Leiam as notas iniciais e OU as finais

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POV – GINA

Sentada na cadeira da penteadeira do meu quarto, minha mãe terminava de arrumar os meus cabelos, cacheando as pontas com magia. Ela pegava a varinha, enrolava mecha por mecha nela e murmurava um feitiço para que cachos cheios se formassem. Estávamos fazendo aquilo há duas horas, faltando outras duas para o casamento, que se iniciaria às 20h00. O porquê da demora? Simples... Nada ficava no meu cabelo. Se eu me mexesse ou passasse a mão, tudo voltaria ao mesmo liso sem graça. E isso já estava acabando com as nossas animações.

Eu ainda não tinha passado maquiagem ou colocado o vestido, obviamente. A manicure fazia minha unha do pé, pintando-a de branco e colocando pequenos adesivos de flor. As da mão estavam com um vermelho vivo. Eu poderia admirá-las por minutos e minutos de tão belas.

– Pronto, finalmente. – minha mãe suspirou, largando a varinha em cima da penteadeira – Agora só falta terminar a sua unha. Vamos começar de uma vez com a maquiagem e então você coloca o vestido, e tudo o mais. E sim... Ande logo porque o parque que você e Harry protegeram com magia e colocaram restrição à somente convidados é um pouco longe, mesmo que estejamos indo com chave de portal!

– Claro, mamãe. – eu disse. A manicure deu uma última pincelada na minha unha e disse que eu estava pronta. Sorri para ela e agradeci.

As últimas horas foram somente para terminar de me arrumar. Mamãe arranjou uma forma de passar a maquiagem o mais rápido que conseguiu no meu rosto. Eu sempre espirrava quando ela exagerava no pó compacto e na base. Achei que tinha um pouco de alergia, porque sempre que passava, meu nariz fica vermelho e eu começava a espirrar feito um cachorro.

O batom deu volume aos meus lábios. O rímel, o lápis de olho e a sombra fizeram que meus olhos fossem os grandes destaques do meu rosto. Por todas as forças e divindades bruxas, e pela modéstia, eu estava magnífica. Eu nunca tinha me visto tão linda. E estava prestes a chorar por causa da minha felicidade ao perceber quão perfeita eu tinha ficado.

Modéstia, Gina. Seja modesta.

Ah! Era impossível! Eu estava um verdadeiro quindim.

E Harry gostava dos quindins que eu cozinhava. Isso sim era uma boa coisa.

Não no sentido malicioso!

Mamãe me ajudou a colocar o vestido, que por um segundo eu pensei que prenderia em minha cabeça, mas que deslizou como uma pluma pelo meu corpo. Ela apertou atrás, fazendo que minha cintura e quadril ficassem marcados no tecido, além dos seios ficassem maiores por causa da pressão. Coloquei meus sapatos, sem olhar para o espelho, eu não queria ver como o vestido caiu em mim enquanto eu não estivesse 100% pronta.

– Fantástica. Essa palavra é a que te descreve – mamãe disse, sorrindo para mim enquanto eu terminava de colocar a alça do salto alto.

– Eu não estaria assim se você não tivesse me ajudado – sorri – Dê todos os créditos para si mesma.

Alargou o sorriso. Seus olhos pareciam emaranhados em lágrimas, uma vez ou outra ela passava a mão neles, tentando afastar a vontade de chorar.

– Minha menininha está se casando... – soluçou – Agora só falta casarmos o Rony...

– Ele é lento, mas eu sei que é a vontade dele com a Hermione. – sorri – Quem sabe o que pode acontecer hoje, não é?

Ela levou as mãos à boca.

– Ele vai pedi-la em casamento hoje? – falou mais baixo.

Sorri para ela, que suspirou aliviada, colocando a mão direita no lado esquerdo do peito.

– Vou deixá-la sozinha até a hora da festa. – saiu do quarto, cantarolando alegremente pela última novidade. Ri dela. Nunca vi mamãe tão feliz. Mas também, o sonho dela era ver Rony se casar com uma mulher que o colocasse na linha e o ensinasse as boas coisas da vida. E ninguém melhor do que Mione para fazer isso. Sem falar que todos nós adorávamos a morena. Ela e Rony seriam os padrinhos do Harry, enquanto os meus seriam Luna e Rolf Scamander, que estavam bem perto de se casar, a única coisa que faltava era a disposição da minha amiga para organizar uma festa. Victoire e Lucy seriam daminhas enquanto Teddy seria o pajem. Elas estavam lindas nos vestidinhos que eu escolhi, pareciam duas princesinhas. O afilhado de Harry ficou uma fofura dentro do terninho, o triste é que ele tentava tirar quando sentia calor ou dificuldades para respirar dentro dele. Era uma cena engraçada de se ver aquele menininho pulando para tentar se livrar das roupas pesadas.

