Second Chance escrita por T Phoenix


Capítulo 1
O início de tudo


Notas iniciais do capítulo

A história de Emma e Remy começou muito tempo antes de seus pais nascerem. A única pessoa que sabia e que notou a semelhança foi Rumple.
Tudo começou com uma mera citação na minha fanfic (link abaixo). mas decidi fazer com que fosse oficial essa ligação delas com o Soldadinho de Chumbo. Boa leitura.

Fanfic Uma Realidade Mágica:
http://fanfiction.com.br/historia/340821/Uma_Realidade_Magica/



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Rumple’s POV:

Eu vi muitas coisas ao longo da minha vida, mas nunca acreditei em segunda chance, nem mesmo em reencarnações. O que está morto está morto, deve continuar assim.

Mas o que vi em StoryBrooke, um lugar bem além dos meus domínios de Senhor das Trevas, me fez começar a repensar os meus conceitos. Acredito que vocês se lembrem da jovem garota forasteira que apareceu por aqui com a famosa Emma. Mas garanto que nenhum de vocês se lembra dela como eu.

As pessoas distorcem demais as coisas nesse novo mundo em que vivo. Permitam-me contar uma pequena história. A verdadeira história por trás de um triste conto sem final feliz.

Há muitos anos atrás, era dia de comemoração na casa do jovem Estevão. Era seu aniversário de doze anos. Um dos presentes que ele mais gostou foi o conjunto de soldadinhos de estanho que o pai, um homem simples e pobre, conseguira lhe comprar. O garoto adorava as histórias de seu pai, que havia lutado em algumas guerras pelo reino. Ao mesmo tempo que temia, o rapazinho ansiava pela batalha.

Ele dispôs os soldadinhos enfileirados, em guarda, diante da janela de seu quarto, como uma forma de proteção. Todos os vinte e cinco soldadinhos lado a lado. O último que Estevão tirou da caixa estava defeituoso. O pequeno homenzinho tinha uma única perna. O jovem rapaz então o trocou de lugar, colocando seu soldadinho especial exatamente no meio de todos os outros.

Acho que meus leitores já devem ter notado onde quero chegar, mas caso ainda não tenham descoberto, faça-se uma conta matemática fácil e rápida. Doze soldadinhos para cada lado, um número exato de vinte e quatro. Mais o soldadinho, exatamente no meio, que seria o vigésimo quinto, ocupando exatamente o décimo terceiro lugar. O número 13. Fascinante, não é?

Continuando, Estevão dormia no mesmo quarto que a irmã menor, Rosalina, de aproximadamente oito anos. A menina, como toda criança, adorava brinquedos, porém com a pobreza dos pais, não tinha nenhuma boneca verdadeira, feita de madeira e tecidos. Mas sua mãe era uma mulher muito talentosa e, certa vez, fez-lhe uma pequena e delicada bailarina em um pedaço de papel, que a garotinha deixava pendurada em uma madeira ao lado de sua cama.

Naquela primeira noite dos brinquedos em frente à janela, o pequeno soldadinho quebrado, de frente para a bela bailarina, ganhou consciência. Ele apoiou-se sobre o arco que trazia no ombro e observou a pequena dançarina de papel enquanto ela rodopiava, bailando pela ação do vento.

Ele acreditava que aquela bela figura que via era como ele, alguém com uma única perna, considerada um defeito, algo fora do comum. Ele apaixonou-se por ela, um amor platônico. Acho que vocês já sabem dessa história.

O que vocês não sabem é que eu conheci aquele pequeno cabeça oca. Estava passando por ali, pela floresta próxima a casa, quando vi aquele pequeno boneco se movendo na janela. Ora, aquilo me deixou muito curioso. Me aproximei.

(Rumple) – Ora ora, o que temos aqui.

(13º Soldado) – Olá senhor. – Ele me cumprimentou e continuou a observar a pequena dançarina.

(Rumple) – Um boneco falante. – Olhei seus imóveis companheiros. – Como?

(13º Soldado) – O amor me despertou, senhor. Mas apenas durante a noite. Longe da vista dos humanos.

Eu não pude deixar de soltar uma risada irônica com aquele comentário. O amor o havia despertado para quê?

(Rumple) – É melhor parar de olhar esse pedaço de papel sem vida.

(13º Soldado) – Desculpe-me, senhor, mas nunca conseguirei deixar de olhar para ela.

(Rumple) – Pelo visto, é um ser vivo, mas não inteligente.

(13º Soldado) – Tenho esperanças que meu amor a desperte.

A risada se fez presente outra vez, uma mente ingênua em um corpo de estanho. Esse era mesmo um reino de surpresas interessantes para os olhos.

(Rumple) – Eu lhe avisei, brinquedo.

Deixei-o assim que vi a luz de uma vela se aproximar do quarto das crianças. O pequeno soldado tomou formação e se paralisou. A mãe das crianças entrou para cobrir os filhos e fechar a janela que deixava entrar o vento frio da noite. O brilho daquela chama refletido no corpo de estanho do brinquedo deu-me uma ideia genial.

A mulher se retirou e continuei ali, observando o boneco ganhar vida outra vez, admirando a beleza da, agora estática, bailarina. Aquele soldado era uma afronta à minha sabedoria sobre a magia. Como um brinquedo comum e defeituoso poderia se apaixonar e ganhar vida por meio desse amor?


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Comentários, críticas, elogios, sempre bem-vindos.



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