Never Let Me Go escrita por Strangers in Paradise


Capítulo 36
Capítulo 36. Custe o quê custar.


Notas iniciais do capítulo

220 leitores.
Se eu não tiver mais de 30 reviews nesse capítulo, eu não posto o próximo.
Eu tô puta mesmo. Só alguns leitores são fiéis. Essa fic não vai ter fantasmas.



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POV. Strangers In Paradise

Não! Será feito como planejado! - o grito de raiva ecoou no quarto. - Não importa se meu filho abestalhado estiver se intrometendo com a minha neta! O plano continuará!

Luke teve vontade de jogar o celular na parede, mas se conteve. A ligação foi encerrada, e Will sentou-se na cama, segurando a faca nas mãos, olhando para o parceiro. Luke olhou-o, guardando o celular.

– Reia não gostou da mudança dos planos que seu pequeno amante armou sem ela saber. Ela vai ter que fazer alguma coisa a respeito, ainda não sabe o quê é, mas vai nos mandar um e-mail quando souber.

Will estranhou, e franziu as sobrancelhas.

– Espera. - ele se sentou melhor na cama de solteiro. - Quer dizer que Kristian é o amante de Reia? O nosso chefe namora com a chefe?

– Yeah, e aposto que ele está com hematomas bem feios ao redor de seu corpo por não ter sido um bom cachorrinho.

Will riu. Ele nunca gostou de Kristian. Mesmo sendo pago para o quê estava fazendo, ele odiava seu serviço. Não tinha ido para o exército para isso. - Ele teve o quê mereceu.

Luke não podia deixar de concordar. Agora precisava ligar para o garoto da academia. Enquanto discava o número, Will se levantou e começou a colocar a jaqueta de couro por cima da blusa de manga curta. Luke olhou-o intrigado quando o garoto não havia atendido a ligação.

– O quê foi? - perguntou enquanto pegava a carteira. - Ele não atendeu?

– Não. - ele desligou o celular. - Aonde vai?

– Aonde nós vamos. - ele disse e jogou a jaqueta para Luke, sorrindo. - Tem umas universitárias bem gatas no bar da esquina. Hoje é noite de folga do trabalho.

Luke não conseguiu deixar de sorrir. Seu parceiro do crime era mesmo seu melhor amigo.

[...]

Todos os alunos estavam exaustos e machucados. A pequena batalha na floresta foi até as nove horas da noite, coisa que Ares nunca tinha feito. Lanternas tinham sido colocadas nos riffles de tinta, e os alunos foram forçados á uma série de desafios durante a noite. Obstáculos, lutas, arremessos de facas, mais um desafio de times com paintball, e até mesmo o famoso jogo que Ares adorava, o famoso polícia e ladrão. Dois times, um do polícia, agarradores, e outro do ladrão, corredores... Todos foram postos ao limite naquela noite.

Todos. Não somente os alunos. O diretor e o sub-diretor da Force Academy tiveram uma reunião importante com um dos patrocinadores vindos da Austrália. Eles estavam observando os alunos pelas câmeras instaladas nas árvores e arbustos com visão noturna enquanto estavam na floresta. O homem se interessou pelo filho de Zeus, Jason Grace, assim como a garota, Thalia Grace. E desejava os dois em seus negócios, dizendo que preferia agentes irmãos do quê desconhecidos.

Mas Poseidon disse que não era possível. Zeus próprio havia dito que não queria que os dois tivessem conhecimento de sua árvore biológica. Para ambos, eles estavam mortos. A história contada não podia ser desmascarada agora. Então, o homem se interessou em outros dois alunos da academia, os quais, Poseidon estava disponível liberar. E assim, o contrato fora feito. Os contratos eram fechados com o sim da família, e no caso dos órfãos, com o sim deles. Isso era obrigatório. Todas as academias tinham isso no contrato. Mas ambos só poderiam sair da academia depois do Natal. Esse sempre fora o acordo de Poseidon com todos os patrocinadores. Até mesmo para se ajeitarem, no final do ano, sempre tinha as trocas. Idas e voltas... Era melhor depois das datas comemorativas.

Depois do homem, outro patrocinador, vindo da Grécia, um homem grisalho e velho, dono de uma agência de segurança internacional privada, estivera interessado em Octavian, Cora, Charles, Silena e Piper. Poseidon teve que recusar a oferta em Piper. Ela tinha dito não mais uma vez... E o pai não aprovara também. Então, o homem só iria levar Octavian, Cora, Charles e Silena. E assim, o acordo fora fechado. Ele precisava de dois casais.

Os outros patrocinadores não tinham certeza. Queriam outra forma de demostração de força, resistência... Da capacidade de cada um. Vários já tinham em mente quais dos alunos queria, mas queriam ter a certeza absoluta antes de os comprarem. Todos concordaram de voltar domingo de manhã, para mais uma reunião.