Levantei-me da cadeira que eu estava sentada, erguendo o meu corpo com todo o cuidado que eu pude encontrar para não amassar o vestido. O salto me deixou bem mais alta. Eu devia estar do tamanho de Harry usando aquele tipo de sapato, porém ele era confortável em sua proporção e me tornava mais elegante, disso eu tinha certeza.

Andei até o espelho de corpo inteiro que estava pregado na parede. Quando dei conta que a pessoa que estava em frente a ele era eu, abri a boca, repetidas vezes, contendo a vontade de sorrir, mas foi impossível ao ver meus lábios finos se esticarem até minhas covinhas que ficavam uma de cada lado das minhas bochechas aparecerem.

Eu era a noiva mais linda do mundo.

– Vamos? – ouvi duas batidas na porta do meu quarto. Virei a cabeça rapidamente, vendo o meu pai, sorrindo abertamente para mim. Seus olhos transmitiam tranquilidade, as marcas de idade estavam bem mais visíveis por causa do seu sorriso. Correspondi, levantando da cadeira e indo até ele, porém, não o abracei. Ele esticou o braço para que eu pudesse enlaçar o meu. O fiz e então saímos daquele local. Teríamos que apartar junto de minha mãe, que estava terminando de se arrumar.

Quando ela apareceu, ficamos todos juntos e apartamos ao mesmo tempo. A festa estava para começar.

POV – HARRY

– Harry, você está quase parindo uma criança aqui. – Hermione riu do meu nervosismo. Eu andava para todos os cantos enquanto os convidados entravam no local que selecionamos para a cerimônia. Ainda não havia chegado a hora de atravessar o tapete vermelho que se estendia até o grande arco envolto com hera até onde o mestre de cerimônias estava.

– Será que ela nunca chegará? – perguntei. Hermione riu ainda mais.

– Ela é a noiva, Harry. É o dever dela se atrasar e lhe deixar preocupado! – suspirou – Não é belo isso? Todos se casando e eu parada aqui, apenas ao lado daquele pateta que nem como um namorado serve.

– Ele fez algo?

– Nasceu. Harry, Rony é muito lento. Há séculos ele vem falando que deseja se casar comigo e começar uma família, mas nem iniciativa para uma coisa dessas, ele tem – bufou – Talvez eu fique para titia, mesmo não tendo irmãos, e tenha o ruivo imbecil me prometendo mil e um desejos. Ótimo. Vida perfeita.

– Rony não é tão lento. Pode apostar que ele vai acordar sim para a vida – e seria naquela noite. A lua já brilhava no céu, que escurecia aos poucos. Estrelas apareciam. Exceto por Gina. Acho que eu não queria me acostumar com a ideia do atraso de uma noiva.

Quando todos os convidados se sentaram nas cadeiras, uma música suave começou a tocar na área do parque reservada para a festa. A música foi de escolha de Gina, que fazia questão de todos entrarem com músicas que tocassem ultimamente e não a mesma monotonia de um casamento comum, por isso “Upside Down” – N/Ju: sim, a música é de 2006 e eles estão em 2002, mas ela é bonitinha–, a música escolhida para a entrada dos padrinhos da noiva, enchia as caixas de som do lugar.

Luna, que estava com um vestido mesclado entre o azul e verde com manchas roxas e tênis de cores diferentes, entrou ao lado do seu noivo, Rolf Scamander, um cara que eu nunca tinha ouvido falar em Hogwarts. Em seguida, Rony e Hermione.

Cutucaram o meu braço assim que eles terminaram de entrar, era a Sra. Weasley – o que indicava que Gina estava lá! – ela entraria comigo na falta de minha mãe. Teddy estava próximo de nós, segurando as alianças com a ajuda de uma almofada vermelha. Demos o braço e esperamos que outra música abrisse espaço no local. Quando chegamos ao tapete vermelho, sorrimos um para o outro antes de sermos ovacionados pela música.

