MARLENE MCKINNON

Assim que Lily veio na minha direção, eu logo imaginei que ela me contaria o que estava acontecendo e principalmente se me explicaria o que diabos ela estava fazendo com James. Engano meu porque na verdade o que ela fez foi tentar me enrolar, aposto que o que ela queria era me distrair por um tempo até planejar uma história com Jay e teria funcionado se eu não fosse Marlene McKinnon.

Deixei, ao menos por enquanto, ela escapar de minhas perguntas, mas não ia deixar barato e quando voltei ao nosso dormitório, fui logo acordando todo mundo de uma forma bem carinhosa, e deixei bem claro que hoje o dia não ia ser fácil pra ninguém, dei um ultimado dizendo que voltaria em meia hora e se não as encontrasse já vestida o bicho ia pegar.

Depois de podar terror para minhas queridas amigas fui ver por onde meu “Love” se encontrava.

–Bom dia garotos.

Cumprimentei assim que os encontrei.

–Iaí Lene.

Responderam.

–A Lily não está com você?

Brad Perguntou.

–Não ela ainda está lá encima, ei bem que você poderia fazer uma surpresa a ela e esperar do lado de fora da Torre da Grifinoria.

Respondi tentando me livrar dele.

–Boa ideia, valeu.

E saiu em disparada.

–Ele sabe onde fica a torre da grifinoria?

Questionou Simon.

–Ops! Acho que me esqueci de dizer onde era. Que cabeça essa minha.

Simon me encarava sorrindo.

–Você é má, Marlene McKinnon.

–Pode me chamar de Lene. E deixa ele correr, quanto mais cansados conseguirmos deixá-lo melhor, afinal jogo é jogo.

–Mesmo assim o jogo é só próxima semana.

–É mais seria um azar e tanto se de tão cansado ele possa, sei lá cair da escada ou falar alguma coisa feia para os professores.

–Tem toda razão.

Mas nossa conversa foi atrapalhada pela nojenta da Miranda Deskjet.

–Simon querido, o Steve Wellm pediu para te procurar.

–Eu já estou indo, só estou batendo um papo com a lene.

–Ah! Desculpe nem ti vi aí Lene. Vamos Simon?

–Ok, Agente se vê por aí Lene.

–Tá.

Isso não vai ficar assim, se essa vadia da Deskjet acha que vai conseguir pegar o Simon, só porque a outra vadia da amiga dela da pegando o Steve, ela está muito enganada.

–Oi Lene, soube que brigou com a Lily.

Sirius disse me tirando de meus devaneios, começamos a conversar e ele deixou bem claro que também sabia que nossos dois melhores amigos estavam ficando e que queriam nos enganar, e como não somos bestas nem nada resolvemos dar o troco, ou seja, Lílian e James tomem cuidado porque a dupla Sirius&Lene entraram na jogada.

Sirius saiu antes para que ninguém nos visse conversando e assim que ele desapareceu, Brad tinha voltado.

–Lene, onde fica a torre da grifinoria?

–Não posso te dizer, é contra as regras. Sinto muito.

–Ok, eu queria tanto fazer uma surpresa pra Lily.

Ele disse com uma cara de cachorro abandonado que amoleceria o coração de qualquer uma, mas como eu estava com raiva aproveitei da situação e coloquei meu plano em ação.

–Brad, eu te acho um cara legal e torço demais para que fique com a Lily, mas acho que devo de avisar que o James só desistiu dela, porque tem outro cara que está gostando muito dela, um cara que nem o James quer disputar.

–QuÊ?

–Isso mesmo e se quer mesmo ficar com a Lily vai ter que disputar o amor dela com um cara que nem James Potter consegue derrotar.

–Serio?

–É, olha eu não posso te disser quem é, porque prometi para ele, mas eu vi que gosta muito dela e não poderia deixar um amigo do Simon se magoar.

–Obrigado Lene, eu acho melhor eu retirar meu convide a ela né?

