As Crônicas De Nárnia - Trono Real escrita por Carrie Lerman


Capítulo 9
Peões em um jogo de Xadrez


Notas iniciais do capítulo

Oie!!! Desculpem a demora mas é que eu não entro nem sabado nem domingo, so as vezes entro nos sabados... Entao, ta ai mais um desenrolar da fic!! Espero seus comentes!! Casp kisses



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Edmundo e Caspian procuraram pela telmarina por todo o vilarejo sem encontrá-la. O rei já estava preocupado com sua fiel amiga, temendo que algo ruim tivesse lhe acontecido. Então ambos resolveram voltar ao castelo, e organizar um pequeno grupo de soldados para saírem à procura da moça. Quando chegaram Caspian foi recebido por uma surpresa.

_Drinian? _sorriu o rei indo rumo ao velho capitão do Peregrino. _O que faz aqui?

_Como vai majestade? _disse o amigo sem esboçar um sorriso.

_Como vai o Peregrino?

_Tudo bem com todos, e o navio está em boas condições. Mas o que me trouxe aqui foi outro motivo...

_Já imagino o que seja, mas prossiga.

_Os mares do norte foram cobertos por gelo majestade. _continuou o capitão. _Eu e alguns dos marinheiros tivemos que vir por terra até o castelo, para não perdermos o peregrino.

_Drinian estava nos falando sobre as fortes mudanças nas correntes marítimas.  _continuou um soldado.

_O que pode ter causado tais mudanças bruscas majestade? _questionou o capitão.

_Temo que a feiticeira branca tenha algo a ver com tudo isso capitão. _concluiu Caspian tocando o ombro de Drinian.

_Impossível senhor... _Drinian franziu a testa. _Pensei que apenas o sangue de um dos filhos de Adão pudesse trazer tal feiticeira de volta...

_É uma surpresa pra todos nós... _todos se viraram e seguiram pelo corredor.

_Ainda assim acredito que tenha outra explicação majestade... _respondeu um dos marujos do navio. _Passamos por alguns povoados, e notamos algo particularmente assombroso.

_Do que exatamente está falando? _Caspian o encarou.

_Os homens de certas aldeias, e cidades senhor. _ele continuou. _Muitos deles sumiram. Suas esposas e filhos deram a descrição daquilo que poderia tê-los levado.

_Prossiga... _esperou Caspian.

_Dizem que uma espécie de neblina cinza surgiu no meio da noite levando os homens que não estavam em suas casas. Apenas homens majestade...

_Como no vilarejo de Agnes Caspian... _concluiu Edmundo.

Caspian encarou o capitão, depois seguiu em frente, sendo acompanhado pelos demais. Assim que todos entraram na grande sala, encontraram Suzana sentada em uma das cadeiras encarando Agnes que estava em pé diante dela, em frente à mesa, com as mãos escoradas sobre a mesma e também mantinha os olhos focados na rainha. Edmundo achou aquele clima meio estranho, mas não comentou nada, apenas olhou para Lucia que também estava com elas. Caspian se apressou a adentrar a sala.

_Por onde esteve? _perguntou Caspian ao se aproximar de Agnes.

_A encontramos na mata... _respondeu Suzana voltando seus olhos azuis para Caspian. _Sozinha...

_O que fazia lá? _ele franziu a testa.

_O vilarejo foi atacado por alguma coisa que eu não sei dizer o que era... _Agnes lançou sobre Suzana um olhar profundo. _Achei melhor sair e verificar do que se tratava, e acabei descobrindo que boa parte dos homens da aldeia simplesmente desapareceu...

_É acabo de ser informado disso, aliás, viemos de lá agora... _disse o rei passando pelas costas da amiga. _Sua mãe está preocupada...

_O que foram fazer lá? _Agnes franziu a testa.

_Precisava de voce aqui, ordenei que Cleveland liderasse um pequeno grupo junto com Pedro rumo ao norte... _ele se explicou escorando as mãos a cabeceira da mesa.

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_Sem ao menos saber do que se trata? _Agnes questionou o rei como se ele tivesse tomado uma péssima decisão.

_Foi pra isso que os mandei pra lá... _Caspian franziu a testa não gostando da pergunta. _Pra descobrir.