POV - GINA

“Time of your life” começou a tocar. Meu pai e eu rumamos para o local do grande evento, a passadas leves e acompanhando o ritmo da música, vez ou outra, com os dedos das mãos. Era a minha música de entrada. Apertei o braço dele, nervosa. Juro que pensei em desistir de me casar por puro medo do que eu teria de enfrentar logo após. Uma vida a dois. Qualquer briga besta nunca seria motivo para m término, e sim algo que colocasse à prova tudo o que sentíssemos um pelo outro. Meus pais não estariam mais ao meu lado o tempo inteiro, e eu teria que lidar com todas as responsabilidades que cairiam em cima de mim, como por exemplo, ser mãe.

Não. Eu não estava grávida na época. E juro que tinha medo de algo assim acontecer. Mas hoje, com meus três pimpolhos? Todas as aflições antigas foram substituídas por novas e algumas sensações maravilhosas.

À chegada do refrão, já estávamos de frente para o arco. Lucy e Victoire, que estavam a nossa frente, entraram primeiro, jogando flores pelo tapete. Olhei para frente e encontrei Harry, que parecia admirado com o que via(http://www.polyvore.com/cgi/set?id=94905770&.locale=pt-br).

Era como se o espaço tivesse apertado e sobrássemos apenas eu e ele naquele local. Nossos olhares se cruzando, nos admirando, nos desejando e querendo que o tempo corresse mais rápido para enfim estarmos juntos. Porém, tudo parecia tão lento... Como efeitos de câmera lenta. Ele parecia inalcançável.

Quando finalmente me aproximei, ficando debaixo do arco junto dele, sorrimos um para o outro, contendo a vontade de beijá-lo ante de a cerimônia começar. A música cessou e o mestre de cerimônias começou a falar:

– Estamos aqui reunidos nessa bela noite de Março para celebrar a união dos laços afetivos entre Ginerva Molly Weasley e Harry James Potter em matrimônio. Embora tão jovens, encontraram um amor que os proporcionasse a felicidade e o companheirismo. Se estamos aqui hoje é porque estes assinam o compromisso com a Ordem Religiosa Merliniana, de se casar quando encontrar a sua alma gêmea e cumprir com ela tudo o que a doutrina espiritual recomenda. – fez uma leve pausa antes de continuar – agora, oremos em nome deste casal.

Todos começaram a rezar. Os convidados com as mãos dadas, como mandava a tradição. Eu e Harry de frente um para o outro, nossos dedos enlaçados e de olhos abertos. Ele tinha feito a barba e cortado o cabelo. Estava divinamente lindo como eu nunca vi antes. Sorrimos um para o outro quando a oração acabou. Viramos para o mestre que continuava a recitar, dessa vez, pedaços dos legados deixados por Merlin para uma vida próspera em amor e fidelidade.

– Então em nome do grande bruxo que foi Merlin, podem selar o fim dessa cerimônia com um beijo.

Meus lábios se chocaram contra os de Harry, entreabertos dando passagem para nossas línguas, que dançavam juntas, como se fosse uma valsa.

– OOOOOOOU! – Jorge gritou – Vão para um quarto! – devíamos ter demorado muito, porque logo que nos separamos, todos chegaram à mesma conclusão que o meu irmão.

Rimos em resposta a eles, antes de sairmos juntos, de mãos dadas, sendo saudados por todos os convidados. Lucy, Victoire e Teddy iam atrás de nós, as meninas segurando a calda do meu vestido, uma de cada lado.

No final, eu e meu marido, agora marido e era tão bom pensar nisso, nos beijamos novamente. Finalmente juntos, sem algum empecilho para nos atrapalhar.

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– Harry! – Rony gritou, saindo de sua mesa no salão de festa que havíamos reservado e correndo até nós – Hermione aceitou! – lidou como se aquilo fosse a sua maior realização pessoal. Palmas para Ronald Weasley...

– Parabéns – dissemos juntos, vendo o meu irmão anunciar para todo o resto que iria se casar.

Alguns dos convidados que não tinham nos parabenizado vieram trocando beijos e desejando todas as felicitações que encontraram. Paz, saúde, dinheiro, amor e todas mais essas coisas que você diz para qualquer pessoa que se importe pelo menos em 1/9. Talvez menos que isso.

Quando eu abraçava uma prima distante, percebi um olhar caído sobre mim. Era Douglas. Eu o havia convidado para a celebração, mas não pensei que ele realmente viesse. Soltei os braços da menina, e fui até ele, vagarosamente, o que pareceu irritá-lo, já que bufou e olhou o seu relógio de pulso.

– Bom saber que veio – disse – Aproveite a festa.

