Never Let Me Go escrita por Strangers in Paradise


Capítulo 12
Capítulo 12. Surpresas


Notas iniciais do capítulo

Oi meus amores! Como eu senti saudades de vocês! Me desculpem pela demora! Eu fiquei meio sumida, eu sei, mas fiquei muito ocupada com a escola e não tive muito tempo livre para escrever - e quando tinha, eu só conseguia escrever alguns trechos. Mas, aí vem a notícia boa: a partir do dia 12/07, vou estar de férias! Ou seja, + tempo livre = + capítulos! AEEEE!
Okay, parei. '-'
Mas enfim, este capítulo vai para todos aqueles que me perguntaram se não teria POV. Percy. Então, esse capítulo é para vocês! SIM! TEM POV. PERCY! AEEEEEEEEEEEEEEEEEEE!!!!!!!!
Espero que gostem do capítulo!
Boa leitura meus amores!
Beijos, bye!
.-.
P.S: Nos vemos lá embaixo.



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POV. Percy Jackson

Fechei a porta do meu quarto frustado e caminhei até a minha escrivaninha. Me sentei na cadeira e abri meu notebook, ligando-o em seguida.

– Vamos, carrega! - falei irritado para o computar que a recém abria o sistema.

Quando ele carregou, abri um arquivo em que continha as informações da loira. " Eu devo ter deixado alguma coisa escapar. " pensei, passando os olhos pelas palavras da ficha dela.

Nome: Chase/Annabeth.

Idade: 18 anos.

Pais: Chase/Atena e Chase/Federick. Assassinados.

"Ok, até aqui nada. " pensei.

Tipo sanguíneo: -O

Entrou na Deadly Fights Academy em: 30/01/2005.

Especialidades: Annabeth é arquiteta de certa maneira.

Observações : Annabeth sabe manusear armas de fogo, mas prefere adagas. Sabe lutar corpo a corpo mortalmente.

" Eu não diria mortalmente pelo o que vi dela. " pensei, me lembrando do teste dela. " Como eu fui estúpido ao lutar com ela!" a parte racional de minha consciência berrou, mas a ignorei. Agora eu tinha coisas mais importantes á fazer em vez de travar uma guerra contra mim mesmo.

Annabeth sempre fora séria em relação a regras.

Solitária: 1 vez.

" Isso explica muita coisa. " pensei ao relembrar da conversa dela com meu pai. " Não consigo acreditar que ela fora quase estrupada. Nenhuma pessoa merece uma coisa dessas. "

Acidentes: 7 pessoas foram gravemente feridas, enquanto 3 corriam risco de vida.

Mortos: 0

Principal temperamento: Frieza. Nunca mexeu com ninguém a menos que fosse provocada. É fechada e não manteve relações com muitos.

Ponto fraco: Inexistente ou não encontrado.

" Inexistente ou não encontrado. " isso me intrigou e muito. Todos temos um ponto fraco - disso eu sabia. Agora, em relação ao comportamento de frieza, posso dizer que ela também é teimosa, séria e rígida. Posso dizer isso em base do que vi nela quando ela negou meu teste.

" Como ela pode ter negado? " pensei frustado. " Eu nunca foi negado. Sempre que as garotas me viam ela já estavam aos meus pés no mesmo instante - e quando eu me cansava delas, as dispensava. Como essa aí pode ser diferente? " pensei e me lembrei do modo em que ela não me deu importância no refeitório. " Ela banca a difícil. Agora, será que ela realmente é? Na biblioteca, ela me pareceu bem tensa e com um certo medo. " pensei.

" Quem é você Annabeth Chase? Quem você realmente é?" me perguntei enquanto relia sua fixa.

" Acho que Thalia pode me ajudar em relação á isso. " pensei enquanto via a foto da loira no meu monitor.

Desliguei o computador e fui em direção do banheiro. Entrei nele, e fiz minha higiene pessoal.

Eu não dividia o quarto, como todos os alunos na Force Academy. Quando eu entrei aqui - contra minha vontade - meu pai disse que era para mim esquecer minha antiga vida e começar á pensar em meu futuro. Isso já faz dois anos. Agora eu tenho 19, meu aniversário já passou faz um mês, e eu ainda tenho que ficar aqui.

Meus pais ainda estão casados, mas minha mãe é uma escritora mundialmente conhecida, Sally Jackson, autora de A última lágrima, um best seller internacional. Raramente a vejo quando vou para casa, pois ela viaja muito por causa do livro. E por isso fico com meu pai aqui.

Desde que entrei na Force Academy, eu era conhecido por ser o filho do diretor. E eu meio que gostei disso. Os alunos me respeitavam e eu ganhava as garotas. Isso não era muito diferente da minha antiga vida. Antes, eu ia em todas as festas - pelo menos as que eram mais badaladas - e era conhecido como pegador por ser o capitão do time de futebol americano. Eu fazia Artes Marciais - comecei a fazer desde pequeno por intuição de meu pai - e por isso sei me defender e tudo mais. Nunca mexiam comigo, mas quando o faziam, eu sempre saia vencendo.

Depois de ter feito minha higiene, me despi de minha roupa e coloquei a calça de meu pijama. Apaguei a luz e me deitei na minha cama. Antes de dormir, fiquei pensando nela.

" Eu ainda vou te ter para mim. "

[...]