Todos estavam um pouco confusos diante do dialogo, sem entender bem porque a moça telmarina se referia ao rei sem a menor formalidade, como se ambos fizessem parte da mesma dinastia, e Caspian não parecia se importar com isso. Mas dentre todos quem menos aprovava tal comportamento era Suzana.

_Só espero que eles não encontrem com a feiticeira branca... _a moça encarou Caspian como se fosse sua irmã mais velha. _Por que boa parte dos nossos bons soldados foi com ele... Seria uma pena que todos virassem estátuas de gelo... _Agnes se afastou da mesa e andou em direção a janela.

Todos na sala ficaram pasmos e boquiabertos com as palavras da moça, e dessa vez até mesmo Caspian fechou a cara, a encarando enquanto ela andava pela sala. Não foi uma atitude muito agradável da moça, enfrentar o rei de tal forma diante de todos. Ele não se importava de ter a amiga lhe dando conselhos de vez em quando, mas desafiar sua autoridade assim... Caspian não gostava de ver sua autoridade como rei, contestada sequer pelos outros reis e rainhas de Nárnia.

_O que a feiticeira poderia querer capturando os homens do povoado? _questionou Lucia quebrando o silencio mortal.

_Talvez montar seu próprio exercito... _concluiu Ed.

_Seja o que for que deseja, não vamos ficar esperando pra descobrir... _disse Caspian desviando o olhar de Agnes que já estava na sacada.

_E o que pretende fazer agora? _questionou Suzana.

Agnes voltou a olhar para dentro da sala, esperando uma resposta do rei.

_Vamos reunir o restante dos soldados... Deixá-los sob aviso de um possível ataque. Se ela pretende nos enfrentar, não vai demorar muito a fazer.

Todos se entre olharam e concordaram com a decisão do rei. Ele por sua vez dispensou alguns dos presentes, e enquanto estes se retiravam, ele voltou seus olhares à amiga que o observava do canto da sala, escorada em uma coluna de mármore com os braços cruzados. Suzana foi a ultima a se levantar da mesa, e logo se uniu aos irmãos, mas manteve os olhos fixos em Caspian que se afastou da mesa e andou até a amiga.

_Minha decisão te desagrada? _ele a encarou.

_Mandou meu pai em uma missão sem nem saber bem o que o espera... _respondeu apertando os olhos. _O que voce acha?

_Cleveland é meu melhor soldado, é experiente e não está sozinho, o rei Pedro está com ele...

_Claro, o rei Pedro...

_Não confia na competência de Pedro? _mais um franzir de testa. _Pensei que tivesse fé nos reis antigos...

_Ele pode ser um bom rei, disso não duvido, mas ainda é meu pai que está na linha de frente. O peão mais fraco em um jogo de xadrez é sempre a primeira peça a se mover no tabuleiro, e consecutivamente o primeiro a cair...

_É uma missão de reconhecimento, não uma batalha... Não seria leviano arriscando meus melhores soldados se não soubesse o que estou fazendo... _Caspian não precisava se explicar, afinal ele era o rei, mas mesmo assim se deu ao trabalho pelo apreço que tinha pela moça.

_Por que foi me procurar?

_Conhece melhor os soldados do que eu, e na ausência de seu pai, voce é a melhor pessoa pra me acompanhar ao dar as noticias... Além do mais fiquei preocupado quando a senhora Burdick disse que voce havia sumido...

_Sei me cuidar sozinha... _respondeu com certa rispidez. _Eu vou deixar os soldados de sobre aviso...

Agnes passou por Caspian o deixando com um enorme ponto de interrogação na testa sem entender que bicho tinha mordido a moça. Agnes costumava ser um pouco ríspida às vezes durante os treinamentos, mas nunca com ele. Ela era tão doce e gentil, sempre mantendo nos olhos aquele brilho adorável, e um belo sorriso tímido quando estava diante dele.

Alguns passos de onde ele estava, Suzana o encarava com expressão curiosa, notando a confusão nos olhos dele. Um pouco de ciúmes tomou seu coração, ao ver que Agnes era realmente uma mulher que tinha certa importância na vida do rei. Mesmo que fosse apenas como amigos, como ele insistia em dizer. Mas havia coisas que somente uma mulher reconheceria. E Suzana sabia que Agnes não era apenas uma moça inofensiva, e começava a suspeitar do comportamento da moça diante do rei. Algo que sua irmã Lucia já havia constatado muito antes, pois estava mais atenta as coisas que se passavam ao redor.


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