Never Let Me Go escrita por Strangers in Paradise


Capítulo 24
Capítulo 24. Revelações part ll


Notas iniciais do capítulo

Okay, não estou mais puta com vocês, Ruffles. Sintia saudades de vocês.... :3



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POV. Annabeth Chase

– Está tudo bem, Thals, está tudo bem.

Thalia não conseguiu dizer uma palavra sequer; suas lágrimas não a deixaram. Ela soluçou forte e me abraçou com força, como se eu temesse que eu fugisse e a deixa-se sozinha. A abracei, sentindo meus olhos arderem. Eu não conseguia nem imaginar a dor dela.

FLASHBACK ON

Segurar vela era definitivamente a pior coisa que poderia acontecer no momento.

Assim que chegamos na sala para assistir o filme, encontramos Júniper arrumando as coisas. Ela estava vestida com um moletom fino verde clarinho e uma legui preta. Seu cabelo castanho claro liso estava preso para trás por conta da tiara verde, e seus olhos, que eram de um caleidoscópio de verde para marrom claro, estava com uma leve base verde com delineador fino verde também. Quando entramos na sala, Júniper se virou para nós e deu um sorrio meigo para Grover, e por incrível que pareça, para mim também.

– Hey, love. - ela disse sorrindo para Grover e se aproximou. Deu-lhe um selinho e se virou para mim. - Hey, Annabeth. - disse, sorrindo.

– Annabeth, esta é Júniper, minha namorada. - disse Grover abobado, olhando para a garota, enquanto colocava seu braço na ao redor de sua cintura.

– Prazer em conhecê-la, Júniper. - sorrio fraco para ela e ela sorri.

– O prazer é todo meu, Annabeth. - disse e eu percebi em seus olhos um brilho. A ficha caiu pra mim: Júniper, não era como Calipso ou Drew, ela não precisava fingir, ela era meiga e doce de verdade. Era esse brilho em seus olhos que mostrava que ela realmente estava feliz em me conhecer. E isso era perturbador.

"Ela veio para ver o filme também, love?" perguntou Júniper para Grover.

– Sim, a convidei para vir. - respondeu Grover sorrindo. Júniper não pareceu se importar. Pelo jeito, não era daquelas namoradas ciumentas.

O único problema era que eu estava errada.

–-------------------//----------------------

Grúniper não parava de morder Grover. Morder na bochecha, por cima de seu casaco, na sua orelha, em todos os possíveis lugares.

Quando vi que estava segurando mais do que vela, decidi ir para o quarto. Não estava com fome, e queria ver se Thalia estava acordada. Era quase 12:00, e era geralmente nesse horário que ela acordava.

FLASHBACK OFF.

Thalia se agarrou em mim e uma lágrima caiu de meus olhos. Os ingressos do Green Day estavam jogados na escrivaninha, amassados. Thalia não precisou falar uma só palavra. Eu entendia. Thalia tem um passado com seu pai. Ela nunca me falou sobre ele, e eu respeito sua decisão. Thalia não sabe sobre o meu passado. E ela não precisava saber. Quando descobrimos algo sobre a pessoa, nunca mais a vemos como antes. Tudo muda. Tudo. Não há maneira de reverter. Seus pensamentos mudam, o modo que você a vê muda, e principalmente seus sentimentos por ela. Thalia não merecia isso. E eu também não.

Thalia manchou meu suéter com suas lágrimas e a maquiagem preta. Eu acariciei seus cabelos negros e rebeldes. Não conseguia imaginar o quê ela estava sentindo. Dor? Tristeza? Confusão? Não. Deveria ser algo muito mais forte.

A última vez que vi Thalia chorar foi quando Rachel morreu. Lembro claramente da dor de seus olhos azuis elétricos, e dos gritos de agonia quando descobriu que Rach se fora. Aquilo não deveria se comparar ao agora. Seus dedos finos apertavam meus ombros e suas lágrimas caíram de seus olhos. Não sussurrei coisas calmas e doces, como Tudo vai ficar bem, não mais. Thalia estava com medo. E a última coisa que ela precisava era de mentiras, ou que eu alimenta-se falsas esperanças.

Ela precisava de mim, mais agora do que nunca.

[...]

– Ele me mandou os ingressos como pedido de desculpas. - sussurrou Thalia, me olhando triste - Você consegue acreditar nisso, Annie?

