"O que você está fazendo aqui, Lily?"

"Contando carneirinhos."

"E por que diabos está fazendo isso?"

"É uma expressão trouxa, Potter. "

"..."

"Estou cercada de pergaminhos e livros. O que você acha que as pessoas fazem quando estão nessas circustâncias, dentro de uma biblioteca?"

"Na verdade, sempre me pergunto isso. Quer dizer, existem tantos outros lugares melhores para se estar, como as salas vazias e..."

"Não comece com suas perverções. Eu estou tentando estudar, caso sua inteligência limitada ainda não conseguiu assimilar a cena."

"Na verdade, eu suspeitei. Mas não quis acreditar."

"Acreditar no quê, Potter?"

"Que você está aqui trancada, cerdada de objetos poeirentos e mofados, enquando pode estar lá fora, aproveitando o sol na beira do Lago Negro como qualquer outro adolescente normal."

"Você está, por acaso, está me chamando de anormal?"

"..."

"Ora, Potter. Não tenho culpa se todos pensam como você. Já eu, por exemplo, prezo as prioridades. E, nesse momento, a prioridade é meu trabalho de Herbologia."

"Parece ser uma prioridade bem chata, huh?"

"Pouco me importa a sua opinião. Suma da minha frente e me deixe trabalhar em paz."

"Ouch, Lily. Não seja assim tão rude."

"Quer que eu seja agradável enquanto você está me incomodando?"

"Seria gentil de sua parte."

"Não, obrigada. Apenas suma."

"Você deveria me agradecer, na verdade."

"..."

"Sabe, eu poderia estar lá fora com o tal bando de jovens imprudentes, mas estou aqui, impedindo você de ficar louca."

"Desculpe?"

"Ora, Lily. Cheirar toda essa poeira não deve fazer bem ao cérebro humano."

"Madam Pince trabalha aqui á anos."

"Exatamente."

"..."

"A coitada trabalha em uma biblioteca. E convenhamos, ela não é uma pessoa que se pode chamar de normal."

"Já entendi. Vai me deixar trabalhar em paz ou não?"

"Me prometa que vai ao Lago comigo depois."

"Não."

"Então eu fico."

"Potter, eu preciso terminar isto."

"Você precisa se divertir! Ficar trancada aqui o dia inteiro não é saudável, Lily. Você precisa de vitamina D."

"Minha pele é branca, você sabe muito bem o que acontece quando pego sol."

"Você está inventado desculpas."

"É claro que não. Eu realmente preciso terminar o trabalho."

"Eu juro que deixo você em paz se aceitar meu convite."

"Promete?"

"Prometo."

"..."

"E então?"

"Talvez."

"Talvez? Isso é um sim?"

"Não."

"Um não?"

"Não."

"Lily, você está fazendo meu cérebros dar nós. Explique-se."

"Não, isso não é um sim. É um talvez."

"E o que eu faço para o talvez virar sim?"

"Saia da minha frente."

"Mas como irei saber se sua resposta virou um sim se eu não estiver aqui?"

"Eu aviso a você."

"Mas como?"

"EU DOU UM JEITO. Mando uma coruja, peço para um primeiranista levar o recado, não importa. Apenas suma daqui agora."

"Já entendi, não é preciso rosnar. Mas prometa que me avisará."

"Eu prometo, James. Eu prometo. Me deixe trabalhar."

"Você me chamou de James?"

"Algum problema?"

"É claro que não! Isso é ótimo, na verdade."

"Tudo bem, agora vá."

"Vou estar te esperando."

"Já entendi."

"E não fique muito perto dos livros, a poeira não faz bem a você."

"James, vá."

"E não esqueça de me avisar!"

"JAMES CHARLUS POTTER, SAIA DAQUI AGORA!"

"Shiu, Lily! Estamos em uma biblioteca."

"..."

"Ouch! Já entendi, estou saindo! Jogar tinta no meu cabelo foi totalmente desnecessário."

"Potter, eu juro que o talvez irá virar um não."

"Ok, ok, já saí! E pense com carinho no meu convite, Evans. Garanto que não irá se arrepender."

"Talvez, Potter. Talvez."