No exato momento em que Ray ia começar a falar, pude escutar um grito do Bob.

B- Gerard Way! Vc aquii? -cumprimentando-o.
G- É, voltei hoje... Cadê o resto do pessoal?
B- Tão lá dentro...
G- Hey, passa lá em casa depois. -entrando no colégio.
B- Pode deixar, tchau Gee.

Vocês acham que eu ainda estava interessado no que o Raymond iria me falar? Me levantei e saí correndo para a frente do colégio.

Eu- GEE! -gritei, sorrindo.

Ray virou-se para trás e fez uma cara nada agradável, sabe. Não que isso me preocupasse, quer dizer, o que o Ray era perto do Gee?

"Total insignificância."

Me levantei e fui dar um abraço nele, não aguentei ver o Gee parado com aquele rostinho lindo... Saí correndo o mais rápido que pude e literalmente 'pulei' nos branços dele.
Aquele realmente fora um abraço forte. Definitivamente aquele dia estava sendo melhor do que meus halloweens. Quando o abracei, minha bulsa levantou, e o Gee tocou minhas costas. Nossa, que sensação boa eu tive. Sua mão estava quente, escorregando pela minha cintura. Sem raciocinar direito, meio que um ato de loucura, dei um beijo em seu pescoço, já que nossos corpos não se desgrudaram. Ele me abraçou mais forte, dando um leve suspiro.
Não queria que aquilo acabasse nunca, nem ao menos podia entender o que senti na verdade.

G- Frank, que saudades eu estava de você! -e deu um beijo no meu rosto, deixando-me mais confuso ainda.

Gerard permaneceu olhando para mim, que permanecia com um sorriso no rosto.

"Às vezes você, Iero, é tão panaca."

G- Hey, Torinho! -dando um tapinha no meu ombro e direcionado-se ao Ray.
Ray- Ôpa, Way. Beleza? -forçando-lhe um sorriso.

Impressionante a facilidade da mudança de humor.

G- Aham, D. Helena já melhorou.
Eu- E cadê o Mikey?

Yeah. Memso sabendo que isso não importava, eu e o Gee não estudávamos mais na mesma sala, devido à minha reprovação.

G- Ah, só volta daqui a três dias... Vim com meu pai.
Ray- Por que você voltou hoje?
G- Ah, sabe como é, Toro. Saudades... -e sorriu lindamente.

"Lindamente? Que porra você quer?"

Eu sempre devorava três pacotinhos de jujuba em poucos minutos!

Eu- O bom é que você tá aqui... Queria te contar uma coisas.
Ray- É, fofocas 'pré-adolescentes'. -irônico.

Ray sempre queria me fazer passar por criança ou coisa do tipo, mas o Gee nunca ligava pra isso.

Mas na verdade, não eram exatamente 'fofocas'. Por que o Toro tinha que ser tão otário?

Ray- Então, já vou. Passo mais atrde na sua casa pra gente conversar melhor...

"Conversar 'melhor'? Morre, Ray."

Eu tinha que definitivamente acabar com aquela onda de imaginações sem nexo. Afinal, o Ray sempre agia daquele jeito, não?

"Isso é o que preocupa..."

G- Tá bom, vou esperar...Tchau, Ray.

O Ray saiu dali.

No caminho, o Gee me deu putro abraço.

G- Eu não tava mais aguentando de tantas saudades de você.

Ai, aquelen abraço era tão... Gostoso!

Eu- Eu também tava com saudades, Gee.

Ele sorriu e olhou para mim, o sol batia em seu rosto fazendo com que seus olhos verde-oliva brilhassem mais do que tudo.

G- O que foi isso? -peguntou tocando no meu lábio.

Sem saber o que deu em mim, levei minha mão até a dele, tocando-a delicadamente. Ele olhou para mim, e fez uma cara de: "Frank?", então eu voltei ao mundo real.

O que porra eu tava fazendo?
Rapidamente soltei sua mão e dei um passo para trás.

Eu- Me-meu pai... -gaguejei um pouco.
G- E isso ai nos seus braços? Também foi seu pai?
Eu- Não, rer. -ri abestadamente, lembrando-me da cena. -É que hoje de manhã eu tava vindo pra o colégio e terminei tropeçando.

Ele começou a sorrir. E que sorriso lindo, eu não podia negar.

"Lá vem você denovo..."

Eu- Mas então, como que foi lá na viagem? -falei rápido, tentando mudar de assunto.
G- Ah... Foi um saco! Nada pra fazer além de revistas e tv.
Eu- Por que o Mikey não veio?
G- Ele é besta, você sabe. -zombou.
Eu- Você tá só em casa?
G- Meu pai veio comigo... Mas não tá lá agora.

Abaixei minha cabeça e chutei uma predrinha que havia no chão.

"Puta merda!"

Por que eu fui abaixar a minha cabeça?

G- Ele não vai dormir lá essa noite... Tem que adiantar uns processos.
Eu- Você vai ficar só?
G- É... Depende. -pensou. -Você não quer dormir lá hoje? Aí aproveita e me conta tudo...
Eu- Ah, claro! -sorri. -Mas antes eu tenho que falar com minha mãe.
G- A gente passa lá agora.
Eu- Ah, aham.