– Ele só tentou fazer as pazes. - digo baixo, olhando em seus olhos elétricos. - Ele tentou, pelo menos isso.

Estávamos deitadas na cama de Thalia. Thals estava deitada com a cabeça em minha barriga. Thalia fungava e eu também. Eu por estar doente, ela, por ter chorado. Thalia voltou á olhar para o teto, e uma lágrima silenciosa caiu de seus olhos.

– Depois de tudo Annie... Depois de tudo o quê ele me fez passar ele pede desculpas com ingressos?

Não consigo pensar em uma resposta para aquela pergunta. Eu não sabia do passado de Thalia, não sabia do que ela estava falando. E temia perguntar á ela.

– Ele é um canalha. Filho da puta, vadio, puto... - começou á xingá-lo.

A deixei xingá-lo. Ela precisava. Ás vezes, precisamos falar em voz alta certas coisas para podemos retirar o peso dos ombros. No caso de Zeus e de Thalia, isso era completamente diferente.

Tornei á olhar para o teto, ouvindo os palavrões de Thalia enquanto uma fina chuva caía lá fora.

"Tudo mudou." – penso. " Não estamos mais na Fights, agora estamos aqui na Force. Rachel se fora. Zeus tenta se desculpar..." E meus pensamentos vão para uma outra pessoa: Percy Jackson. As palavras de Grover ecoaram em minha mente sem permissão. " Ele não merece uma segunda chance. Disse que queria recomeçar mas, sendo tarado assim? Reparar em minha calcinha?! Percy Jackson definitivamente não merecia minha consideração, muito menos merecia uma segunda chance. Grover pode ser amigo dele, mas eu não. Se ele quer bandeira branca, ele que desista da guerra. Eu não vou me render."

POV. Percy Jackson

– VOCÊ FICOU LOUCO?! - gritou Grover, me olhando indignado. - QUERIA SER MORTO PELA ANNABETH?!

– Eu só comentei.. - falo erguendo minhas mãos.

– PEDIU PRA SER MORTO, PEDIU PELA SUA MORTE! Eu podia estar ao lado do seu caixão agora! Segurando um buquê de flores azuis e comendo os biscoitos azuis da tia Sally no funeral! - gritou Grover, caminhando pelo quarto, me olhando com os olhos arregalados com indignação.

– Se acalma, foi só uma brincadeira.. - fui cortado por ele novamente e me encolho um pouco ao ouvir o seu tom.

– NÃO ME PEÇA PRA FICAR CALMO, PORRA! SE VOCÊ BRINCA COM A LOIRA VOCÊ BRINCA COM A MORTE! Entendeu agora?! - ele gritou, parando de caminhar e me olhou bravo. Passou a mão pelos seus cabelos cacheados curtos e suspirou, tentando se acalmar. - Só, não faça mais isso. Você sabe que a Annie teria sido capaz de ter te castrad...

– Annie? - questiono e me levanto - Annie?! Você chamou a Chase de Annie?! - pergunto um tanto confuso e indignado.

– É, e daí? Quando conversei com ela PELO MENOS ELA NÃO ME OLHOU QUERENDO QUEIMAR A MINHA ALMA! - ele enfatiza essa frase e eu fico de boca aberta.

– É amigo dela?! - pergunto em um tom meio alto.

Grover me olhou intrigado.

– Por que lhe interessa? - questiona cruzando os braços.

– Você é meu amigo! Eu tenho que saber dessas coisas! - indignei alto.

– Não é importante o fato que eu sou amigo da Annabeth.

– É claro que é!

– Por que?

Eu fico em silêncio. " Por que era importante? "

– Olha Percy, você está fazendo tempestade em um copo d'água. Annabeth é uma pessoa boa. Você não consegue ver isso pois só olha pro corpo dela. Ela deve te odiar por isso. Se você quisesse mesmo tentar ser amigo dela, você teria feito diferente. O único problema é que você não consegue mudar, Percy. Você não vai mudar. Você está tão acostumado á ser esse Percy que você se obriga á ser, que não percebe que está cego.

– Minha visão está ótima, obrigado. - ironizo e Grover me olha frio. - Eu não preciso da amizade da Chase, muito menos me importo se você quiser ser amigo dela. Faça o quê quiser, só depois quando eu for no seu funeral não diga que te avisei...