– Essa foi só a primeira de muitas. - arfou Dionísio, bebendo mais uma taça de vinho. - Nunca tivemos tantos patrocinadores em uma só noite.

Poseidon continuou olhando para a janela, cansado... Tinha esse sentimento ruim dentro de seu peito ao ver seus alunos voltarem para dentro, sujos, com tinta, e expressões de dor. Eles ainda não estão prontos... O carinho dele pelos seus alunos era enorme. Mas algo chamou sua atenção. Nos últimos alunos, dois se destacavam. Estavam perto um do outro, em silêncio, mas sorrindo. Uma loira e um moreno. Annabeth e Percy... A alegria do diretor e pai de Percy era incomparável... A loira podia ser a salvação do garoto.

Poseidon fechou os olhos lembrando da noite que tudo mudou.

– Senhor? Você conhece Perseus Jackson Olimpus? - o policial perguntou na porta da casa em Portland.

– Sim, do quê se trata, senhor? - perguntou, já tremendo. Por favor, não se trate de Percy...

Seu filho está na delegacia, preso por matar a jovem que o acompanhava em um acidente de carro. O nível encontrado de álcool era muito elevado. O senhor terá que participar no tribunal, amanhã de manhã.

Poseidon não sabia qual fora seu erro na vida de Percy. Ele não era tão ausente... Sally sempre esteve do seu lado. E mesmo assim, pega o carro do amigo e vai para uma festa, bebe além do quê consegue aguentar, e sai com cinco pessoas em um carro no meio da madrugada. E agora se tornara arrogante, frio... Uma outra pessoa.

Se não fosse por Poseidon, Percy Jackson estaria na cadeia neste exato momento.

– Poseidon? - perguntou Dionísio.

– Sim? - virou-se para o companheiro, e pegou seu copo de Whisky.

– Vai continuar com o plano? Manter as três garotas, a sua sobrinha, a loira e a filha do ator longe deles?

– Sim, é o quê pretendo. - disse e sentou-se exausto na cadeira.

– E o perneta?

– Grover? - perguntou e olhou-o. - Ele disse que sim. Ele quer. O cara de Boston estava interessado nele.

– E seu garoto? - Dionísio fez cuidado ao falar em Percy.

– Ele quer sair daqui o mais rápido possível. Ele tem quase dezenove anos... - e suspirou.

– Deixe-o com a garota. - disse ele sério, mas com um olhar diferente. - Ela faz bem pra ele. Todo esse ciúme dele o está mudando.

– Mas tem a questão do Alec. E das duas garotas, a filha do empresário, Calipso, e a órfã, Drew. Todos envolvidos... Não sei, Dionísio...

– Não se esqueça da sua sobrinha punk e do namoradinho dela. - Poseidon conseguiu sorrir ao ouvir o desprezo na voz do sub-diretor. - Qual era o plano pra ela mesmo? No final do ano?

– Ela, o filho de Hades, a filha de Atena e o meu filho vão para Califórnia. - Poseidon engoliu o resto do whisky. - Eles nunca encontrão eles lá.

– Ouvi dizer... - começou Dionísio, mexendo na taça de vinho. - Pelo meu espião, aquele lá que eu contratei... - fez um gesto com a mão de desdém. - Que seja quem for, está atrás da sua herança. - e o olhou, seriamente, com o maxilar trincado. - A herança que seu pai os deu. Para os três.

Poseidon franziu a testa. A ameaça da academia de Zeus... Fazia sentindo... Mas porquê só agir agora?

– Ele ouviu boatos em um bar de New York sobre isso. Mas boatos são boatos... Só que eram boatos de policiais de banco. Dizem que muitos assaltos aconteceram nos últimos anos mas que nunca levaram o quê vieram buscar. Aparentemente, porque nunca acharam. - Dionisio tomou o vinho. Poseidon estremeceu. - Alguém não ficou feliz com a herança que seu pai deixou.

– Meu pai era um homem velho quando morreu. Faz dez anos desde o funeral. - disse. - Ele conheceu muita gente, fez muitos inimigos. Mesmo durante a guerra... Sabe, ele foi com 14 anos. Estavam desesperados. O recrutaram e ele foi um dos únicos que voltaram. Não me surpreende ele ser odiado. Ele fez sucesso nos anos seguintes... Muito... - murmurou a última palavra.

– Enfim, não quero te atazanar com isso, Poseidon. - Dionísio tomou todo o resto do vinho em um gole e se levantou, nem ao menos tonto. - Vá para casa. Sally precisa de seu pa...

– Calado, ou eu falo para Ariadne sobre as suas preciosas noites, quando você chega e ela já está dormindo.

