Never Let Me Go escrita por Strangers in Paradise


Capítulo 8
Capítulo 8. A Academia Misteriosa


Notas iniciais do capítulo

Oi meus amores! Tudo bem com vocês?
Bem, aqui está o capítulo!
Espero que gostem!
Comentem! Quero saber o que vocês estão pensando!
Me digam, o que acharam da mudança do lançamento da Marca de Atena? Eu já li em Inglês, ehheh eu sei como termina e garanto, é emocionante!!
Beijos, bye!
.-.



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POV. Annabeth Chase.

Acordei com o som do despertador ecoando pelo quarto. Abri meus olhos, e levantei meu braço para desligar o despertador, como sempre fazia toda manhã. Dei um bocejo e esfreguei meus olhos com as palmas de minhas mãos quando o som do mesmo se sessou. Retirei a coberta de cima de meu corpo e me sentei na minha cama. Senti um arrepio percorrer meu corpo quando meus pés descalços encostaram no chão frio. Dei uma olhada no quarto, quase vazio tirando os simples móveis que estavam ali. 

" Essa foi a nossa última noite dormindo neste quarto. " pensei. " Passei quase 8 anos aqui, acho que será difícil de me acostumar a dormir em outro. "  Suspirei discretamente.

Me levantei da cama, e dei uma olhada em Thalia. Ela ainda estava dormindo; Estava aconchegada no seu cobertor que a tapava da ponta de seus pés até seu cabelo repicado preto. Provavelmente ficaria naquela posição até eu sair do banheiro.

Peguei a roupa que iria usar para a viajem, uma regata branca, uma calça jeans desgastada; minha toalha para o banho, e entrei no banheiro. Fechei a porta, coloquei a roupa e a toalha na pia, e me olhei no espelho. 

Meus cabelos estavam até que arrumados, mas meu rosto demonstrava que eu não conseguira dormir bem a noite. Meus olhos estavam com pequenas olheiras, enquanto meu rosto estava com a aparência amassada por causa do travesseiro. Abaixei meu olhar, e vi que meu pijama estava amassado e estava um pouco enrolado, ou seja, a blusa do pijama estava encolhida assim como a calça do mesmo. Os ajeitei, e peguei minha escova para fazer minha higiene pessoal.

Depois da minha higiene, me despi e entrei dentro do box. Tomei uma ducha rápida, lavando meus cabelos cacheados. A água estava morna, então era mais difícil de querer sair debaixo da mesma. Mas por fim, tive  que sair pois ouvi Thalia gritando, provavelmente estava do outro lado da porta.

- Vamos Annabeth! Você está aí faz uma década! Eu também quero tomar banho, porra! - ela estava exagerando.

- Já vou sair. - gritei de volta enquanto fechava o chuveiro. 

Peguei a toalha e me sequei. Depois de seca, vesti minha roupa. Peguei meu pijama, minha toalha molhada e as minhas outras peças de roupas íntimas e os coloquei dentro da sacola de roupas sujas que tínhamos separado para a transferência de hoje. Peguei meu pente do armário do lado do espelho e abri a porta, revelando uma Thalia me encarando.

- Já estava na hora hein? Porra, Annabeth! Já estava indo pegar meu celular pra ligar pra policia para te tirar daí!- ela disse, e eu não soube dizer se ela estava brincando ou se estava mesmo com raiva. Antes que eu pudesse responder, ela fechou a porta com força.

" Credo... " - pensei enquanto desembaraçava meus cabelos molhados com o pente. " Thalia está de TPM. "

Ouvi um estrondo vindo de dentro do banheiro, mas não soube identificar de qual objeto que Thalia o fez. 

Salve-se quem poder. É hoje que ela mata um. " pensei enquanto ouvia Thalia dar um gritinho de frustração quase feminino demais para ela. 

[...]

- O que eles estão olhando? Por acaso estou usando maquiagem de palhaço pra me encararem? - perguntou Thalia enquanto nós nos sentávamos na nossa mesa. 

- É o nosso último dia aqui, Tha. Eles querem gravar bem nossos rostos, é só isso. - eu disse um pouco triste, enquanto dava uma garfada em meus ovos mexidos. - Não é nada demais, já já eles param. 