Acordei com o som do despertador do meu celular. Era a música Clocks do Coldplay. Me espreguicei e bocejei. Quando a música entrou no refrão eu desativei o despertador.

" Odeio ter que acordar cedo " pensei, me levantando da cama lentamente.

Entrei no banheiro e me olhei no espelho, ainda com sono. Eu era uma réplica quase perfeita de meu pai. Os cabelos pretos rebeldes e os olhos verdes-mar eram iguais, tirando o detalhe de que eu era mais jovem e mais bonito - isso era o que realmente conquistava as garotas.

Peguei minha escova e o creme dental, e fiz minha higiene. Depois, decidi tomar uma ducha. A água morna sempre me fazia ficar de bom humor pela manhã.

Depois, decidi que me vestiria com uma blusa branca e uma calça jenas. Peguei uma blusa de mangas compridas de abotoar na frente xadrez de azul com branco.é, eu gostava mesmo de azul.

Passei meu perfume e o desodorante, e me vesti. Dei um ajeitada em meu cabelo e me vesti. Antes de sair do quarto, peguei as chaves da porta e olhei meu horário. Até hoje não tinha conseguido decorá-lo

TERÇA:

06:45 - CAFÉ DA MANHÃ

07:20 ÁS 10:00 AULA DE PRIMEIRO SOCORROS.

10:00 Á 12:00 HORÁRIO LIVRE

13:00 ÁS 15:50 AULA DE CULINÁRIA NA COZINHA.

16:10 CONCURSO

" Maravilha. " pensei ao me lembrar que tinha aula de primeiros socorros e aula de culinária.

Saí do que quarto e me deparei com Drew ao lado da porta, em uma posição falhada de tentar parecer sexy.

" Essa garota não se toca que o lance que tivemos acabou."

Oi, Percyto. - ela disse com aquela voz fina e irritante.

– Drew. - disse seco. Meu humor já estava indo para os piores.

– O que quer fazer depois? - ela perguntou se aproximando, mas eu a ignorei e tranquei a porta do meu quarto. - Sabe, bem que nós podíamos brincar mais tarde. - sua tentativa de fazer uma voz rouca quase me fez rir. – Eu não te daria um fora como aquela vadia loira aguada te deu.

Eu fiquei com raiva do que ela disse e comecei á caminhar, dando as costas para ela.

– Tudo bem! Depois eu te procuro! - ouvi ela gritar e eu ri.

" Me procure no inferno, baby. " pensei enquanto parava na frente do elevador.

Quando chamei o elevador para o andar 4, vi que Grover se aproximava.

– Oi, cara. - ele disse me cumprimentando com o nosso aperto de mão.

– Oi. - eu disse.

– E aí? Tudo bem depois de ontem? - ele perguntou sério, algo que quase nunca ele estava.

– Claro, porque não estaria? - perguntei um pouco confuso.

– É que... ah, sei lá... Acho que você deve ter ficado com raiva depois que Annabeth te dispensou... - ele falou sem jeito e as portas do elevador se abriram.

– Nem me fale. - eu disse entre os dentes entrando com ele no elevador. - Mas sabe, quando fomos para a sala de meu pai, consegui saber de algumas coisas importantes que nós dois não sabíamos dela.

– O quê?! - ele perguntou enquanto apertava o botão do andar do refeitório. - Coisas que não estavam na fixa? Depois de todo o trabalho duro que foi pra pedir pro Nico entrar no sistema do seu pai e pegar as informações dela, quer me dizer que havia mais?

Concordei com a cabeça.

– E o que é? - ele perguntou curioso.

– Ela foi quase estrupada na outra academia, com quatorze anos. Ela é realmente boa em luta porque quebrou o cara e mais alguns em campeonatos e em outras coisas. E o menos importante é que sua mãe conhecia meu pai. - eu o contei. Grover era meu melhor amigo. Eu o conheci desde que tinha doze anos, quando eu vinha visitar meu pai aqui.

– Wow. - ele disse quando o elevador chegou no andar. - Isso com certeza nunca estaria nos registros.

– Pois é. - eu disse saindo do elevador com ele.

Conversamos sobre coisas banais até entrarmos no refeitório, onde todos que estavam nos olharam, e logo depois voltaram á comer. Enquanto caminhávamos em direção á nossa mesa - a mesa dos designers como todos a chamam - vi que o pessoal já estava reunido e que estavam cochichando sobre algo.

– Percy, ainda bem que você chegou. - Valdez disse e eu fechei minha cara. Não sei o porque mas não gostava dele. - Fala aí, como foi levar um fora da novata?

" Acabei de descobrir o motivo. " pensei com raiva.

– Como foi levar um fora da Reyna quando a pediu pra ficar? - retruquei e ele fechou a cara, sussurrando alguma coisa que eu não consegui escutar. Vi que Reyna corou e voltou á comer sua maça, tentando não olhar para ninguém da mesa, constrangida.

O grupo todo ficou em silêncio e eu decidi ir pegar meu café da manhã. Peguei uma badeja e coloquei nela uma tigela de cereal com leite. Antes de me sentar em minha mesa, olhei para a mesa em que a minha prima e a loira deveriam estar sentadas com a mais nova amiguinhas delas. Mas me surpreendi quando não vi a loira, e sim Thalia e Piper.

" Aonde ela está? " pensei, procurando discretamente enquanto comia meu cereal, e ouvia o pessoal falar sobre alguma coisa. Mas não a encontrei. " Que estranho. " pensei.

