Amando Gina Weasley escrita por Iadala


Capítulo 17
Capítulo 17 - A caída da apanhadora.


Notas iniciais do capítulo

#Lumus

http://ask.fm/Heyjuliachan

1- O ano passou rápido né? Sim. Eu não quis contar a estória de Gina em seu 7° ano porque não seria interessante... Ficaria até mesmo cansativa.

2- Vocês podem ler a notícia do Profeta Diário quando terminarem o capítulo.

3- Um acidente de trem? Com o de Hogwarts? Sim, eu não tinha nada melhor para inventar...

4- Gente, cometi um erro gravíssimo colocando que a Gina era artilheira das Harpias, sendo que na verdade era apanhadora. Desculpem.

Beijocas e boa leitura!



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PROFETA DIÁRIO

Notícias de última hora


Por Rita Skeeter




ONTEM, 31 DE MAIO DE 2000, o trem de Hogwarts que levava todos os estudantes de volta para suas casas após o ano letivo desviou de sua rota e caiu de uma serra matando 70 jovens, do 1° ao 7° ano e deixando mais de 120 feridos, dentre eles, a noiva do nosso queridíssimo menino-que-sobreviveu, grande auror e ex-estrela do Quadribol em Hogwarts. A coisa que me pergunto é: como será que Harry Potter está reagindo ao saber que a sua amada corre risco de morte?





As fãs enlouquecidas do galã juvenil rezam pela morte da ruiva Ginerva Weasley (sim, isso é um nome, caros leitores) para que possam ter uma chance com o herói da nação bruxa e também terem um anel romântico com dizeres em latim. Santo Potter... Acho que essa garota o deixou mais brega do que todos nós imaginávamos, além de uma sina para a pobreza, porque ouro branco? Tsc tsc tsc... Não poderia ser um anel de ouro amarelo?





Uma de suas fãs disse: “Espero que aquela interesseira do inferno morra!”.





Pelo o que vemos a maior parte da nação bruxa odeia Ginerva Molly Weasley, a futura senhora Potter.





Todos os jovens foram encontrados ensanguentados, alguns com uma perna faltando, outros vomitando, e até mesmo debaixo do trem rezando por ajuda. Nós da equipe do Profeta Diário rezamos para a recuperação desses estudantes. O motivo pelo qual o trem esquivou do caminho foi a queda de rochas de uma grande serra, que também foi a razão para que o trem desviasse do caminho habitual.





POV – GINA





Uma hora antes do acidente





Eu, Luna e Rolf Scamander dividíamos uma cabine no trem. Desde que Luna e o garoto começaram a namorar, não desgrudaram mais! Era sempre uma melação incansável e parecia que nunca queriam desgrudar, sequer para respirar. Eu não imaginava que minha amiga poderia se tornar tão docinho só de conhecer um cara por quem gostasse tanto.





Nós três conversávamos sobre nossos futuros empregos. Por acaso, Luna ia trabalhar para Rolf, já que ele era o grande herdeiro de campos para estudos naturalistas, mas no fim das contas, ela acabaria assumindo a presidência das terras junto a ele.





Eu consegui o que sempre sonhei, mas que meus irmãos sempre duvidavam (acho que eles têm que perceber que quando eles duvidam cada vez mais se realiza...)





Fui chamada para ser apanhadora das Harpias de Holyhead!





Tudo começou com um jogo de Quadribol com a Corvinal, que eu jogava como apanhadora. McGonagall nos informou que um time de Quadribol super importante da Inglaterra estaria testando os desempenhos dos alunos do 7° ano para contratar um deles para jogar nas Harpias.





Com uma sorte inexplicável, eu fui a escolhida.





Quando contei para Harry, ele ficou tão feliz com isso que me comprou um modelo da Firebolt. Firebolt Class C1 – a vassoura era o olho da cara. Reclamei com ele que não dá um presente caro desses para a noiva, mas ele não voltou atrás e ficou a me congratular a todo o momento. Tudo o que pude a fazer foi agradecer e dizer que o amava.





De qualquer maneira, eu amaria o meu novo emprego. Eu começaria a trabalhar nos meados de julho, quando os campeonatos finalmente começassem.





– Muito empolgada Gina? – Rolf perguntou.





– Você não imagina como... – respondi – também com minha volta para casa. Minha cunhada está prestes a ganhar o bebê...





– Audrey engravidou? – Luna perguntou.





– Ela casou grávida. – respondi – no casamento dela, aquele leve volume na barriga dela era o futuro nenê. Você achou que ela fosse gorda?