Thalia bufou e começou a comer seu cereal com leite. 

Depois de alguns segundos, ela me perguntou me olhando com a expressão séria.

- O que você acha quer será essa nova academia? 

- Eu não sei, Thalia. - disse suspirando discretamente. - Eu não sei nem o nome da academia. 

- Sério? - ela perguntou. - Eu pensei que ele tinha dito pra você, porque pra mim, ele não contou também.

- Thalia, se você que é a filha do homem que fez nossa transferência e não sabe, como eu poderia saber? - perguntei o óbvio. 

Thalia só concordou com a cabeça e voltou a comer ser cereal.

Senti minhas costas queimarem, e deduzi que alguém estava me observando. Me virei lentamente e vi a última pessoa que eu queria ver antes de partir: Lee. Meus olhos ficaram presos aos seus.

Ele estava do lado da porta, literalmente se desculpando com o olhar. Mas o que me chamou a atenção foi que em seu ombro, tinha uma mochila pendurada, e do seu lado, uma mala grande estava colocada. 

" Ele está indo embora. " pensei. 

Lee me lançou mais um olhar significante, e vi que em suas mãos, estava a minha adaga. 

Sem me controlar, me levantei da mesa e segui em sua direção. Ouvi Thalia me chamar, mas assim que viu a situação parou. Me aproximei dele até ficar em sua frente. Lee me olhava intensamente, e eu me segurei para não dar um soco em seu rosto, e assim, o torturar até que eu me cansasse. 

- Eu só vim para me despedir. Espero que um dia possa me perdoar. - ele disse com a voz baixa, mas o seu tom era de puro ressentimento. - Não precisa me dizer que foi minha culpa, pois foi. E eu mereço ser expulso da academia...

- Não. - eu o cortei fria. Eu estava quase a beira de lágrimas. - Você merece muito mais do que ser expulso da academia, Fletcher. E eu não vou te perdoar pelo o que você fez.

Lee abaixou a cabeça, mas eu consegui ver sua expressão facial: ele já estava esperando ouvir isso de mim.

- Talvez um dia você possa. - ele disse mais para si mesmo do que para mim, mas eu consegui ouvir. 

- Antes de você ir, - ele disse com o tom um pouco mais elevado. - Eu quero que fiquei com sua adaga. Eu a peguei depois do funeral. - ele disse e me alcançou a adaga que estava em suas mãos. Quando a peguei, a ideia de enfiá-la em sua barriga me pareceu tentadora, mas tentei me conter. 

- Depois do funeral? - eu perguntei seca e fria.

- Eu... eu compareci ao funeral, Annabeth. - ele disse, tentando conter as lágrimas que ameaçavam cair de seus olhos. - Se você não pode me perdoar, espero que Rachel possa. - eu abaixei minha cabeça. - Adeus, Annabeth. Espero o melhor para você e Thalia na nova academia.

Lee se virou para sair do refeitório, mas eu o parei.

- Boa sorte, Lee. - ele se virou pasmo. - Mesmo que você não a mereça. 

Lee me encarou por alguns segundos, e depois assentiu com a cabeça. Ele se despediu novamente, e sai do refeitório. 

Eu seguirei firme a adaga em minhas mãos. 

- Annabeth? - ouvi a voz de Thalia atrás de mim. 

Me virei, e percebi que todos do refeitório me observavam, inclusive Melisse e as outras cozinheiras.

Respirei fundo e disse:

- Vamos, Thalia. Está quase na hora de partimos. - e assim, deixei o refeitório á passos rápidos e pesados. Tentando a todo a não deixar que as minhas lágrimas caírem de meus olhos.

" Eu não sou assim. Eu sou uma pessoa forte, fria. Não posso me deixar levar por essas emoções. " - pensei enquanto apertava mais  a adaga em minhas mãos. " Elas ainda serão a minha ruína. " 

[...]

8:37 - o som do despertador ecoou pelo quarto. 