–Aí é contigo. Eu te disse o que tem que enfrentar, se quer ou não enfrentar a decisão é tua.

–Valeu Lene de verdade, se quiser alguma ajuda com Simon pode pedir a mim ok.

–Obrigada, mas agora tenho que ir, acho que as garotas ainda estão dormindo e sou uma boa amiga vou ter que acordá-las. Até mais Brad.

–Até.

No dormitório as meninas já estavam todas arrumadas, assim que íamos saindo para tomar café Lily me chama:

–Lene podemos conversar um pouco, antes de irmos?

Alice e Dorcas saíram antes mesmo que eu pudesse responder.

–Lene sobre hoje eu queria explicar.

–Não está com sono? Ou quer tirar um cochilo?

–Lene, qual é?

–Relaxa Lily, eu só vou tomar café, depois nós conversamos.

E assim a deixei no quarto, mas ao que parece eles haviam planejado bem, porque ao descer as escadas vi que James me esperava.

–Lene, nós vamos de explicar que foi que você viu hoje de manhã.

James me disse.

–Está bem, quer saber expliquem logo, mas rápido estou com fome.

–FOI uma aposta.

James disse na lata.

–Uma aposta?

Perguntei deixando bem claro que não estava acreditando.

– James e eu resolvemos fazer uma pequena aposta...

–Tudo começou quando eu e Lily estávamos tendo um discursão sobre sei lá o que. E chegamos nessa aposta de que se um de nós fingíssemos levantar de madrugada e for ao encontro do outro, fingi que nós estamos nos dando bem...

Ele começou a explicar.

–Vocês iriam acreditar que estávamos juntos. Como se eu pudesse ficar com esse, cabeça de lesma.

–E eu com essa cabelo de fogo.

Aí começaram a discutir e como o planejado fingir acreditar na discursão deles...

No café me surpreendi ao notar que a farsa de James e Lily não era tão boa assim de vez em quando eles se encaravam e davam um singelo sorriso, que em qualquer outro dia passaria batido, mas hoje não é qualquer outro dia.

Sirius assim como eu os observava, os outros por sua vez não percebiam e conversavam entre si; Alice e Frank conversavam sobre as férias; Lily, Dorcas e Michelle conversavam sobre aulas e quadribol.

Sirius foi o primeiro a levantar e depois de um tempo fui atrás dele.

–Sirius espera.

–Aqui não, vem.

Disse me levantado a uma sala vazia.

–Ela já te contou uma desculpa ou ainda está te fazendo de besta.

–Ela não estava me fazendo de besta e sim eles dois disseram uma história sobre aposta, para falar a verdade não entendi muito bem.

–Mas você fingiu acreditar né?

–Claro Sirius, acha que eu sou uma idiota ou o quê.

–Eu estava pensando em um plano, que tal se nós...

(-Depois que contei meu plano super hiper mega incrível)

–Marlene McKinnon quem diria que essa cabecinha poderia produzir um plano tão maligno quanto esse.

–Eu sei, eu sei, eu sou demais.

–Mas se eu chegar e falar eles não vão desconfiar?

–É claro que vão por isso que este plano requer um pouco de paciência. Primeiro você vai se aproximar mais ainda dos dois e começar a questiona-los sobre os sentimentos que eles podem ter pelo outro, você vai ter que ser um pouco mais carinhoso e principalmente para de galinhar...

–Quê????

–Vai ser só durante o plano

–Mas Lene eu tenho uma reputação a zelar.

–Quer se vingar tu James e da Lily sim ou não?

–Sim, mas...

–Mas nada, esse é o plano e o senhor vai seguir, e se der alguma escapada eu corto seu Siriuzinho fora, Está claro?

–Aham.

–Ótimo...

JAMES POTTER

Marlene, não sei como, acreditou na história meio louca que a Lily inventou, passado o susto o café até que foi tranquilo, na verdade a manhã foi tranquila, o trabalho começou no meio da tarde, durante os treinos da equipe de quadribol.