Mas Dionísio só conseguiu rir, fingindo que não estava preocupado.

[...]

A manhã seguinte foi pior para todos os alunos. Era dia de estudo, de limpar o quarto, limpar a academia, e lavar roupa.

Limpar a academia: literalmente limpá-la. Tudo. Cada pedaço. Estudar: literalmente fazer os deveres atrasados, estudar para as provas, estudar e estudar mais ainda. Sobre qualquer assunto. Limpar o quarto: Organizá-lo, literalmente limpá-lo. Os alunos eram punidos quando não mantinham o quarto em ordem. Os Supervisionadores Júniors que avaliavam. E dia de lavar a roupa de toda a semana. Cada quarto recebe meia hora para lavar toda a roupa. E ao longo do dia, todos devem ter se organizado, para domingo de tarde, terem tudo pronto. Como sempre deveriam fazer.

Todos os materiais e horários estavam organizados. O quarto de Annabeth, número 23, até o 32 das garotas, teria que limpar os corredores dos dormitórios e dos demais corredores e cozinha, enquanto os garotos teriam que limpar nas salas, refeitório e sala de armas. E depois, todos se juntariam para limpar o pátio e a floresta.

Era muito aluno, muita correria, e muito desespero.

Enquanto Annabeth ia pra cozinha com um grupo de garotas nas escadas, elas viram o corredor dos garotos e riram. Todos estavam jogando roupas, gritavam, e corriam, com mais e mais tralhas nos braços que elas não conseguiram distinguir. Annabeth viu Percy correr segurando os lençóis e o travesseiro, e jogando no sexto de roupa suja dele. Quando os garotos ouviram as garotas rirem, se viraram e começaram a gritar para irem embora. Todos que estavam no quarto começaram a sair e ir ver. E assim, largaram tudo e começaram a empurrar as garotas para as escadas. Alec foi mais rápido que Percy. Empurrou Annabeth, fazendo cócegas, mas logo voltou ao seus afazeres, e Percy aproveitou e foi, fingindo quase derrubá-la da escada, fazendo-a se segurar nele. Nico em Piper, e logo depois Jason que a pegou no colo para roubar um selinho. E Thalía deu um beijo em Thomas, que a levantou e fez suas pernas ficarem em sua cintura enquanto beijava. Annabeth teve que pegar a punk pela cintura e arrastá-la pra longe do namorado.

Mas intervalo de diversão durou pouco.

Quando as garotas chegaram na cozinha, até mesmo Annabeth teve que segurar o ar dentro de si para não vomitar. Estava imunda. E além disso, não teriam que limpar somente a parte da cozinha que faz comida, mas também, aonde eles tinham aula de culinária. E essa parte, estava coberta de restos de comida da turma de terça feira.

– Eles não limpam isso, não? - perguntou Thalia enquanto limpava o fogão, segurando um pano no nariz para poder respirar.

– Limpar não limpam. - respondeu um garota morena de cabelos curtos, que estava limpando junto com ela. - Mas dar uma tapiada com a vassoura pra cima de tudo, sim.

Uma garota de cabelo branco feito neve vomitou dentro da pia quando o cheiro de dentro de uma panela da sopa de sexta chegou ao nariz dela.

"Dai-me forças, e uma máscara." pensou Annabeth, enquanto trazia os pratos para o lado da garota e segurava a náusea.

Com os garotos, não era tão diferente. Só que eles estavam mais desesperados. As garotas já tinham arrumado os quartos e faltava pouco para a chegada do almoço. Depois de uma manhã, quase uma manhã inteira limpando a cozinha, os garotos ainda nem tinham terminado de limpar os quartos. Havia muito lixo. Embalagens de refrigerante embaixo das camas, pacotes de doces, e todos os tipos de comida que a academia proibia, estavam sendo colocados em sacos pretos de lixo. Todos estavam limpando desesperadamente, encontrando mais e mais lixo.

Todos trabalhavam juntos... Mesmo não se gostando, sempre que pediam ajuda, os garotos ou garotas, eles se ajudavam. Ou se não, ficavam três horas nas mãos de Ares, na segunda ferida de madrugada, fazendo só Deus sabe o quê. E todos não queriam descobrir o quê Ares iria fazer com eles.

[...]

Como a cozinha estava sendo limpada, as garotas fizeram muitas torradas que eram simples e práticas de serem feitas. Elas também prepararam sucos e deixaram em pratos grandes em cada mesa, assim como uma jarra grande de plástico. Os garotos tiveram que comer tudo em menos de cinco minutos para correrem e limparem a sala de armas. Os quartos finalmente foram limpos, enquanto as máquinas de lavar roupa estavam trabalhando. Depois do almoço, as garotas terminaram de lavar os pratos, jarras e copos, e então, foram para os andares de dormir para limparem, enquanto os garotos limpavam as mesas e o chão.

