Acordei só na hora de ir pra escola. Não sei como! Não sou muito de dormir. Sonhei com o Joey...

     Desci pra cozinha e meu pai estava arrumando a mesa pro café

- Que carinha é essa filha?

- Nada não pai.

     Droga, o primeiro horário é do Joey. Por que Deus, por quê?

     Comi, me vesti e escovei os dentes. Não corri pra chegar na escola, estava torcendo pra chegar atrasada. Cheguei 10 minutos antes da aula, daora. Eu não posso matar aula, eles ligam pro meu pai, e meu pai viu a hora que eu saí.

     Joey entrou na sala e meu coração disparou, ele olhou diretamente pra mim, deu um sorrisinho e deu bom dia pra turma. Hayley percebeu tudo, veio tirar satisfação comigo na hora.

- Conta. Tudo. Vaca.

- Quero prestar atenção na aula, no intervalo eu te explico tudo.

- Não, agora.

- Tá. Chata. Ele me convidou pra ir almoçar na casa dele, eu aceitei e a gente fez um pouco mais que um almoço.

- ESPERA, VOCÊS TRANSARAM? - Hayley quase gritou.

- Não, louca. Rolou só uns beijos, nada a mais.

- E meu irmão?

- Não esqueci ele, ele é bem mais que o Joey, já está se tornando algo especial.

     Joey ouviu isso, saiu da sala na hora. Antes de ele fechar a porta, falei:

- Professor, posso ir ao banheiro? - Ele permitiu. Invez de eu ir ao banheiro, fui falar com ele. Joey disse que ficou com ciúmes, e disse que não podia acontecer mais nada. Caiu uma lágrima fina do meu olho. Joey limpou a lágrima e na hora apareceu a professora de literatura, que tinha uma quedinha por ele. Ela saiu correndo pra quadra, ninguém ia lá. Joey correu atras dela, parou no meio do corredor, olhou pra mim e eu fiz uma cara de ''Sério? Ela?" ele deu meia volta e voltou pra sala. Sentei na minha cadeira e dormi na mesa, não queria mais olhar pra ele.

     Nem percebi a aula passar, acordei já estava no ultimo horário, faltava 15 minutos pra acabar a aula, ainda era de literatura.

Saí da sala com a Hayley e esperei o Jeremy chegar pra busca-la. Ele demorou uns 40 minutos. Dei um abraço nele e na Hayley e fui pra casa.

     3 horas depois, o Jeremy me ligou, me chamando pra ir tomar um sorvete na praça. Chegando lá meu coração disparou, ele estava com uma blusa social preta, calça jeans azul, um all star preto e o cabelo bagunçado. Eu nem me arrumei direito, estava com um vestido azul floral, um creeper branco e um colar de cruz dourado.

- Fiquei sabendo de você e seu professor... - Meu coração quase pulou, não sabia o que falar.

- Não foi nada sério. Você é muito mais importante.

Ele sorriu e deu uma colherada no sorvete.

- Mas por que você fez isso?

- Foi puro impulso, sério. Eu realmente não queria ter feito isso.

- Hum...

     Dei um selinho nele

- Tá com ciumes?

- To.

- Awn, fofo!

     Dei um sorrisinho. Meu celular começou a tocar, era a Hayley. 

- Desliga.

- Por quê? Tá bravo com sua própria irmã?

- É. Desliga.

     Desliguei o celular e continuei olhando pra ele.

- Você tem hora pra chegar em casa, El?

- Não

- Você pode dormir lá em casa? - OI?! Levei um susto.

- P-posso...

     Meu Deus, a gente se conhece há 1 semana e ele já tá me chamando pra ir dormir na casa dele? Como assim, Bial?

Ele me deu um beijo, daqueles calorosos mesmo, até me arrepiei.

•••

     Chegando na casa dele, cocei os olhos pra ver se era verdade, era um apartamento triplex, com elevador dentro dele, branco, com enfeites de vidro e prata. Era tudo prateado e branco, chegava a doer os olhos.

- Não repara na bagunça.

- Que bagunça?

     Ele riu e subimos para o quarto dele, era todo branco também, com uma cama verde claro e uma escrivaninha da mesma cor da cama.

- JEEEEEEEEREMY

     Levei um susto e identifiquei que aquela voz era da Hayley. Ouvi passos de alguém correndo, ela chegou no quarto e deu um grito

- COMO VOCÊ NÃO ME FALA NADA? QUE RAIVA. - Bateu a porta e foi pro quarto dela.

- Louca. - Disse Jeremy.

     Deitei na cama dele. Era de king size, gigante. Ele "caiu" em cima de mim, me dando um selinho. Sorriu e me deu outro beijo bem caloroso, colocou a mão na minha cintura e subiu um pouco da minha blusa, tirei a mão dele de lá e desci minha blusa. Ele deitou do meu lado e eu encostei minha bochecha no peito dele e fechei os olhos. Dormi. Que nem um neném.

•••

     Já era 9 da manhã quando acordei, Jeremy não estava mais na cama. Desci pra sala e senti uma mão na minha cintura e uma voz sussurrando no meu ouvido.

- Bom dia, El.

- Bom dia.

- Quer comer algo? O café tá na mesa.

     Fomos pra cozinha. Era gigante! Toda preta, linda, o sonho de qualquer dona de casa.

     Coloquei uma fatia de queijo e de presunto em um pão francês fresquinho. Jeremy pegou uma jarra de suco de laranja na geladeira e colocou em um copo de vidro esverdeado. Me deu um selinho e foi buscar uma toalha pra secar o cabelo molhado.

- Quer fazer o que hoje?

- Não sei... Lançou um filme hoje, quer ver?

- Hmmm, aquele com o Tom Cruise?

- Ele mesmo.

- Pode ser.

     Me deu um beijo e pegou uma caixa de cereal na dispensa.

- Bom dia pombinhos. - Disse Hayley, entrando na cozinha em passos pesados - Usaram camisinha?

     Jeremy deu uma gargalhada.

- Não aconteceu nada, macaca. - Disse Jeremy com algumas gargalhadas

- Acho bom.

- A gente vai pro cinema mais tarde, não quer chamar aquele seu peguete não macaca?

- Não. To com febre, podem ir.

- Ok, melhoras, minha macaquinha. - Disse Jeremy dando um beijo na testa de Hayley.

- Te amo, leãozinho.

- Rawwwr. Te amo também, macaca.

•••

- Que sessão? A de 17 horas? Pode ser? São 16:37.

- Por mim tudo bem. - Disse eu, pegando minha bolsa da mesa que estávamos.

     To com a leve sensação de que esse dia será perfeito. Meu atropelador, meu ator favorito e pipoca. Dei um abraço nele.

J: - Posso te falar uma coisa?

- Fala

- Eu te amo.

     Senti meu coração bater mais forte, meu sangue circular 70x mais rápido, borboletas no estômago, tontura. Socorro, o que eu falo?!

- M-mas... - Fui interrompida com um beijo dele. Entramos na sala do cinema e ele me beijou, ficamos um bom tempo se beijando. Ganhei mais tempo pra pensar.

J: - Olha, eu sei que aconteceu tudo tão rápido, mas eu me sinto tão bem com você. Sinto meu estômago voar quando te vejo.

- Bom, se for assim, eu te amo pra caramba. Mas, meu pai ia te matar se você me pedisse antes de pedir pra ele.

•••

- Bom, vou pra casa Jerm, tchauzinho. - Dei um beijo nele

- Não. Eu vou te deixar em casa.

- Não precisa, é só descer a rua.

- Não. Eu vou te deixar lá.