Between Heaven And Hell escrita por Ariany


Capítulo 19
Capítulo 15 - Passeio




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POV Stefan

Eu queria arranjar uma maneira de te tirar de minha cabeça, mas toda vez em que me esforço para isso as lembranças dos seus lábios nos meus acabam invadindo minha cabeça e dominando os meus sentidos. O que você me recomendaria? – Stefan.”

Ora Doutor, que eu saiba é o senhor quem aconselha as pessoas, não? Mas para não dizer que eu não sou uma garota legal, recomendo que não lute contra os seus sentimentos. Deixe suas vontades virem a tona e ai poderemos ver onde isso pode dar. Bom saber que meus lábios lhe causam boas lembranças (; - Elena. “

Senhorita Gilbert, você está flertando comigo? Acho que seguirei seu conselho, mas gostaria de tornar viva novamente a lembrança dos seus lábios e do seu cheiro o mais breve possível. – Stefan.”

Doutor, estou chocada com sua pressa! Porém acho que a sua vontade poderá ser resolvida ainda hoje. Que tal uma volta no parque ao anoitecer? – Elena.

Nada me faria mais feliz, cara paciente. Te pego as 19:00. (: - Stefan.”

Estarei te esperando. x – Elena.”

Um sorriso raro surgiu em meus lábios enquanto eu lia a última mensagem no meu celular, deitado no sofá da minha casa terrestre.

Já haviam se passado 3 dias após o meu “ataque” a Elena em meu consultório, e ao contrário do que eu imaginava, Elijah não me puniu e nem ao menos tocou no assunto. Eu suspeitava que ele já soubesse, mas me estranhava o fato de ele não falar nada. Se bem que não iria adiantar muita coisa, uma vez que eu estava decidido a ter Elena comigo para sempre. Meu sorriso aumentou consideravelmente.

Enquanto ainda olhava as mensagens que havia trocado com Elena durante aqueles três dias, senti o ar tremular de forma diferente em minha volta e uma voz familiar ecoar pela sala.

– Trocando sms de amor com a sua protegida? Acho que eu já vi essa história acontecer antes.

– Klaus! – Arquejei surpreso, olhando para o homem sentado a minha frente.

Ele tinha a fisionomia cansada, mas mesmo assim um sorriso brincava em seu rosto e não havia censura ali, como era de se esperar após ele ter me visto trocar sms com Elena. Levantei e fui em sua direção, enquanto ele levantava do sofá para me abraçar. Após um breve abraço, acabei dando um murro em seu ombro.

– Por onde você andou? Você tem noção de como Caroline e seu irmão sentiram sua falta? Eu também senti sua falta, mas eles passaram o inferno com a sua ausência! – O repreendi alto ao mesmo tempo em que sua expressão ficava triste.

– Eu sei. Eles fizeram eu e Damon ver o sofrimento de vocês. – Klaus falou tristemente.

– Eles quem, Klaus?

– Os encarregados do Mal, Stefan. Eles tentaram me compelir para ajuda-los, mas eu resisti o máximo que eu pude e infelizmente Damon não conseguiu. Quando eles nos soltaram aqui na terra, eu consegui fugir e como eu tenho o símbolo do não rastreamento, eles não conseguem me achar, mas infelizmente eu não tenho forças o suficiente para ficar visível o tempo todo e meus poderes são extremamente limitados. Deus sabe a força que estou gastando para termos essa conversa agora.

– Mas então a maioria das vezes você está entre a gente? – Perguntei.

– Sim, porém eu não consigo ouvi-los e muito menos vocês conseguem me ver e ouvir. Como eu disse, é necessário muito esforço para eu poder estabelecer uma comunicação. Um lado bom disso tudo é que eu consegui descobrir algumas informações, Stefan. Onde está Caroline? – Sua expressão se suavizou ao mencionar sua amada.

– Ela está no Plano Superior. Elijah a chamou com urgência, mas creio que logo eles estarão de volta. Ela sente muito a sua falta, Klaus.

– Eu sei, e você não tem ideia de como eu sinto a falta dela. Espero ansiosamente para que tudo isso acabe logo e possamos ficar juntos, assim como você quer ficar com sua Elena.

Enrijeci no momento em que ele mencionou minha protegida.

– Você sabe sobre Elena? – Perguntei meio constrangido.

– Sim, eu sei de tudo meu amigo e estou te ajudando a manter isso longe do conhecimento de Elijah. Mas escute, durante esse tempo que estou vagando por aqui, descobri algumas coisas que foram distorcidas de nossa realidade. Seu amor por Elena não é impossível! Há um jeito de vocês ficarem juntos sem prejudicar ninguém.

– Como? – Questionei incrédulo.

No momento em que Klaus abriu a boca para me responder, Elijah, Caroline e outra pessoa se materializaram na sala.

– Klaus! – Caroline disse surpresa e ao mesmo tempo se jogando nos braços do anjo a minha frente.