Sirius e Marlene eram nossos artilheiros, Simon e Marvel eram nossos batedores, Ferdinand era nosso goleiro e eu obviamente sou apanhador. Sirius e Lene já jogavam juntos desde o 2º Ano, Simon entrou no time ano passado, Marvel e Ferdinand eram os novatos.

Observando o time de quadribol desde ano vi que tínhamos boas chances de levantar a taça esse ano, o que era tudo que eu desejava, já que esse seria meu último ano em Hogwarts.

No treino comecei trabalhando o goleiro, que era o mais novo, deixei Lene e Sirius treinando com ele, que defendeu boa parte das bolas.

Simon e Marvel, principalmente Simon estava bem distraídos com a torcida feminina que estava na arquibancada. Depois que já estávamos cansados, passei a tática que usaríamos no jogo contra Lufa-Lufa (que era próxima semana).

No vestiário como sempre eu fui último a sair, mas desta vez Sirius me esperava.

–Veado eu quero falar contigo.

–Sirius quantas vezes eu já disse que é cervo?

–Desculpa, é força do habito (Sirius Black o Almofadinhas meu quase irmão acabou de me pedir desculpas? Algo cheira estranho).

–Cara você tá ok?

–Estou, é só que... eu queria sabe... é ... quer saber esquece.

Ele falou já saindo do vestiário me deixando curioso.

O resto da tarde passou “normal”, pois mesmo estando ainda no início do ano, já havia começado a disputada de quem herdaria o trono dos marotos, embora sinceramente eu temesse que nossos substituídos demorariam pra chegar em Hogwarts.

Depois de conta aquela história para Lene só fui ver a Lily novamente na sala comunal da grifinoria após o jantar, e nem pude conversar com ela, pois ela estava rodeada de garotas, troquei olhares com ela antes de subir ao meu quarto e com minha capa da invisibilidade em mãos fiquei aos pés da escada (que levava ao dormitório) admirando-a.

Mas logo Sirius apareceu e mesmo (imagino eu) sem saber o que eu estava sob a capa, sentou ao meu lado, e como ficou admirando o montinho de garotas onde minha Lily estava. O que me fez sorrir ao pensar que meu amigo também estava apaixonado.

Como estava ficando um pouco tarde deixei Sirius admirando sua amada e resolvi tirar um cochilo antes da aventura de mais tarde.

–James, posso falar contigo.

Rabicho me perguntou saindo debaixo de seu cobertor.

–Ei nem vi que estava aí.

–Eu estava dormindo.

–Como sempre.

–James o que você acha desse tal de... Você-sabe-quem.

–Sinceramente?

–Aham.

–Eu acho que ele é um idiota.

–Você não se uniria a ele?

Perguntou.

–Preferiria mil vezes morrer ao me aliar com um perturbado como ele. Mas porque perguntas sobre ele?

–Curiosidade, quero saber o que meus amigos pensam.

–Não se preocupa tampinha.

Digo passando as mãos em seu cabelo

–Se ele ousar desafiar os marotos eu te garanto que nós vamos acabar com ele.

–Será que a gente pode com ele?

–Então morreremos tentando.

–Morrer tentando não é um exagero?

–Eu acho que não.

–Morte não é algo que eu admire, James.

–E quem é o doido que gosta de morte. Eu só queria dizer que se Voldemort...

Rabicho fiou um pouco nervoso a escutar esse nome

–Mexer com os marotos eu acho que nós iremos lutar contra ele.

–Mas James...

–Rabicho será que podemos continuar essa conversa depois é que estou morrendo de sono.

–Claro. Eu vou ver se consigo alguma comida com os elfos.

Em cima da cama tinha um bilhete

James

Hagrid disse que quer falar conosco, domingo ás 18:00.

–Você sabe quem.

O bilhete obviamente era da Lily, mas o que mexia com minha cabeça era saber porque diabos Hagrid queria falar conosco, mas como o cansaço e o sono eram grandes nem passei muito tempo preocupado com isso. E fui logo dormindo. Sendo acordado mais tarde por Sirius.