As garotas limparam as marcas nas paredes e das portas com esponjas e panos úmidos de produtos, e depois, os elevadores, e terminaram de limpar o chão do andar do dormitório feminino. Enquanto o outro grupo de garotas estavam limpando o andar dos garotos. Elas se separaram em grupos iguais, mas as panelinhas foram feitas. Annabeth ficou com Piper e Thalía, é claro, assim como a garota de cabelo curto que tinha vomitado na pia antes, que Annabeth descobrira se chamar de Jasmine. Drew e seu grupinho tinham ficado no andar de cima, e todas agradeceram por isso.

– Não as culpe... - comentou Júniper com Annabeth, enquanto limpavam as portas dos quartos. - Muitas nem sabem o quê vão fazer da vida se saírem daqui. Muitas só foram jogadas aqui porque não conseguiram o quê queriam antes.

– Como assim? - perguntou Thalía, limpando com raiva a parede.

Júniper mordeu o lábio, indecisa.

– Calipso por exemplo, veio pra cá quando o pai a forçou sair de casa por não ter conseguido o contrato com uma agência de modelos internacionais. Ela ficou arrasada. O pai a expulsou de raiva, e a mandou para cá. A mãe tinha morrido quando ela tinha nascido. Ela não era assim, metida e tals... - ela olhou para Thalía. - Ela era minha melhor amiga quando chegou aqui. Era legal. Mas a fama do grupinho, e Percy, a fez subir a cabeça. - ela voltou a esfregar a parede, e Annabeth sentiu gosto amargo na boca enquanto limpava o número da porta. 13. - Todos mudam quando chegam ao seu limite

Depois de alguns segundos, recuperando o fôlego de ter limpado a parede o mais forte que podia, ela continuou a falar.

– Todos estão aqui por que falharam e os pais jogaram aqui pra aprenderem algo. Ou vivem desde pequenos em orfanatos, e foram salvos e trazidos pra cá em algum momento. Muitas vezes, em outras academias, e daí transferidos para onde forem mandados. - Júniper falou com ácido na voz, mas Annabeth conhecia essa história. Por causa do assassinato de seus pais, ela foi pra Deadly. Mas se não fosse por causa do assassinato, ela nunca teria conhecido Quíron, Thalía, Rachel, Piper, Alec... Percy.

Ela estremeceu e continuou o trabalho.

Na sala de armas, um grupo dos meninos limpavam as armas nas paredes, enquanto outro grupo limpava os instrumentos de academia, tudo sobre pressão de Ares. - Vamos suas menininhas, vocês só sairão daqui quando eu ver meu reflexo no chão.

Os garotos não diziam uma palavra, e limpavam com toda a força a sala. Odiavam Ares. Com todas as forças que podiam ter. Mas sabiam que seria muito pior questionar e não fizer o trabalho. Quanto mais cedo e perfeito a limpeza for feita, mais rápido escapariam das garras de Ares. E era somente três horas da tarde ainda.

As garotas tinham terminado os corredores dos dormitórios e agora seguiam em direção dos outros corredores. O quê não seria fácil. Eram muitos corredores. E a limpeza teria que estar feita até o horário do jantar. Foram separados em quatro grupos. O mais rápido o possível. Já era cinco horas da tarde quando Ares liberou os garotos da limpeza, e eles foram para as outras salas. A correria era enorme. Todos estavam cansados e doloridos demais da noite anterior, e mal tinham conseguido descansar desde que acordaram.

Em exatamente uma hora mais tarde, todos foram para o pátio, onde pegaram no armário do zelador, pás, catadores de folhas, outras ferramentes de jardinagem, sacos de lixo e outras ferramentas que Annabeth não viu por se distanciar rapidamente do lugar, caminhando para os últimos do grupo, que se escoravam entre si para descansar. Alec a seguiu.

– Annie? - perguntou pegando de leve em seu pulso. Ela pulou de leve.

– Ah, eh, oi. - disse e tentou sorrir. Não convenceu Alec. Ela não gostava de armários de zeladores...

– Você está bem? - perguntou se aproximando.

– É, sim, claro. - disse e permaneceu parada. - Só cansada.

Ele se aproximou e deu um beijo na testa dela. Annabeth se sentiu confortável e inconfortável ao mesmo tempo. Confortável por ele estar ali. Inconfortável por ter gente em volta.

– Depois eu passo em seu quarto. - ele sussurrou em seu ouvido. Ela estremeceu devagar enquanto ele voltava para a fila. Reyna estava dando ordens para os alunos. Ela estava mais cansada. Ela e Jason. Ser Supervisionador não era fácil.