Comi o resto do meu cereal e fomos para a aula de primeiros socorros.

[...]

Quando entramos na enfermaria, vi uma cena que me deixou em choque: Annabeth estava sentada na mesa de Apollo, que estava muito perto dela. Os dois pareciam estar tendo uma conversa maravilhosa pois riam.

– Hã, oi? - Leo estava em choque também, mas pelo menos conseguia falar.

Percebi que pela primeira vez em dois anos, nós tínhamos entrado primeiro do que os outros alunos, pois, a enfermaria estava vazia tirando os dois.

– Ah! Que maravilha! Chegaram cedo! - Apollo falou se afastando um pouco de Annabeth e ela percebeu nossa presença. Seu olhar ficou conectado ao meu durante um segundo, mas ela o quebrou olhando para Apollo. - Sentem-se a aula já vai começar.

A enfermaria não tinha classes e sim mesas onde continham uma mini pia, uma bandeja com vários objetos tanto de primeiros socorros quanto de objetos cirúrgicos ou de medicina. Também havia dois banco em cada mesa, pois as aulas geralmente eram em duplas.

Me sentei com Grover numa das mesas do fundo e vi que havia mais pessoas chegando na enfermaria.

Annabeth se levantou da mesa de Apollo e se sentou em uma mesa da outra coluna (N/A: É aquelas mesas que tem nos EUA para a aula de ciências ou de biologia que geralmente são duas colunas, uma do lado da outra. ) sem ao menos olhar para os lados. Ela estava com uma regata branca e com um casaco fino roxo por cima. Vestia uma calça jeans normal e seu All Star. Seu cabelo estava preso em um rabo de cavalo. Quando ela se sentou á três mesas de distância de mim, Grover me deu uma cotovelada nas costelas rindo, - um sinal de malícia. E eu fiquei confuso se o sinal era para mim, ou se era porque Apollo que estava observando-a se sentar.

" Isso não vai dar boa coisa. " pensei, não sabendo se sentia pena dela por ter o curandeiro da Force Academy possivelmente interessado nela.

Vi que Piper tinha se sentado ao lado dela, e que Thalia se sentou ao lado de um garoto que eu não me lembrava o nome agora.

– Muito bem, todos estão aqui. - Apollo falou e se escorou em sua mesa. A maioria das meninas da sala suspiraram discretamente ao perceber a pose em que o professor estava: com blusa branca meio colada arregaçada nas mangas e calça social preta.

" Toda aula é sempre assim. " pensei.

– Então, alguma possível sugestão do que farremos hoje? - ele perguntou mas ninguém respondeu. - Okay. - ele cruzou os braços e disse:

– Hoje nós iremos aprender á como dessecar um sapo. - resultado: todos os presentes na sala protestaram. - Okay, okay, nós não iriamos fazer isso mesmo. Hoje, nós aprenderemos á como retirar a água dos pulmões de uma pessoa.

Assim que o professor falou, Calipso levantou a mão.

– Sim? - ele perguntou.

– Retirar a água com respiração boca-boca? - ela perguntou e Apollo intendeu a indireta nada discreta.

– Também mas, há várias maneiras de se retirar a água do pulmão. - ele disse. - Alguém sabe? - ninguém respondeu. - Bem, eu vou precisar de uma assistente. Quem se voluntaria?

Todas as meninas da sala levantaram a mão, exceto uma. A qual foi escolhida.

– Annabeth? Poderia ser minha assistente? - ele perguntou e percebi que Annabeth não tinha escolha á não ser ter que aceitar. Todas as meninas da sala ficaram perplexas.

Annabeth se levantou do banco em que estava sentada, e ficou ao lado de Apollo.

– Hii. Isso não vai dar certo. - ouvi Grover sussurrar pra mim.

– Concordo. - sussurrei de volta, enquanto o professor dizia.

– Quando uma pessoa respira água, ela vai diretamente para os pulmões, pois a faringe estará ligada ao canal em que liga os pulmões como este canal em que dá a passagem para o ar. - ele explicou e se virou para Annabeth. - Poderia retirar o seu casaco por alguns instantes?

Ela concordou um pouco relutante. E quando ela retirou o casaco roxo, percebi que ela tinha uma linha branca um pouco acima da clavícula. A observei com mais atenção.

" Não era uma marca de nascença. " pensei. " É uma cicatriz. " não sei como consegui identificar, mas somente sabia.

– Pode virar de costas por favor? - ele perguntou e ela assentiu séria.

– Nós temos dois pulmões que estão ligados pela carena. - ele disse se aproximando de Annabeth, que estava imóvel. - Ela fica mais ou menos nesta altura.

Ele encostou o dedo indicador nas costas de Annabeth, e todas as garotas da sala ficaram novamente perplexas.

" Apollo nunca havia encostado em nenhuma aluna para demonstrar aonde ficava tal órgão ou qualquer coisa do gênero. " pensei. " Elas devem estar uma fera por Annabeth ser a primeira. O professor Apollo é disputado pela atenção de quase todas. " pensei quando vi que Calipso estava segurando a borda da mesa com força, na mesa á minha frente.

– Quando a água já está em nossa sistema respiratório nós podemos fazer duas coisas: a primeira como Srt. Calipso disse, respiração boca-boca. - ele disse olhando para os alunos. - A segunda é fazer a pessoa tentar vomitar a água. Como isso? Simples. - ele disse se virando para Annabeth. - Fique de costas para mim.