– Você afasta as pessoas, Percy. - cortou Grover. - E vai acabar sozinho, pois as pessoas que você afastou não irão voltar por você quando mais precisar.

– E por quê você ainda está aqui? - pergunto mais rude do que gostaria. Grover me olhou nos olhos e eu senti me senti tenso e culpado por ter visto a decepção nos olhos castanhos dele.

– Porque você precisa de mim, Percy. Mesmo não querendo ou admitindo.

Aquelas palavras me atingiram como um soco no estômago. Grover me lançou um olhar triste e suspirou, balançando a cabeça, e se virando em direção á porta. Eu quis muito ter dito algo como eu sinto muito, mas não consegui. Minha boca se abriu e fechou quando Grover passou pela porta e a fechou. Eu fiquei encarando a porta, sem reação.

Por que eu tinha que complicar tudo?

POV. Thalia Grace

– Eu deveria fazer isso? - pergunto olhando para Annabeth.

– Eu acho que sim, mas só se você quiser mesmo. - disse ela em um tom baixo e carinhoso. - Não se sinta pressionada, ainda tem um bom tempo até a data do show. Pense com calma. Independente da sua escolha, só quero que você fique de boa com seu pai.

Sorrio de lado para ela.

– O quê eu faria sem você, Annie? - digo e a abraço forte.

Eu realmente me detesto assim, quando estou sentimental. Eu choro, me sinto estranha, e ainda simplesmente não gosto. Detesto. Mas, quem seríamos sem sentimentos, certo? Só a Annie para me fazer sentir assim.

– Agora vá tomar um banho, punk. - ela fala no meu ouvido e eu rio fraco. - E vá escovar os dentes, vou morrer daqui apouco. - ela ri e eu me afasto, assoprando na cara dela. Annie caí de costas na cama respirando forte.

– Eu vou morrer! - tossiu ela.

Sorrio maliciosamente, me sentindo vitoriosa.

POV. Strangers In Paradise

Nico estava em seu quarto, sentado em sua cama, com seu notebook em suas pernas. Seus olhos negros estavam fixados na tela, e seus dedos não paravam de digitar. Estava procurando por uma brecha, um código... Na verdade, ele procurava por uma coisa que não sabia o quê era.

Os códigos apareciam na tela, todos apareciam e sumiam rapidamente, dando espaço para mais dados e códigos. Nico tinha invadido o computador principal da escola á pedido de seu pai, Hades. Nico queria achar a pasta com os históricos dos alunos, principalmente de dois alunos da Force Academy: Jason Grace e Reyna Avila Ramírez Arrellano.

Nico não gostava de Reyna, apesar de admirar a garota. Ela era forte e fria. Não tanto como Annabeth, disso ele tinha certeza. Mas Reyna tinha um senso de liderança impressionante.

Já Jason, esse foi á desejo de seu pai. Por ser seu primo e sobrinho de Hades, o mesmo se interessara para recrutar Jason para Santa Helena. Apesar do loiro ter um grande histórico na Force, Hades o queria por outra razão. Ele não havia dito para Nico qual era essa razão, mas agora com todos os dados da Force á sua disposição, ele finalmente descobriria.

Abriu uma pasta de dados, e viu o histórico e uma foto aparecer na tela de seu notebook: Drew Tanaka. Cabelos negros, perfeita maquiagem e um sorrio falso. Nico leu rapidamente seu histórico, e sabia que a garota era uma vadia. Não continha habilidades com armas de fogo, luta corpo-á-corpo, tecnologia e muito menos em inteligência. Fora para detenção por paquerar em sala de aula, e por ter sido pega quase transando no banheiro masculino. Drew, pelo seu histórico e ficha, foi jogada na Force Academy por seus país que pagam Poseidon para que ela permaneça na academia. Eles gastam milhões só por mantê-la ali. Nico se surpreendeu com isso.

Abriu uma outra pasta, e descobriu que era a ficha de Octavian. Alto, cabelos loiros, e um toque de loucura em seu olhar. Nico sabia que o garoto tinha sido mandado para a Force Academy por causa do "acidente". O garoto foi flagrado tocando foco em sua antiga escola. Só não foi mandado para a prisão pois foi salvo pelo Conselho Tutelar. Mas era ou uma Academia ou passar um tempo em um Hospício na Flórida. E é claro, que ele escolheu a academia. Octaviam tinha grande habilidade em prever os ataques e de ler as pessoas. O único problema era que ele sabia como irritar uma pessoa. Ele pegava seu ponto fraco e literalmente o usava contra você.

