O Escorpião E A Rosa escrita por Sue Almeida


Capítulo 30
Capítulo 30


Notas iniciais do capítulo

Oi oi, desculpem a demora!! Mas é que eu tenho exame segunda feira e tenho estudado feito uma louca! Mas para compensar aos meus queridos leitores eu tenho uma surpresinha para vocês no final do capítulo *.*
Boa leitura PotterHeads!



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Rose, estava há cerca de 10 minutos na torre da Corujas esperando Scorpius. Ele tinha-lhe pedido que ela o esperasse lá, naquela manhã durante a aula de poções. Lilly tinha a teoria de que ele a queria convidar para o baile. Rose ficou vermelha que nem um pimentão, mas negoe veemente essa hipótese, alegando que ela e Scorpius eram só amigos. Como se ele a fosse convidar a baile, com tantas garotas na escola. 

Quando Scorpius finalmente apareceu, trazia uma garrafa de Hidromel, provavelmente a tinha roubado da cozinha.

- Demorou, estamos quase na hora do recolher e daqui a pouco temos voltar as nossas.... – Começou Rose, mas parou abruptamente de falar ao ver que ele tinha nas mãos. – Onde arranjou isso?

- Na cozinha.

- Roubando coisas da cozinha Scorpius? Isso vai…

- Eu sei, eu sei.. vai contra as regras. E eu não roubei, pedi aos elfos... – Ele disse a puxando por um braço, e saindo da torre das corujas com ela.

- Onde vamos?

- Já verá.

- Para que é essa garrafa de hidromel?

- Para bebermos! – Ele disse sempre a puxando enquanto seguiam pelos corredores. 

- Você me chamou aqui para beber? Ainda por cima álcool! Se minha mãe soubesse!

Ele parou abruptamente e olhou para ela.

- Hey… relaxa! – Sorriu. – Você não devia ser tão viciada em regras as vezes. Relaxa um pouco e verá que passaremos uma noite agradável! Ta bom? 

Ela suspirou, encarando os olhos cinzas dele.

- Só se me prometer que o quer que você esteja planejando fazer não é muito errado.

- Prometo!

Ele voltou a puxa-la enquanto ela se debatia com um pensamento que ela tentava afastar a todo o custo. E se Lilly tivesse razão? E se ele fosse convida-la para o baile? O que diria ela? Uma coisa era serem amigos, outra completamente diferente era eles irem juntos ao baile. Mas porque é que ele a convidaria para o baile? E porque é que ela estava desejando que ele o fizesse? Ele era seu amigo, nada mais. Embora ultimamente eles andassem juntos demais para serem amigos, todos notaram. Sempre, que tinham tempo livre, eles estavam juntos, conversando sem parar, na torre das corujas ou em qualquer outro sitio, onde não os incomodassem. Toda a escola já havia notado a clara aproximação entre eles. Rose abanou a cabeça afastando esses pensamentos, Scorpius não arriscaria sentir nada mais além de uma amizade por ela, sabendo o pai que tem. Ele não era suicida. E ela também não devia ser! Eles eram só amigos e ponto final.

- Você está bem? – Ele perguntou repentinamente.

- Sim, porquê?

- Ficou calada de repente. – Ela demorou uns segundos para pensar numa desculpa válida, mas não conseguiu, quando viu que ele ainda segurava a sua mão. Ela sentiu-se corar, será que ele tinha noção de como estavam naquele momento? – Rose? – Ele a chamou preocupado quando ela não respondeu.

- Nada não, eu estava só aqui pensando.

- Em quê? - Ela voltou a corar, e dessa vez ele viu, o que fez ficar ainda mais corada, da cor dos seus cabelos, só com a perspectiva de como seria a reacção dele se soubesse o que ela estava pensando. Ao ver a rápida mudança de cores no rosto de Rose, Scorpius sorriu dizendo. – Tudo bem, não precisa contar.

- Onde estamos indo? – Ela perguntou novamente só para mudar de assunto.

- Já disse, logo verá.

- Estou curiosa… você podia me dar uma pista, me diga por fav…- Novamente ela parou abruptamente de falar ao ver que se estavam dirigindo para fora do castelo. – Socpius… Estou começando a desistir da sua ideia de relaxar! Para onde está me levando?