– Ela não teria tanta barriga para ser considerada gorda, aliás, eu nem vi barriga no dia do casamento dela com Percy! – Luna levantou as mãos.





– Eram apenas oito semanas... – justifiquei. Começamos a falar sobre nossas respectivas famílias e a conversa durou até que sentimos o trem frear com tanta força que fui jogada para frente. Rolf e Luna me seguraram.





– O que foi isso? – perguntei.





– Vou checar. Fiquem aqui. – Rolf levantou-se.





Luna olhou pela janela e viu uma quantidade enorme de rochas perto dos trilhos, algumas batiam no trem, pequenas e enormes.





– Caminho interditado. – disse – devem ter caído da serra.





– Provavelmente. – comentei.





Cerca de dez minutos depois, sentimos o trem começar a andar novamente, pegando o rumo à direita. Rolf entra na cabine, sentando-se ao lado de Luna em seguida.





– Ficamos presos, mas achamos uma nova passagem. – disse – vamos demorar mais para chegar até Londres.





– Pelo menos escapamos. – Luna disse.





– Ah sim. Enfim, Luna o que estávamos conversando? – perguntei.





– Eu não lembro, mas... – Luna foi interrompida pelo barulho de algo batendo na lataria do trem – que diabo foi isso?





– Estranho. Pensei que sairíamos de perto das rochas... – Rolf disse.





– De qualquer forma... – tentei falar, mas o barulho de rochas aumentou, e mais delas começaram a cair no trem. Umas furaram a lataria e entraram. Ouvi alguns gritos e pessoas desesperadas abandonado suas cabines. Eu e meus amigos não sabíamos o que fazer.





O trem parecia desgovernado a partir do momento em que uma grande rocha entrou na cabine do maquinista. Rolf foi correndo até lá, mas tudo o que trouxe quando voltou foi que o maquinista perdeu o controle e que a mágica só seguraria por poucos minutos.





Eu e Luna começamos a gritar. O trem estava desgovernado e estávamos à beira de um precipício com mais de 600 metros de altitude! Ouvimos barulho de janelas quebrando. Alguns estudantes saíam às pressas de suas cabines, preferindo ser abandonados no meio do caminho do que morrer de uma forma dolorosa. Mas nós não morreríamos, eu tinha a plena certeza.





O trem começou a chacoalhar, levando nossos corpos a se chocarem contra as paredes da cabine. Luna bateu a cabeça fortemente na porta, atravessando o vidro e parando no corredor. Rolf desesperou e abriu a porta, dando de cara com uma Luna caída e ensanguentada.





– Luna. – ele chamou, colocando seu ouvido em seu peito – o coração bate. Luna! Acorde!





– Luna! – chamei.





O trem fez um “clack” e comecei a ouvir barulho de metal rastejando.





– Luna! – Rolf chamou novamente.





Voltei para a cabine, mas não foi andando.





O trem estava caindo da serra. E com ele, eu também caía.





Rolf e Luna foram jogados para a mesma parede que eu, e então senti meu corpo descer rapidamente, como se estivessem me jogando em um buraco negro.





Comecei a gritar. Rolf também, com Luna enlaçada em seus braços.





A última coisa que me lembro de ter sentido foi o forte impacto da minha cabeça com o chão da cabine.





POV – HARRY





– Eles estão demorando muito! – Artur exclamou, analisando as horas em seu relógio de pulso. Eu e ele esperávamos o trem chegar para então levarmos Gina para casa. A estação estava repleta de familiares e amigos estressados pela demora. Já passavam das 21h00.





– Pode ser que alguma coisa tenha acontecido Sr. Weasley. – sugeri – McGonagall pode ter exagerado no discurso de despedida ou alguma criança ficou doente.





– Rezemos para que seja apenas isto! – falou – era para terem aparecido há duas horas e meia!





Bufei. Eu estava estressado com aquela espera. Imaginava se algo se ruim havia acontecido, mas tentava ao máximo não pensar nisso.





Eu andava de um lado para o outro com as mãos atrás das costas. Já suava frio quando o relógio soou 21h45. Não era possível. Alguma coisa tinha acontecido. Mas eu esperava que Gina estivesse bem.





Ouvi um ruído acima de mim e percebi que eram as caixas de som da estação King’s Cross – está de brincadeira que lá tinha dessas? – a atenção de todos foi atraída para elas, e então a voz de McGonagall soou:





Prezados pais e amigos de todos os estudantes que estavam a caminho de casa no Expresso Hogwarts...