– Muito bem, vamos terminar essa vadia.

Léo gritou, mas somente ele. Calipso sorriu pra ele de lado. Reyna começou a andar junto de Percy e Jason. Piper olhou para Annabeth, e as duas começaram a caminhar atrás da multidão de alunos.

Ia ser intenso limpar o jardim.

[...]

A vontade de Luke era de rir alto. Ele não estava bêbado, mas tinha tomado algumas cervejas e ultrapasso seu próprio limite. Ele tinha somente beijado a garota e encostado ela na parede que ela já estava gemendo alto. Era patético como um pouco a mais de álcool fazia a mudança na pessoa. As mãos dela não paravam quietas, sempre agitadas, descendo sobre a blusa de Luke. Ela mesma já tinha tirado a sua blusa e desabotoado o seu jeans. Ele sentiu nojo.

– Saia. - disse e ela o beijou novamente.

Ele abriu a porta e se afastou dela. - Volte pra sua amiga.

– Mas ela está com o seu amig... - mas ele jogou a blusa para ela e fechou a porta. Ele não queria isso. Não queria essas patéticas garotas. Ele riu debochado enquanto ouvia ela gritar de raiva. Era tão fácil...

Ele tirou sua jaqueta e ligou o aquecedor do quarto barato. Ligou o seu notebook e o deixou na pequena mesa que tinha perto da janela. Ele a fechou, vendo a neve cair, notando que estava mais grossa que ontem, e se sentou na cadeira. Deixou seu celular perto do notebook, e entrou em seu e-mail. Tinha uma mensagem não lida. Era do email que Kristian mandava as notícias. Ele não confiava em mensagens de celular. Qualquer um podia entrar no celular e descobrir tudo.

Luke estranhou o assunto. Kristian estava falando de uma coisa que não tinha nada a ver com ele... Um trabalho que Jhonson deveria fazer... E agora era para ele ir imediatamente para a Academia e...

Os olhos de Luke se arregalaram de surpresa. Ele pegou o celular e apenas apertou o número na discagem rápida, sem olhar para a tela pequena. No quinto toque que Will atendeu.

– Eu espero que não esteja bêbado demais para dirigir.

[...]

Já era noite, perto das sete horas da noite, enquanto os alunos limpavam o jardim da Force. Limpavam o rall onde os carros ficavam, retiraram a neve do caminho que os carros vinham, até mais ou menos dez metros da entrada da Force até a floresta. Limpavam os vidros, os dois pilares, e retiraram as plantas selvagens que estavam crescendo por perto.

– Por que Poseidon faz isso?! - sussurrou com raiva Thalia enquanto retirava a neve e Piper respondeu.

– Para não sermos mimados demais. - Thalia a olhou como se ela tivesse duas cabeças.

– Bem, isso é ridículo. - ela continuou o trabalho, não aguentando quase os braços doídos. - Nunca fui mimada em minha vida.

– Pense bem, Thals. - ela jogou no lixo que um garoto magro mas levemente musculoso segurava. - Comida três vezes por dia, uma cama confortável, e um teto sobre nossas cabeças. - ela ofegou e olhou para a garota punk. - Isso, em uma situação em que estamos obrigados a lidar, é muita mimação.

– Que seja. - respondeu com raiva, tirando o suor da testa.

Annabeth estava tirando as marcas de tinta das árvores mais visíveis, junto com um grupo pequeno. Alec estava do seu lado.

– Depois disso eu vou necessitar de uma massagem. - ele fala, tirando com uma colher de jardim a tinta azul do tronco da árvore. Annabeth riu e ele a olhou, sorrindo de lado. - E você que vai fazer.

– Eu? - ela perguntou e riu, sem olhar pra ele. - Negativo, Sadler, arrume outra garota, não sou tão fácil assim e você não faz meu tipo.

– É sim. - ele se aproximou. Os dois ficaram sozinhos, os outros membros tinham ido para as outras árvores. Ele a prensou na árvore, segurando sua cintura por cima do casaco. - E, talvez eu faça.

Annabeth conseguiu sentir seu hálito de menta em seu rosto. Ainda bem que estava quase escuro, se não fosse pelas luzes do patio da academia

– Cuidado, eu tenho uma colher de jardim e não tenho medo de usá-la. - ela brincou sorrindo, e levantou a colher para ele ver. Ele riu.

– Eu não me importo com a colher. - ele beijou a bochecha de Annabeth, mas ela sentiu seus lábios pegarem de leve o canto de sua boca. E ela sabia que ele iria beijá-la quando levantasse a cabeça... Ela queria...

O som de um carro se aproximando velozmente o fez se afastar dela. Todos os alunos olharam para a mesma direção. Alec gritou antes mesmo que os tiros surgissem.