E assim ela fez. Apollo colocou os braços mais ou menos abaixo de seus seios e se aproximou dela. As alunas quase tiveram um infarte com o ato do professor. E percebi que Annabeth ficou um pouco tensa com o professor agarrado em suas costas.

– A outra pessoa, no caso eu, tenho que fazer com que a pessoa que está com a água nos pulmões, expí-la para fora. Isso, eu faço com meus braços, fazendo com que a água nos pulmões dela voltem para o canal respiratório de onde entrou. A pessoa vai estar tentando respirar, o que pode dificultar por causa do pânico, mas o que se precisa fazer é deixar a outra pessoa o mais calma o possível, e assim, começar á fazer o processo de tentar empurrar a água para o canal respiratório, passando pela carena e assim, pelas fossas nasais, que é o nariz. - ele soltou Annabeth e ela se virou para ele, que a agradeceu e pediu para que ela voltasse ao seu lugar.

Annabeth pegou seu casaco em silêncio e o colocou rapidamente. Enquanto se sentava em sua mesa, recebeu todos os olhares femininos e alguns masculinos. Piper ao seu lado, somente sussurrou algo, o que fez Annabeth sussurrar de volta. Depois, olhou fixamente para os objetos que estavam colocados na bandeja. Se estava constrangida, não demonstrou. Pelo menos, não que eu percebera.

– Muito bem, alguma dúvida? - Apollo perguntou e Drew levantou á mão.

– Sim?

– Por que ela? - Drew perguntou seca, olhando em direção á Annabeth. - Ela foi a única que não levantou a mão para se oferecer de ajudante e você a escolhe?

– Eu sou o professor, e por isso eu escolho quem irá me ajudar no que. - ele a cortou discretamente. - Srt. Chase foi a única que não levantou a mão, por isso que a escolhi. Dentre todas ela fez uma escolha diferente. - ele olhou para Annabeth, que o olhou segundos depois que percebeu que o professor a observava. - Simples assim.

– Ele está atraído pela loira. - Grover sussurrou pra mim. - Simples assim.

Não sabia se concordava ou se descordava. Mas sabia que, no momento, Apollo estava escondendo algo. E eu senti uma certa raiva pela possibilidade de que ele estaria interessado pela loira.

Drew ficou quieta e o professor prosseguiu, entregando certas quantidades de folas para as mesas da frente.

– Agora eu quero um relatório sobre o sistema respiratório e se vocês entenderam o que fora passado. Comecem.

– Aff. Era só o que faltava. - Grover disse enquanto pegava uma folha e me dava uma, alcançando o resto para Charles e Silena que estavam atrás de nós, provavelmente se agarrando.

Antes de começar á escrever, olhei para Annabeth, que estava conversando baixinho com Piper.

[...]

Depois que a turma entregou o relatório para o professor, ele começou á falar:

– Agora classe, retomando o conteúdo, na nossa aula passada nós tivemos que fazer um mini teste sobre como fazer um curativo sem infeccioná-lo, certo? - alguns concordaram com a cabeça. - Bem, hoje nós iremos voltar com esse assunto. Então, eu vou fazer duplas e vocês vão ter que criar um cenário onde uma pessoa da dupla terá que ser a pessoa ferida e o outro terá que fazer o curativo. Pode ser qualquer ferimento, mas as ferramentas que você poderão usar serão: um alicate, um esqueiro, álcool, uma agulha e uma linha de cirurgia, uma tesoura e uma pomada anti inflamatória, entendidos? - ele disse. – Agora eu vou sortear as duplas. - ele disse e começou á citar alguns nomes:

– Thalia e Percy. Grover e Annabeth, Piper e Calipso, Silena e Leo, Charles e Bianca, Drew e Jason. Júniper e Octavian..- e eu não consegui escutar as outras duplas, pois eu olhava para Grover.

– Cara, me deseje sorte. - ele disse engolindo em seco.

– Boa sorte. - eu disse, mais para ajudar sua auto estima.

Me levantei da mesa e fui em direção á mesa onde minha prima estava.

– Hey, idiota. - ela disse quando eu me sentava na cadeira onde aquele garoto, Octavian eu acho, estava sentado.

– Oi pra você também, Cara de Pinheiro. - eu disse e ela riu.

– Sério? Cara de Pinheiro? - ela perguntou me olhando. Ela tinha mudado muito desde a última vez que a vi, no enterro de nossa avó, Rhea Olimpus. Seus cabelos estavam curtos repicados e agora a maquiagem estava bem mais pesada. As roupas mudaram somente um pouco mas, tirando isso, seu humor estava o mesmo. - Okay, também vou jogar sujo Cabeça de Alga.

E quando eu ia retrucar, Apollo mandou começarmos com a atividade.

– Você é a vítima. - ela disse curta e grossa e eu concordei. Afinal, seria ela quem teria que pensar em me salvar, ou simplesmente me deixar morrer. - Você está louco, sem cabelo por causa de um incêndio, e está todo cortado. - ela disse pensativa. - Ok, eu vou usar a linha de custura e a agulha para costurar os cortes e vou usar o álcool para limpar as feridas. E depois de costurar, vou passar a pomada. Quer também um beijinho de melhoras? - ela perguntou e eu fechei minha cara.