– Olá meu amor, eu disse que voltaria para te ver.

Após ter abraçado e dado um beijo discreto em Caroline, ele abraçou Elijah. Um abraço forte e cheio de emoção, que me fez sentir muitas saudades de meu irmão. Virei meu rosto daquela comoção toda e encarei o anjo que tinha vindo com os dois. Ela se parecia com Elena e seu rosto era extremamente familiar. Um sorriso surgiu em seu rosto ao perceber que eu a encarava e logo eu lembrei quem era.

– Katherine? – Murmurei.

– A própria! – Elijah respondeu, ainda com um braço nos ombros de Klaus.

– Finalmente vocês a encontraram! – Klaus exclamou.

– Olá Klaus, bom ver que você está bem. – Katherine disse em um tom baixo e voltou o olhar para mim. – Você deve ser o Stefan, protetor da minha irmã.

Assenti concordando. Finalmente Katherine havia sido encontrada e parecia que as coisas se acertariam.

Klaus fez uma careta e rapidamente se sentou no sofá.

– Você está bem? – Caroline perguntou preocupada.

– Sim, mas não temos muito tempo, estou muito fraco. – Ele fechou os olhos e após respirar fundo, continuou. – Katherine, me escute: Damon foi pego aquela noite, mas suspeito que isso você já saiba. Ele está bem, mas infelizmente não tão bem pelo motivo de estar sobre hipnose a serviço do mal. Só você pode ajuda-lo. – Ele parou novamente enquanto Katherine se sentava mais próximo, prestando atenção no que Klaus dizia.

– Como eu posso ajuda-lo? – Ela perguntou em tom baixo.

– Só a pessoa por quem ele daria a vida para salvar, pode retirá-lo da hipnose. Procure-o. – Klaus começou a ofegar com a respiração dificultada por algo que não era visível aos nossos olhos.

– Meu amor? O que você está sentindo? – Caroline segurava em seu ombro de um lado.

– Irmão? – Elijah também estava preocupado.

– Não! Não se preocupem comigo. Procure-o, Katherine! Mas só você e Stefan podem fazer isso.

E como se isso tivesse gastado seu último ar, Klaus desmaiou no sofá.

– Klaus?! Klaus! – Caroline gritou sacudindo o seu amado.

– Ele ficará bem, Caroline! – Elijah respondeu, deitando o corpo de seu irmão no sofá, no colo de Caroline. – Stefan, Katherine, podemos conversar na cozinha? Vamos deixar Caroline cuidando de meu irmão.

Assentimos e fomos para a cozinha.

– O que Klaus quis dizer com “só a pessoa por quem ele daria a vida para salvar, pode retirá-lo da hipnose”? – Katherine perguntou pensativa.

– Que só o verdadeiro amor de Damon que poderá salvá-lo. – Respondi quase que involuntariamente e Elijah concordou.

– Mas ele também falou de você, Stefan. No final ele disse que só você e Katherine vão resolver isso.

– Mas Damon já me encontrou e isso não mudou em nada a sua hipnose...

– Talvez porque você não sabia realmente como ajuda-lo, ou porque a sua força não fosse suficiente. – Katherine falou. – Onde ele está, Stefan? Ele está bem?

Era notável como ela se importava com meu irmão, e era notável como o amava, mesmo depois de tudo o que havia ocorrido entre os dois e principalmente pela sua morte, na qual Damon havia sido parcialmente culpado.

– Ele está bem. Está vivendo aqui na cidade e dando aulas na faculdade. Você ainda o ama muito, né? – Perguntei.

– Mais do que ontem, menos do que amanhã. – Um pequeno sorriso entristecido surgiu em seu rosto enquanto ela me respondia.

– Isso basta. – Elijah concluiu. – Nós conseguiremos salva-lo.

– Gente? GENTE! – Caroline gritou na sala.

Corremos de volta para a sala, onde Caroline continuava no sofá, só que dessa vez estava de braços estendidos e sozinha. Klaus não estava mais em seu colo.

– Cadê meu irmão? – Elijah perguntou.

– Ele simplesmente sumiu. – Caroline respondeu chorando. – Ele estava no meu colo em um segundo e no outro desapareceu.

– Klaus perdeu suas forças. – Eu disse. – Ele falou que não iria conseguir manter a comunicação com a gente por muito tempo. Mas eu tenho certeza que ele está bem, Caroline. – Falei tentando tranquiliza-la.

Ela assentiu e ainda chorando foi em direção ao seu quarto, deixando que a sua tristeza dominasse o clima de nossa casa.

***

Já tinha se passado algumas horas desde a visita e a partida inesperada de Klaus. Elijah também já tinha partido, mas não antes de termos estabelecidos os próximos passos para ajudar Damon:

– no dia seguinte, eu iria almoçar com meu irmão e tentar arrancar alguma informação dele.

– Caroline e Elijah iriam procurar um meio de se comunicar com Klaus que não usasse toda sua energia.