Nico fechou sua ficha e olhou com mais atenção os dados de números que apareciam em sua tela, desaparecendo rapidamente. Seus olhos acompanhavam cada novo dado e informação que apareciam. Ele procurou entre os números uma combinação. Até que, ele viu um arquivo de dados que possivelmente era o quê ele procurava.

Não era um arquivo. Era a conta de email de Poseidon. Seu tio deveria ter deixado aberto por engano, ou provavelmente o estaria usando agora. Nico não se importava, só queria ver a sua conta.

Ele abriu o email, e passou os olhos com atenção. Clicou no link, e o abriu. Era de um servidor da Rússia, a conta não continha um nome, somente citava que era de alguém da Rússia. Era um email longo, e Nico estava com pressa, então, o deixou amenizado e continuou á procurar. Olhou pela conta de Poseidon, percebendo que a maioria era de contas da Academia, ou de promoções e pedidos de alunos.

Nico franziu as sobrancelhas ao ler um email de contas.

– A Force está passando por uma crise? - mormurrou para si mesmo.

... Não aceitamos até a data afirmada. Seus alunos terão que ter as avaliações e serem testados no mesmo dia. Não aceitamos que as mesmas sejam feitas depois de dezembro, 21.

Agradecemos sua colaboração,

Instituto Internacional de Academias, IIA.

Não era crise, era uma a pressão para pagar aos professores, funcionários e ás pessoas que iriam vir ver seus alunos. Poseidon estava correndo contra o tempo para achar pessoas interessadas em seus alunos.

" Mas, ele disse que não tinha problemas com os patrocinadores..." pensou Nico. Não haviam pedidos para os seus acadêmicos se alistarem para o exército. Poseidon era quem estava correndo atrás de patrocinadores, não o contrário.

Nico decidiu olhar os emails de Zeus. Retirou o pen-drive com os dados que tinha recebido de Elliot e pegou o outro pen-drive, com os dados de Zeus. Abriu a pasta e entrou on-line. Acessou seu email e olhou pensativo para a sua conta. Pedidos de alunos. Muitos pedidos. Para exército e para outras academias. Tinha também propostas para intercâmbio de academias. Nico bufou. Zeus não era burro á ponto de aceitar um pedido desses, muito menos agora, que sua academia fora ameaçada.

Nico abriu um email e viu que o servidor era da Austrália. Era uma divulgação de academias. Zeus estava sendo convidado para ser representante da Deadly para as outras academias do mundo.

Nico ouviu um bipe, e olhou para o lado. Era seu celular. O pegou e viu que era uma mensagem de Elliot.

Eu acho que sei quem é que fez a ameaça.

Quem? - mandou de volta no mesmo instante.

Suspeito que seja seu pai. – Nico congelou no lugar ao ler a mensagem. Mas respondeu:

Não. Ele não é. Se fosse, eu teria descoberto por ser mensageiro.

Elliot ficou um tempo sem responder de volta. Até que Nico recebeu uma ligação.

– Zeus acabou de ser ameaçado novamente. Via email.

– Localize o suspeito! A conta ainda não deve ter sido desativada! - mas Nico só conseguia pensar em uma coisa: Como eles teriam o email pessoal de Zeus?

Nico abriu o email de Zeus, mas antes que conseguisse clicar no link, Elliot o cortou.

Conexão perdida, o servidor foi desativado, e o email excluído pelo próprio Zeus. - falou com raiva. - Droga! - ouve-se um estrondo, e Nico soube que o amigo tinha jogado algo contra a parede.

– Tente localizar o email. Talvez ainda esteja na conta de Zeus. - disse Nico rapidamente.

Zeus foi mais rápido que nós.

– Então temos que estar dois passos á frente dele á partir de agora. - disse Nico frio.

Você que manda, chefe. Mas não sei se vamos conseguir. Ainda não consegui desbloquear certos arquivos. Tem um que Zeus protegeu com um cavalo de tróia!– exclamou Elliot e Nico ficou pensativo. - O quê ele quer tanto proteger?