Ih...





Sinto-lhes informar que o maquinista perdeu o controle do trem. Havia várias rochas na Serra da Mordaça e elas caíram em cima do transporte, causando danos ao veículo e fazendo que todos os sistemas se perdessem, inclusive o controle que a magia podia ter. O trem caiu de um precipício de 600m a caminho daqui. Tivemos 70 mortos, a maioria deles dos 1° e 2° anos e 120 feridos. Todos estão sendo encaminhados para o St. Mungus. Os que não tiveram nenhum ferimento estarão retornados às suas casas na manhã do dia 1° de junho, mas peço à todos os pais e responsáveis dos alunos, procurem-nos no St. Mungus e dêem entrada em suas fichas. Muito obrigada, e agora faremos um momento de silêncio para todos os alunos mortos.





UM MINUTO DE SILÊNCIO ERA O ESCAMBAU!





Todos começaram a chamar pelos filhos e condenar McGonagall pelo pouco caso. O Sr. Wealsey ajoelhou no chão e começou a chorar. Eu? Eu estava em choque. Minha namorada poderia ter morrido. SE ela estivesse viva, e eu... Eu...





Entrei em desespero e gritei, arrancando tudo o que estava ao meu alcance daquela medíocre estação.





– Astoria, não! – ouvi Draco Malfoy lamentando – se ela estiver morta, vou processar toda à Hogwarts! – olhe, eu geralmente não concordaria com ele, mas se Gina não estivesse mais entre nós, eu destruiria aquela maldita escola com minhas próprias mãos.





Senti minhas costas pesarem e meu coração acelerar. Como assim o maquinista de meia tigela deixou o trem extraviar? Que tipo de gente McGonagall coloca para transportar os estudantes?





Eu não pensava direito. Queria apenas chegar ao local onde havia ocorrido o acidente e salvar Gina com minhas próprias mãos, queria ter a plena certeza que ela estava bem. Em meus braços, segura e feliz.





– Por favor, todos os pais venham até aqui. – um homem surgiu. Devia ser o segurança.





Uma montoeira de pais pulou em cima dele e começou a reclamar, gritar e chorar ao mesmo tempo. O homem tentava controlar a situação, mas era tudo o que não conseguia fazer.





– Senhores, por favor... Vamos ao St. Mungus. – o homem pediu – seus filhos estão bem...





– Bem? – o Sr. Weasley apareceu do nada e segurou a gola da blusa do segurança, gritando – você acha que por acaso minha filha pode estar bem? Que os filhos de todo mundo estão bem? Você é surdo, seu incompetente? MAIS DE 70 MORTOS! – ele empurrou o homem, que caiu sentado no chão da estação.





– Senhor...





– Esqueça. Vamos ao hospital. - ele disse. Apartei junto dele e de todos os pais que estavam lá.





POV – TERCERIA PESSOA





Gina Weasley estava desacordada, caída no chão do Expresso Hogwarts. Sua cabeça latejava e sangue saía sem parar dela. Sua testa e braços estavam repletos de cortes causados pelo vidro da janela e da porta da cabine. Gina parecia não respirar. E talvez não estivesse mesmo, mas seu coração ainda batia.





Do seu lado, Luna Lovegood e Rolf Scamander. Os dois caíram de mãos dadas, Rolf na frente de Luna, pois estava tentando protege-la do perigo. Luna respirava pesadamente. Rolf respirava tranquilo. Eles tinham mais chances de sobreviver do que Gina.





Não muito distante dali, um casal de bruxos fazendeiros caminhava com seus filhos até o local que ouviram um barulho. Provavelmente mais rochas caindo daquela maldita serra.





Quando se aproximaram o suficiente, a mãe dos garotos soltou um grito e o pai encolheu os olhos. Os meninos se esconderam atrás dos pais.





– Pai, o que é isso? – o menino perguntou.





– Um trem... O trem de Hogvárts – respondeu.





– Aquela escola de vamos quando fizermos 11 anos? – a menina perguntou.





– Essa mesma. – o pai respondeu novamente.





– Porque o trem está caído, pai? – a mulher perguntou.





– As rochas do inferno, mãe. – o pai respondeu – elas atacaram um trem cheio de crianças!





A família se aproximou do trem, andando vagarosamente, com medo do que poderia ver. O pai foi na frente, levando com sigo um graveto para espetar os corpos e checar as pessoas que estavam vivas.





