"Yeap. Podem me condenar agora."

O sol acaba. Coração para de bater. Tudo fica escuro, vicê já não é capaz de nada. Não sente o vento, não sente o cheiro, NADA. Nem consegue mais escutar, tudo fica leve, mais fácil. ACABOU!

Céu ou inferno? Para onde as pessoas iriam depois que fechanvam seus olhinhos para sempre? As más seriam torturadas e pagariam por todos os seus pegados se sujando de carvão e as boas iria rir de suas caras feias lá de cima?

"Não importa Frank, elas simplesmente morrem."

Assim que saí da sala, com aquela angústia me corroendo, me dei total conta de que eu não tinha a menor noção de como reagir quando estivesse com o Gerard outra vez.
Ele estava nos primeiros degraus da escada, acho que esperando por mim.

"Uh, era o que eu temia."

Eu- Hey... -enfiei as mãos nos bolços e fiz aquela famosa cara de 'menina que tem vergonha de contar para os pais que menstruou'.
G- Eu tava te esperando, a gente pode conversar? -bem calmo.

Ele passou a mão na cabeça, tirando o cabelo suado da testa.

Eu- Pode dizer...
G- Melhor a gente ir lá praa trás, o Ray já já aparece, e...
Eu- Tá bem.

Fomos para o pátio e nos 'escondemos' encima de uma árvore bem alta. Não digo 'pouco' alta, era ALTA mesmo.

G- Frank, me desculpa... -olhando para suas pernas, *e QUE pernas*, enquanto as balançava para frente e para trás junto com o vento.
Eu- Pelo que?
G- Eu ter forçado hoje...
Eu- Forçado?
G- É, com o beijo.

Fiquei sem saber o que dizer, e sim, parecia que minha pressão havia caído, junto comigo, que fiquei quase que de ponta-cabeça pendurado.
O Gee segurou meu braço e me puxou de volta.

G- Você tá bem? Cara, ia ser uma queda feia pra caralho!
F- É mas eu não ia sentir nada mesmo... -e sorri.

"Frank, seu otário."

G- Não? E por quê? -começou a me encarar com aquele olhar penetrante que era craque em me deixar confuso.
Eu- Ahn, porque... Porque... -e senti meu rosto corar.

"Anda, desenrrola."

Ele notou o QUANTO que eu havia corado e continou a me olhar.

Eu- Nada não, Gee...
G- Eu não quero forçar a você fazer nada que não queira, Frankie...
Eu- Você não tá me forçando a fazer nada. -olhei para baixo e toquei em sua mão de leve.

Ele inclinou a cabeça e fechando os olhos vagarosamente encostou seus lábios quentes e macios nos meus.

G- Eu gosto tanto de você... -sussurrou.
Eu- A quanto tempo, Gee? -aconcheguei meu rosto em seu ombro.
G- Sinceramente? -riu. -acho que desde a primeira vez que eu te vi. -com a voz um pouco diferente, mas tranqüila.
Eu- E por que nunca me disse nada?
G- Sei lá, talvez você fosse se afastar de mim... Digo, seus pais já me odeiam, imagina se a gente namorasse e...

"WOW! Namorar? Não. Nananinanão."

Eu amava a Jamia, não amava? Quero dizer, eu podia ter até algum sentimento pelo Gee, e por mais real que fosse, eu amava aquela garota.

Eu- Eu acho que meu pai me mataria.
G- Frank, não fala sobre isso com ninguém... Pelo menos não agora.
Eu- Tá, eu sei... Fica só entre a gente.

Ele alisou meu cabelo e disse:

G- Você vai dormir lá em casa denovo, não vai?

"Ain, Jesus."

Eu- Ah, se você quiser... -meio indeciso.
G- Claro que eu quero. Tipo, mas só se você realmente...

Antes que ele terminasse a frase dei um beijo na sua bochecha.

Eu- Eu realmente quero ir. -dessa vez sem dúvida alguma.