. Eu sei que você me ama. — ela ria da mesma maneira que eu. — Agora desembucha. O que aconteceu? Você está bem, não é? Não quebrou nada nem está internado, certo?

— Não. Nossa, valeu pelo apoio. — brinquei. — Eu só estou... Abalado. Nada mais.

Abalado? Como assim?

— É que pela primeira vez eu me apaixonei — na verdade eu já estava apaixonado há muito tempo, mas se dissesse tudo era capaz de Lisanna pirar. —, entende?

E nem me conta! Que amigo, hein!

— Eu preferia te dizer o nome dela pessoalmente, tá?

Tá... Mas então por que você me ligou?

Respirei fundo. Não era exatamente para falar com Lisanna, apesar de eu estar morrendo de saudades de ser como nós éramos antes. Levy era agora minha melhor amiga, e ela era ótima. Não poderia desejar alguém melhor para ficar do meu lado, apesar de que não sabia porque diachos ela gostava daquele idiota do Gajeel. Mas Lisanna... Eu tinha uma história com ela.

— Seu irmão ainda é um tatuador, certo? 


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Notas finais do capítulo

TCHARAN! Eu fiz NaLi, toma na cara agora, Panda ♥
MAAAAAS eu ainda odeio a Lisanna, okay?
E então? O que será que vai acontecer? Tem haver com o rabo de fada!
Até o próximo.
Missão cumprida: Colar todos os pedacinhos do coração do Natsu.



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