Promisses From Another Life escrita por Fuinha, KillerPanda


Capítulo 3
Capítulo 3 — Borrões que ficam nítidos


Notas iniciais do capítulo

KYAAAH! SUMIMASEN! Agora vou dar a minha desculpa por não ter postado no fim de semana:
Teve Matsuri.
E tipo quando tem Matsuri aqui eu fico o dia inteiro fora no evento além de que passo a manhã toda me preparando (eu sou cosplayer).
Enfim... Sem mais delongas.
Boa leitura~



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Capítulo 3 — Borrões que ficam nítidos

POV’s Natsu

Meu olhar não desviava da garota loira nem sequer por um mísero segundo, não é todo dia que sonhos te perseguem tanto que até viram realidade, admito que seja algo muito bom. No intervalo de aulas finalmente Erza me apresentaria para a novata, minha ansiedade para saber seu nome era tamanha que não conseguia me aquietar. Chamaram-me para perto do grupo onde ela e Gray estavam, só de chegar perto podia sentir a felicidade e o bem estar que sua simples presença me proporcionava. Não conseguia explicar, apenas... Sentia. Sua beleza fazia com que mais memórias das quais nunca tive registro viessem à minha mente. Sorrisos, lágrimas, gritos, atos heróicos meus em relação a ela e até mesmo momentos em que senti ciúmes, como o que aconteciam neste exato segundo. Não me leve a mal, apenas não queria ver meu sonho se realizando para outra pessoa, no caso o meu melhor amigo stripper metido a gostosão, Gray Fullbuster, o popular.

A beleza da loira me mantinha em um transe, tanto é que quando as formalidades foram feitas por nossa representante de classe, Erza, não consegui ouvir seu nome. Peguei apenas a parte em que a ruiva disse meu nome por fim e parou de se pronunciar dando deixa para o moreno contar seu testemunho sobre o incidente das pimentas que aconteceu há alguns anos, a origem de meus apelidos relacionados ao fogo. Ele não só me deixou com cara de bobo na frente da caloura, mas teve de passar seus malditos braços pelos ombros dela me fazendo ficar com ciúmes dos dois. Desde quando eram tão íntimos? Da última vez que chequei, ela entrou nesta escola no dia de hoje e não há 5 anos, essa aproximação toda dela com o Capitão Cueca não era necessária nem tinha uma explicação plausível. Uma vontade de arrancar Gray de perto da novata crescia em mim, já não bastava ele ser o popular e estragar a primeira impressão que as pessoas tinham de mim, mas também ele TINHA de roubar os meus sonhos.

A gota d’água foi quando finalmente ela se dirigiu para a minha pessoa e quem respondeu foi o babaca do peladão com seu ar superior, como se ele não fosse idiota também. Pelo que me lembro quem decidiu nadar em uma piscina cheia de cubos de gelo pelado foi ele, não eu. Não foi eu também que quando era criança ficava apenas de cueca preso em um quarto com seu meio-irmão, Lyon. Eu podia ser um idiota, mas pelo menos não era gay como o moreno e seus hábitos de tirar a roupa tanto em casa com o grisalho que chamava de meio-irmão como no meio do colégio sem mais nem menos. Se eu fosse a diretora Mavis com toda certeza já teria expulsado Gray daqui por praticar atos obscenos em um ambiente de aprendizado. Ele ficaria bem melhor vendendo sorvetes em uma praia de nudismo, pelo menos assim o Capitão Cueca se afastaria da minha loira.

— Falou o cara que não consegue ficar mais de cinco minutos vestido — retruquei ficando mais irritado com ele. Não deixaria que a menina me visse com maus olhos, eu era um cara legal.

— Mas aí ta a diferença entre nós, meu irmão. A minha mania é uma coisa que as garotas gostam — respondeu se achando. Gray agora passara dos limites. Desde quando que as meninas gostavam? Bem, admito que já vi algumas babando pelo corpo que ele possuía (na maioria das vezes era a melhor amiga de Gajeel, Juvia, que caía aos pés do moreno).

— Stipper.

— Incenso.

— AH! MAS VOCÊS NÃO VÃO COMEÇAR COM ISSO DE NOVO NÃO É? — gritou Erza do outro lado da sala fazendo tanto eu quanto Gray estremecermos. Já estava demorando a ela intervir em nossa conversa como sempre fazia, todos ali já estavam acostumados com isso. Ao ver da ruiva eu e o peladão éramos melhores amigos em todas as horas, não era bem dessa forma.

Rapidamente eu e o Capitão Cueca nos abraçamos como se realmente fossemos muito chegados e murmuramos baixinho um “Aye” para que Erza sinta-se bem (e também para mantermos nossas cabeças nos devidos lugares). Pude perceber um pouco de surpresa pela parte da novata, como se um Dejá Vu tivesse acontecido. Para mim isso era normal, praticamente todo dia isto era o que ocorria na troca de aulas. Infelizmente este curto espaço de tempo enquanto os professores se deslocavam de uma sala para a outra havia acabado, logo todos se sentaram em seus devidos lugares novamente. E mais uma vez perdi-me em pensamentos ao observar os cabelos louros da caloura por trás, lembranças, ou melhor, sonhos vinham à minha cabeça sem contar as inúmeras vezes em que ela me olhava incomodada com meu olhar sobre si. Sentia-me culpado e tentava voltar minha atenção para a aula em si, mas logo desistia e continuava a observá-la encantado com a tamanha beleza que possuía.

