A Filha Da Caçadora escrita por Cássia chan


Capítulo 7
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Como prometido, aqui está mais um capítulo.
I hope you enjoy!



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— Mais algum plano brilhante? — indagou Max enquanto empunhava uma de suas adagas.

— Não podemos matá-los — disse, tentando pensar em algum plano.

Notei que a lâmina de sua adaga era de prata. Ele planejava mesmo mata-los? E onde ele havia encontrado aquela adaga? Eu não me lembro de ter uma igual em meu arsenal.

— Não visite o lar de um lobisomem sem uma dessas — disse ele, vendo a minha expressão. 

— Você não pode andar por aí matando membros do submundo — repreendi.

Mas aquela era uma péssima hora e um péssimo lugar para uma discussão. Um dos lobisomens saltou e tentou me acertar, e teria conseguido, se não fosse a rápida ação de Max, que o afugentou com sua lâmina de prata.

— A gente discute isso mais tarde — disse ele, entrando em posição para a luta.

— Boa ideia — falei enquanto empunhava duas adagas e ficava de costas para ele.

Havia no total seis lobisomens lá dentro. Maia estava do lado de fora, e eu não sabia quantos mais lhe fazia companhia.

Eu não podia ficar parada enquanto minha vida e a de Max corria perigo, mas eu sabia que não poderia mata-los, mesmo que eles quebrassem a Lei e tentassem matar um ShadowHunter. Havia uma razão para eles estarem agindo daquela forma, e deveria ter alguma ligação com o desaparecimento da minha mãe e a perda de memória da minha avó.

O primeiro lobisomem tentou atacar Max, que com um firme giro no pulso que segurava a lâmina de prata, derrubou o oponente, que ficou caído no chão sangrando e urrando de dor. Por sorte, não o mataria, mas o deixaria com dores por algum tempo. Não muito, mas o suficiente para podermos sair dali.

Eu derrubei dois dos outros lobisomens e Max os três restantes. Ele era bom em combates corpo-a-corpo. Quase tão bom quanto o meu pai, que era o melhor ShadowHunter nesse gênero.

— Vamos dar o fora daqui antes que você resolva ter outra ideia brilhante que irá arriscar as nossas vidas — disse Max, guardando a adaga, recheando seu tom de voz com seu sarcasmo.

Saímos da casa e caminhamos até onde tínhamos deixado a moto, como era esperado não estava mais lá.

Procuramos pelos arredores, e nenhum sinal. Apurei os ouvidos e tentei ouvir se alguém se aproximava. Não havia ruído nenhum além do som do vento balançando os galhos das arvores próximas.

Alguém pilotando uma moto voadora aterrissou próximo a nós. Observei enquanto Maia descia da moto e vinha em nossa direção.

— Creio que queiram isso de volta — disse ela, em tom amigável.

Max rapidamente empunhou sua adaga de prata e a pressionou contra o pescoço de Maia.

— Sua vadia, desgraçada! — disse ele, entredentes, tentando conter a sua raiva — Eu deveria mata-la!

E ele pressionou a adaga um pouco em seu pescoço, fazendo um pouco de sangue escorrer no local.

— Max, não! — gritei, mesmo sabendo que seria em vão.

A cena que se passou a seguir foi rápida demais para que eu consegui visualizar. Só podia deduzir o que aconteceu.

Em um instante Max estava apontando a adaga para Maia, e no instante seguinte estava caído no chão, e Simon mantinha Maia atrás de seu corpo, protegida.

— Não haverá motes aqui hoje, garoto — disse Simon.

— Como chegou aqui? — perguntei. Tinha quase certeza de que seria impossível, até para um membro do submundo ter nos seguido.

— Eu segui o seu cheiro — disse Simon, ainda mantendo sua pose protetora, e olhando fixamente para Max, caído no chão. — Você tem um perfume bastante peculiar.

Senti minhas bochechas arderem. Droga, Simon! Ele tinha que falar aquilo logo ali? Na frente de todo mundo? Na frente do Max!? Ele usaria isso contra mim algum dia, eu tinha certeza.

— Você deixou todos muito preocupados — disse ele, erguendo-se. — Não deveria fugir desse jeito.

— Eu não fugi! — retruquei, mal humorada. — Apenas estava tentando buscar ajuda para a minha mãe e para a minha avó.

— O Magnus encontrou uma solução para a sua avó.

— Sério!?

— Mas é uma poção complicada, pode levar algum tempo até ficar pronta.

Estava bom demais para ser verdade! Não, é claro que não poderia ser algo fácil.

— Alguém pode me explicar o que está acontecendo aqui? — exigiu Max. — Devíamos entrega-la para a Clave, pelo que fez.

— Ninguém aqui será entregue para a Clave — disse Simon, calmamente. — Não podemos condená-la sem uma chance de defesa.

Maia olhava para Simon de um jeito, meio devoto. Seus olhos brilhavam com uma confiança que me enojava. Fiquei me perguntando se aquilo teria algo haver com o passado deles, afinal não era segredo algum que eles haviam tentado um namoro em sua adolescência. Ou talvez, na adolescência de Maia, afinal Simon ainda tem a aparência de um adolescente.

Simon sentou-se no chão, diante de Maia. Ela o encarava com certa desconfiança.

— Vamos — disse Max, sentando-se no chão também, olhando para Maia. — Explique-se.

— Eu não tive escolha... —  começou ela, falando baixinho, esforçando-se para não chorar.

— Vocês nunca têm. — Ironizou Max.

Juntei-me aos dois garotos e sentei-me no chão, diante de Maia. Ela parecia mesmo abalada.

— O que houve, Maia? — perguntei, encorajando-a a continuar.

— Eles levaram o meu filho — revelou ela, e as lágrimas que ela havia contido com tanto esforço começaram a rolar por sua face.


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Notas finais do capítulo

Bom, aí está.
Mais um personagem aparece na trama *----*
O que acharam da revelação de Maia???
Beijos e até o próximo.