– Okay, punk, minha vez. - eu disse e foi a vez dela de fechar a cara. - Você está sofrendo de ataques epilépticos e é um débil mental. Você quebrou o joelho e tem um ferimento grave no pescoço. Acho que pegaria o álcool pra colocar no ferimento do seu pescoço e tentaria colocar o osso no lugar. Depois, passaria a pomada ante inflamatória e te deixaria pra morrer. - quando terminei, sorri sem mostrar os dentes.

– Haha, muito engraçado mauricinho. - ela riu falsamente.

– Hey! Eu não sou mauricinho. - eu disse ofendido.

– Não, capaz. - ela disse ironicamente e quando eu ia responde-la, Apollo me cortou e Thalia me olhou como se dissesse Venci, seu mauricinho!

– Muito bem classe! Já acabaram? Agora, antes de vocês saírem, quero que me respondam: O que fazer quando você está com um ferimento infeccionado?

Ouvi a voz de Piper responder:

– Você tenta desenfeccioná-lo da melhor maneria que conseguir nas condições em que estiver. - foi simples a resposta dela, mas era a verdade.

– Ponto extra Srt. McLean. - Apollo disse sorrindo para a aluna. - Agora, estão liberados. Podem ir.

Thalia se levantou rápido ao meu lado e saiu rapidamente da enfermaria, assim como a maioria dos alunos. Me levantei da minha classe e procurei por Grover. Quando o achei, ele estava conversando com Annabeth enquanto se levantavam da classe. Ele ria enquanto ela falava alguma coisa. Ele se despediu dela, e ela foi caminhando até a saída, acompanhada com Piper.

Segui em direção ás garotas que estavam cochichando perto de Jason e Leo.

– Ela é interesseira, só pode! - ouvi Drew cochichar.

– E se acha a gostosa pra pegar o Sr. Apollo. - Calipso disse em um possível tom de ciúmes não possessivo enquanto olhava para o professor que estava guardando algumas coisas na estante.

– Nem me fale. - Drew falou, olhando para suas unhas pintadas com rosa.

– Ai amiga, vamos parar de perder nosso tempo falando daquela loira aguada. - Calipso falou como se pronunciar o nome de Annabeth , fosse um pecado. Eu quase ri disso. - Não suporto o jeito dela, muito menos ela. Olha só as roupas que ela está vestindo! Aquele casaco não combina com a regata! E pelo amor de Deus, rabo de cavalo está tão fora de moda! É ridículo!

– Verdade, amiga. - respondeu Drew enquanto engatava um braço no de Calipso. - Ai, me dá até pena... - e assim, as duas saíram com a coluna torta de tanto empinar a bunda ainda cochichando sobre Annabeth, moda e cabelo.

Olhei para Jason, que deu de ombros. Reyna e Júniper estavam conversando sobre algo que não dei importância, pois Grover se aproximou de mim.

– Cara, até que não foi tão ruim assim. - ele brincou.

Leo, que estava ao lado de Jason riu.

– Então, como foi com a novata? Ela não te deu um fora quando como deu para o Jackson? - perguntou rindo enquanto Jason o olhava para Reyna.

– Hi hi, ciúmes Valdez? - Grover brincou.

– Ele não, mas eu, talvez. - Júniper disse, se entrometendo na conversa enquanto dava um beijo na bochecha de Grover que riu com o ato da namorada.

– Hey, hey! Sem melação, por favor! - Leo disse sério, e depois olhou para Reyna, dando uma piscadela. - Á menos que você queira.

– Valdez, corre. - ela disse friamente e Jason riu, enquanto Leo a olhava assustado, mexendo nervosamente em seu suspensório.

– Então, vamos para o horário livre? - Leo perguntou, querendo mudar de assunto enquanto era fuzilado pelo olhar de Reyna.

– Claro, vamos para o salão? - Grover perguntou enquanto olhava pra mim.

– Vamos lá. - eu disse, seguindo em direção á porta.

[...]

Nós tínhamos passado o horário livre no salão da academia. Depois que chego o horário do almoço, nós decidimos ir almoçar.

Enquanto almoçávamos, eu e os rapazes conversamos sobre jogos de PlayStation 3, enquanto Júniper, Reyna e Bianca estavam conversando sobre música, e Calipso e Drew conversavam sobre maquiagem, cabelo e unhas.

O almoço passou rápido, e depois decidimos ir para nossos quartos até que fosse hora de irmos para a aula de culinária na cozinha. Quando decidimos isso, Calipso me olhou maliciosamente, mas eu a ignorei. Hoje eu não estava a fim de tê-la em minha cama.

[...]

Entramos na cozinha e a nossa cozinheira - que apelidamos de Harpia por ter unhas grandes e não cuidadas e não fazer o bigode - nos disse para colocar o avental e a touca de cozinha que estavam em cima de uma mesa.

A cozinha da academia era em uma sala grande, onde tinham várias mesas, pias e fogões, e uma enorme dispensa. (N/A: Novamente, como aquelas cozinhas que tem nas escolas americanas que os estudantes tem... em uma aula específica que eu me esqueci o nome. k' .-. )

Colocamos os aventais e as tocas - que todos reclamaram ao colocarem - e a cozinheira Harpia nos disse para escolher um local da cozinha e começar á fazer a tarefa: cookies de chocolate.

– Hoje nós aprenderemos á fazer cookies. Vocês tem no máximo uma hora para prepararem a massa, esquentar o forno, preparar o recheio de chocolate e colocá-lo no forno. A atividade será em duplas, das quais eu escolherei. - ela disse e deu uma bela olhada na turma de 20 alunos. - Você, garota punk, - ela se referiu á Thalia. - Qual é o seu nome?

