CAPÍTULO 1

O monótono céu nublado de Londres enfim brilhava naquela manhã de terça-feira. Hermione, casada com Ronald Weasley há 15 anos, estava na cozinha de sua casa, preparando o café da manhã de seus dois filhos, Rosa e Hugo. A filha descia rapidamente as escadas. Com certeza, iria apanhar as cartas, como sempre fizera todos os dias. Rosa sempre fora uma ótima garota; bem educada e também muito inteligente, algo que herdou da mãe. Dentre o bolo de cartas, uma, felizmente, estava destinada a ela. Abriu-a.

A garota se emocionou ao ler aquela frase, provavelmente a mais importante de sua vida. Logo, foi ao encontro de Hermione na cozinha.

- Olha mãe... - Mostrou-lhe a carta, enquanto tentava aguentar a explosão de felicidade.

- Rosa, que maravilha! - Exclamou. - Fico feliz que vá estudar em Hogwarts. - Completou, feliz pela filha. - Agora sente-se e tome logo seu café... - Falou carinhosamente, dando um beijo na testa de Rosa. - Eu já volto. Vou acordar seu irmão.

Hermione subira as escadas para acordar Hugo, o caçula da família. O menino de cabelos ruivos sempre implorava mais "onze minutinhos", e é claro, ela concedia. Tinha muito amor pelo filho. Quando desceu, Rony já se encontrara sentado ao lado de Rosa, tomando o café. A garotinha sussurrava feliz a notícia ao pai.

- Pelo que estou vendo já deu a boa notícia ao seu pai, não é?

- Claro que sim! - Exclamou Rony, olhando para filha. - Hoje é um dia importantíssimo para nossa família...

- Rosa, a tarde iremos ao Beco Diagonal comprar seus materiais... - Falou Hermione, sentando-se na cadeira da mesa para também tomar o café ao lado da família. - Ainda me lembro da primeira vez em que estive ali... Foi fantástico! - Concluiu.

O barulho na escada indicava a chegada de Hugo naquele local. O menino era extrovertido e adorava animar a família. Parecia-se muito com o pai. Ele abraçou carinhosamente a mãe, e sentou-se ao lado da mesma, que já entregava-lhe o tradicional leite achocolato, sua única comida trouxa predileta. Rony gargalhou ao ver o caçula beber aquilo com tando prazer.

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Na casa da família Potter a situação não era diferente. Harry estava bastante feliz pela entrada de Alvo, seu filho do meio, em Hogwarts. Gina também expressava sua felicidade e orgulho pelo garoto. Tiago Sirius, observava o irmão e já pensava no que faria para deixá-lo ansioso. Como filho mais velho e primeiro a ingressar em Hogwarts, gostava sempre de tirar Alvo Severo do sério, apesar de tudo ser bastante natural. A pequena Lilian choramingava. Agora estaria só o ano todo, sem ter o irmão para brincar de Xadrez Bruxo.

- Lily, não fique assim... - Confortava-a Gina. - Você não demorará a entrar em Hogwarts também. E lembre-se que tem seu primo Hugo. - Continuava. - Ele também vai ficar sem a Rosa. - Alvo ouviu com atenção o que a mãe dissera.

- É... - Completou Harry, sempre com poucas palavras.

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O dia anunciava a chegada da tarde. A família Weasley já havia almoçado e naquele exato momento, se preparava para ir ao tradicional Beco Diagonal. Rosa estava ansiosíssima. Hugo também. Queria conhecer mais sobre o mundo bruxo a que pertencia, afinal, em todos os seus anos, levou praticamente uma vida de trouxa.

- Hermione... Estamos prontos. - Rony avisou-a. Tanto Rosa como Hugo já estavam preparados para aquela divertida tarde.

Hermione descera as escadas. Estava bem arrumada e segurava em sua mão esquerda um pequeno saquinho de couro.

- O Pó de Flu! - Exclamou ela, abrindo o saquinho. Aquele era um dos mais populares meios de transporte entre os bruxos. - Vamos, vamos... Venham aqui. - Continuou, chamando todos para perto da lareira da sala principal. - Rosa... Você vai fazer exatamente como o seu pai. Preste atenção... - Deu um pouco do pó para Rony.

- Beco Diagonal! - Exclamou ele, após jogar o pó no chão e desaparecer totalmente pela a lareira. Rosa se assustou. Uma fumaça verde se formou no ar.

- Fale direitinho. B-e-c-o-D-i-a-g-o-n-a-l. - Falou a mãe, explicando para que Rosa fizesse tudo corretamente. - Hugo, você também... - Falou sorrindo para o mesmo.

Rosa estava meio nervosa. Sabia o que tinha de fazer e confiava em si. Hugo arregalou os olhos. A garota se dirigiu até a lareira, entrou, já segurando parte do pó dado por Hermione.

- Beco Diagonal! - Concluiu Rosa, também jogando o pó no chão, assim como fizera o pai. Um pequeno foco de fumaça verde surgiu novamente no ar. Ela havia sumido. Com certeza, já estaria na companhia do pai.

- Agora é sua vez, meu filho... - Dirigiu-se à Hugo. Também entregando-lhe um pouquinho do Pó de Flu.