Ela tinha parado de andar, e puxar a sua mão da de Scorpius, cruzou os braços o encarando seriamente.

- Juro que não vou fazer nada que seja contra as regras. – Ela levantou o sobrolho. – Ok, talvez seja um pouquinho contra as regras, mas… juro que não é nada que nos faça ser expulsos.

- Está me levando para fora do castelo, já está de noite… o que pretende?

Ele olhou para ela e depois arregalou os olhos.

- Não pretendo de violentar, entendeu? – Ele disse parecendo ofendido.

- O quê? Eu não disse nada disso! – Ela exclamou se sentindo ultrajada por ele achar que ela pensava algo assim dele. – Só digo que está tarde e está quase na hora do recolher. – Ela disse num tom amarga, sem olhar para ele ainda de braços cruzados. Ele suspirou, as vezes era tão complicado lidar com o génio difícil de Rose.

- Rose, não vamos discutir outra vez né? Eu já estava me acostumando com você sendo simpática comigo o tempo todo! - Ela continuou sem olhar para ele, com os braços cruzados olhando para o lado e com o narizinho empinado. Ele suspirou novamente passando a mão pelos cabelos, decidindo se render. – Ta, tudo bem. Desculpa! – Embora ele não soubesse de que estava se desculpando. – Vamos?

- Só se me disser onde estamos indo. – Ela disse olhando para ele, embora ainda estivesse séria. Ele revirou os olhos vendo que não tinha hipóteses.

- Para o Lago Negro! Satisfeita? Agora estragou a surpresa! – Ele disse emburrado.

- O que é que você quer ir fazer ao Lago Negro agora a noite?

- Essa é a outra parte da surpresa, não vou dizer. – Ele disse dando um sorrisinho e estendendo sua mão novamente. – Vamos?

Ela o olhou desconfiada, mas a curiosidade estava corroendo-a, então deu-lhe a sua mão e juntos saíram do castelo. Andaram por cinco minutos, e logo estavam no Lago negro. Ele se sentou no chão e olhou para ela fazendo-lhe sinal para ela fazer o mesmo.

- Pronto, e agora? – Ela perguntou olhando para o lago, novamente se perguntou se ele a convidaria para o baile, mas rapidamente ela afastou essa ideia da cabeça. Ele se endireitou e ficou de frente para ela. Pegou sua varinha e conjurou dois copos. Ela o olhou meio desconcertada, enquanto ele enchia os copos de Hidromel. – Você sabe que isso é álcool não sabe?

- Relaxa. – Ele repetiu entregando um copo a ela. Depois ergueu o seu copo no ar, ela confusa fez o mesmo, e ele bateu o seu copo de leve no dela, fazendo um brinde. E depois levou o seu copo a boca, ela fez o mesmo, sempre o olhando. Ele estava estranho, mais uma vez a ideia do baile passou por sua mente.

- O que estamos festejando? – Ela perguntou. Ele ficou alguns segundos em silêncio.

- Hoje é 20 de Outubro.

- Eu sei, mas…

- Aniversário da morte do meu avô. – Ele disse sempre olhando para ela. Ela ficou sem reacção por alguns momentos, sem saber o que dizer, ou o que fazer. Eles não estavam festejando coisa alguma, ela só queria tentar dizer alguma coisa, mas parecia que a sua voz tinha sumido. Ao ver o desconforto dela ele se levantou ficando de costas para ela. – Desculpa… eu não devia ter tido essa ideia idiota. Partilhar uma coisa dessas com você eu…

- Não… Não tem problema. – Ela disse ainda sentada. - Eu só, fui pega de surpresa. Fico, lisonjeada por ter decidido partilhar isso comigo.

Ele ainda estava de costas para ela, se debatendo consigo mesmo, o que deu nele? Todos aqueles anos, passando a data da morte do seu avô, sozinho em Hogwarts. Nunca tinha dito a ninguém, nem a Jonh, nem a Clint. Porque decidira partilhar aquilo com Rose? Ainda por cima algo assim.