– Katherine ficaria escondida em nossa casa esperando o momento ideal no qual eu e ela iriamos confrontar o que estava dominando Damon e livra-lo da hipnose.

Já era o fim da tarde quando eu e Caroline terminamos de instalar Katherine devidamente em nossa casa.

– Bem senhoritas, agora que as coisas de Katherine já estão arrumadas, eu vou dar uma saidinha para arejar a cabeça. Quer vir comigo, Caroline? – Perguntei já sabendo a resposta que ela iria dar.

– Não, não, Stefan. Eu não estou no clima para sair, mas pode ir, Katherine me fará companhia.

Katherine assentiu com um pequeno sorriso.

– Então até mais tarde. – Me despedi dando um breve aceno e andando em direção a porta.

***

Faltando 10 minutos para dar a hora em que havia marcado com Elena, eu já estava na varanda de sua casa. Depois de algumas batidas e alguns instantes, ela atendeu. Estava linda, com um vestido soltinho azul claro e um cardigã branco. Seus cabelos pendiam levemente ondulados e uma teimosa franja teimava em cair em seus pequenos e expressivos olhos castanhos. Calçava uma sapatilha delicada, na qual deixava a sua imagem um tanto quanto angelical.

– Olá Doutor, como o senhor... – A interrompi, segurando-a fortemente em um abraço e girando pela varanda. Era impressionante o bem e a felicidade que ela me causava. – Hei, hei, hei!

Ela ria e gritava ao mesmo tempo, me abraçando forte, enquanto eu ainda a segurava em meus braços a rodopiando. Soltei-a e segurei seu rosto em minhas mãos, selando nossos lábios com um beijo casto, porém demorado.

– Vejo que você está feliz! – Ela disse enquanto eu segurava em sua mão e íamos em direção ao meu carro.

– Na verdade, estou preocupado, mas você sempre me faz sentir bem. – Respondi com sinceridade.

– Eu fico feliz em te fazer bem. – Um leve rubor se espalhava em seu rosto enquanto ela falava.

Durante todo o caminho para o parque, Elena me contava como haviam sido seus últimos dias desde a última vez que tínhamos nos visto e como de repente tinha voltado a sonhar com sua irmã. Perguntei sobre o que eram seus sonhos, mas ela disse que não eram nada de mais, porém chamava a sua atenção como Katherine parecia triste e preocupada em seus sonhos. Definitivamente elas estavam muito conectadas.

– E o seus dias, Stefan? Como tem sido? – Ela perguntou.

Ah se eu pudesse te contar, Elena! Tenho observado o comportamento hipnotizado do meu irmão, mantido nosso relacionamento em segredo de Elijah, com a ajuda de um anjo que não pode nos ajudar diretamente, preocupado com Caroline por causa desse mesmo anjo e agora bolando uma estratégia para manter sua irmã em segredo, para poder ajudar meu irmão.

Limitei-me a responder uma resposta curta:

– Estão sido bastante movimentados. – Sorri misteriosamente pegando sua mão, passando de leve o polegar nas cicatrizes em seus pulsos, que eram marcas resultadas de um tempo de sofrimento não tão distante, e assim começamos a andar em volta da lagoa do parque. – Mas a parte boa é que meus pensamentos sempre voltam a você. – Confessei com um breve sorriso.

Elena ria timidamente enquanto eu apertava delicadamente a ponta do seu nariz.

Durante todo o caminho do parque, conversamos sobre os seus planos para o futuro. Ela perguntava algumas coisas sobre os meus planos, mas eu sempre dava respostas evasivas. Não era um assunto que eu queria pensar no momento e que muito menos poderíamos conversar. Após um pequeno silencio durante nosso trajeto, eu olhei para seu rosto e vi que sua expressão era séria, com uma pequena ruguinha de preocupação surgindo em sua testa. Parei e fiquei de frente para ela.

– Hei, o que foi? – Perguntei observando-a.

– Estou com medo, Stefan.

– De quê?

– De que amanhã você volte a me tratar com sua paciente e nada mais do que isso, como você já fez antes. Eu estou tão envolvida por você, e só de pensar em ficar longe de ti já me causa uma dor...

– Hei, hei, hei! Shhhhhhhhhhhhh! – A interrompi, puxando-a para sentar no meu colo debaixo de uma árvore do parque. – Eu não vou te deixar! – Murmurei em seu ouvido e passei os braços em sua volta, apertando-a contra mim. – Eu te amo, Senhorita Elena Gilbert. Mas do que você pode imaginar.

Ela virou o rosto para me observar, com uma expressão um tanto quanto surpresa. Depois de um momento me encarando, ela me deu um breve beijo.

– Eu também te amo, Doutor Stefan Salvatore. Supostamente mais ainda do que você pode imaginar.

Suas palavras encheram meu coração de alegria e eu a abracei mais forte, dando um beijo a baixo de sua orelha, enquanto aproveitávamos aquele momento de paz e tranquilidade de um anoitecer qualquer.


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