- Ok! - Retrucou o menino, tentando mostrar que tinha coragem. - Beco Diagonal...

- Beco Diagonal!... - Concluiu Hermione, sendo a última a desaparecer.

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Os Potter já estavam no Beco Diagonal há uns 29 minutos. Tinham chegado lá pela entrada do Caldeirão Furado, ao invés dos Weasley, que utilizaram o Pó de Flu. Tiago, filho de Harry, já não expressava tanta ansiedade em comprar seus materiais. Apenas acompanhava a família.

- Pai... Pai... Olha!... - Exclamou Alvo, mostrando ao pai um filhote de gato que avistara na loja Animais Mágicos. Harry olhou para Gina e sorriu. Ainda lembrava-se da primeira vez em que esteve na "Biboca Diagonal". - Posso ficar com ele? - Perguntou o filho, já segurando o gatinho.

- Claro filho... - Respondeu Gina, aproximando-se para acariciar o animal. - Ele será seu mascote em Hogwarts. E você vai ter que cuidar muito dele!... - Continuou, enquanto Harry entrava no local para pagar.

De repente, Harry voltou animado na companhia do inseparável amigo, Rony. Gina abriu um largo sorriso e logo abraçou o irmão. Não o via há quatro semanas. Hermione abraçara os sobrinhos e depois foi falar com sua amiga.

- Ron... Também veio comprar materiais escolares? - Perguntou Harry.

- É. Rosa entra em Hogwarts esse ano!... - Exclamou feliz, enquanto se aproximavam da Olivaras.

- Alvo também. Que legal... Vão estudar juntos! - Concluiu Harry.

Andaram até chegarem na Olivaras. Rosa se encantou com tantas varinhas e objetos mágicos que tinham na vitrine da loja. Ao mesmo tempo, assustou-se com a escuridão do local. A garota adentrou. O pai e os outros estavam entretidos conversando do lado de fora.

- Buuu...

- Ah!... - Assustou-se Rosa. Quando se virou para trás, viu o primo Alvo fingindo ser um fantasma. - Alvo... - Sorriu. - Você me assustou...

- Ah, foi... - Respondeu como se nada tivesse acontecido. - E aí... Escolhendo sua varinha? - Perguntou curioso.

- É sim. - Falou, olhando para a quantidade de varinhas que haviam do chão até o teto. - Sabe... Um dia li que é a varinha que escolhe o bruxo. Então...

- ... Está esperando alguma se manifestar... - Continuou Alvo, pegando uma caixa.

Rosa ficara quieta. Uma caixinha lhe chamou a atenção. Era pequena e estava em um local alto. A garota seguiu em direção a uma escada e a arrastou até a direção da fileira. O primo observava tudo, mas preferiu ficar em silêncio. Rosa subiu degrau por degrau, delicadamente.

- Vejo que está escolhendo uma varinha. - Falou uma voz. Rosa olhou assustada, desequilibrando-se e quase caindo. Um homem apareceu de repente. Suas feições eram velhas, mas também insinuavam que era conhecedor daquilo. - Deixe-me ver. - Continuou, pegando a caixa da mão da garota. - Hum... "Pena de Fênix, 26 centímetros"... - Leu. - Parece que a senhorita fez uma boa escolha! Experimente! - Entregou a varinha. Rosa segurou o objeto com cuidado, afinal, descia de uma altura de praticamente dois metros. Ao chegar no chão, efetuou alguns movimentos com a mão direita. Tudo deu certo, exceto pela luz laranja que iluminou a loja por dois segundos. Ela olhou assustada para o homem e para o primo. - Perfeito! - Exclamou. - Esta é perfeita para você, mocinha... - Tomou a varinha da mão de Rosa e a colocou na caixa, ajeitantando-a. - Pronto, leve-a. - Rony e Harry entraram exatamente naquele instante.

- Filha... - Chamou Rony.

- Pai, esta é a minha varinha. - Retrucou, segurando a caixinha. Rony sorriu e se dirigiu para pagar o Sr. Olivaras.

Enquanto isso, Harry olhava atentamente as paredes. Lembrou-se das três tentativas frustradas para escolher uma varinha quando tinha apenas 11 anos. Esperava que aquilo não acontecesse com Alvo. O garoto estava ansioso, apesar de não expressar tal ansiedade.

- E a sua varinha Alvo? - Perguntou Harry.

- Ainda não escolhi. - Respondeu desconfiado.

- Rapaz, teste essa aqui. - O velho senhor entregou a Alvo uma varinha de Peroba, ótima para conjuração. O garoto imitou os movimentos da prima e pelo que aconteceu, aquela seria a varinha certa. - Esta é a Corda de Coração de Dragão. E pelo que estou vendo, serviu perfeitamente. - Continuou, pegando a varinha e a embrulhando dentro da caixa. - Pegue. - Entregou-lhe. Harry fora pagar.

As sairem da loja, os Weasley e os Potter se despediram. Rony e Hermione iriam terminar de comprar os materiais de Rosa, na companhia de Hugo. Harry e Gina, os materiais de Alvo e Tiago. A pequena Lilian apenas observava o movimento do Beco Diagonal.