Forever & Ever escrita por soulsbee


Capítulo 11
Diversão é o melhor remédio


Notas iniciais do capítulo

No final das contas, é bom ter um tempo para relaxar e se divertir....



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                PDV  - Hayley

               

                Morta, aparentemente, eu não estava. Tudo não passava de algumas paranóias e maus entendidos que disse ao acordar. Violet, no final das contas, descobri que era uma das minhas medicas quando ela veio medicar-me e percebi Robert ficar atrapalhado na frente dela.

                Depois, pouco antes de sair daquele inferno, o medico chefe veio atrás de Rob  e disse-lhe que eu deveria ir a um psicólogo, como se já não bastassem todos os meus problemas. Fiquei agradecida por meus pais não estarem na cidade aquela semana, se não, eles realmente me levariam...  seria capaz deles nem saberem do acontecido... Só teria que conversar com meu amigo para mantermos em segredo...

                Sai andando do hospital em direção ao carro dele, acabei passando pouco mais de 24h no local, então, os pais deles já deveriam ter reparado na ausência do carro e gostariam de saber o que aconteceu.

                - Hey... Acho que deveríamos ficar na praia por mais um tempo... – Robert quebrou o silencio mortal no momento que entramos no carro.

                - Não! – Respondi.

                - Por que...?

                - Vamos ficar tudo bem? – Pedi.

                - Ta...  – Ele ligou o radio, estava tocando Highway to Hell.  Foi impossível não ser contagiada pelo ritmo. – Tive uma idéia! - Disse em total êxtase.

                Estávamos em uma noite de sexta-feira um pouco fria e chuvosa. Mas, apesar disso, enquanto voltavamos para casa, encontrei alguns amigos meus em uma lanchonete próximo a escola se divertindo, ouvindo musica, bebendo e farreando. Até Jared estava nesse meio.

                Chegamos na casa de Robert aproximadamente às 23:00. Alguns garotos da minha escola que moravam perto de mim, encontravam-se duas casas depois da minha ao redor de uma fogueira ouvindo musica em um volume alto. “Uma fogueira bem aqui” Foi impossível não rir ironicamente, entretanto, tinha uma pequena, mas vasta floresta atrás das nossas casas. Era até interessante sair em uma madrugada qualquer para observar e explorar aquele lugar, bem, seria legal se eu não tivesse presenciado vários assassinatos no meio da floresta.

                - Vem! – Ele puxou-me para fora de seu carro arrastando-me para a garagem de sua casa.  – Feche os olhos! – Pediu.

                - O que você vai fazer? – Perguntei curiosa.

                - só fique de olhos fechados! – Pediu novamente.

                Ouvi alguns barulhos altos de objetos pesados  sendo arrastados de um lugar para o outro.  Ele empurrou meu corpo delicadamente até uma poltrona macia e precisei aguardar apenas mais alguns segundos antes que ouvisse um alto e forte barulho de uma guitarra no efeito over drive.

                Abri os olhos ficando boquiaberta ao ver mais de seis grandes amplificadores ligados a uma única guitarra Les Paul preta reluzente.

                - Agora é hora de ouvir musica! – Ele começou a tocar a mesma musica que estávamos ouvindo no carro completamente agitado com o momento. – Canta!

                - Não, louco! – soltei uma gargalhada alta quando ele balançou a cabeça para frente e para trás tentando balançar seu curto cabelo arrumado com gel.

            - Hey mama! Look at me, I'm on my way to the promise land! – Cantou com um forte tom de rouco tentando imitar a voz de Bon Scott.

            - I'm on the highway to hell. Highway to hell – Depois de vê-lo animado e tocando incrivelmente bem, foi impossível não acompanhá-lo.

            Nós dois passamos aquela musica e outras duas do AC/DC pulando de um lado para o outro enquanto cantávamos até que encontrei uma caixa cheia de latas de espuma artificial em uma caixa no canto da garagem. Peguei-as e espirrei duas de uma vez só sobre o corpo de Robert sujando-o dos pés a cabeça em poucos segundos.

            - Hey, não é valido isso! – Reclamou.

            - Cale a boca! – Gritei e espirrei espuma dentro da boca dele.

            - Eca! – Ele cuspiu tudo no chão e parou de tocar naquele exato momento colocando sua guitarra no canto. – Você quer brincar? – Perguntou e correu diretamente para cima de mim retirando uma lata da minha mão e espirrando-a sobre meu cabelo.

            - Idiota!  - Estapeei seu ombro com força  e ele fingiu sentir dor, mas continuou espirrando espuma em mim cegando-me completamente.

            Passei as mãos sobre os meus olhos limpando-os enquanto xingava-o de todos os nomes possíveis. Ele ria igual uma criança e se divertiu mais ainda quando viu um pouco de raiva no meu rosto.

            Olhei para o mesmo lugar que encontrei a espuma e vi pequenos potes de tinta. Corri até o local, peguei o pote de tinta vermelha e lancei um olhar maléfico para ele fazendo-o correr para mais longe de mim as gargalhadas e implorando para não tomar banho de tinta.

            Corri atrás dele por um longo tempo antes de pressioná-lo contra a parede e jogar toda a tinta em seu cabelo deixando-a escorrer pela sua testa até chegar na ponta de seu nariz.

            - Perfeito! Minha vingança valeu a pena! – Disse satisfeita.

            - Se vingar não é algo bom! – Advertiu-me.

            - Nem, é maravilhosa!

            - Aé? Então você vai ver o que é legal! – Ele colocou suas mãos na minha cintura segurando-me fortemente contra seu corpo. – vamos ver o que você acha sobre ficar grudada em um cara sujo!

            - Me solta! – Debati-me em seus braços rindo da situação.