– ANNIE, SE ABAIXA!

Os gritos dos alunos ecoaram pelas árvores e pelo pátio. Alec pegou Annabeth pela cintura e a colocou do outro lado da árvore, na parte escura da floresta, onde se colocou contra o corpo pequeno dela. Os tiros batendo nas árvores era horrível. Annabeth quase que conseguia senti-los em seu peito. Mais tiros surgiram enquanto o carro dirigia para dentro da academia. Os alunos corriam, largando e atirando as ferramentos no carro, enquanto tentavam abrigo. Mais tiros de armas surgiram. Reyna e Jason atiraram contra o carro. Era obrigatório os Supervisionadores Júniors terem armas quando estivessem fazendo alguma atividade fora dos arredores da academia. Eles atiraram contra o carro. Reyna conseguiu atirar contra o vidro.

O carro preto fez uma volta completa, entrando no hall da academia, e atirando dentro. Eles saíram do hall e fizeram o contorno que tinha das árvores, ainda atirando. Alec a prensou contra seu corpo. Gritos e mais gritos dos alunos. Um som abafado de estouro indicou que o pneu do carro fora atingido.

Alguém pegue a placa!; Socorro! Precisamos de cuidados médicos aqui!;

Annabeth ouviu gritos de dor. Alunos foram atingidos. Mais tiros foram ouvidos e ela ouviu o som de vidro se quebrando. Ela tentou se mover, ela tinha que ajudar. Sua mira era quase perfeita, ela podia mirar e atirar a ferramenta... Mas Alec quase rugiu em seu ouvido. Annabeth, não! Era uma ordem. Ele a segurou mais, e ela teve vontade de gritar. O som do pneu na neve era alto, e o cheiro de pólvora e de um pneu estourado encheu o ar. Um grito veio do carro e o som do motor foi indo embora. Annabeth fechou os olhos respirando ofegantemente contra o peito de Alec.

A Force também foi avisada.

– Precisamos de médicos aqui! - a voz poderosa de Reyna ecoou em meio aos gritos. - Alunos! Para dentro da academia!

Alec se afasta lentamente mas não muito de meu corpo, ainda segurando em meus pulsos. Ele tinha pegado a ferramente e jogado-a longe quando ele percebeu a minha intenção de jogá-la contra o carro.. Me olhou e eu vi o brilho preocupado em seus olhos castanhos. - Você está bem?

Alguns dos alunos escondidos na floresta perto de nós, começaram a correr para fora da mesma, indo em direção á academia, gritando. A garota loira somente assentiu, mesmo negando para si mesma. Ela não estava bem. Não. Definitivamente não estava bem. Seu coração parecia pular de seu peito de pânico. Ela sabia o quê tinha acontecido. Mas ela só queria saber se Thalía, Piper e Percy estavam bem. Se eles estavam vivos.

– Vem. - Alec literalmente pegou Annabeth e a colocou do seu lado, como se estivesse disposto a se colocar na frente dela se o carro voltasse.

Todos os alunos seguiram para dentro da academia. Alguns ajudaram os que foram atingidos a levá-los para a academia, e quando se tornaram parte da multidão, ela procurou pelas três pessoas que não podia perder. Viu cinco pessoas que tinham sido atingidas que trabalharam com ela na limpeza da cozinha, assim como a garota de cabelos brancos curtos. Ela viu um grandalhão ser levantado por Léo e por um garoto que ela não conhecia, enquanto mais ao lado, uma garota gritava desesperada o nome do menino, que Annabeth viu ter cabelos espetado como um moecano.

Thomas.

A garota que gritava era namorada do garoto, e melhor amiga da loira. Alec a segurou para ela não correr em encontro com a punk que chorava e se descabelava enquanto Charles e Nico o levantavam, gritando para os alunos saírem da frente. Annabeth viu a cabeça de Thomas despencar pra trás.

Ela tentou gritar o nome de Thalía, mas ela tinha seguido Nico e Charles para a enfermaria. Annabeth olhou ao redor. Era o caos.

– Vamos sair daqui. - Alec a levou para a entrada, enquanto Jason gritava para os alunos calma e olhava para a frente, no horizonte. Annabeth viu que ele tinha guardado a arma.

Quando entraram na academia, Poseidon olhou para os alunos aterrorizado, como se não acreditasse no que visse. E então, a raiva tomou conta de seus olhos verdes. Não. Eles não tinham atacado sua academia. Não.

– Jason, Reyna! Leve-os para o refeitório! Cuide dos feridos! E depois vocês dois vão para a minha sala! - e Poseidon começou a gritara para os alunos irem para o refeitório.