– Aproveitar? Isso é ironia. – falou – Vim por não ter mais merda nenhuma a fazer numa noite de sábado. Todos os bares fechados, e você convidou a todos que conhecíamos, dessa forma, nenhum deles toparia sair comigo nem para comer codornas. Não poderia ter escolhido um dia pior para celebrar o início da sua vida medíocre?

– Medíocre? – soltei uma risada – Quem você pensa que é para falar algo assim, Douglas?

– Não pense que eu esqueci você, Ginerva. – sua voz soou fria – Eu desisto apenas quando...

– Uma possibilidade melhor aparece em sua vida. Ah, por favor. Ambos sabemos que eu não sou tão boa assim para você se prender. Existem mil e uma mulheres mais bonitas e bem sucedidas por aqui, tipo... – minha mente clareou – sabe aquela mulher sentada sozinha? Aquela de cabelos castanho-avermelhados? – apontei para uma mesa distante.

– Sei. E daí?

– Ela com certeza é melhor do que eu em tudo. Além de 10.000x mais atraente. Então, por favor, me deixe em paz e vá atrás dela.

– Isso ainda não acabou.

– Mas para mim, acabou aqui. – ouvi a voz de Harry atrás de mim – Vá embora de uma vez, Douglas. E pare de agoniar Gina. Se eu souber de qualquer outra coisa que você fizer contra ela, eu posso prendê-lo, e nem pense em rir ou fazer algo contra isso, porque você sabe bem que eu tenho esse direito. Isso o que você faz é considerado como agressão.

– Potter, eu não me lembro de ter lhe chamado na conversa ou qualquer coisa assim, mas quer saber? Dane-se. Ginerva, que tenha a sua vida inútil de qualquer maneira. – ele virou-se para ir embora – A propósito, se eu quiser continuar atrapalhando todas as suas realizações ou te prensando contra a parede, eu tenho esse direito. – e saiu andando até a saída do salão de festas.

– Como sabia que...

– Que ele era um pé no saco? Simples. Qualquer coisa que acontece no Beco Diagonal, os aurores ficam sabendo. E uma delas foi o seu desentendimento com esse babaca. Não recebi a notícia na Itália, mas sim logo que cheguei aqui. Gina, por que convidou ele?

– Ele não faria nada comigo com você aqui – respondi. Ao invés de Douglas ter ido embora, ele se se sentou à mesa em que Penélope estava, e de repente, começaram a conversar. Bem... E que seja assim, pelo menos para o resto das suas vidas longe de mim e de Harry – Mas não vamos nos preocupar com isso. Está na hora de jogar o buquê, certo? – sorri.

Anunciei às convidadas que eu finalmente jogaria o buquê. Umas deram gritinhos histéricos, outras apenas ficaram em seus próprios lugares, observando e rindo das reações das demais. Subi em cima do palco que tinha no local, e me virei para trás, contando até três antes de lançar as flores no ar.

Virei-me, vendo-as dar três rodopios antes de caírem nas mãos da... Hermione. Ela era uma daquelas que apenas observavam e riam, mas pegou. Eu devia ter realmente muita força nos braços porque ela estava bem longe.

Sorri para ela, que parecia surpresa com a situação. Um tempo depois, teríamos mais outro casamento para ir...

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Eu e Harry passamos a lua de mel da França. O que significou um preço alto por chaves de portal para o país que fica logo ao lado... Fizemos a viagem algumas horas após o casamento, dando tempo apenas de pegarmos nossas malas e trocarmos de roupa.

Ao chegarmos ao quarto do hotel em que reservados uma estadia, nem pensamos em organizar as nossas malas. A energia que sentíamos se espalhava rapidamente em nossos corpos, e com isso a vontade de estarmos juntos.

Harry começou a me beijar como se não me visse há décadas, anos e anos de desejo guardados. Correspondi também aos seus movimentos rápidos e carícias, que faziam o meu corpo estremecer e os pelinhos dos braços arrepiarem.

Eu envolvi minhas pernas em sua cintura, enquanto ele ia até a cama, caindo nela em seguida, eu em cima dele. Seus beijos eram quentes e urgentes, suas mãos se alternavam entre livrar-me das roupas e espalhar carícias por meu corpo. Ele nos virou, ficando em cima de mim. Terminamos de nos despir. Eu estava pronta para ele. E quanto à camisinha, ele tinha uma no bolso de suas roupas. Quando Harry voltou a olhar para mim, tudo o que eu queria era tê-lo mais próximo o possível, eu precisava dele naquele instante. Selamos nosso amor com um beijo antes de celebrarmos a nossa união. Finalmente pertencíamos, definitivamente, um ao outro.

 

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