Depois de longas aulas entediantes (e alguns cutucões de Levy) finalmente o sinal tocou liberando todos para irem às suas casas. No meio de tanto tempo enfeitiçado pela loira decidi falar com ela na saída, mas consegui? Obviamente que não com aquele stripper sempre ao lado dela seguindo até a porta do colégio onde ela entrou em um carro e desapareceu. Olhei decepcionado para o chão, a azulada estava ao meu lado o que percebi apenas quando ela colocou sua pequena mão em meu ombro e sorriu me confortando.

— Amanhã você fala com ela, não se preocupe — disse e logo se despediu. Sua carona havia chegado e ele não aceitava atrasos (quem lhe pegava era o seu primo Jet, secretamente apaixonado pela pequena).

Disse tchau e tomei meu caminho para casa sozinho como sempre, quando era menor Lisanna me acompanhava, mas ultimamente ela estava ocupada demais andando com um garoto mais velho que conhecera por aí. Volta e meia a albina aparecia lá em casa para me contar o quão perfeito esse tal rapaz era, eu apenas assentia com a cabeça e a incentivava a continuar deste jeito, alguma hora ou outra ela tomaria coragem para expor seus sentimentos e talvez fosse feliz com ele. Isso me animava. Queria ver minha amiga de infância feliz, mesmo que nunca senti esse sentimento chamado amor até então. Mas acho que finalmente estou começando a entender o que é isso com os sonhos que tenho tido. É estranho, sentir um frio no estômago é normal? Acho que isso quer dizer que estou com fome, falando nisso preciso chegar em casa logo para comer mais alguma coisa. Já me acostumei a andar sozinho, Erza às vezes me convidava para ir embora com ela e com Jellal, mas eu sabia que eles sumiriam em alguma esquina apenas para se beijar e me deixaram sozinho. Não adiantaria de nada.

O caminho felizmente era curto e sem mais perigos depois de 20 minutos já estava sentado à mesa comendo meu segundo prato de macarrão. Morava sozinho, órfão dês dos 7 anos, vagando por orfanatos até que com 12 consegui um emprego como aprendiz e depois de uns dois anos morando na casa de meu chefe comprei essa casa. Ou seja, dês dos 14 anos eu já me sustentava completamente. Terminei com a panela de meu almoço e lavei a louça rapidamente enquanto o que eu mais queria fazer era dormir profundamente no sofá da sala ouvindo música. Por fim meu desejo foi realizado quando coloquei qualquer melodia no som e deitei fechando meus olhos sendo levado pela doce harmonia que trazia os meus tais sonhos de volta à tona.

(...)

O tal relógio tinha explodido, não sabia realmente o porquê apenas ouvi dizer que quem fez isso foi ela. Buscava pelo céu por algum sinal de seus cabelos loiros, seus olhos castanhos, qualquer coisa. Nada. Minha mente ficou vazia, a única coisa que passava por minha cabeça era salvá-la, achá-la. Não podia estar morta, não podia, eu ainda nem tinha... Nem tinha dito o que sinto. Ela simplesmente não poderia morrer agora, ou melhor, nem agora e nem nunca, eu não conseguiria viver sem sua presença ao meu lado. Todos ao meu redor pareciam calmos, tristes, como se não houvesse mais nada para ser feito. Como se nossa princesa realmente tivesse passado desta para a melhor. Não admiti isto. Não admiti como eles aceitaram de forma tranqüila a possível morta de minha parceira, mas eu não iria desistir tão facilmente. Não, nunca iria desistir dela de maneira alguma.

— CADÊ ELA?! ONDE ESTÁ?! — gritava estressado procurando pela mesma ao meu redor, nenhum sinal ainda visto.

— Natsu, ela... — falou Erza de forma triste me tratando como uma criança que perdera o cachorrinho.

— NÃO! ELA ESTÁ VIVA! — disse frustrado e olhei para o céu novamente. BINGO! Achei um sinal dela.

Antes que qualquer um deles pudesse me impedir saí correndo em direção daquela estrela cadente, da minha estrela. Ignorei quaisquer obstáculos que me eram impostos, os rochedos, pedras e até mesmo buracos. Mirava apenas ela caindo do céu, corria como um louco para não deixá-la cair no chão duro no qual eu estava. Estava tão desesperado que acabei tropeçando em uma pedra e rolei por alguns metros, mas isso não fez com que a queda dela diminuísse de velocidade. Droga! Levantei-me o mais rápido que pude e continuei a segui-la, seus olhos castanhos fechados. Não, não podia ser. Ela tinha de estar viva, não podia ter dormido para sempre. Ela tinha de estar acordada.