– Thalia. - ela respondeu.

– E qual é a outra garota nova? - a cozinheira pediu.

– Eu. - a loira se apresentou.- Annabeth Chase.

– Muito bem! - a cozinheira disse nos olhando atentamente. - Quero Piper com Jason, Drew com Calipso, Leo e Thalia, Grover e Júniper, Reyna e Octavian, Silena e Charles, Bianca e Taylor, Annabeth e Percy, ... - quando ela citou meu nome eu e o de Annabeth, eu olhei para Grover preocupado, mas ele somente dera de ombros, com uma expressão divertida no rosto.

Olhei para Annabeth, que estava olhando para Piper preocupada. Mas quando percebeu que eu a olhava, olhou para mim e nossos olhares se conectaram.

– Mãos na massa pessoal! - a cozinheira disse e bateu as mãos.

Annabeth se aproximou de mim, com uma expressão séria e fria. A mesma expressão que ela sempre estivera.

– Vamos lá então. - ela disse e nós dois nos aproximamos de uma mesa.

Ela pegou um livro que estava na ponta da mesa e o folhou. Depois de ter lido um pouco ela se vira para mim e diz:

– Precisamos de dois ovos, farinha, um pacote massa de cookies, chocolate, leite e manteiga. - ela folheia o livro novamente e eu a olho sem entender nada. Ela levanta a cabeça e percebe meu olhar confuso, e diz:

– O quê foi?

– O que eu tenho que fazer? - perguntei olhando para as coisas que precisávamos em cima da mesa.

Ela suspirou me olhando como se a resposta fosse óbvia.

– Pegue os ovos e os abra, quebrando-os em cima dessa tigela. - ela disse depois de alguns instantes largando o livro e pegando a tigela que estava na batedeira.

Depois de ter lavado minhas mãos, peguei os ovos e os bati na tigela. Depois, Annabeth me instruiu á pegar o pacote de massa e despejar o conteúdo dentro da tigela, assim como 100 mls de leite, duas colheres de manteiga, e um pouco de farinha.

– Okay, acho que está tudo bem até aqui. - ela disse, folhando novamente o livro. Eu conectei a tigela com o liquidificador e o liguei.

– Percy não...! - Annabeth gritou bem na hora em que a massa de cookie voou em nossas caras. Mas Annabeth, fora mais ágil e desligou o liquidificador.

Retirei com meus dedos a massa de cookie que estava em meus olhos e olhei para Annabeth, que estava totalmente coberta pela massa.

– Não ligue no máximo. - ela continuou sua frase anterior, enquanto retirava um pouco de massa de seus olhos.

– O que por Deus está acontec.... - a voz da Harpia parou no meio da frase quando viu a bagunça em que estava a nossa mesa, e nossos corpos. Ela nos olhou com tamanha raiva. - Vão se limpar! Agora! Saiam de minha cozinha! E não pensem em voltar depois de limpos!

Eu olhei para Annabeth, que me olhou. Concordamos em silêncio que era melhor sairmos agora antes que algo a mais desse errado.

Enquanto seguíamos em direção á saída da cozinha, ouvi alguns cochichos entre os alunos:

" Hii, é agora que eles se pegam. " e coisas como " Bem que eu queria ser a loirinha agora. " e mais algumas que eu preferi ignorar.

Caminhamos até o elevador em silêncio tenso. Nenhum de nós falava uma palavra sequer. Quando entramos no elevador, eu tomei a iniciativa de falar alguma coisa:

– Olha, eu juro que não era minha intenção ligar o liquidificador no máximo.

– Não se preocupe, foi só um acidente. - ela disse enquanto retirava mais um pouco de massa que caiu de sua toca em seu olho.

Eu fiquei intrigado.

– Não está braba? - perguntei um pouco surpreso, pois não havia ouvido nenhum tom sarcástico ou coisa do tipo, somente o seu tom normal.

– Na verdade, estou. - ela confessou e me olhou, deixando ossos olhares conectados. - Mas foi um acidente. E, acidentes acontecem.

" Ela tem lindos olhos. " pensei, ao perceber que eles eram de um cinza tempestade.

Ela abaixou a cabeça e retirou a toca, fazendo com que o resto da massa ficasse presa da toca em si. Também fiz o mesmo, cuidando para não me sujar mais do que já estava.

O elevador parou no andar dela, e ela saiu do mesmo quando ele abriu as portas. Ela seguiu reto até mais ou menos o final do corredor. E antes do elevador fechar as portas, percebi que ela virou um pouco a cabeça para me olhar discretamente. E deduzi que o quarto dela fosse o 20 ou 23.

Enquanto o elevador descia, tive tempo para pensar no que ela disse.

" Foi um acidente. E acidentes acontecem. " ela dissera com um sentimento por trás dessa frase, mas eu não consegui identificar qual sentimento fora.

POV. Annabeth Chase.

Entrei no banheiro e me olhei no espelho. Eu estava coberta de massa de cookie de chocolate.

" Quero saber como vou conseguir tirar toda essa massa de cookie do meu cabelo. " pensei.

Com um suspiro, me despi e entrei no banho.

Enquanto lavava minha cabeça com muito shampoo, decidi pensar sobre o meu dia.