Annabeth nunca tinha visto a raiva nos olhos de Poseidon. Ela sabia que ele era um homem calmo, que lidava com as situações sempre vendo dos dois pontos de vista, mas agora... Olhar nos olhos de Poseidon era como entrar em uma tempestade em auto mar.

Na enfermaria, Apollo e Paul ajeitavam os feridos nas macas. Angélica estava ali, tinha ido buscar suas últimas coisas pessoais no trabalho e infelizmente tinha se encontrado na sala da enfermaria, retirando uma bala do ombro de um garoto punk. Ela viu que a namorada dele, assim como as outras pessoas estavam vendo as cirurgias sendo feitas para salvar a vida das pessoas que eles amavam, que se importavam. Apollo retirou a bala da bacia de uma garota de cabelos loiros bem curtos, mas sabia que ela nunca poderia ter filhos por causa da bala. Paul operava um garoto que tinha levado dois tiros na perna não robótica dele. Sua calça marrom estava manchada, e a garota com a blusa parecida com a dele no vidro, chorava de soluçar. Ela segurava o quê parecia ter sido a touca dele. Grover! Ela gritou enquanto a retiravam de lá, para deixar os médicos trabalharem... Mas o garoto não estava acordado para ouvir. Paul olhou para Apollo. Eram muitos machucados...

No refeitório, todos se sentaram ainda agitados, olhando para os vidros. Não confiavam em mais nada. Todos estavam marcados com o ataque. Alguns conversavam sobre isso... Alguns tinham visto a placa... Alguns juraram ter visto um cara loiro dentro do carro... Mas não tinha como saber agora. As câmeras de segurança tinham sido acertadas quando o carro entrou dentro do hall. Todos estavam aterrorizados.

– Eu juro, Poseidon - disse Reyna, de pé, enquanto Poseidon preparava mais um whisky, agora, com vodca, de costas para ela. - Eles vieram pela entrada principal. Eram dois homens. Um no motorista e outro no passageiro. Eu acho que consegui acertar o do passageiro porque consegui quebrar o vidro mas...

– Não precisa se desculpar Reyna. - Poseidon tomou um grande gole, sentindo sua garganta queimar. - Vocês protegeram os alunos. Isso que importa.

– Poseidon. - chamou Jason, que olhava na janela de vidro do escritório. - Isso tem algo a ser relacionado com a Deadly?

– Não sei se tenho a resposta para essa pergunta, Jason. - respondeu Poseidon, mentindo. Reyna franziu as sobrancelhas ao ouvir essa resposta.

– O senhor sabe que pode confiar em nós. - Jason falou e Poseidon se virou para eles. Ele sabia que podia. Mas agora, ele tinha que priorizar sua academia.

– Eu sei. - somente disse isso. - Vão, acalmem os alunos no refeitório. Depois os mandem para os quartos. Vocês dois iram fazer vigia esta noite. Eles se sentiram mais seguros com vocês dois nos corredores.

Os dois Supervisionadores assentiram, e sem uma palavra, saíram do escritório de Poseidon.

– Ele mentiu pra nós. - sussurrou Reyna, indo para as escadas. - Ele sabe do quê se trata o ataque.

– Acho que todos nós sabemos. - Jason olhou para a parceira, e ela mordeu o lábio, pensativa. Os dois foram para o refeitório calados.

Alec se levantou do lado de Annabeth dizendo que iria pegar um pouco de café para os dois. A garota somente assentiu e fechou os olhos, tentando absorver tudo. O quase beijo, o ataque... As duas academias... Qual era a conexão?

Ela sentiu um corpo ficar do seu lado. O perfume, era impossível de não se reconhecer. Percy puxou ela para se escorar em seu corpo. Ele tinha ficado aterrorizado quando viu que o caro tinha atirado em direção as árvores onde a loira estava. Ele finalmente tinha acalmado seu coração. Ela está bem. Está viva. Está aqui.

– Você está bem? - ele sussurrou em seu ouvido, e ela, pela primeira vez, disse a verdade.

– Não. - ela suspirou. - Estou apavorada.

Percy deu um beijo em sua testa e se levantou, dizendo que tinha que ir... Eles estavam nas últimas mesas, e com a agitação, ninguém tinha visto eles. Mas Annabeth queria que ele tivesse ficado. Ela queria ele... Alec voltou em menos de dois minutos, e a deixou na mesma posição que Percy a tinha deixado. E aquilo a deixou com os sentimentos tortos. Percy... Alec... - Vai ficar tudo bem, Annie. Eu prometo. Eles não vão machucar você.

A promessa lhe foi estranha. Mas confortante... Ela não sabia. Seu emocional estava abalado. Parecia que tinham atirado nela. Ela se sentia dessa forma.

[...]