Os dados da empresa em si? - sugeriu Nico.

Deve ser algo mais precioso. - disse Elliot. - Tentarei meu melhor cara, mas não sei se vou conseguir.

Tente, eu vou tentar fazer uma coisa aqui. - disse Nico, olhando para o monitor - Me avise se souber de algo.

– Você sabe que vou e... Ahn... Nico? - perguntou Elliot temeroso. - Você dormiu depois que chegou aí?

– Não preciso dormir. - disse Nico analisando os dados de Zeus.

– Cara, você precisa... Não quero dar uma de "mamãe" mas você vai acabar desmaiando se não dormir!

Era verdade. Os olhos de Nico doíam ao analisar os dados e números em sua tela. Suas olheiras tinham ficado mais profundas. E ele estava morrendo de dor de cabeça.

– Temos trabalho á fazer, Elliot. Me avise ao saber de algo. - Nico desligou na cara de Elliot e se encostou na cabeceira da cama. Deu um suspiro cansado e pegou seu café, na escrivaninha. O tomou, gostando do amargo que ficou em sua boca. O colocou de volta na escrivaninha e voltou sua atenção no computador.

"Não preciso dormir." disse á si mesmo, completando quase 25 horas sem dormir.

[...]

Piper estava deitada em sua cama. Ela olhava pensativa para o teto. Deveria ou não deveria ir ver Nico? Essa dúvida a matava. Ela sabia que ele ainda estava de luto - achava que sempre iria estar - mas, uma visita não faria mal... Será que estava dormindo? Essa era uma das perguntas que ocorriam mais á garota.

Piper olhou para Reyna, que estava deitada no outro lado do quarto. Ela tinha ido dormir, depois de ter falado por horas com Jason. Como ela sabia que Reyna estava com ele? Simples. Ela sempre estava. Em todos os lugares, se você via Jason, você via Reyna ao seu lado.

Piper sentia inveja de Reyna por ter essa intimidade com Jason, mesmo por serem Supervisores Júniors'. Piper, assim como todos na academia - menos Jason - sabiam que Reyna sentia algo por ele. Havia boatos que o cargo de Supervisor estava amaldiçoado; pois todos os Supervisores Juniors' - a garota e o garoto - acabavam sempre namorando... Piper temia isso mais do que tudo.

Como Jason não podia reparar nela? Toda a Force sabia dos sentimentos dela pelo garoto. Como ele não podia perceber?

FLASHBACK ON

Piper se sentou na maca e Jason e aproximou dela. Pegou delicadamente o pulso da garota e Piper corou levemente ao sentir suas mãos na dela. Elas eram grandes, comparadas ás suas, mas ela percebeu que elas eram perfeitas juntas.

– Você machucou feio o pulso... - murmurou baixo analisando o pulso de Piper, com uma expressão preocupada. E a mesma deu um gemido fraco de dor, quando Jason o girou de mal jeito sem querer.

– Desculpe, Pips... - disse preocupado e olhou nos olhos da garota.

– Pips? - perguntou baixo, sem conseguir acreditar.

Jason desviou o olhar e foi até o armário de metal, onde pegou uma gaze, uma fita e uma tesoura.

– Não irei te chamar mais assim, não se preocupe Piper... - disse baixo se aproximando com os objetos, e os colocando em cima de uma mesa perto da maca.

– N-não, não tem problema.. Pode me chamar de Pips, não me importo. - disse a garota rapidamente, corando.

Jason sorriu de lado, e Piper quase suspirou ao ver a sua cicatriz acompanhar os movimentos de seus lábios finos. O garoto pegou a gaze e a desenrolou; e em seguida pegou o pulso de Piper e começou á enfaixá-lo, e á enfaixar sua mão.

Piper adorou a ideia de ter se machucado. Talvez, ela deveria se machucar mais se Jason fosse o enfermeiro. Com certeza, ela adoraria se machucar toda vez só para ter a atenção dele.

FLASHBACK OFF

Piper se levantou e foi cuidadosamente em direção á porta. Deu uma olhada em Reyna e viu a garota dormindo. " Ótimo. " pensou Piper ao fechar a porta com cuidado. Olhou para os dois lados, e foi em direção ao andar de baixo, o masculino.

Olhou em seu relógio por causa do hábito e viu que era mais de 15:00pm

[...]

