Clato The Star Crossed Lovers escrita por isabelle wodee


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Aqui está o quinto capitulo...
Boa leitura! ♥



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Bem e a semana foi passando. A minha relação com Cato estava a mudar-me. Eu estava diferente. Bem para o provar, eu estava tão contente por o Jasper-o-meu-corpo-é-um-templo me ter feito confessar a toda a gente o meu namoro com o Cato que até lhe fui pedir desculpa por a faca que lhe atirei e que quase lhe atingiu... Eu sei, eu sei, estou a tornar-me numa pessoa muito boazinha, mas é impossível isso não acontecer! Estou tão contente! Encontrei-o no bar do centro de treino e a conversa foi mais ao menos assim:

–Jasper...?- perguntei numa voz que só usava com a minha mãe, quando queria alguma coisa.

Ele deve ter ficado tão assustado com a minha voz que despejou pelas pernas abaixo o chá que estava a beber. Depois sem nunca olhar para mim, baixou-se pegou no copo, que tinha caido no chão, partido, e começou a limpar. Para verem o quanto eu mudei e o quanto estou generosa, eu abaixei-me e comecei a apanhar bocados de copo partido que ele se tinha esquecido de apanhar. Ela parou de apanhar o que quer que fosse e olhou para mim, com a boca. Eu sabia o que ele estava a pensar. A malvada Clove nunca iria ajudar uma pessoa tão inferior como eu. Era o que ele estava a pensar. Isso era a velha Clove... Mas ela não tinha ido embora totalmente:

–Não faças essa cara de idiota e fecha a boca fracote - disse eu e fiz o meu olhar fulminante.

Ele então pareceu mais descansado, ao perceber que era mesmo eu e não uma gémea boa, fechou a boca e continuou a apanhar bocadinhos de copo. Quando acabamos juntamos todos os bocadinhos, pusemos num papel e deitamos fora. Esfreguei as minhas mãos e disse:

–Jasper eu só queria pedir desculpa por quase ter-te acertado com a faca no outro dia.

Ele pareceu surpreso mas não tanto como as outras pessoas quando eu dizia uma coisa simpática.

–Clove, o teu namoro - e teve cuidado a dizer esta última palavra - com o Cato está a fazer-te bem.

Eu encolhi os ombros e ele sorriu. Sorri também e ele apenas virou as costas e foi-se embora. Eu estava diferente. Estava a mudar.

Dei meia volta, e andei devagarinho para a sala colectiva de treino e foi então que desmaiei.

...

Acordo numa sala branca e fria, deitada numa cama branca... A sala era toda branca o que chegava a ser enjoativo. A principio não a reconheci mas quando fiz um esforço para me lembrar eu percebi. Estava na enfermaria do centro de treino. Não que eu já me tive-se magoado e ter que ir para lá mas porque uma vez, quando tinha doze anos, atirei tantas facas a um miúdo que ele teve de ir a enfermaria, e como quase morreu por perda de sangue os meus pais obrigaram-me a pedir-lhe desculpa. A principio não percebi porque estaria ali mas quando me tentei levantar, a dor percorreu todos os bocados do meu corpo e foi então que ouvi uma voz:

–Clove, não se mecha.- Era uma voz completamente desconhecida para mim.

Foi então que uma rapariga ruiva, com os olhos azuis e cheia de sardas entrou no meu campo de visão e pós uma espécie de pano com água quente em cima da minha testa. Nesse processo ela nunca sorriu nem olhou para os meus olhos. Então e bufei e disse:

–Menina, tira esse paninho de cima de mim e ajuda-me a por em pé.

Ela olhou para mim com um ar de aborrecimento mas puxou-me para cima. Ela era magrinha e jovem por isso eu pensei que ela não tinha muita força, mas ela puxou-me com tanta força para cima que a minha cabeça andou a roda. Eu tentei parecer normal mas só me apetecia deitar outra vez, e o meu ombro doia tanto...

–O que se passou, porque é que eu estou aqui?- Perguntei com uma voz neutra.

Ela virou-se de costas e começou a arrumar umas coisas na gaveta ao lado da minha cama.

–Bem, ao que parece, alguém decidiu que mandar para cima de ti um peso com oitenta quilos para cima de ti, a uma semana da colheita era uma coisa boa por isso, foi o que fez.