Thalia já estava no saguão com suas malas. Mas eu disse á ela que eu não iria agora, não era tão simples deixar o lugar que eu passei por quase 8 anos assim, tão fácil. Eu me apeguei á esta academia, passei o final da minha infância até a metade de minha adolescência aqui. E isso não é uma coisa que é tão simples de se despedir. 

Me sentei á minha cama, e passei minhas mãos pelo edredom lilás que eu usava para me tapar de noite. Me aproximei da guarda da cama, onde eu tinha escrito com uma caneta meu nome. 

Annabeth C.. Passei meus dedos por cima da minha antiga caligrafia. Eu tinha escrito ali na minha primeira noite. 

Me ajeitei na cama novamente, e olhe para o quarto. Ele parecia sem vida. Sem as nossas coisas, o quarto parecia incompleto. Mas era assim que ele ficaria a partir de hoje. Em vez de eu e Thalia aqui, outras pessoas iram ficar, e eu me pergunto se elas cuidaram dele. 

" Que pensamento idiota, Annabeth! " - pensei. 

Fechei meus olhos, e suspirei. 

" Está na hora de deixar o passado para trás. " - pensei. 

Abri meus olhos, me levantei da cama e fui em direção á porta, onde minhas malas estavam. O quadro de Rachel teria que ir por correio até a nova academia, e eu, assim como Thalia, temíamos que algo acontecesse com ele.

Peguei as duas malas, uma em cada mão, e olhei para o quarto, tentando memorizar cada detalhe e defeito do mesmo em minha memória. Suspirei.

" Mas o problema é que eu não quero deixá-lo ir. " - pensei, e assim, abri a porta do quarto. Coloquei minhas malas do outro lado da porta e as larguei ali. Dei uma última olhada pelo quarto, tentando não pensar que eu nunca mais o veria. Mas o relógio em cima do criado mudo indicou que faltava 10 minutos para ás 09:00am. Suspirei, e fechei a porta contra a minha vontade. 

[...]

- Prontas, senhoritas? - Argos, o motorista de nossa viajem até a nova academia, terminou de colocar nossas malas no porta-malas e se virou para nós.

- Que seja. - Thalia disse e se sentou no carro, colocando seus fones de ouvido.

Argos olhou para mim.

- Claro. - eu respondi enquanto ia em direção á porta do carro.

Me sentei no lado de Thalia, a qual estava ouvindo Holiday do Green Day. Como eu conheço essas músicas? Passei tanto tempo ouvindo que até já decorei as músicas. Eu até gosto, mas não sou fã como ela. 

Argos se sentou no assento do motorista e deu a partida no carro. Enquanto o carro se movia, eu fiquei olhando a academia. E a cada centímetro que o carro se movia, eu via a academia se afastar mais. Eu estava mesmo deixando a minha casa, uma das minhas melhores amigas, e a minha antiga vida por um contrato que eu não fui informada. Eu estava deixando essa antiga vida para viver uma nova, a qual eu não sabia o que me aguardava.

[...]

Quando chegamos ao aeroporto, eu notei que o mesmo estava muito cheio. Estava lotado com pessoas que passavam apressadas, enquanto outras conversavam, se despediam, e aguardavam pela chegada de outras.

Quando fizemos o check in para o voo, vi um casal se despedindo. Não sei o motivo, mas senti um aperto no coração ao ver o casal dando entre beijos, promessas e despedidas. Ambos estavam chorando, e pelo o que eu pude perceber, era ela quem estava partindo. A chamada do voo dela soou pelos auto falantes, informando que era a última chamada para o embarque. Os dois se abraçaram forte, como se quisessem permanecer naquela posição para sempre como se nada pudesse separá-los. Ele quebrou o abraço relutante, e limpou as lágrimas que caiam dos olhos de sua amada. Ela em resposta, sorriu. Os dois disseram mais promessas, até que a moça teve que se despedir, se não não conseguiria embarcar no avião. Ambos deram um beijo apaixonado, um beijo de despedida. Ambos sorriram, e ela se virou, e começou a caminhar em direção á porta do túnel que dava no avião. O rapaz, não se conteve e chorou mais quando ela abanou e assim, entrou dentro do túnel. Ele tentou ser forte na frente de sua amada, mas não conseguiu se permanecer assim com sua partida. Ele, tentou inutilmente limpar as lágrimas que caiam de seus olhos enquanto caminhava entre a multidão de pessoas, as vezes se esbarrando em alguns, e outras vezes alguns se esbarravam nele. Mas assim ele se foi, desaparecendo entre a multidão.

