All I Need escrita por Katherine Marshall


Capítulo 20
And you don’t know how nice that is




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(...)

Eu e Pedro voltamos para a sala de estar vazia da casa, de mãos dadas. Ninguém ficou muito intrigado com isso, pois no último mês isso havia se tornado algo comum entre nós.

- Cheguei! – Disse Laura toda animada com sacolas de compras na mão. – Bia! Posso roubá-la um pouquinho de você, chato? 

- Pode, eu vou ali ajudar o Bruno... – Ele me deu um selinho e se afastou de mim, e eu fiquei ali sorrindo como uma boba.

- Eu sempre soube que vocês se amavam, há. – Eu apenas ri para ela. – Me ajuda, vamos pro meu quarto, preciso de você, é urgente. 

- O que foi? – Perguntei preocupada com ela.

- Você vai ver.

Subimos as escadas e ao entrarmos no quarto dela ela tirou das sacolas dois vestidos.

- Qual eu visto hoje a noite? – Eu comecei a rir, mas ela estava com uma expressão séria e nervosa no rosto. – É sério, Beatriz. É você a que entende de moda aqui, não eu, sabe muito bem disso. Eu hein, você tá rindo de tudo hoje... Por que tá tão feliz assim?

- O azul. – Disse apontando para o vestido que ela segurava na mão direita. – Rosa é muito quinze anos. Bom, eu e seu irmão, a gente ta namorando...

- O que? Sério isso? E você nem me conta? Poxa vida hein, cunhadinha! Ai, que feliz por vocês que eu tô, até que enfim Pedro arranjou uma menina que preste. Awn, parabéns amiga. – Ela me abraçou, visivelmente mais animada até do que eu com o namoro... Mas só visivelmente, pois eu tento disfarçar a felicidade que predomina dentro de mim.

- Obrigada. – Eu sorri para ela. – Ele acabou de pedir.

- Hum, entendi, eu vou me arrumar, pode voltar lá com seu noivo se quiser. 

- Vou lá então. – Eu sorri para ela, que estava ocupada demais para retribuir se olhando com o vestido no espelho. 

Desci as escadas, e ao passar pela cozinha, Pedro estava ali, com uma cara de irritado. Sentei numa cadeira ao lado da dele, mas ele nem me olhou.

- O que foi?

- Ah, nada...

- Eu fiz alguma coisa? – Meu coração gelou. Será que ele já tinha se arrependido de ter me pedido em namoro?

- Não. – Ele se aproximou e me deu um selinho demorado, e depois se afastou novamente. – Foi o Bruno, é que... Ele me disse umas coisas, mas deixa pra lá.

- Que tipo de coisa?

- Eu fui contar pra ele do nosso namoro, e ele riu, disse que nunca vai dar certo, que sou ruim demais pra você, que você me odeia e mais um monte de coisas. 

- O quê? Ele disse isso? Que idiota, meu Deus. 

- É, mas quem sabe ele tem um pouco de razão né. – Sua voz adquiriu uma tristeza que doeu em mim.

- Não, ele não tem razão. E ele não tem nada a ver com a gente pra ficar dando opiniões, Pedro... A gente vai dar certo. Temos tudo pra dar. – Disse estranhando minha própria segurança, logo eu, que sou tão insegura. – Eu não te odeio, de jeito nenhum, não sou mais capaz de te odiar nem por um segundo, ok? – E acrescentei mentalmente, "Eu te amo", só mentalmente, pois ainda estava com medo de dizer, era cedo demais... Mas ele parecia querer ouvir. Tentei achar outra forma de demonstrar isso sem que fosse em palavras, mas não encontrei, então tentei mudar de assunto. – Vamos... Fazer alguma coisa?

- Tipo o quê?

- Não sei, o que você quiser. 

- Vamos jogar vídeo-game. – Ele abriu um sorriso, eu queria negar, mas não depois de vê-lo feliz outra vez. Era tudo que eu queria, a felicidade dele, que ele se sentisse seguro comigo, completo, como eu me sentia com ele... Mesmo que não com tanta segurança assim, eu confiava nele, de olhos fechados.

- Ok, vai...

- Eu até vou deixar você ganhar.

- Até parece que vai precisar deixar pra que eu ganhe.

- Ah, não?

- Não.

- Então vamos ver. 

Subimos ao seu quarto, que tinha uma parede azul e as outras quatro eram brancas, uma cama de solteiro, guarda-roupa, TV de plasma, vídeo game, notebook e todas essas coisas. Ele pois o jogo Mortal Kombat, ou eu pelo menos acho que era isso...

- Há, ganhei. – Disse ao terminarmos a segunda partida.

- Claro, eu deixei... Mas não ganhou ainda, tem o segundo round. 

- Ah... – Quando olhei para tela o segundo round já tinha acabado de começar, mas mesmo assim, ele me deu vários chutes e venceu. – Eu perdi?

- Não, tem o último.

Jogamos e, no último, eu ganhei. Claro, até porque ele deixou o controle do lado para que eu ganhasse. 

- Nossa, você é boa hein. – Ele riu. Estávamos sentados no tapete, então ele pegou minha mão, e sentamos na sua cama. – Você tinha razão.

- Sobre o que?

- Sobre ter dito que temos tudo pra dar certo. Eu quero muito que dê...

- Eu também.

- Eu só fiquei um pouco inseguro, porque, eu não me vejo mais sem você, nunca mais. Eu quero que dure, só isso. Porque eu não sou mais capaz de te esquecer, sabe? 



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Notas finais do capítulo

Gente, amanhã não vou poder postar, porque vou viajar as oito da manhã e só volto de madrugada!! :(



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