FLASHBACK ON

Ouvi o som de que o elevador tinha chegado ao meu andar, e quando fui sair do elevador, esbarrei em uma pessoa, fazendo o livro que eu estava lendo cair, assim como a pasta da pessoa que eu esbarrara.

– Oh, me desculpe. - eu disse me abaixando para pegar meu livro, mas antes de alcançá-lo, uma mão masculina o pegou.

– Me desculpe, eu não vi que você estava ali. - seu voz era confortável e sexy ao meso tempo. O homem se levantou e eu me levantei também, me deparando com um deus grego a minha frente.

Ele olhou o livro, analisando-o.

– O Hobbit? - ele perguntou, lendo o título. O deus grego levantou sua cabeça e me olhou. - Está gostando da leitura?

Concordei com a cabeça. " Eu não posso corar. " pensei, olhando em seus olhos azuis quentes.

– Sim, é um ótimo livro. - eu disse, pegando o livro que ele me alcançara.

– Eu já o li. Em que parte está? - ele perguntou.

– Na parte em que eles encontram Radagast, o Castanho. - eu falei e ele me olhou intensamente.

– Eu... Eu nunca te vi aqui na Academia. - ele disse sorrindo um pouco. - É nova aqui?

– Sim, cheguei ontem. Eu e uma amiga minha viemos da Deadly Fights Academy. - falei e ele trocou a pasta em suas mãos, e me ofereceu a mão direita.

– Sou Apollo, professor de Ciências e Primeiros Socorros. - ele dissera sorrindo e eu apertei a mão dele.

– Annabeth Chase. - eu disse e ele soltou minha mão, sorrindo. Sorri um pouco também. Seu sorriso era sexy e encantador.

" Deve conquistar muitas. " pensei.

FLASHBACK OFF

Lembrei do modo em que ele me pediu para acompanhá-lo até a sala onde daria aula e sorri, lembrando de nossa conversa, enquanto passava novamente o shampoo em meu cabelo.

FLASHBACK ON

– Eu não acredito.- ele disse rindo, enquanto eu confirmava. - Como assim você conseguiu sair sem nenhum arranhão de um campeonato onde era a úncia garota participando?

– Simples, eles me viam como uma coisa frágil. E foi nisso que tirei vantagem. - eu disse sorrindo.

– Se me permite dizer, de frágil você não tem nada. - ele dissera ainda rindo um pouco.

– Fale isso para o cara que tentou me beijar. - falei indicando Percy.

– Ah sim! Poseidon me contou do causo! - ele riu e eu ri mais ainda, não pelo o que ele disse, mas porque sua risada era contagiante e gostosa de acompanhar.

– Hã, oi? - ouvimos a voz de Leo e nos viramos, vendo que o grupo de dsigners estavam nos olhando chocados - principalmente Drew e Calipso, que estavam com a boca em um 'O' e os olhos arregalados.

Apollo se afastou de mim, o que agradeci um pouco. Se eu ficasse mais 10 minutos ali, acho que não responderia por mim pelos meus atos. Apollo era quente, disso ninguém poderia negar. E com aquela camisa com dois botões abertos, ai meu Deus. Eu não era desse tipo de pessoa mas assim não dá para ignorar.

FLASHBACK OFF

Ri com meu próprio pensamento. Mas logo fiquei séria quando lembrei que ele me usara como manequim em sua aula. Sinceramente, eu não gostei do jeito em que ele se agarrou em mim. Eu já estava 100% em minha sã consciência, e por isso eu não me senti confortável. Afinal, um homem de aparente 25 anos ou mais agarrando você pelas costas no meio da aula não é algo que te faça se sentir totalmente confortável.

Lavei mais uma vez meu cabelo e percebi que toda a massa de cookie tinha saído. Passei o condicionar e me lavei.

Saí do box, e me enrolei com a toalha. Penteei meus cabelos e me sequei. Saí do banheiro e abri meu roupeiro. Decidi colocar uma blusa cinza com uma coruja desenhada na frente. Coloquei uma calça legui preta e meus All Star.

Olhei no despertador que horas eram e me surpreendi quando vi que já era 15:58 pm. Eu tinha mais ou menos 20 minutos até a próxima atividade. Então, decidi me distrair lendo o livro que pegara com Ella na biblioteca.

Me deitei na cama e peguei na escrivaninha o livro O Hobbit. Eu já estava quase terminado, e tinha pego hoje de manhã o livro. Eu sempre fui assim, uma devoradora de livros. Acho que peguei isso de minha mãe. Ela adorava ler pra mim antes de ir dormir. E eu adorava isso. Sempre sonhava que eu era o personagem principal durante a história.

Fechei meus olhos.

" Espero que esteja cuidando de mim aí em cima. " pensei, ante de começar a voltar á minha leitura.

[...]

Thalia chegou tarde no quarto. Ela entrou e se jogou em sua cama.

– O quê foi que aconteceu? - perguntei, já sabendo que quando ela fazia isso, era porque algo havia acontecido. Algo importante.

Ela se ajeitou na cama e me olhou.

– Você já teve a vontade de jogar farinha na cara de alguém? - ela perguntou e eu a olhei séria. - Bem, foi o que aconteceu. Aquele garoto chamado Leo começou á me irritar e eu simplesmente peguei a farinha e toquei na cara dele.

Eu não sabia se ria ou se ficava séria. Mas acabei rindo.

– O quê? Como ele te irritou?