- Desculpa Rose… eu não sei o que me deu para querer fazer isso. É que, todos esses anos. Eu passava essa data sozinho, porque estando em Hogwarts, mais ninguém sabe dela, só meus pais, mas eles estão longe. E vejo em você uma grande amiga, por momentos pensei… que podia finalmente partilhar com alguém, o vazio que eu sinto. Mesmo sabendo que ele não era a melhor pessoa do mundo, que fez coisas horríveis, que morreu em Azkaban com um beijo do Dement..- Ele parou abruptamente de falar, não queria dizer a última parte. Olhou para Rose que o encarava preocupada.

- Scopius. – Ela disse se levantando e tocando no braço dele, ele olhava agpra para o chão. – Não se preocupe, não foi uma má ideia! Eu quero que você partilhe sempre momentos desses comigo.

Ele levantou a cabeça e ela encarou os olhos cinza dele, ficou desconcertada ao velos marejados, tristes. Ela o abraçou, sem saber que mais dizer.

- Obrigado. – Ele disse, sentindo o cheiro dos cabelos dela. Sentiu-se extasiado, como se ela fosse capaz de preencher qualquer tipo de vazio que houvesse dentro dele. Não quis que aquele abraço acabasse nunca. Apteceu-lhe tocar o rosto dela e beija-la. Assustou-se com isso, com esse desejo, afastou-se dela antes que cometesse alguma loucura. Ela puxou-o pela mão e voltaram a sentar-se no chão. Ficaram em silencio por um bom tempo, bebendo o hidromel.  

**

Naquela noite foi colocado no placar de cada salão comunal das casas de Hogwarts o seguinte papel.

Regras para o baile!

 - Alunos do primeiro, segundo e terceiro ano não são permitidos a ir ao baile.

- Alunos com detenções não irão ao baile.

- São necessários três voluntários de cada casa para ajudar na organização o baile.

- Os alunos podem mascarado ou não!

- Os alunos que quiserem se voluntariar têm que falar com o chefe da respectiva casa.

- Como assim só podem ir alunos a partir quarto ano?! – Reclamou Hugo.

- Isso é injusto! – Disse Lilly. - É discriminação!

- Porque nós não podemos ir? – Perguntou Louis.

- Porque são as regras! Sempre que houve bailes em Hogwarts, só alunos a partir do quarto ano é que vão! – Disse Victoire. 

- Que Droga! – Reclamou Lilly emburrada.

- Façam uma maratona de Xadrez Bruxo para se entreterem na noite do baile. – Disse Abus. – Oh… esqueci… o Hugo não sabe jogar!

No minuto seguinte Albus saiu correndo com Hugo no seu encalce.

- Nem acredito! – Disse Lilly se sentando lado de Dominique que estava meio distraida. – Até já tinha escolhido o meu disfarce. Era tão lindo, era perfeito e agora vou ter que cancelar. Ei, Dominique, você está me ouvindo? – Mas a garota continuava aérea. Lilly estalou os dedos a sua frente. – Dominique!

- O quê? – Ela resmungou dando um suspiro cansado.

- O que você tem?

- Nada!

- Como nada? Você está assim há mais de uma semana! – Disse Lilly. Era verdade, desde aquela noite em que sentiu vontade de pular no pescoço de Melanie quando a viu beijar james, Dominique estava preocupada. Real motivo para isso? Eram os sentimentos confusos que a assolavam já a algum tempo. Ela não queria sentir aquilo, nem sabia o que sentia. Estava muito bem antes de perceber como o James ficava lindo quando sorria, ou como ele era lindo de todas as maneiras, como o cabelo dele era desalinhado especialmente na parte da frente! Não podia ser, eles eram primos, aquilo não estava certo. – Dominique! – Gritou Lilly ao ver a prima distraída mais uma vez.

- Lilly, você alguma vez… gostou da pessoa errada? – Lilly fez uma careta confusa.

- Eu nunca gostei de ninguém… Porquê? – Dominique se levantou suspirando, Lilly não era a pessoa que iria ajuda-la quanto a aquilo. Ela precisava de alguém racional, que a fizesse ver a razão e ignorar a vontade de passar horas e horas na enfermaria com James. Ela precisava de Rose.