Eu olhei para ela outra vez:

–Alguém teve a coragem de atirar um peso de oitenta quilos para cima de mim?-estava muito surpreendida. A minha mudança começava a fazer pensar as pessoas pensar que eu já não sou a Clove, mas eu ainda sou a Clove e ainda MATO TODA A GENTE QUE SE META NO MEU CAMINHO.

–Ainda não descobrimos quem foi... Entretanto tem estado aqui um chato que quase me matou para te ver. Por isso eu vou dizer-lhe para entrar.

Ela saiu com indiferença sem esperar pela minha resposta. As pessoas pensam que eu estava diferente que já não estava mais perigosa. É então que Cato entra no quarto.

–Clove?

Eu levantei a cabeça e olhei para os olhos azuis dele. Ele estava a estudar-me para ver a minha reacção mas eu apenas olhei para ele com um olhar indiferente.

–Clove? Consegues andar?

Olhei para ele irritada.

–Claro que consigo andar!- esperava que sim. A irritação que a secura da pergunta lhe causou ajudou-me a atravessar a divisão, passar por ele e encostar-se a porta.- Olha lamento imenso que tenhas de passar por isto, eu não te quero causar problemas, tu não tens de...

–Faz-me um favor-ele interrompeu-me e pegou-me ao colo-Cala-te.

Obedeci, embora sentisse a tentação poderosa de lhe dizer como era idiota, por estar a levar-me ao colo até casa.

–---------

Estava deitada no sofá com uma manta quentinha. Estava com um chá nas mãos fazendo-as ficar quentes. Estava a ver televisão e a miúda do centro de treino disse que eu não poderia sair da cama o dia todo e o Cato estava na cozinha a preparar-me alguma coisa. Basicamente eu estava a odiar. Só queria ficar uns momentos a sós mas Cato fazia questão de estar em minha casa comigo, todos os momentos.

–Cato vai embora! Eu estou bem, agora podes ir embora. Trouxeste-me a casa e eu agradeço-te mas vai embora!- meu Deus, uma lágrima tinha escapado, mas limpei-a rapidamente. Levantei-me para tentar chegar a cozinha mas ao levantar-me fiquei bastante tonta por isso fiquei no mesmo sitio.

Ele entrou na sala e pousou um tabuleiro com comida que eu nem reparei o que era, porque eu só queria estar sozinha.

–Senta-te Clove-ele disse normalmente.

–Não quero sentar-me! - mais uma lágrima e eu percebi que era tarde demais.- O que eu quero é estar sozinha!- como não consegui continuar levei as mãos a cara- Deixa-me sozinha!

Cato pegou em mim ao colo e sentou-se no sofá, mantendo-me no seu colo. Acariciou-me as costas através dos tremores. Aninhei-me contra ele e ele murmurou palavras sem sentido para me tentar acalmar. Eu chorei muito mas pouco, tremi muito mas não demorei a controlar-me. Não me tentei afastar.

–Caraças-ao passar o pior, apoiei a cabeça com fraqueza no ombro dele- Disse-te para ires embora.

–Assustaste-me muito. Será que vais ficar bem sozinha? Posso chamar a tua mãe para ficar contigo.

A minha mãe? Será que ele estava a brincar?

–Não, eu estou bem. Obrigada por tudo.-Ele cheirou-me o cabelo e as suas mãos subiam e desciam os meus braços.

– Foi um prazer- sabia que ele estava a atrasar-se, já devia ter saído pela porta- Talvez venha cá esta noite.

Cerrei os dentes. A forma como as mãos dele subiam e desciam pelos braços fazia com que desejasse gemer.

–Claro, verei a minha agenda.

Ele sorriu e aproximou os lábios dele dos meus. O beijo aprofundou-se e eu colei-me ao corpo dele. Ao sentir a língua dele contive um suspiro. Ele afastou a boca da minha e disse:

–Mais uma coisa.

–Uhmm?

–Não me vou embora- eu sorri e disse:

–Eu sei - rodeei o pescoço dele no momento em que ele me pegou ao colo.

–Vou tentar relembrar-me dos teus hematomas. Onde é o teu quarto?

Quarto? Eu queria lá saber do meu quarto!

–Quarto? O que? O sofá! Abre-se. Posso...

–Esquece - ele disse-me, antes de me acomodar sobre o tapete.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Como voces provavelmente já acham que a história começa a cansar no próximo capitulo é a colheita! E a Clove vai para a colheita magoada! E... Perem eu não vos vou dizer! Vejam no próximo capitulo! :P
bjs