— ACORDE! — gritei espantado com a possibilidade de ter de ir até seu funeral.

Como em um passe de mágica seus olhos cor de chocolate abriram e me fitaram. Senti um alivio dentro de mim, além das borboletas que agora invadiam meu estômago. Corri ainda mais rápido quando via o seu corpo estava prestes a se chocar com o chão frio e cheio de rochedos, o que poderia acabar em sua morte definitiva. Agora eu estava mais determinado a salvá-la, não apenas para sentir seu cheiro viciante, ou receber um sorriso (e até talvez um beijo se eu fosse muito sortudo) em troca de meu ato heróico. Mas eu queria pegá-la em meus braços e sentir sua respiração, sentir a vida que ainda corria pelas veias da loira. Aquele olhar sobre mim já era o suficiente para continuar caindo e levantando no meio de meu percurso, um sorriso, uma palavra, um abraço dela já me dava força para lutar pelo resto da vida para que ela ficasse seguro, para que ela ficasse em meus braços para sempre.

Mais alguns metros, só mais alguns. O cheiro doce e único já invadia minhas narinas trazendo uma tranqüilidade imensa para meu ser, saber que ela estava realmente viva como um fato era mais do que ótimo. Vi ela cair mais rápido, se eu continuasse na velocidade em que estava não chegaria a tempo de salvá-la realmente. Merda! Acelerei meu passo, mesmo assim não estava perto o bastante para pegar no caminho dos cabelos loiros até o chão. Não vi outra opção, para ter de tê-las sã e salva em meus braços teria de pular de uma distância que no impacto ao chão eu poderia me quebrar inteiro. Bem, se eu ficasse que nem da última vez que lutei com Laxus pelo menos teria minha parceira como enfermeira particular, empregada e talvez até cozinheira. Pensar na comida que ela fazia já me deixava com água na boca, sempre a critiquei, mas na verdade a amava.

Pulei em um ato arriscado e consegui pegá-la no ar, finalmente senti a pele alva e aveludada que ela possuía entrar em contato com meu corpo quente e meus braços fortes, ela estava agora comigo, estava viva e comigo. Quando caí (o que já era previsto) deixei com que a loira ficasse sobre mim para não se machucar, quem recebeu o impacto todo do tombo fora eu. E por mais incrível que se parece na verdade não fiquei com nenhum simples arranhão. No chão tirei meu rosto do meio da terra e voltei minha atenção para a face bela que ela possuía, e que no momento tinha um sorriso que me tirava o fôlego. Sorri aliviado e bobo, aquela combinação que apenas ela fazia com que acontecesse.

(...)

O sonho mudou de local.

(...)

Estava na enfermaria, minha partida contra os Dragon Slayers Gêmeos logo começaria, Gajeel me esperava do lado de fora impaciente. Ele queria acabar logo com isso e ir descansar, mas eu sabia que na verdade queria ver Levy na arquibancada torcendo por sua vitória iminente, quer dizer, a MINHA vitória. Depois da Batalha Naval minha parceira não saía mais daquele quarto de hospital, queria logo que ela saísse e fosse me ver na arena, fosse torcer por mim da mesma maneira que a pequena azulada fazia pelo brutamonte. Depois de algumas palavras trocadas entre nós seu rosto se tornou completamente vermelho, talvez estivesse lembrando-se daquele dia na sua casa.

— Eu acredito em você, Natsu, dês do primeiro dia em que entrei para a guilda — disse-me sorrindo fazendo com que minhas bochechas ficassem rubras.

(...)

Novamente a cena se alterou.

(...)

Aquele maldito havia a matado, minha raiva não tinha mais controle. As lágrimas ameaçam a escorrer por meus olhos vendo aquela situação. A marca rosa de Fairy Tail que a loira sempre amou e zelou não estava mais ali assim como seu braço direito, provavelmente causado por algo no futuro. Agora haviam duas pessoas amadas por mim chorando, sendo que ambas eram a mesma, confuso, mas por alguma razão o que acontecia à uma me afetava como se tivesse acontecido para a outra. Enquanto todos se debulhavam em lágrimas aquele desgraçado ameaçou atacar novamente e agora seria em cheio. Não aguentei. Dei um soco expondo toda minha raiva, minha frustração, minha tristeza na cara de Rogue, e obviamente o mesmo caiu no chão.

— Eu vou proteger o futuro — disse olhando-o enquanto as lágrimas não se continham mais e deslizavam por minhas bochechas. — EU PROMETO!

(...)

— LUCY! — gritei acordando suando frio. Agora tudo fazia sentido, os sonhos, quer dizer, lembranças, as madeixas loiras que me deixavam sem fôlego. TUDO.

Eu lembrava da minha promessa, lembrava da Fairy Tail. Lembrava de Lucy.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Merecemos reviews? Me desculpam por ter me atrasado?
Enfim... Até o próximo~ Vai ser interessante ç---------ç

Kissus,
Fuinha



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