" Não sei qual foi a parte que me tocou nesta cena. "- pensei 

Fui retirada de meus pensamentos quando a chamada do nosso voo soou pelos altos falantes.

Eu, Argos e Thalia seguimos para o portão 6, onde entraríamos no túnel do nosso avião. 

Quando entramos no mesmo, Argos nos indicou nossas poltronas, as quais eram  F 16,17 e 18. ( N/A: Qualquer semelhança é mera coincidência ) Thalia se sentou na janela, enquanto eu ficava no meio e Argos ficava na poltrona do corredor do avião.

Um aeromoça apareceu oferecendo balas, e eu aceitei uma. Thalia e Argos recusaram. 

Quando o voo começou, eu me segurei firme na poltrona. Argos me olhou intrigado.

- Primeira vez de avião?

- Não. - eu disse. - Eu já tinha viajado  com meus pais. 

Argos concordou com a cabeça, e o avião decolou.

Quando chegamos á uma certa altitude, Thalia adormeceu assim como argos. Me deixando sozinha.

Me ajeitei na poltrona, e fechei meus olhos. O voo seria de 2 horas, então eu tinha bastante tempo até a chegada em London.

[...]

- Annabeth! Acorde! Já chegamos, porra! - a voz de Thalia me acordou. Abri meus olhos e me acostumei com a claridade do avião, e olhei pela janela. 

Não era tão grande como New York, mas mesmo de dentro do avião, eu conseguia perceber que a cidade era linda. 

A aeromoça nos avisou que em instantes estaríamos pousando e era para afivelarmos os cintos e nos preparar para o pouso.

[...]

O aeroporto não estava tão cheio, mas mesmo assim, as vezes  nos esbaramos em algumas pessoas. 

Para conseguir nossas malas, demorou mais ou menos uns 20 minutos. E para conseguir o carro que Argos ou Zeus tinham alugado, tivemos que esperar por 1 hora. Mas por fim, o carro apareceu, e Argos  colocou nossas malas no porta-malas.

- Pronta, Annabeth? - Thalia me perguntou enquanto entrávamos no carro.

Eu a olhei, enquanto ela prendia o cinto de segurança. Suspirei discretamente.

- Não, mas mesmo assim, vamos lá. - eu disse e Thalia deu um risinho baixo.

Enquanto prendia o meu cinto de segurança, Argos deu a partida no carro e falou:

- Senhoritas, no máximo 20 ou 30 minutos estaremos em sua mais nova casa. - e assim, o aeroporto foi ficando para trás, dando a vez para a cidade aparecer.

Era bonita e aconchegante. Tinha muitas árvores, lojas, mas o principal era que tinha muitas praças e starbucks. 

" Eu adoraria pegar um bom livro para ler numa dessas starbucks enquanto tomava um capuccino bem quente. " - pensei enquanto sentia o cheiro de café entrar pelo ar condicionado.

Enquanto passávamos pela cidade, o silêncio tinha se instalado entre nós, assim como na viajem inteira. 

Parei de observar a paisagem, e coloquei meu olhar sobre Thalia. A mesma estava observando com uma expressão triste para o vidro, enquanto em seus fones de ouvido tocava a música Boulevard Of Broken Dreams. 

Voltei minha atenção na paisagem, mas percebi que a mesma tinha mudado. No lugar das casas, apartamentos baixos e pequenos, das praças e starbucks, agora só tinha algumas casas um pouco distanciadas e árvores grandes e compridas, enquanto uma pequena floresta se aproximava á frente.

- Senhoritas, - Argos nos chamou. - Bem vindas ao seu mais novo lar.

" É agora. " pensei quando vi um prédio grande e cinza não muito distante de onde estávamos. " É agora que vou conhecer minha mais nova casa. A academia misteriosa. " 


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