Piper bateu na porta três vezes e nada.

O quarto de Nico era o último do corredor. Piper sabia que era por causa de seu trabalho. Nico nunca permanecia mais do que três meses em um único lugar. Sempre intermediando entre a Deadly, a Force e em outros lugares, cujo Nico nunca revelou á ela. Piper meio que entendia o motivo do garoto não querer falar para ela, mas ela se sentia responsável por ele. Ele fora seu melhor amigo desde que entrou na Force. Ela não poderia simplesmente deixá-lo. Não agora, que ele está passando pelo luto. Não agora que ele precisava dela.

Piper bateu novamente na porta e antes que desistisse, pensou em ver se ela estava aberta.

Piper se surpreendeu ao ver que a porta se abrira quando girou a maçaneta. E se surpreendeu mais quando viu Nico, deitado em sua cama, com um o notebook ao seu lado, com vários números e letras na tela, passando tão rápido que a mente de Piper começou á doer. O garoto vestia um moletom preto do AC/DC, e calça de agasalho. A garota se assustou quando viu que tinha vários copos descartáveis e xícaras com algumas gostas pretas: café. Piper suspirou ao vê-lo.

Fechou a porta e caminhou lentamente tentando não pisar nos copos descartáveis da Starbucks. Ela recolheu os copos silenciosamente e os colocou na lata do lixo. Pegou as xícaras e as colocou em sua escrivaninha, sentindo um forte cheiro de café vir delas. E então, se virou para Nico. A tela do computador era a única fonte de luz do quarto. A janela estava bem fechada, e todas as luzes estavam desligadas. Piper viu uma luzinha azul piscar no chão. Era o celular de Nico. O pegou e o colocou na cabeceira da cama. Retirou seu notebook de cima da cama o mais silenciosamente e cuidadosamente que conseguiu. Não fechou a tela, somente a abaixou até um pedaço, sentindo curiosidade em ver o quê aqueles números e letras significavam. Pegou o cobertor que estava próximo aos pés de Nico e o puxou cuidadosamente, tapando o garoto.

Piper sorriu ao ver sua face calma, apesar das profundas olheiras. Piper não se conteve, e brincou levemente com uma mecha do cabelo de Nico, que estava, assim como outras, por cima de seu rosto. Piper suspirou baixo e se aproximou, dando um beijo leve em seus cabelos.

Se levantou e caminho silenciosa até a porta. E quando foi girar a maçaneta, sentiu uma mão pegar seu pulso. Se virou e viu Nico de pé, com vários centímetros mais alto que ela, olhando-a intensamente triste.

– Fique. - pediu baixo e rouco.

Piper não conseguiu dizer não ao amigo. Assentiu com a cabeça e Nico a puxou para um abraço. Piper, se sentiu tão confortável ali. Os braços de Nico a envolveram fortemente e aconchegante. Piper o abraçou por suas costelas, e conseguiu ouvir seu coração batendo quando encostou sua cabeça em seu peito. Nico beijou o topo de sua cabeça e abraçou mais forte. E então, começou á caminhar para trás, em direção á sua cama. Piper ficou tensa em seus braços, e mal conseguiu acompanhar os passos de Nico.

Ele se deitou e trouxe Piper para perto. A garota não questionou. Se aconchegou nos braços do moreno.

Nico instantaneamente dormiu. E Piper, somente fechou seus olhos, sentindo o perfume dele infiltrar em seus pulmões.

" Ele sabe que nós somos amigos... Não sabe? "


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Notas finais do capítulo

Okay, não botei drama/suspense/lágrimas o suficiente aqui. Era só pra deixar vocês vivos U_U Contei que me mudei? Não? Então, me mudei pra Rondonópolis, Mato Grosso. Alguém mora perto?? E ah! Minhas aulas já começaram... Estudo no CIE.... ALGUÉM? EU PRECISO DE AMIGOS! ~~zoera, tô doente, por isso fico mais sentimental e puta com a vida e.e kkkkkkkkkkk
Enfim, amo vocês, e até o próximo cap! BEIJOS SABOR UVA :****************
P.S CHARADA DO CAP: SE VOCÊS DESCOBRIREM O "ERRO", E COLOCAREM NO REVIEW, E SE ACERTAREM, RECEBERÃO UM BEIJO E UM PRÊMIO :3



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