O homem chegou perto de várias malas, retirou uma por uma e encontrou uma menina. A menina tinha cabelos castanhos, olhos verdes como esmeraldas, pele branca como a neve e não aparentava ter mais de 16 anos. Quando o fazendeiro a cutucou com o graveto, ela abriu os olhos rapidamente. Uma sobrevivente. Sem muitas feridas, apenas um corte na cabeça.





A menina olhou para o homem assustada. Ele sorriu para ela, mostrando seus poucos dentes na boca e então deu a sua mão para ajudá-la a levantar.





– Tudo bem moça bonita? – o fazendeiro perguntou.





– O trem... E rochas, muitas rochas... – a menina tentou dizer.





– Está assustada. – o homem disse para a sua esposa – leve-a para descansar debaixo daquela árvore. Qual o seu nome?





– Astoria. Astoria Greengrass. – a menina respondeu.





– Bom. Mãe pegue a menina aqui. – a fazendeira levou Astoria para uma árvore que tinha ali perto para que pudesse recostar-se e descansar. O fazendeiro pensou em como a menina tinha sorte de estar viva mesmo tendo caído de mais de 600m.





Ele começou a procurar outros corpos, alguns seriamente feridos, como o caso de Paul Vanilla que teria que amputar as duas pernas. Quando chegou ao local onde o maquinista estava, percebeu que o homem beirava a loucura por tudo o que aconteceu. Balbuciava coisas sem sentido e tremia como se tivesse saído de um dos pólos. Seria mais um caso de internamento (quase) permanente no St. Mungus? Provavelmente.





A esposa do homem começou a procurar pessoas vivas também, as crianças ficaram perto da árvore para certificarem-se que os estudantes estavam bem.





A mulher levantou uma porta de vidro e achou um casal. Uma menina de cabelos grandes e loiros mal cuidados e um garoto com pinta de rico. Os dois estavam com as mãos dadas. A mulher aproximou seu ouvido perto do corpo deles e viu que estavam vivos, porém o menino tinha mais chances que sua namorada. O marido dela chegou ao local e ajudou-a a retirar o casal de lá.





Debaixo de algumas malas, o casal viu uma menina ruiva com a pele alva. Ela tinha uma aliança de ouro branco no dedo anelar da mão direita. Não era muito bonita nem feia. Parecia ser alguém que já haviam visto em algum local.





– Temos que chamar as autoridades de Hogvárts. – a mulher disse.





– Vou pegar uma dessas corujas e mandar uma carta para a diretora. – o homem falou indo atrás de uma grande coruja que percorresse o caminho até a escola em segundos.





A carta foi mandada. O casal observou a coruja pairar no céu com o papel, que ia a direção Norte, atrás de uma diretora desocupada com as férias de seus alunos.





........





– Minha nossa! – exclamou McGonagall assim que recebeu a carta. Informou com toda a pressa para os Detetives, Aurores e ao Hospital St. Mungus. Os pais saberiam da notícia só ao mais tardar.





As equipes, junto da diretora e de Madame Pomfrey, foram correndo para a área. Já era à noite. As crianças caídas na terra, o casal tentando retira-las o mais rápido que puderam e o choque ao perceber o número de mortes, 70 de acordo com os medibruxos e curandeiros do St. Mungus.





Os Aurores não compareceram e os Detetives fizeram pouco caso. No mínimo acharam que era somente mais um problema na manutenção do trem. Poderia ter sido. Mas e se alguém quisesse realmente ferir aquelas crianças?





Ao receber a notícia, a diretora resolveu que era a hora de informar aos pais. Mesmo com o peso no coração e sabendo que isso prejudicaria qualquer atividade escolar no futuro.





POV – HARRY





Eu e o Sr. Weasley corremos com toda a pressa que encontramos até a recepção do St. Mungus. A recepcionista fez cara de pouco caso e informou aonde “a noiva de Harry Potter” – como ela disse – estava, mas que era impossível que fossemos lá naquele momento.





– Mas por quê? – perguntei – porque não podemos ver Gina?





Um medibruxo apareceu na mesma hora, ele tinha cabelos grisalhos e era bem alto. Tinha uma prancheta em suas mãos e saudou a mim e ao Sr. Weasley com um sorriso triste, porém solidário.





– Você é o pai de Ginerva Weasley? – 0 médio perguntou ao Artur.





– Sim. Sou eu. – respondeu.





– Sinto muito lhe informar, mas... Sua filha teve um traumatismo craniano.




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Notas finais do capítulo

O que será de Gina??????????????

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#Nox



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