- Onde está a Rose? – Ela perguntou.

- Onde não sei, mas está com o Malfoy. – Disse Victoire com os olhos brilhando.

- Ultimamente ela está sempre com ele! – Disse Hugo que acabara de chegar ao pé deles.

- Deixa ela Hugo. – Disse Victoire. – Eles ficam tão bem juntos.

- Não! – Disse Hugo. – Eles ficam é mortos juntos, se o meu pai ou o pai do Malfoy descobrem.

- De qualquer maneira, quando ela chegar digam que eu preciso dela. – Disse Dominique subindo as escadas do dormitório.

- O que é que ela tem? – Perguntou Ted.

- Não sei! – Disse Victoire. – Passei a semana toda perguntando isso, e ela apenas me responde com um ‘’nada’’.

**

Rose e Scorpius estavam deitados na relva olhando para o céu estrelado, Rose já não estava dando a mínima se estava quase na hora do recolher ou não. A companhia de Scorpius era tão agradável que tudo o resto não importava.

- Falta uma semana para o baile. – Ela disse, mas logo se arrependeu, pensando que ele podia entender aquilo como um incentivo para que a convidasse para o baile. Novamente ela sentiu-se corar. Felizmente estava escuro e Scorpius estava olhando para as estrelas. Ele, por sua vez, ao ouvir aquelas palavras se lembrou em como Jonh passara a semana toda o chateando dizendo ‘’ Você está morrendo de vontade de convidar a Weasley para o baile’’. Scorpius ficava ainda mais preocupado ao perceber que o amigo tinha razão, mas não  podia ser. Aquela vontade de a beijar que ele sentira antes, aquela vontade em saber se ela iria mesmo com ele ao baile. Que merda estava acontecendo com ele? Era para ser só uma amizade, ele não podia estar sentindo aquilo. Se sua amizade com ela ia contra tudo, o que estava começando a sentir, ia ainda mais, contra tudo o que lhe ensinaram, contra toda a educação do seu pai. Contra o que ele insistia em tentar se lembrar, que eles eram só amigos, mas seu coração teimava em rejeitar, não… ele não sentia só amizade. E se ela já tivesse um par?

- Você… já tem par? – Ele disse sem olhar para ela. Não queria que ela visse que ele estava envergonhado.

- Não. Quem me convidaria? Uma sabe-tudo irrit…

- Você não é isso! – Ele a interrompeu olhando para ela. – Você simplesmente é inteligente, inteligente demais para ir para o baile com um desses idiotas que só sabem olhar para rabos e pernas e outros atributos, além disso você, além de inteligente, é bonita, tem uns olhos lindos, seus cabelos ruivos são perfeitos e… - Ele parou abruptamente de falar ao perceber o que estava dizendo, se levantou ficando sentado procurando algo para dizer, ela também sentou, o olhando, desejando que ele continuasse com os elogios.- Desculpa, eu…- Ele não teve tempo de terminar, Rose fez o inesperado, tanto para ela quanto para ele, quando deu por si tinha seus lábios colados nos de Scorpius. Ele correspondeu, passou as mãos pelo rosto dela puxando-a mais para si, se sentindo flutuar, sentindo o cheiro de Rose se fundindo com o seu. Quando se afastaram, só então Rose pareceu perceber o que tinha feito. Se levantou atrapalhada, sem olhar para ele.

- Me desculpa. – Ela disse e saiu correndo em direcção ao castelo, deixando-o confuso, feliz, extasiado. E principalmente, assustado, porque o que acabara de acontecer era isso mesmo, assustador. Num caso como deles, tudo podia acontecer, menos aquilo. Então, se era tão errado assim, porque ambos gostaram tanto?


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Notas finais do capítulo

AIIIIIIIIIIIIIIII QUEM ME DERA SER A ROSEEEEEEEEEE! Ok, parei!
E aí, eu vou entrar em modo chantagista, só posto o proximo quando chegar nos 200 reviews, vamos lá fofinhos, não custa nada! Além disso é tarefa facil! Quem quer ler minha nova fic?
O HERDEIRO DAS TREVAS http://fanfiction.com.br/historia/388253/O_Herdeiro_Das_Trevas/