– Ah, fazia piadas sem graça e me irritava com coisas idiotas. - ela bufou.

– E por isso que você demorou? - perguntei, me ajeitando na cama. Adorava as intrigas de Thalia com alguma pessoa. Me lembra novela mexicana.

– Não, depois disso, ele tocou farinha no meu cabelo, e daí a Harpia nos mandou para o diretor, que nos deu uma suspensão. Ou seja, não posso sair do quarto até amanhã, a não ser jantar. - ela disse e fez uma arma com os dedos, apontando para sua cabeça, e fingiu puxar o gatilho.

– Então, senhora encrenqueira, vá tomar seu banho. Consigo ver a farinha daqui. - falei rindo e ela fechou a cara.

– Éh, eu saio de suspensão por ter sujado um colega com farinha, e você não sai com nada por ter sujado todo o chão e a si mesma com massa de cookie. - ela disse, se levantando e caminhando rapidamente em direção ao banheiro. - Pelo menos eu não tenho mais de uma pessoa interessada em mim! - ela gritou e entrou dentro do banheiro, se trancando rapidamente.

" Ah, Thalia. Você me paga. " pensei bufando.

[...]

Saí para a última atividade do dia e me encontrei com Piper no elevador.

– Oi, Piper. - a cumprimentei.

– Oi Annie. - ela disse sorrindo enquanto apertava o botão para ir ao Salão. - Então, o que tem entre você e Percy?

Eu a olhei intrigada.

– Um murro, um lago com jacarés e fogo. - brinquei e Piper fechou a cara.

– Sério? - ela perguntou irônica.

– Não, esqueci de acrescentar a muralha da China. - brinquei novamente séria.

– Annie. - ela disse séria e eu ri.

– Não tem nada entre mim e Percy, Pips. - eu disse, mas percebi que ela não aceitou minha reposta. - Não somos nem conhecidos se você quer saber.

Ela suspirou cansada.

– Okay.

– E você e o Jason na aula de culinária? - perguntei e ela corou. Ri com isso. - O que aconteceu?

– Nada. - ela respondeu ainda vermelha. - Absolutamente nada, tirando o fato de que nossas mãos se tocaram e eu senti um arrepio.

Eu ri, feliz por ela. Não era muito difícil de perceber que ela era apaixonada pelo Jason já faz tempo. E antes que eu pudesse perguntar algo á mais, tínhamos chegado ao nosso andar.

– O que vai ser hoje? - perguntei olhando para ela enquanto caminhávamos em direção á porta do Salão.

– O Treinador Hedge vai passar um filme para nós. Acho que vai ser Os Vingadores. - ela disse pensativa. - Não sei ao certo.

Quando chegamos ao Salão, o Treinador Hedge estava ajeitando o áudio e a legenda. Percebi que era o filme que Piper falara. Nos sentamos em um pufe disponível que tinha ali, e esperamos o filme iniciar.

– Quietos durante o filme, vai ter trabalho valendo nota no final. - ele disse.

As luzes se apagaram e o filme começou.

[...]

O trabalho que o Treinador Hedge nos dera era somente algumas perguntas. Piper me contou que ele era o professor de Ed. Física e de combate e armas da academia.

Saímos do Salão e fomos jantar. Piper e eu conversamos sobre coisas normais e nos conhecemos um pouco enquanto comíamos.

Ela viveu com o pai durante a vida toda pois a mãe era uma modelo, e não tinha tempo para família. Piper sofre bullying no colégio particular só para meninas por ser filha do Tristen McLean. Ela contou que faziam brincadeiras e piadinhas sobre ela quase o tempo todo. Teve até que fazer uma visita á um psicológico uma vez, pois não conseguia aguentar mais, e no final acabou se mudando para a Force Academy depois de bater o carro. Ela sempre gostara de bandas como Beatles, e também nunca aceitara a ideia de que era bonita. Piper também contou que ela gosta de tirar fotos. Que quer se formar em fotografia quando completar 20 anos - que seria daqui a 3 anos. Ela me contou que viajara com o pai por quase todo o mundo por causa de sua carreira como ator, mas ainda não conhecera a França - o lugar em que quer muito conhecer um dia.

Quando foi a minha vez, contei que meus pais foram assassinados dentro de casa e que os assassinos me levaram para um orfanato, onde fiquei até Quíron me achar e me levar para a Deadly Fights Academy. Contei que passei quase 8 anos ali, e que fora difícil aceitar a ideia de me mudar de academia. Contei que gostava de arquitetura, pois puxara isso de minha mãe, assim como o gosto de ler livros. Contei que gostava de algumas músicas em particulares mas não tinha uma banda ou cantor favorito em particular. Contei que gostaria de conhecer a Grécia, principalmente o Partenon.

Conversamos sobre mais algumas coisas quando decidimos ir dormir. Me despedi de Piper, e fui para o meu quarto.

Quando cheguei, Thalia já estava dormindo. Ela não tinha ido jantar então, provavelmente amanhã ela estaria com muita fome. - mais do que o normal. Escovei meus dentes e coloquei meu pijama. Me deitei na cama e, antes de dormir, acabei pensando sobre a história do livro O Hobbit, - que eu tinha terminado a leitura.


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Notas finais do capítulo

OBS:
1°: Gente, eu não sei fazer cookies de chocolate então eu recomendo não usarem a minha receita. Sério, não usem.
2°: Quero reviews!
3°: Byebye.-.



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