            - Não! – Riu comigo. – Sinta o cheiro do sangue! – Disse em um tom sombrio.

            - É tinta! – Soltei uma alta gargalhada. O liquido já estava chegando nos lábios dele e ele fez uma careta ao sentir o gosto.

            - Esse gosto é horrível! – Resmungou.

            - Nem é. – disse enquanto ria.

            - Como você sabe? – interrogou-me e passou a língua sobre seu lábio superior pegando um pouco de tinta.

            - Sabendo!

            Robert surpreendeu-me tocando meus lábios com sua boca com certa intensidade e desejo tirando meu fôlego no exato momento em que senti sua pele quente e macia contra a minha desnorteando-me com seu hálito fresco. Ele separou meus lábios com certa facilidade e invadiu minha boca com sua língua fazendo-me provar o gosto da tinta. Empurrei-me para longe dele separando nossos corpos e recuperando o fôlego.

            - O que foi isso?! – Perguntei surpresa com seu gesto.

            - Eu te fiz provar o sabor! – Disse como se não tivesse acontecido nada demais.

            - Você me fez provar outra coisa!

            - Bem, eu só queria te mostrar o gosto, agora, sobre você ter sentido outra coisa, problema é seu – Disse gargalhando.

            Dei uma forte cotovelada em sua costela fazendo-o resmungar de verdade. Ele envolveu meu corpo em um forte abraço e arrastou-me para dentro de sua casa onde entregou-me uma toalha para que eu me limpasse.

            - Atrevido – Resmunguei.

            - Não fiz nada demais, pare de reclamar – Disse.

            Depois de muito discutirmos sobre o que acontecera, sentamos no sofá e passamos o resto da noite embaixo de uma manta assistindo um  filme qualquer de terror que ele escolhera enquanto comíamos pipoca queimada de microondas.

                No dia seguinte, seguimos para um pequeno shopping que existia perto do nosso bairro, Robert queria comprar um jogo para seu vídeo-game. Durante todo o caminho até lá, fiquei pensando em algumas coisas que aconteceram e nas coisas que eu poderia fazer para mudar o futuro, mas não tinha muita idéia. Apenas sabia que Robert deveria realmente sentir algo por mim e eu também sentia algo por ele, entretanto, quando eu via Jared, as coisas ficavam estranhas como se ele dominasse minha mente e me fizesse mudar de idéia... Sem contar nas minhas paranóias que estavam me deixando completamente louca... Agora, só sei que preciso encontrar algumas respostas...

Entretanto, apesar de tudo o que acontecia e das confusões que eu sentia ao ver Jared, as loucuras e brincadeiras de meu melhor amigo eram as coisas mais engraçadas e divertidas que alguém poderia ver...

                -  Ô mulher, vamos logo! – ele gritava impaciente na porta de entrada do shopping

                - calma caralho! – disse rindo enquanto saia do carro

                - calma nada, vem logo! – ele me puxou pelo braço me arrastando até a porta  de uma loja de jogos.

                - Olha isso, que jogo tosco cara! – Esnobou o  Resident Evil 6.

                - Tosco é você, filho da quenga! – Sempre adorei aquela serie de games que a Capcom criou.

                - eu falei brincando sua vadia! – ele me olhou torto e até se preparou para o tapa que ia levar.

                - vadia é a senhora sua futura mulher! – Gritei na frente da loja dando uns tapas nele

                - eu te chamei do que?! – sorriu ao dizer isso

                - morre, idiota – resmunguei enquanto ria.

                Robert estava encarando todos os jogos como uma criança de cinco anos ao entrar em uma loja de doces e com total direito de pegar o que quisesse. Os olhos dele estavam brilhando e sua animação era contagiante.

PDV – Robert

Hayley estava um pouco irritada comigo, mas, ao mesmo tempo estava se divertindo com todas as minhas brincadeiras.

Ah, sempre gostei dela, bem, sempre não, desde que aconteceu aquele acidente, passei a olhá-la de outra maneira, pois conheci um lado que ela nunca havia me apresentado. Um lado frio e confuso. Você pode pensar que sou um idiota por me interessar por ela depois disso, mas foi essa reação dela que invadiu minha mente e me fez pensar nela com mais freqüência e desde então  já joguei mais de 1 milhão de indiretas  tentando demonstrar meus sentimentos, tanto é que ontem eu praticamente a agarrei, mas, apesar de tudo, parecia que ela não se tocava ou não ligava, afinal, parecia que ela estava apaixonada por Jared... alias, ele é o garoto que ela gosta desde que  o conheceu a dois anos atrás. O amor realmente cega as pessoas, tanto é que ela aceitou a ir com ele pro acampamento... era para nós ter irmos juntos e então, talvez, nada daquilo tivesse acontecido...

Aparentemente, quando estávamos no final da oitava serie, ela era apaixonada por mim, ouvi boatos sobre isso, entretanto, no final daquele mesmo ano ela deixara de ser tão sensível e boba... Sim, já presenciei vários estados dela... Desde uma garota frágil a uma garota fria e sem sentimentos que tenta superar tudo o que está sofrendo. Ela cresceu e amadureceu com o tempo... ela foi forçada a isso quando passou por fortes terapias e interrogatórios...

                Depois que paguei caro pela continuação de um dos jogos que ela mais adorava, seguimos para o Mc Donald’s e depois fomos até uma loja com artigos de rock para comprar alguns braceletes que ela estava cobiçando a um tempo. Por fim, voltamos para a minha casa para jogarmos  vídeo-game.

          


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Notas finais do capítulo

Como postei um capitulo bem maior do que estou costumada... é bem provavel que eu demore um pouco mais para postar o capítulo 12, então, paciencia gente ^^



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