Tudo ocorreu da forma esperada?– perguntou Reia no auto falante e Will respondeu. - A limpeza foi feita?

– Sim, tudo ocorreu da forma esperada. - Luke teve que morder a toalha quando Will retirou terceira parte da bala em seu braço. A bala tinha se partido em três partes, pois tinha pegado de raspão e atingiu primeiro o vidro. - Nós dois deixamos o carro na estrada e pegamos carro de Luke e voltamos para o quarto. Acertamos os alunos como pedia o e-mail, mas infelizmente, alguns alunos foram acertados por tentarem ser heróis.

Ótimo, quanto mais, melhor. A raiva que Poseidon está sentindo...– Reia riu, repleta de felicidade. Luke teve vontade de vomitar. Ela era doentia. - Bem, vocês fizeram de acordo o plano, mesmo ter custado o quê custou. Aguardem pelas novas ordens.

O telefone ficou mudo e Luke finalmente pôde xingar á vontade enquanto Will jogava álcool na ferida. - Ela é doentia. - disse enquanto prensava o pano na ferida e Luke ofegou.

– Pelo menos ela não mandou Jhonson. - e ele estava certo. Muito sangue teria sido derramado se a mãe dos três grandes filhos tivesse mandado o assassino.

Piper estava Júniper, acalmando a garota. Grover estava respirando normalmente. Annabeth estava tomando o café com Alec, enquanto o garoto tentava conversar sobre coisas normais. Thalía chorava desesperada enquanto via Paul e Apollo fazendo uma cirurgia em Thomas. Percy estava conversando com Léo. Poseidon brigava no telefone com a agência de segurança. Zeus estava tentando descobrir o quê tinha acontecido na Force. Reia estava satisfeita com seu plano.

[...]

Poseidon teve que adiar a reunião com os patrocinadores. A notícia que a academia tinha sido atacada fora espalhada e estava até no noticiário. Poseidon, quando saiu na noite de sábado para ir para casa, foi interrogado por jornalistas, mas não respondeu nenhuma pergunta.

Para os alunos, domingo foi o dia de folga. A limpeza não foi inspecionada por ordens do diretor, então, os alunos estavam livres das garras de Ares. A maioria ficou ou na enfermaria ou nos quartos. Ninguém ousou sair da academia. Os feridos estavam com ordens de ficarem até segunda de noite na enfermaria, em estado de observação. Thalía não queria sair do lado de Thomas. Annabeth e Piper faziam visitas diárias á ela, quando Thomas estava dormindo por causa dos remédios. Júniper estava feliz, do lado deGrover. As balas só tinham pego de raspão na perna... Annabeth, nem Thalía, sabiam que o moreno tinha perna robótica... Thalía até brincou com Annie que ele era um cyborg. Annabeth não achou graça.

Piper foi ver com Nico se ele estava bem, enquanto Annabeth voltava para o quarto. Ela precisava ficar sozinha, e precisava deixar Thalía sozinha com o namorado que tinha despertado.

[...]

– Como assim vocês atacam e eu não fico sabendo?! – a voz raivosa do agente infiltrado na academia fez Will ficar tenso. – O plano não era esse! Eu quase fui atingido! A filha de Zeus quase foi atingida!

– Não explicaram o plano para n... – mas o garoto o cortou.

– O plano tem que ser explicado! Como iríamos pegar a garota sendo que ela estivesse morta?!

Will respirou fundo, e fechou os dedos com força enquanto segurava o celular.

– Não foi nossa culpa. Cuidados em quem atiramos. Reia queria que acertássemos os que já estavam comprados. Alguns acertamos na correria do momento. Outros por que foram estúpidos e não saíram do caminho. Não foi nossa culpa.

– Três alunos já morreram por causa do erro do plano. – o loiro teve vontade de socar a parede enquanto falava. Podia ter sido Annabeth a morta. Podia ter sido ela. Esse pensamento o deixou louco de raiva.

– Reia não se importa, então nós não nos importamos, Alec. – a voz de Luke interrompeu a conversa, furioso. – Continue com a sua parte e nós continuamos com a nossa. Mantenha a filha de Zeus salva. Custe o quê custar.

O loiro atirou o telefone contra o travesseiro. A raiva tomando conta dele. Ele não queria salvar ninguém mais. Ele não se importava com a punk. Mas era necessário. Pelo menos, ele teria o acesso á loira.

Ele teria Annabeth. Custe o quê custar.


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Notas finais do capítulo

É SÉRIO LEIAM ISSO: Sabem aquele cara que ligava pro Paul e pro "garoto" mandando ordens? Então, o nome dele é revelado aqui. Alec é o agente da academia. e Kristian é o chefe.
Comentem se não não terá próximo cap.
Eu ainda amo vocês.