A Filha Da Caçadora escrita por Cássia chan


Capítulo 21
Capítulo 20




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Eu iria morrer! Todos ali iriam morrer por minha causa! Eu não conseguiria salvá-los. Eu não era forte o bastante.

Droga!

Tudo em que eu conseguia pensar era no laço negro de poder do meu tio que apertava meu pescoço.

Tentei respirar, e isso me causou uma dor lancinante em minha garganta.

Controle... Controle... Era a única palavra que ecoava em minha cabeça. Era tudo o que me faltava.

Senti uma leve tontura começar a me invadir e parei de lutar. Fechei meus olhos e concentrei todas as forças que me restavam em acumular poder.

Luz e Trevas. Luminosidade e Escuridão. O Bem e o Mal. Anjos e Demônios.

Eu não podia deixá-lo vencer.

Limpei minha mente de qualquer pensamento negativo e deixei meu poder se libertar. Emanando a luz iridescente pelo meu corpo. Concentrei-me um pouco mais e consegui fazer com que meu poder se moldasse e conseguisse quebrar o laço que envolvia minha garganta.

Senti-me um pouco desnorteada quando a primeira lufada de oxigênio invadiu meus pulmões. Eu precisava de um tempo para me recuperar, recuperar o fôlego, mas tempo era o que não tínhamos.

Eu sentia-me leve. Em paz. Como se todos os males fossem ser findados. Como se não houvesse escuridão ou o mal. Somente a paz.

Eu tinha consciência de que todos os olhos daquela sala fitavam-me, mas aquilo era irrelevante.

Eu tinha que cumprir a minha missão. Eu precisava fazê-lo pagar por todo o mal que havia causado a mim e a minha família.

— Max, Simon — chamei, e minha voz soou estranha aos meus ouvidos. Era calma e melodiosa. — Tirem todos daqui.

Eles rapidamente obedeceram, sem dizer uma palavra se quer.

Não foi difícil para Max desfazer a Marca que mantinha minha mãe e os outros prisioneiros presos.

Minha mãe olhou para mim demoradamente antes de sair, havia orgulho em seus olhos. Eu estava fazendo exatamente o que havia nascido para fazer e ela sabia disso.

No fim, era apenas mais uma batalha na infinita guerra do Bem e o Mal.

Agora era apenas meu tio Sebastian e eu.

Vi uma leve mudança em sua postura. Ele não estava mais tão confiante. Eu era uma adversária párea pra ele. Eu era a única que podia derrotá-lo.

Ele tentou me atacar usando seu poder novamente, mas a luz iridescente que me cobria era um escudo impenetrável. Eu dei um passo a frente e ele deu dois para trás. Era o fim dele.

Acumulei meu poder nas palmas das mãos e moldei duas lanças. Ainda mais fortes e brilhantes que as lanças Serafim. Eu sabia o que teria que fazer, e precisava fazê-lo.

Aproximei-me um pouco mais dele e atirei a primeira lança. Ela transpassou sua própria barreira mágica e penetrou em seu coração. Atirei a segunda lança e esta atravessou Sebastian poucos centímetros a esquerda da outra.

Ele tentou me atingir ainda mais duas vezes antes de ter seus demônios arrancados de dentro de si, mas foi em vão.

Vi as lanças que o transpassaram serem tomadas por uma névoa enegrecida e explodirem em seguida, espalhando seu brilho dissolvido sobre meu tio, que caiu instantes depois.

O que o mantinha seu corpo vivo, havia sido arrancado de dentro dele, então o que sobrara fora apenas um corpo vazio, cuja alma havia sido consumida por demônios que agora não existiam mais.

De repente senti-me imensamente cansada. Como se todo o esforço que eu fizera começasse a me atingir. Eu me sentia esgotada. Totalmente sem energias. Senti-me fraca e senti meu corpo pender para o lado.

Desmaiei antes de atingir o chão.

A última coisa da qual me lembro é de um par de pés calçados em coturnos pretos aproximar-se depressa.

***************************************

Minha cabeça doía. Meu corpo latejava. Eu me sentia como se tivesse corrido uma maratona durante os últimos dois dias, ininterruptamente.

Eu estava esgotada.

— E a bela adormecida finalmente acorda — disse uma voz feminina e um pouco rouca ao meu lado. Demorei um pouco para identificar a quem pertencia.

— Maya — disse, levantando um pouco, para poder ficar sentada. Senti como se todos os meus ossos rangessem ao fazer esse movimento.

— Vá com calma — disse ela vendo a minha expressão de dor. — Você esteve dormindo por dois dias. Sofreu um grave envenenamento. Precisa se recuperar.

— Envenenamento?

— O Max me contou o que aconteceu. Pode ter sido provocado na hora que o Sebastian tentou te estrangular. Engoli em seco ao ouvir aquilo.

Então, havia sido mesmo tudo real? Para mim, tudo havia se parecido com um sonho distante e ilusório.

— Então acabou? — perguntei, alegrando-me. — Então está tudo bem agora?

A luz sumiu de seus olhos por uma fração de segundo e então ela abriu um largo e encantador sorriso.

— Você precisa descansar agora — disse ela, sem olhar-me nos olhos. — Tudo vai ficar bem.

Senti minhas pálpebras pesadas.

Antes de cair no sono vi uma seringa em sua mão e um tubo com soro saindo da minha mão direita. Porque eu estava sendo tratada por medicamentos mundanos?



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Notas finais do capítulo

Hey people. Desculpem a demora. Mesmos motivos de sempre. Então, me perdoem e digam o que acharam desse capítulo....
xoxo